The Constant Gardener (2005 ) - Fernando Meirelles
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The Constant Gardener (2005 ) - Fernando Meirelles
O amor entre um diplomata Britânico ( Ralph Fiennes ) e uma voluntária/activista ( Rachel Weisz ) conduz-nos a uma viagem ao inferno da África actual, palco dos mais horrendos crimes da humanidade, arena onde se defrontam e cumprimentam os mais nojentos vícios capitalistas.
É impossível ficar indiferente a esta obra-prima do mestre Fernando Meirelles.
Desta vez, não nos oferece o cocktail explosivo e ritmado de "A Cidade de Deus". Opta antes por uma abordagem crua e agreste, embora sempre realista, mas despida de qualquer humor ou amenização ambiental que não a beleza natural de África.
O trabalho de realização e montagem é mais uma vez soberbo.
Estamos na presença de um potencial novo-Scorsese, perdoem-me a comparação fácil.
O ritmo alucinado de Meirelles é uma festa para os sentidos, bombardeando-nos com pormenores à velocidade de uma rajada bem orquestrada, destinada a pintar com extrema nitidez e intensidade o quotidiano confuso mas vivo dos bairros Quenianos.
O trabalho dos actores é fantástico.
A câmara enamorou-se completamente de Rachel Weisz.
De facto, este é um daqueles desempenhos brilhantes, fruto de um amor profissional entre actriz e realizador, uma cumplicidade frutuosa que gera admiração no espectador.
Meirelles filma Weisz, não como uma superstar mumificada em maquilhagem, mas como mulher, fêmea, progenitora, amante.
É ofuscante a beleza que Rachel Weisz empresta a algumas cenas, com todo o brilho das suas pequenas rugas e imperfeições faciais a evidenciar ainda mais o rico interior da sua personagem.
Ralph Fiennes é um monstro no grande ecrã!
As palavras não farão justiça ao melhor desempenho, até à data, deste actor brilhante,
Cada olhar, toda e qualquer palavra, a complexidade dos seus gestos elevam este trabalho ao melhor que tenho visto nos últimos anos.
Enquanto a Rachel Weisz foi amada por uma câmara apaixonada pela sua simplicidade e beleza, Ralph Fiennes enche as cenas com trabalho evidente, transcendendo os limites do ecrã e obrigando-nos a curvar perante ele, respeitosamente homenageando uma prestação imaculada, poderosa, sublime.
Até agora, o grande filme do ano.
Um retrato cabal da realidade horrenda que a raça humana permite acontecer a quem está longe da vista.
Uma visão do sofrimento que milhões de pessoas passam diariamente para subsidiar o nosso estilo de vida Ocidental/Norte, egoísticamente preocupados com o preço dos dvds e se o FCP roubou ou foi roubado na última jornada.
Mas para além das importantíssimas e fundamentais questões políticas, económicas e sociais presentes neste manifesto, existe um grande filme, a razão pela qual o cinema é uma arte, criadora de emoções.
Imperdível, fundamental.
9/10
É impossível ficar indiferente a esta obra-prima do mestre Fernando Meirelles.
Desta vez, não nos oferece o cocktail explosivo e ritmado de "A Cidade de Deus". Opta antes por uma abordagem crua e agreste, embora sempre realista, mas despida de qualquer humor ou amenização ambiental que não a beleza natural de África.
O trabalho de realização e montagem é mais uma vez soberbo.
Estamos na presença de um potencial novo-Scorsese, perdoem-me a comparação fácil.
O ritmo alucinado de Meirelles é uma festa para os sentidos, bombardeando-nos com pormenores à velocidade de uma rajada bem orquestrada, destinada a pintar com extrema nitidez e intensidade o quotidiano confuso mas vivo dos bairros Quenianos.
O trabalho dos actores é fantástico.
A câmara enamorou-se completamente de Rachel Weisz.
De facto, este é um daqueles desempenhos brilhantes, fruto de um amor profissional entre actriz e realizador, uma cumplicidade frutuosa que gera admiração no espectador.
Meirelles filma Weisz, não como uma superstar mumificada em maquilhagem, mas como mulher, fêmea, progenitora, amante.
É ofuscante a beleza que Rachel Weisz empresta a algumas cenas, com todo o brilho das suas pequenas rugas e imperfeições faciais a evidenciar ainda mais o rico interior da sua personagem.
Ralph Fiennes é um monstro no grande ecrã!
As palavras não farão justiça ao melhor desempenho, até à data, deste actor brilhante,
Cada olhar, toda e qualquer palavra, a complexidade dos seus gestos elevam este trabalho ao melhor que tenho visto nos últimos anos.
Enquanto a Rachel Weisz foi amada por uma câmara apaixonada pela sua simplicidade e beleza, Ralph Fiennes enche as cenas com trabalho evidente, transcendendo os limites do ecrã e obrigando-nos a curvar perante ele, respeitosamente homenageando uma prestação imaculada, poderosa, sublime.
Até agora, o grande filme do ano.
Um retrato cabal da realidade horrenda que a raça humana permite acontecer a quem está longe da vista.
Uma visão do sofrimento que milhões de pessoas passam diariamente para subsidiar o nosso estilo de vida Ocidental/Norte, egoísticamente preocupados com o preço dos dvds e se o FCP roubou ou foi roubado na última jornada.
Mas para além das importantíssimas e fundamentais questões políticas, económicas e sociais presentes neste manifesto, existe um grande filme, a razão pela qual o cinema é uma arte, criadora de emoções.
Imperdível, fundamental.
9/10
"I WAS fire and life incarnate!"
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http://ultrawideangle.blogspot.com/

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Um filme de uma mágia enorme, de e em relação às pessoas e de um continente. Infelizmente, ninguém o vai ver, mas é um belíssimo filme e a prova que um thriller não tem de ser algo superficial ou "explosivo".
Vendo-o em complemento com o «Senhor da Guerra» uns dias depois, como foi o meu caso, é um efeito brutal. Depois das desilusões com «A Lenda de Zorro» e «Flightplan - Pânico a Bordo» e, em certa medida, «Elizabethtown», este correspondeu às minhas (grandes) expectativas.
Vendo-o em complemento com o «Senhor da Guerra» uns dias depois, como foi o meu caso, é um efeito brutal. Depois das desilusões com «A Lenda de Zorro» e «Flightplan - Pânico a Bordo» e, em certa medida, «Elizabethtown», este correspondeu às minhas (grandes) expectativas.
Eu vi-o na Quarta passada .
Sinceramente esperava mais ... A fotografia está soberba, as interpretações estão muito boas mas o enredo está demasiado politizado e isso irritou-me.
Outra coisa que não gostei foi de alguns planos daqueles com camera móvel, demasiado rápidos e turvos.
Para mim 7 em 10
Sinceramente esperava mais ... A fotografia está soberba, as interpretações estão muito boas mas o enredo está demasiado politizado e isso irritou-me.
Outra coisa que não gostei foi de alguns planos daqueles com camera móvel, demasiado rápidos e turvos.
Para mim 7 em 10
If I speak at one constant volume, at one constant pitch, at one constant rhythm, right into your ear, you still won't hear. - A Small Victory
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- Novato
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O sucesso crítico e financeiro surpreendente que o sobrevalorizado Cidade de Deus obteve, abriu as portas de Hollywood ao brasileiro Fernando Meirelles, e O Fiel Jardineiro é a primeira produção norte-americana da sua autoria. Embora o estilo de realização hiper-estilizado anárquico que utilizou no projecto anterior tenha dado lugar a uma abordagem mais clássica e controlada, a verdade é que o seu novo filme é ainda menos conseguido no plano narrativo, com a agravante de fazer um retrato profundamente insípido e básico sobre a complicada situação de miséria extrema africana e a falta de ética das grandes farmacêuticas. A história de amor em que é alicerçada toda esta componente de denúncia política não tem a mais ínfima grama de intensidade, devendo-se isto à incapacidade de Meirelles e Jeffrey Caine (argumentista) em construir convenientemente as personagens principais. Estas não têm tempo ou espaço para que de facto qualquer dimensão romântica possa brotar das imagens, para que a relação entre Ralph Fiennes e Rachel Weisz produza alguma faísca.
Fernando Meirelles parece sempre mais interessado no constante vai e vem de "flashbacks", na pontual estilização das imagens e na componente política despida de densidade, do que nas personagens que supostamente deveriam liderar a história e constituir o suporte humano narrativo que poderia conferir alguma dessa tal densidade à análise política e retrato social que se tentou fazer. À personagem de Rachel Weisz nunca é garantida uma verdadeira presença de dimensão consistente, surgindo antes como um ideal político ambulante, como um conjunto de frases feitas de esquerda e acções solidárias de activista política que servem apenas para fazer o contraponto em relação aos maus deste mundo, os mafiosos tipificados das farmacêuticas.
Ora, o esquematismo de todo este bem intencionado empreendimento cinematográfico, sem complexidade humana nos protagonistas ou secundários (é comparar ao magnífico O Informador e compreender as diferenças), faz com que a trama política se revele de um desinteresse a toda a prova, e completamente manca de carga emocional - o enredo de denúncia política filmado em registo de thriller é feito de todos os pontos narrativos mais previsíveis, sem que haja esboço de suspense ou reviravoltas surpreendentes que o tentem redimir. Fernando Meirelles nunca consegue transmitir a tão necessária sensação de obsessão na personagem de Ralph Fiennes pela mulher que partiu, por isso nunca transcende a narrativa thrillesca "by the numbers". E também por isso, isto é tudo um grande desperdício de bons actores.
Tiago Costa (tiago_costa13@hotmail.com)
http://claquete.blog-city.com
Fernando Meirelles parece sempre mais interessado no constante vai e vem de "flashbacks", na pontual estilização das imagens e na componente política despida de densidade, do que nas personagens que supostamente deveriam liderar a história e constituir o suporte humano narrativo que poderia conferir alguma dessa tal densidade à análise política e retrato social que se tentou fazer. À personagem de Rachel Weisz nunca é garantida uma verdadeira presença de dimensão consistente, surgindo antes como um ideal político ambulante, como um conjunto de frases feitas de esquerda e acções solidárias de activista política que servem apenas para fazer o contraponto em relação aos maus deste mundo, os mafiosos tipificados das farmacêuticas.
Ora, o esquematismo de todo este bem intencionado empreendimento cinematográfico, sem complexidade humana nos protagonistas ou secundários (é comparar ao magnífico O Informador e compreender as diferenças), faz com que a trama política se revele de um desinteresse a toda a prova, e completamente manca de carga emocional - o enredo de denúncia política filmado em registo de thriller é feito de todos os pontos narrativos mais previsíveis, sem que haja esboço de suspense ou reviravoltas surpreendentes que o tentem redimir. Fernando Meirelles nunca consegue transmitir a tão necessária sensação de obsessão na personagem de Ralph Fiennes pela mulher que partiu, por isso nunca transcende a narrativa thrillesca "by the numbers". E também por isso, isto é tudo um grande desperdício de bons actores.
Tiago Costa (tiago_costa13@hotmail.com)
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Last edited by Takeshi_Kitano on March 26th, 2006, 3:44 pm, edited 1 time in total.
É extraordinário com eu acho que tudo o que está escrito aqui em cima é exactamente ao contrário. Na minha opinião esta é mais uma análise "crítica" que está 100% errada.
Deve ser por isso que quando o filme termina as pessoas ficam no lugar e não se levantam a correr para se irem embora da sala e que não se escuta um mosca sequer na sala durante o filme.
Deve ser por isso que quando o filme termina as pessoas ficam no lugar e não se levantam a correr para se irem embora da sala e que não se escuta um mosca sequer na sala durante o filme.
GenesisPT (AAFS)
Visite o Clube de Ficção Científica e Fantástico em Português ( http://groups.yahoo.com/group/scifiemportugal ), e junte-se a nós.
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De facto, as opiniões são pessoais e dignas de todo o respeito, mas também não me revejo de forma alguma na análise fria do crítico Takeshi.
Não me vou esquecer tão cedo da intensidade e angústia que senti no "The Constant Gardener".
Ao ponto de me trazer as lágrimas aos olhos e de provocar uma semi-depressão temporária.
"O Fiel Jardineiro" tem uma dimensão humana que vai muito para além do trágico romance entre o par principal.
O desfecho dessa relação é "apenas" o gatilho que despoleta uma indignação anestesiada, que abre os olhos do protagonista para um mundo inaceitável, ao qual ele não pode mais ficar indiferente.
Como a velha máxima "ignorância é felicidade" atesta frequentemente, a personagem de Ralph Fiennes comete um suicídio consciente, entregando-se generosamente a uma causa perdida, envolvendo-se numa espiral de horror, uma descida aos infernos que uma vez iniciada, não tem retorno possível.
E a beleza dessa personagem reside nessa profunda humanidade, nesse esquecimento consentido do eu face ao próximo.
É disto que se fão feitos os grandes homens, dos quais a história não reza.
E o filme de Meirelles consegue um milagre, ao expôr de forma tão clara e visceral o despertar irreversível da consciência humana num homem afável, potencialmente interessado no bem da humanidade, mas apático e enterrado nas burocracias ofuscantes e deviantes que o ser humano criou para esconder os seus crimes monstruosos, debaixo da carpete, lá onde é difícil que eles nos confrontem e nos provoquem os remorsos sempre incómodos.
No fundo, o amor serviu um propósito maior.
Não me vou esquecer tão cedo da intensidade e angústia que senti no "The Constant Gardener".
Ao ponto de me trazer as lágrimas aos olhos e de provocar uma semi-depressão temporária.
"O Fiel Jardineiro" tem uma dimensão humana que vai muito para além do trágico romance entre o par principal.
O desfecho dessa relação é "apenas" o gatilho que despoleta uma indignação anestesiada, que abre os olhos do protagonista para um mundo inaceitável, ao qual ele não pode mais ficar indiferente.
Como a velha máxima "ignorância é felicidade" atesta frequentemente, a personagem de Ralph Fiennes comete um suicídio consciente, entregando-se generosamente a uma causa perdida, envolvendo-se numa espiral de horror, uma descida aos infernos que uma vez iniciada, não tem retorno possível.
E a beleza dessa personagem reside nessa profunda humanidade, nesse esquecimento consentido do eu face ao próximo.
É disto que se fão feitos os grandes homens, dos quais a história não reza.
E o filme de Meirelles consegue um milagre, ao expôr de forma tão clara e visceral o despertar irreversível da consciência humana num homem afável, potencialmente interessado no bem da humanidade, mas apático e enterrado nas burocracias ofuscantes e deviantes que o ser humano criou para esconder os seus crimes monstruosos, debaixo da carpete, lá onde é difícil que eles nos confrontem e nos provoquem os remorsos sempre incómodos.
No fundo, o amor serviu um propósito maior.
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A análise, 'fria' ou não, de Kitano IMHO é séria tem densidade própria.
Vivemos realmentew uma fase de 'efeitos', CG ou outros, em detrimento da
da profundidade de abordagem (sempre mais difícil e morosa de conseguir
- quando se consegue satisfatóriamente - o que vai sendo raro.
O ritmo dos 'launchings' não se compadece com tempos de gestação muito complexos e/ou demorados.
O aproveitamento das 'spread seasons' das distribuidoras e suas franchisadas, passe a expressão, não é propício às obras de temática intimista, analisada em profundidade, descrita e explorada em termos de
actuação e realização.
É o tempo dos flashes, dos jogos de luz, dos cambios arbitrários do B&W para os 'full-flagged colours e back', sem que se perceba bem porquê ou
para quê, a não ser para se seguir o caminho fácil de uma afirmação de
'originalidade' porque sim, de 'art for art sake' - "en èpatant le bourgeois".
Peço excusas por este espaço ocupado.
HN
Vivemos realmentew uma fase de 'efeitos', CG ou outros, em detrimento da
da profundidade de abordagem (sempre mais difícil e morosa de conseguir
- quando se consegue satisfatóriamente - o que vai sendo raro.
O ritmo dos 'launchings' não se compadece com tempos de gestação muito complexos e/ou demorados.
O aproveitamento das 'spread seasons' das distribuidoras e suas franchisadas, passe a expressão, não é propício às obras de temática intimista, analisada em profundidade, descrita e explorada em termos de
actuação e realização.
É o tempo dos flashes, dos jogos de luz, dos cambios arbitrários do B&W para os 'full-flagged colours e back', sem que se perceba bem porquê ou
para quê, a não ser para se seguir o caminho fácil de uma afirmação de
'originalidade' porque sim, de 'art for art sake' - "en èpatant le bourgeois".
Peço excusas por este espaço ocupado.
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- Ricardo Ribeiro
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Independentemente de tudo o mais, como administrador deste fórum, gostaria de agradecer aos utilizadores DarkPhoenix e Takeshi Kitano pela riqueza dos seus textos analíticos.
Ricardo Ribeiro
O Mundo da Viagem em...
http://papaleguas.wordpress.com | http://cruzamundos.wordpress.com
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- Entusiasta
- Posts: 238
- Joined: December 28th, 2000, 2:50 pm
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Primeiro que tudo, acho que quem gostou e quem não gostou deve ler o romance. Quem gostou se calhar vai ficar um bocado desiludido com o filme, visto que esconde algumas coisas interessantes e quem não gostou vai perceber o porquê da frieza do filme. O filme é frio, as personagens podem ser meio ofuscadas por toda aquela trama das farmacêuticas e da pobre África, mas eu acho que o guionista se quis manter fiel ao romance.
A obsessão que o Justin sentia era o chamado amor. Ele apercebe-se de que ela não queria por em risco a sua vida e daí não ter partilhado com ele todo o enredo do Dypraxa. E então o amor é o que o leva a agir e a querer vingar a morte da mulher, mas não disposto a castigar os maus da fita, ele quer continuar a luta no ponto que a mulher a deixou. E o fim reflecte bem isso.
Quanto aos actores, são os dois muito bons, mas o Ralph Fiennes, tenho de lhe tirar o chapéu. Que registo magnífico. Adorei, parecia outro, entrou completamente na personagem.
O filme é bom sem dúvida, pena ter deixado algumas coisas para trás que só aparecem livro.
A obsessão que o Justin sentia era o chamado amor. Ele apercebe-se de que ela não queria por em risco a sua vida e daí não ter partilhado com ele todo o enredo do Dypraxa. E então o amor é o que o leva a agir e a querer vingar a morte da mulher, mas não disposto a castigar os maus da fita, ele quer continuar a luta no ponto que a mulher a deixou. E o fim reflecte bem isso.
Quanto aos actores, são os dois muito bons, mas o Ralph Fiennes, tenho de lhe tirar o chapéu. Que registo magnífico. Adorei, parecia outro, entrou completamente na personagem.
O filme é bom sem dúvida, pena ter deixado algumas coisas para trás que só aparecem livro.
"In this life, it's not what you hope for, it's not what you deserve - it's what you take." Tom Cruise in Magnolia
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