Abcedário erótico soviético de 1931
Segundo o que depreendi, o governo soviético criou em 1931 um alfabeto (os russos usam o cirílico, com o R ao contrário e afins) com ilustrações eróticas/pornográficas, num esforço para combater o analfabetismo nos
adultos. Recordo que os então adultos da União soviética de 1931, tinham crescido camponeses escravos num sistema feudal imperial czarista, há muito extinto na Europa Ocidental e semelhante ao feudalismo português da Idade Média, por isso a necessidade de ensinar a ler e escrever ao povo russo analfabeto, que cresceu como escravo feudal, durante o czarismo.
Eu não sei muito acerca da União Soviética, mas tenho uma enorme curiosidade em observar uma diferente experiência social humana, daquela que viveu Portugal ou da que nos é agora imposta militar e politicamente pelo norte-americanos.
Não sou comunista, nem pró-soviético mas sou ateu e é sabido que a doutrina soviética protegia a sociedade dos efeitos nefastos da religião, dos quais Portugal e Espanha foram vítimas durante as ditaduras de Salazar e Franco, em que a Santa Sé era um aliado político do fascismo em ambos os países ibéricos.
O pessoal do fórum se calhar acha que eu sou comunista ou a favor do regime soviético, porque gosto de cinema soviético, mas isso é engano vosso. Eu gosto é de cinema original sem fórmulas doentias repetitivas para estagnar o cinema, dos produtores doentes e com sede de dinheiro de Hollywood.
A nível de cinema eu adoro o tema de ficção científica, e para mim quanto mais estranho e exótico for um filme melhor, e assim sendo, perante um qualquer filme americano da treta, com algum tema recorrente, previsível e mundano, quando eu vejo um filme soviético, que até pode ser uma comédia romântica amorosa, aquilo é bizarro e fascinante tal como se eu estivesse a ver um episódio com Klingons do Star Trek.
Cinema à parte, quando eu tinha uns 9 anitos de idade em 1985, vi um documentário na RTP (uma grande reportagem) acerca de meninos portugueses da minha idade, que moravam em Trás-Os-Montes ou afins, e que antes de irem para a escola, bebiam um copo de vinho tinto para "aquecer", antes da caminhada de 1 hora até à escola primária, pelo meio da serra. Findo os estudos até à 4ª classe, com 9 anos de idade, já não haviam mais escolas para os meninos, que iam trabalhar como cabreiros (pastores de cabras).
No entanto estes meninos cabreiros dos anos 80, já tinham a sorte e privilégio de terem nascido depois do 25 de Abril, e saberem ler e escrever, quando a taxa da analfabetismo em Portugal era a pior da Europa.
E é esta a importância e interesse do alfabeto erótico cirílico soviético de 1931, para um português como eu, que em menino viu essa reportagem na RTP.
Serguéi Dmítriyevich Merkúrov, en ruso Сергей Дмитриевич Меркуров ( * según el calendario juliano el 26 de octubre, y de acuerdo con el calendario gregoriano, el 7 de noviembre de 1881, en Alexandrapol, actual Gyumri - † 8 de junio de 1952, Moscú) - fue un escultor monumentalista de la Unión Soviética, de ascendencia griega de Armenia. Artista del Pueblo de la URSS (1943), miembro de la Academia de las Artes de la URSS (1947) y director del Museo Pushkin de Moscú de 1944 a 1949. Merkúrov fue considerado el más grande maestro soviético de las máscaras post-mortem.12
Merkúrov fue un destacado representante de un estilo moderno académico, empleando los temas de la muerte y los bloques de piedra. Como filósofo de las artes, también utiliza Merkúrov inspiración temática en el ámbito del pensamiento (Monumento de Dostoievski, 1911-1913; la figura-retrato del Pensamiento, 1918). Fue autor de los tres mayores monumentos a Joseph Stalin en la USSR.3
Fue miembro de la masónica "Hermandad Unitaria de Trabajadores", la Asociación de Pintores de Rusia y del Partido Comunista Revolucionario de la Unión Soviética. Fue condecorado con la Orden de Lenin, y recibió el Premio Stalin en 1941 y 1951.
Este foi o autor do alfabeto erótico soviético, para educar os camponeses adultos.
Links e mais informação:
https://thecharnelhouse.org/2013/03/31/ ... %83%d0%ba/
https://aventar.eu/2013/04/01/e-desta-q ... eto-russo/
https://es.wikipedia.org/wiki/Sergu%C3% ... k%C3%BArov
Algumas considerações
O SNS (Serviço Nacional de Saúde) português é considerado pelos norte-americanos uma aberração comunista/socialista subversiva. Segundo a ideologia e espírito do povo norte-americano, o direito do cidadão português chamar o 112 e vir uma ambulância do INEM levá-lo para o Hospital de Santa Maria, onde ele é tratado gratuitamente, é uma subversão comunista e um atentado e ofensa aos ideais norte-americanos da Meritocracia, Empreendedorismo e "American Way of Life".
Para mim a ideologia norte-americana é nojenta, por considerar que um pobre fracassou no Empreendedorismo, e como tal por ser incapaz de acumular dinheiro para um seguro médico, não terá direito a cuidado hospitalar, por motivos ideológicos. Depois apareceu um "Até a Barraca Abana" com o Obamacare, que não foi mais do que um atirar areia para os olhos e apenas regulou as taxas dos seguros de saúde privados. O SNS português continua a ser um conceito comunista subversivo aos olhos dos americanos.
Nos anos 80, Portugal e Espanha eram a vergonha da Europa, os últimos dois países de camponeses com analfabetização superior a 80%, Viva Franco! Viva Salazar! Os dois ditadores que fizeram acordos políticos com a Santa Sé e que mantiveram o povo ibérico no analfabetismo e dogma religioso.
Epá! Neste cenário não será difícil de entender a razão de eu apreciar este alfabeto erótico cirílico de 1931, numa tentativa de alfabetização de emergência do povo russo, que em criança viveu o feudalismo czarista (já extinto em Portugal, séculos antes). Por outro lado eu sou ateu e vejo a censura sexual como um acto criminoso político, resultante por exemplo de uma aliança política entre o Vaticano e as ditaduras fascistas; talvez por isso a minha curiosidade neste alfabeto erótico de um regime da União Soviética, que era contra a religião.
Nos anos 70, um em cada quatro portugueses não sabia ler (25%). Hoje são menos de 5%, mas Portugal continua no topo da tabela dos países europeus com maior taxa de analfabetismo.
Há cerca de meio milhão de analfabetos em Portugal, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), baseados no Censos de 2011. A maioria é idosa e vive em zonas do interior. Mas existem outros 30 mil que ainda estão em idade ativa, ou seja, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos.
Apesar do atraso em relação à média europeia, a situação melhorou muito nas últimas décadas. “Em meados do século passado, Portugal encontrava-se numa situação mais desfavorável do que a dos países do norte europeu em meados do século XIX”, refere o estudo do INE sobre “50 anos de Estatísticas da Educação”, sublinhando o atraso de um século em relação aos países mais desenvolvidos.
Durante a ditadura, cantar o hino e rezar faziam parte do dia-a-dia dos alunos. Todas as salas de aula tinham a fotografia de Salazar e todos sabiam a tabuada “de cor e salteado” assim como as terras que apareciam no mapa com as ex-colónias. Mas esta era uma realidade conhecida por poucos.
Nos anos 50 do século passado metade das raparigas nunca chegou a entrar numa sala de aula, assim como 30% dos rapazes, apesar de a lei definir que elas eram obrigadas a frequentar a escola até à 3.ª classe e eles até ao 4.º ano.
A situação foi melhorando com campanhas de educação para adultos, a telescola a chegar às aldeias mais remotas, a redução do abandono escolar e o aumento da escolaridade obrigatória.
Ensino chega às aldeias remotas
Foi ainda nos anos 50 que surgiram as primeiras campanhas de educação para adultos mas, na década 60, saber ler e escrever ainda era um privilégio de poucos: quatro em cada dez mulheres eram analfabetas assim como 26,9% dos homens.
É nesta altura que o ensino chega às aldeias mais remotas através da telescola, usando a mais avançada tecnologia daquele tempo: a televisão.
Dez anos depois, no dia da revolução de Abril, 25% dos portugueses continuavam afastados dos saberes da escola.
Ainda no tempo do Estado Novo, o último ministro da Educação do regime, José Veiga Simão, desenhou um sistema de ensino que valorizava a educação pré-escolar, a formação dos professores e obrigava as crianças a estudar durante oito anos.
Uma das bandeiras da revolução foi a aposta na educação: em 40 anos a taxa de analfabetismo desceu de forma contínua, mas nunca atingiu o objetivo constitucional de uma escolarização universal.
Fonte:
http://expresso.sapo.pt/sociedade/2016- ... -na-Europa
Perante a censura moral religiosa em Portugal, derivada da aliança política e
simbiótica entre o fascismo de Salazar e a Igreja Católica Portuguesa, não seria possível um programa de alfabetização do tipo soviético-ateu, aos camponeses adultos portugueses, recorrendo a sexo e nudez para estimular o interesse aos cabreiros e ouros pastores e agricultores de Portugal, por tal ser considerado um pecado e crime religioso, em plena aliança portuguesa do nacional-catolicismo-fascismo.