Qual foi o último filme que viram ?

[Samwise]

Esse filme existe em Portugal?
O tema agrada-me.

A julgar pelo que conheço do Bergman, pela sinopse e pelo que o No_Angel escreveu, deve ser um filme bastante denso e pesado. Conheces alguma coisa deste realizador? (estou a perguntar para não te aventurares assim sem mais nem menos e depois teres uma surpresa - no mau sentido).

Deixa lá, que eu ainda so vi 5 dele completos, incluindo este. Mas eu tambem so vejo os que me interessam, nao vejo por ver.

Pois, só que a mim interessa-me tudo dele.

Ironicamente, nao gostei nada da sua "suposta" obra-prima: The Seventh Seal. Vi a primeira meia hora e pus de lado, nem consegui acabar de ver. Nem tem comparaçao com os outros filmes que vi dele. Nãoo ha Sven Nykvist, nem Liv Ullmann . Vi ainda o primeiro episodio de Fanny and Alexander e ate gostei, mas ficou aquem das minhas expectativas... quero muito ver o Scenes of a Marriage. E o The Silence.

A julgar pelo que referes,os filmes que viste dele já são algo avançados na filmografia, anos 70 para a frente...

O The Seventh Seal, e sem entrar em juízos de valor, é uma espécie de excentricidade estética (não tanto temática) no meio da sua vasta obra - e distancia-se de facto um pouco daquilo que será a linha formal mais agregadora.

Sugiro-te que vejas o Through a Glass Darkly antes de veres o The Silence e a seguir a estes dois, o Persona (um filme a todos os níveis brutal - e também com a Liv numa grande interpretação). Sugiro ainda o Cries and Whispers.

[No Angel]

Esse filme existe em Portugal?
O tema agrada-me.

A julgar pelo que conheço do Bergman, pela sinopse e pelo que o No_Angel escreveu, deve ser um filme bastante denso e pesado. Conheces alguma coisa deste realizador? (estou a perguntar para não te aventurares assim sem mais nem menos e depois teres uma surpresa - no mau sentido).

Deixa lá, que eu ainda so vi 5 dele completos, incluindo este. Mas eu tambem so vejo os que me interessam, nao vejo por ver.

Pois, só que a mim interessa-me tudo dele.

Ironicamente, nao gostei nada da sua "suposta" obra-prima: The Seventh Seal. Vi a primeira meia hora e pus de lado, nem consegui acabar de ver. Nem tem comparaçao com os outros filmes que vi dele. Nãoo ha Sven Nykvist, nem Liv Ullmann . Vi ainda o primeiro episodio de Fanny and Alexander e ate gostei, mas ficou aquem das minhas expectativas... quero muito ver o Scenes of a Marriage. E o The Silence.

A julgar pelo que referes,os filmes que viste dele já são algo avançados na filmografia, anos 70 para a frente...

O The Seventh Seal, e sem entrar em juízos de valor, é uma espécie de excentricidade estética (não tanto temática) no meio da sua vasta obra - e distancia-se de facto um pouco daquilo que será a linha formal mais agregadora.

Sugiro-te que vejas o Through a Glass Darkly antes de veres o The Silence e a seguir a estes dois, o Persona (um filme a todos os níveis brutal - e também com a Liv numa grande interpretação). Sugiro ainda o Cries and Whispers.

Já vi esses, mas obrigado pela sugestao

Os filmes que vi completos dele foram o Cries and Whispers, Autumn Sonata, Persona, Face to Face e Through a Glass Darkly. Os 4 primeiros foram excelentes, obras primas do cinema, o ultimo tambem e muito bom, mas nao tanto como os outros, na minha opiniao.

Eu do Persona so nao gosto muito do inicio, que senti ser um pouco deslocado, e da musica dos creditos iniciais, tirando isso adoro-o, 2 grandes atrizes num grande filme! Fez-me lembrar o meu querido Mulholland Drive...

Talvez por estar habituado ao estilo de Bergman nesses filmes "choquei" ao ver o the seventh seal, porque nao tem mesmo nada a ver com os filmes que vi dele. Mais uma razao para nao ir para a sua filmografia inicial, tirando o wild strawberries e o virgin spring (ja com o nykvist) que me parecem interessantes e que talvez venha a ver.

[paupau]

No Angel, no fanny e Alexandre aguenta até ao casamento da mãe. A partir dai e uma verdadeira chicotada psicológica. E a ver e a versão de 5h obviamente.

O Bergman mudou profundamente de estilo nos anos 60, tanto que obras como Sorrisos de uma noite de Verão acabam por se tornar atípicas no conjunto total das obras. Há uma sensualidade e uma abordagem mais terra a terra que depois são trocadas por algo mais abstracto, ascético e pre-lynchiano :)
Essa intimidade acaba por voltar no fanny e no saraband acho.
Já vi uns 15 e felizmente ainda me faltam alguns dos mais famosos.

[PanterA]

Alguns? O Mestre tem filmes que nunca mais acabam. :D

Dele, ainda só consegui ver um pouco mais da meia dúzia.

[No Angel]

No Angel, no fanny e Alexandre aguenta até ao casamento da mãe. A partir dai e uma verdadeira chicotada psicológica. E a ver e a versão de 5h obviamente.

O Bergman mudou profundamente de estilo nos anos 60, tanto que obras como Sorrisos de uma noite de Verão acabam por se tornar atípicas no conjunto total das obras. Há uma sensualidade e uma abordagem mais terra a terra que depois são trocadas por algo mais abstracto, ascético e pre-lynchiano :)
Essa intimidade acaba por voltar no fanny e no saraband acho.
Já vi uns 15 e felizmente ainda me faltam alguns dos mais famosos.

E estranho, porque eu achei precisamente o contrário. Os filmes que mencionei sao na minha opniao extremamente intimos e privados, na medida em que os sentimentos das personagens tem grande destaque e a camara de bergman enquadra os rostos dos atores de forma a captar-lhes as emoções. Em contraste, o seventh seal nao tem nada disso, a camara parece pouco se importar com os sentimentos das personagens e prefere captar um plano geral. Mas concordo contigo que a partir dos anos 60 ele torna-se abstrato, mas eu gosto disso :)

[paupau]

Tornam-se mais íntimos e privados sem dúvida, mais ao estilo dos chamber movies alemães nos anos 20, com grande parte da ação a decorrer numa sala ou numa casa. Mais perdeu-se a tal sensualidade, uma joie de vivre em relação a filmes mais iniciais como Verão com Mónica. Há uma energia que se alterou principalmente com o Isacc dos Morangos Silvestres. Aquela personagem carrancuda e extremamente antipática antecipa muito do que viria nos anos 60 acho.

Um pouco de forma contraditória, vejo a energia da Nova Vaga nos filmes dos anos 60, que desaparece quando os outros realizadores começam a explorar este tipo de filme.

E em 50+ filmes, julgo que terá a tem a sua (boa) quota de chouriçadas.

Até que dava um tópico interessante, % de maus filmes em realizadores de craveira internacional. Devem aparecer algumas surpresas.

[Samwise]

Já vi esses, mas obrigado pela sugestao

Olha que coincidência... Mencionei esses um pouco por associação temática.

Mais para trás na filmografia, tens o "Nära livet - Brink of Life / So Close to Life", que também foca o sofrimento da mulher (neste caso de três mulheres) e que centra acção numa clínica de apoio à maternidade. Imagina agora o que é o Bergman às voltas com este assunto...

Os filmes que vi completos dele foram o Cries and Whispers, Autumn Sonata, Persona, Face to Face e Through a Glass Darkly. Os 4 primeiros foram excelentes, obras primas do cinema, o ultimo tambem e muito bom, mas nao tanto como os outros, na minha opiniao.

O Autumn Sonata foi um dos últimos filmes que vi do Bergman e é um dos que menos me recordo...

Talvez por estar habituado ao estilo de Bergman nesses filmes "choquei" ao ver o the seventh seal, porque nao tem mesmo nada a ver com os filmes que vi dele. Mais uma razao para nao ir para a sua filmografia inicial, tirando o wild strawberries e o virgin spring (ja com o nykvist) que me parecem interessantes e que talvez venha a ver.

Apesar das mudanças de registo ao longo da carreira, não te deves basear no The Seventh Seal para generalizar eventuais expectativas (e cortar obras a ver) em relação a esse período em concreto, ou ainda à sua "filmografia inicial". Há muitos e bons filmes espalhados ao longo da sua prolífera obra, bem como uma séria de obras-primas em quase todos os períodos. O The Virgin Spring, por acaso, aproxima-se em certos aspectos do The Seventh Seal - embora a narrativa não tenha nada a ver, aquele ambiente medieval que por vezes remete para as dark ages mais medonhas e aterrorizantes, um certo clima de conflitualidade à flor-da-pele entre o cristianismo e paganismo, suportado por uma simbologia visual bastante rica, e alguns dos temas metafísicos recorrentes do realizador podem servir de ponte entre os dois filmes. E o Max entra também nos dois.

[PanterA]

The Hunt For Red October - 9/10

Muito brutal. Além de ser uma história ficcional, quase que leva acreditar durante o filme, que tudo aquilo podia ser real. Foram 2h10 de uma grande sensação ainda para mais, com aquelas musicas russas em background.
Realmente um must see para quem gosta do género.


Top Gun - 6.5/10

Para um clássico como muitos o denominam, esperava algo mais dele.
Não é aborrecido, mas não o achei nada de mais. Vale pelo aquele ambiente e sonoridade dos anos 80


John Carter - 5.5/10

Fraquinho. Fraquinho. Fraquinho.


Once Upon a Time in Anatolia - 6/10

A essência dele até tinha a sua piada, mas o pace do filme, é simplesmente lento.
O intuito do filme era mesmo para ser esse sim, e deixar o espectador a reflectir e tudo mais, mas sinceramente, isso foi um tiro no pé. Os temas, os planos, os diálogos... foram muito pouco abrangentes e desinteressantes. E quando isso acontece, ainda para mais neste tipo de filme, perde-se rapidamente o interesse por ele.

E até tinha algumas expectativas quanto a este Anatolia verdade seja dita, mas saíram furadas. Ainda assim, compensou com um final bastante bom. Ao menos isso.

[No Angel]

Revolutionary Road – 10/10



Ja ha bastante tempo que queria ver o filme, mas ainda não se tinha concretizado, até porque tinha ouvido/lido que não era nada de especial. Mas com uma certa surpresa, constatei que o filme é excelente e uma obra de arte do cinema. Sem duvida um dos melhores filmes da decada passada. Primeiro, foi um fiel retrato da década de 50 e depois há as excelentes atuações de todos os atores, com especial destaque para Kate Winslet, que é sempre brilhante, e para Leonardo DiCaprio, que teve a sua melhor atuação, das que vi. E a banda sonora é fantástica, lindíssima, a forma como o realizador a inseriu nas cenas deu-lhes um toque muito especial. É o primeiro filme que vejo de Sam Mendes, e fiquei bastante impressionado com a maneira como realizou calmamente o filme, sem pressas, mas ao mesmo tempo com uma amoção extremamente poderosa. E a cinematografia, lindissima. Enfim, basicamente achei tudo excelente, que junto forma um grande filme. Devo confessar que fiquei intrigado com o final, porquê acabar o filme com o enquadramento do Howard? Mais uma coisa que torna este filme inconvencional e diferente.

[Cabeças]

...É o primeiro filme que vejo de Sam Mendes, e fiquei bastante impressionado com a maneira como realizou calmamente o filme, sem pressas, mas ao mesmo tempo com uma amoção extremamente poderosa. E a cinematografia, lindissima. Enfim, basicamente achei tudo excelente...

Se foi o teu primeiro filme dele, não percas tempo e vê o mais depressa que puderes o

Beleza Americana


e depois os outros todos também!

[No Angel]

...É o primeiro filme que vejo de Sam Mendes, e fiquei bastante impressionado com a maneira como realizou calmamente o filme, sem pressas, mas ao mesmo tempo com uma amoção extremamente poderosa. E a cinematografia, lindissima. Enfim, basicamente achei tudo excelente...

Se foi o teu primeiro filme dele, não percas tempo e vê o mais depressa que puderes o

Beleza Americana


e depois os outros todos também!

Também já estou para ver esse há imenso tempo, mas acabei por não ver. Fica anotada a sugestão :)

[Net_Holer]

Ao contrário do Revolutionary Road, que é intragável, o Beleza Americana é muito bom. Recomendo!

[rui sousa]

De regresso, mais uma vez, ao universo extravagante e único saído da cabecinha pensadora de Nanni Moretti, com o filme «Querido Diário», uma mistura de documentário, drama e comédia, que valeu ao autor italiano o prémio de melhor realizador de Festival de Cannes do ano de 1994.
«Querido Diário» não pretende ser um filme vulgar, porque não segue a estrutura normal de uma obra cinematográfica, e consegue, em certa medida, reinventar o género: o filme é dividido em três capítulos, cada um deles com uma história completamente distinta: no primeiro, acompanhamos Moretti a passear-se de Vespa pelas ruas de Itália, abordando, em parte, a própria temática do cinema. No segundo capítulo, é-nos dado a conhecer um amigo de Moretti que não vê televisão há já três décadas. Contudo, num pequeno instante, tudo muda, num capítulo que satiriza os hábitos da nossa sociedade. No terceiro e último capítulo, Moretti fala-nos, num misto de realidade e ficção, nas suas deambulações por diversos médicos e especialistas em... coisas... de saúde, para tentar perceber a razão das suas excessivas comichões, numa sequência hilariante e que é bem atual, mais principalmente para nós, portugueses.
«Querido Diário» é mais um grande exemplo da extravagância/criatividade/inteligência do cinema de Nanni Moretti. Apesar de entrarmos nos pensamentos (muito, muito peculiares) do próprio Moretti, torna-se difícil que o espetador não se identifique com, pelo menos, alguns deles, e se ria de outros. Não é de espantar que Moretti tenha uma grande legião de fãs, já que consegue cativar as pessoas com histórias e ideias tão próximas de nós próprios. Um filme que não é para todos os gostos, mas quem quiser experimentar, a experiência vai-lhe trazer alguma coisa nova.

Nota: * * * * 1/2


Há muito tempo que esperava voltar a ver um filme assim. Um filme que nos deixa completamente devastados e (para condizer com o tema do mesmo) em perfeito K.O.
«Touro Enraivecido» entrou para a minha lista de filmes marcantes assim que acabei de o ver. Martin Scorsese assina aqui uma das suas maiores obras-primas, que valeu o segundo Oscar ao sotôr de Niro, e, ao que parece, vai ter sequela (vejamos é o que vai sair daí).
O filme entra em, praticamente, todas as listas de todas as entidades e críticos deste mundo que trabalham no mundo do cinema. E, também, é fácil de perceber: «Touro Enraivecido» tem uma força (odeio esta palavra, mas cá vai) brutal, que prende o espetador ao ecrã, completamente petrificado com todo aquele trabalho tão bem planeado e executado. Daí também «Touro Enraivecido» ser considerado o melhor filme dos anos 80 (mas não nos podemos esquecer, contudo, de «Era Uma Vez na América», outra obra divinal da História da Sétima Arte).
Filmado inteiramente a preto e branco (o que assenta que nem uma luva ao filme), «Touro Enraivecido» conta a história de ascensão e queda do pugilista Jake La Motta (Robert de Niro), da sua família, da sua relação com o irmão (interpretado por Joe Pesci) e com o próprio desporto para o qual trabalha. Martin Scorsese é um mestre a contar histórias, e aqui sabe, como ninguém, recriar as lutas no ringue e as lutas pessoais de La Motta. Não é por acaso que é um dos realizadores mais influentes (e mais bem-falantes) de Hollywood. E «Touro Enraivecido» é um filme que, não tendo palavra melhor para o descrever, já que é nestes casos que fico quase sem saber o que dizer (e posso, então apenas engonhar por umas quantas linhas, como estou a fazer neste preciso momento), um filme arrebatador, espetacular e inesquecível. Vejam vejam vejam!

Nota: * * * * *


Se Tim Burton não tivesse a estranha infância por que passou, brincando em cemitérios e etc, será que o público conheceria obras que, ao mesmo tempo, conseguem ser extravagantes, arrepiantes... e bonitas, como é «Eduardo Mãos de Tesoura»?
Não, acho que não. Aliás, quem mais se lembraria de criar uma personagem que tem... tesouras nas mãos? Não vejo mais ninguém.
Mas deixem-me confessar, que este filme, e esta personagem, fazem parte da minha infância. Vi este filme várias vezes na TV em miúdo e sempre gostei da personagem do Edward. Mas, claro, fiquei sempre com uma imagem meio amigável e meio horrível dele. Ontem, ao rever o filme, nos primeiros minutos em que Johnny Depp, "vestido" desta personagem, aparece no ecrã, não percebi o porquê dessa memória. Edward era apenas um simples invento, simpático, que tenta lidar com as situações em que se envolve depois de uma vendedora da Avon o encontrar numa mansão abandonada decidir levá-lo para casa. Depois, mais adiante no filme, percebi porquê. Mas pronto, ele não é má pessoa. É preciso é ver a mente de uma criança de cinco anos, não é?
Enfim, gostei muito de ver o filme. Destaco, principalmente, a interpretação de Depp e a extraordinária banda sonora de Danny Elfman, "súbdito" de longa data de Burton, e que em «Eduardo Mãos de Tesoura», deixa um grande trabalho musical que merece ser atentamente escutado ao longo da fita. A história é cativante e original, e não deixa ninguém indiferente, sem dúvida. Apesar de tudo, é um filme para a família. E que é muito bonito, sem dúvida. Tim Burton não exagera nas partes mais "negras" do filme, e contrói um conto de fadas improvável e que é um regalo para os olhos de todas as gerações. Um filme cujo culto é merecido e vai continuar a merecê-lo!

Nota: * * * * 1/2

[No Angel]

Ao contrário do Revolutionary Road, que é intragável, o Beleza Americana é muito bom. Recomendo!

Intragável? Meu Deus

Mas bem, percebo que nao seja para todos os gostos. Por mim, acho-o um filme brilhante, e acho um pouco dificil que o beleza americana o supere, mas vamos ver.

[PanterA]

Também o achei muito bom. Então aquelas discussões entre Di Caprio vs Kate, foram sensacionais.
Quanto ao American Beauty, supera claramente. :P