The Hobbit: An Unexpected Journey (2012) - Peter Jackson

[DarkPhoenix]

Eu só vou ver no sábado, na magnífica sala 15 do UCI Arrábida ( enquanto não abre falência... )

[vinsanity]

Bem aqui vai a crítica. (contém spoilers mas estes serão assinalados como tal)

O Hobbit é para mim a minha obra preferida do Tolkien e era com grande expectativa que aguardava a sua adaptação para o grande ecrâ e bem, após ter seguido desde o inicio da sua produção, dos vários adiamentos devido a processos judiciais, falência da MGM, Guillermo del Toro a ir embora do Hobbit, problemas com os sindicatos dos actores que quase correu o risco do Hobbit não ser filmado na Nova Zelândia, a úlcera que o Peter Jackson teve antes de começar as filmagens, até arrisco a dizer que estes filmes terem conseguidos sido feitos foi obra de um milagre.

Falando no filme propriamente, esta primeira parte, posso dizer que adorei, foi como reaver velhos amigos 9 anos depois. Foram as 2 horas e 45 mais rápidas que vi, mesmo que os primeiros 45 minutos seja feito a uma velocidade menor, não é por isso secante ou dragging como muitos criticos apontavam, já na Irmandade do Anel o 1º Acto demora o seu tempo e é para muitos, incluido eu, o filme preferido da trilogia LOTR, mas depois acelera o passo e é sem parar até ao fim. Outro ponto, ainda bem que extenderam para 3 filmes, porque, na minha opinião não houve nenhuma cena que achasse que fosse para "encher chouriços" e depois ao lembrar-me daquele mural que saíu há uns meses atrás onde mostrava onde este primeiro filme iria terminar se fosse apenas 2 filmes, não conseguia imaginar a data de cenas que teriam sido cortadas para encaixar todas aquelas outras que viriam , por isso, fico satisfeito por terem tomado a decisão de fazer os 3 filmes.

Pontos que gostei:

- Apesar deste Hobbit ser notoriamente mais light e mais cómico que LOTR, o PJ não exagerou nesse aspecto felizmente e quando usou, resultou quase sempre, ao contrário de uma outra trilogia de prequelas que saiu há uns tempos atrás.

- Adaptação do livro ao grande ecrâ: É para mim a adaptação mais fiel que o Peter Jackson fez de um livro do Tolkien, mesmo algumas cenas que foram alteradas foram feitas de forma muito subtil

- Bilbo, Gandalf, Thorin, Balin: As personagens que se destacaram-se mais no filme, os actores fizeram um trabalho notável, o Martin Freeman é simplesmente perfeito, Ian Hom estará orgulhoso. Ian Mckellan como sempre excelente como o feiticeiro Gandalf o Cinzento e gostei muito do facto de ele usar mais a magia aqui. Richard Armitage surpreendeu-me como Thorin, percebo as semelhanças com Aragorn, mas Thorin é uma personagem muito mais cinica e desconfiada que Strider. Balin foi dos outros 12 anões aquele que destaca-se mais como o braço-direito de Thorin e aquele que se dá melhor com o Bilbo, tal como no livro.

- Radagast: Eu curti a personagem, embora ele tenha lá uma ou duas cenas que me fez vir ao de cima o espirito do Jar Jar, felizmente, mal se nota, mas gostei, estou curioso por ver o que ele fará nos filmes seguintes.

- As cenas dos apendices como Dol Goldur e White Council - Eu gostei muito de ter sido incluido e de ter visto personagens de LOTR de volta como Galadriel e especialmente Saruman interpretado pelo Christopher Lee que com 90 anos continua a dar para as curvas, pena que ainda não vimos o Gandalf a ir a Dol Goldur como foi mostrado nos trailers e aparecido em poucos segundos o Necromante, mas curti ver o espirito do Rei-Bruxo de Angmar lutar contra o Radagast

- Adivinhas no Escuro: Perfeita, e foi lindo ver no cinema onde fui, o pessoal ao meu lado a tentar adivinhar também, Andy Serkis está genial mais uma vez como Gollum/Smeagol

- Cena dos Trolls: ligeiramente diferente do livro, mas muito bom, os trolls estão bem feitos

- Os gigantes das montanhas: Adorei o PJ ter expandido essa cena, era uma das minhas partes preferidas do livro.

- As canções: adorei as duas canções que eram as minhas preferidas do livro, a de lavar os pratos e a canção das Montanhas Nebulosas

- Prólogo e flashbacks dos feitos de Thorin: Gostei dessas cenas, ajudaram a criar profundidade á personagem de Thorin, mais que existia no livro.

- Cenas de acção: Como sempre nesse capitulo, Peter Jackson não desilude e aí, trás consigo a violência das batalhas de LOTR, e o CGI não me chateou tanto como também muitos criticos apontaram e gostei muito mais destes wargs, que acho que são alguns dos exemplos feitos pelo Guillermo del Toro que o PJ usou

Coisas menos positivas (são mais nitpicks):

- Anões: tive pena que não tenha sido dado mais destaques aos outros anões, houve mesmo uns que quase não falavam a não ser em cenas nas canções, é pena porque isso pode criar o perigo de não se criar empatia a eles, talvez nos filmes seguintes sejam dados mais destaques

- Algumas das imagens do filme parece que exageraram na luz, especialmente nas cenas do Shire estão demasiados iluminadas, fazem lembrar aquela opção HDR nos gráficos dos jogos de meados da última década, tornou um bocado artificial a paisagem que se devia ser natural, talvez deve ser das câmaras RED, mas as cenas nocturnas e mais escuras estão excelentes

-Rei dos Gnomos, fiquei um bocado desiludido com o desfecho final desse, pareceu-me muito rushed.

- A cena do tradutor em confundir Erebor por Eriador, gostava de saber onde ele foi buscar isso, mesmo eles a falar percebe-se bem que dizem Erebor e não Eriador, e Dol Goldur como Montanha do Sul. Alguém não fez o trabalho de casa devidamente.

- Esperar um ano pelo 2º filme

Conclusão: uma excelente prequela, para mim ao nivel de LOTR, com as suas devidas diferenças, dou um 9.5 em 10.

PS: vi em 2D, por isso não posso pronunciar pela questão dos 48 FPS. Talvez numa 2ª visualização

[portuga_daniel]

Concordo com o vinsanity em tudo.

Vou apenas comentar os 48 frames por segundo.
De facto é uma grande experiência ver o filme em 48 frames por segundo. A imagem é hiper-realista, o nível de detalhe é soberbo. Houve momentos em que me senti no meio da acção, tal é a perfeição de imagem deste formato. Nos close-ups dava por mim a reparar em cada ruga e traço da cara dos personagens. É algo incrível.
Mas...foi uma experiência única que não pretendo repetir, pelo simples facto de que a magia do cinema perde-se completamente. Aquele "toque" cinematográfico deixou de existir e isso faz falta para que uma pessoa se sinta deslumbrada quando o filme acaba.
Mal possa irei ver a versão normal e aí, sim, irei desfrutar este filme na sua plenitude.

[lud81]

Já são 19:30 e ninguém ainda comentou o filme?!?!? Estamos a ficar velhos...

Oh pá, a essa hora tava eu a sair do trabalho, dá-me um desconto! Mas fui ver o filme à sessão das 21h40.

E é um filmão, é tudo aquilo que um fan dos filmes LOTR de Peter Jackson podia querer. É tal e qual esses 3, segue exactamente a mesma onda, o mesmo estilo, o mesmo aspecto, etc. É como se tivesse sido feito ao mesmo tempo que os outros.

Tem cenas parvas, sim... não se safa desse estigma. Achei extremamente estúpido o trenó puxado por coelhos do Radagast. Por acaso não me lembro se isto é do Tolkien ou não, mas mesmo que seja, está ridículo no filme. Mas isso é um pormenor de 1 ou 2 minutos num filme de quase 3 horas, por isso passa, pelo menos por mim.

Acho que o Richard Armitage está perfeito no papel de Thorin Oakenshield. Este gajo tem toda a presença e carisma de líder que faltava ao Viggo Mortensen nos LOTR. Epá, o Viggo até estava fixe nos LOTR, não pensem que mudei de opinião de repente, mas penso que há um consenso global que o homem falhou um bocado em termos de presença e carisma quando chegou a altura de retratar Aragorn como rei. Toda a gente se lembra daquele discurso sofrível que ele faz às portas de Mordor no ROTK. Comparem-no com um discurso similar feito minutos antes no mesmo filme pelo Bernard Hill em frente a Minas Tirith. Nada a ver!

Agora uma crítica à tradução, como não podia deixar de ser... A Lonely Mountain, que é o destino da viagem, também é conhecida pelo nome Erebor. O tradutor resolveu escrever Eriador sempre que alguém no filme dizia Erebor.



PS: Vi em 2D, mas no fds talvez experimente os 48fps, mas penso que isso só em 3D, não é? Não há 48fps em 2D, há?

[bisard]

As vossas impressões sobre o filme deixaram-me mais entusiasmado e sobretudo descansado depois de ler tanta crítica negativa. Tenho de ir ver o filme este fim-de-semana sem falta. Como fan incondicional da obra de Tolkien e dos filmes anteriores de certeza que vou gostar.

[leaodocinema]

é um filme excelente, claro que não tem o mesmo tom épico de o senhor dos aneis mas tambem não era pra ter. um bom regresso à terra média. talvez o único problema é a caraterização que não é tão boa como nos outros filmes.

http://moviesreviewsleao379.blogspot.pt ... erada.html

[BruceCampbell]

Também ainda não percebi porque é que as críticas são tão negativas! Adorei o filme.

Vi-o da perspectiva de quem nunca viu a trilogia LOTR (não me atirem pedras, quero ver a versão extensa mas ainda não surgiu oportunidade!) Claro que conheço o Gandalf, o Bilbo, aquele início em que o Frodo fala com o Bilbo e vai ter com o Gandalf (início do 1º senhor dos aneis), que é um filme dramático e bastante "negro", etc, etc.

Mas o Hobbit acho que é totalmente diferente. É mais animado, tem bastantes cenas de comédia, sem fugir às cenas de acção e a momentos mais dramáticos.

Dou especial destaque ao momento em que o Bilbo encontra o Gollum pela primeira vez.

[lud81]

é um filme excelente, claro que não tem o mesmo tom épico de o senhor dos aneis mas tambem não era pra ter.

Eu acho que tem.

[leaodocinema]

é um filme excelente, claro que não tem o mesmo tom épico de o senhor dos aneis mas tambem não era pra ter.

Eu acho que tem.

Pelo menos nas batalhas acho que são bastante mais cómicas e leves.

[paupau]

Eu pessoalmente não gostei dos 48 fps, pareceu-me mais um true motion 500hz do que uma tecnologia útil. Pensei que ajudasse a eliminar o motion blur, mas qual quê, o mínimo movimento no ecrã é lá vinha o típico efeito 100hz das tv's de casa. Foi melhorando, pois notei este efeito muito mais intensamente no início. O primeiro movimento do Bilbo em Bag's End até me assustou, pensei que não ia aguentar ver o filme assim.

Quanto ao filme, para mim é um Fellowship 2, gostei muito, como disseram antes, foi mesmo um reencontrar velhos amigos! E ainda bem que reeutilizaram os principais temas da banda sonora para essa sensação.
Quero ver o Smaug a sério ainda no 2º filme (duvido) e quero o Simarillion dividido em três, ó faz favor (o meu livro preferido do Tolkien).

[Cabeças]

Se tudo correr bem, vou ver amanhã!

(a edição 2D)

Depois escrevo as impressões. Mas caramba, é um acontecimento, esta nova trilogia!

Já estou preocupado é com a qualidade das edições que vamos ter... estarão ao nível das anteriores "estendidas"? E haverá edições estendidas?... (ok, quase de certeza).

E sim, também quero o Silmarilion!

[lud81]

Paupau, o Smaug vai aparecer no 2º filme, sim, pois o 2º chama-se The Desolation of Smaug. O 3º é There and Back Again.

Cabeças, uma edição extended deste primeiro The Hobbit já foi anunciada para o final de 2013 e não duvido de que teremos direito a edições do mesmo calibre que o LOTR teve. A questão que se prende nos dias de hoje é, será que haverá em DVD ou apenas em Bluray?

[Samwise]

Fui ver. Wow. Gostei mais deste do que dos outros três juntos - o PJ parece que aproveitou o melhor dos três e reuniu a experiência resultante neste filme. Conseguiu surpreender-me. Não achei as batalhas mais cómicas nem mais leves - pelo contrário, são mais pesadas do que aquilo que o livro faria prever, com gosto e vontade pela barbárie, e sem poupar na violência. A sequência da fuga das minas está notável, com uma coreografia de batalha e efeitos especiais impressionantes.

E a Galadriel continua linda de morrer.

9/10

[Argaroth01]

Mais um que foi ver o filme e adorou. E a 48 fps.

Acho que sou capaz de vir a gostar mais desta trilogia do que da do Senhor dos Anéis (e eu gostei bastante desta, apesar de já não a rever há uns valentes anos), principalmente porque tem um sentido de aventura bem mais vincado. E é natural que assim seja, dada a natureza do material de origem (O Senhor dos Anéis tem um tom mais fatalista dado aquilo que está em jogo).

Poder-se-á considerar discutível a opção de dividir um livro tão pequeno em 3 filmes (e é natural que este primeiro Hobbit sofra um bocado com isso já que tem que se cingir à parte inicial da história e por consequência, torna necessário o prolongamento de determinados elementos que não avançam exponencialmente a acção) mas dada a riqueza de material extra incluído (nomeadamente dos anexos de O Senhor dos Anéis e elementos dos Contos Inacabados), o receio de "empastelamento" é claramente evitado, a meu ver.

Os actores continuam em alta neste universo. Falar do Gandalf de Ian Mckellen é chover no molhado já que o actor veste o papel como uma segunda pele. Aqui, tenho que destacar os excelentes trabalhos de Martin Freeman e Richard Armitage. O primeiro veste bem o papel do "homem" comum que se vê a braços com uma enorme aventura. Ao contrário de Frodo, que por razões óbvias via a sua demanda como um fardo, Bilbo sente um enorme fascínio, ainda que temerário (e relutante no início do filme) pelo mundo para lá do seu buraco no chão. E isso transparece perfeitamente no desempenho de Martin Freeman. É um hobbit perfeito. E quem disse que Richard Armitage dava um excelente Aragorn, não podia ter colocado as coisa com melhor clareza. Que grande Thorin Oakenshield.

Relativamente aos FX, nota-se claramente que este é um Hobbit num mundo pós-Avatar. O recurso a CGI é maior mas não me parece que estivesse tão mau como muitos por aí apregoam, ainda que alguns personagens tenham tido um cuidado mais redobrado que outros. Se para muitos a cereja no topo do bolo é, justamente, Gollum (e Andy Serkis, tal como Ian Mckellen, veste o personagem que nem uma luva), com o seu fotorealismo ainda mais vincado (sempre são 10 anos desde que o gosma se revelou em todo o seu esplendor) devo dizer que quem me deixou mais supreendido foi Azog, o orc branco. É sem dúvida um personagem menor cuja importância reside quase exclusivamente em dar aos anões uma espécie de grande vilão para esta primeira aventura mas em termos da sua execução, só consigo encontrar paralelo na naturalidade de movimentos dos Na'vi. Aliás, eu até tive que olhar várias vezes até me aperceber por completo que o personagem era uma composição digital e não um actor com próteses de látex.

E o que dizer dos 48 fps ? Se por um lado dá uma definição sem precedentes à imagem, é notório que em outras partes (principalmente no início do filme em Hobbiton, nas cenas interiores) torna a acção um pouco artificial (o efeito "hey-isto-parece-uma-produção-da-BBC"). Felizmente que, com o progredir do filme, torna-se cada vez menos presente. E o 3D, pela primeira vez que me lembro, surge com grande naturalidade, sem ser um sacrifício para os olhos (e isto vindo de um gajo que tem colocar óculos em cima de óculos e que está constantemente a ter que os ajeitar no nariz).

Enfim, volta a sensação que tinha ao acabar de ver A Irmandade do Anel: oh não, vou ter que esperar mais um ano...

8/10

[superman]

Eu pessoalmente adorei o filme.
Achei a imagem do filme muito boa e quanto a mim as interpretações estão muito bem.
Tem a parte cómica que ficou muito bem e souberam utilizar quando deviam.

Para mim a única parte negativa foi saber a pouco.

8.5/10