PUBLICO: Nova Série - "Clássicos Público"
Moderator: Pedro Pereira de Carvalho
Boas
O Mr. and Mrs. Smith nunca vi mas segundo as crónicas é um filme onde não nota traços do Hitchcock a que estamos habituados estando mais próximo de um tipo de comédia dos anos 40, tipo Lubitsch.
O "The Magnificent Ambersons" (O Quarto Mandamento), filme realizado a seguir a "Citizen Kane" vi faz alguns anos no Canal 2 e gostei, embora o ache inferior a filmes tais como "Touch of Evil", "The Lady from Shanghai" e o já referido "Citizen Kane". Não sendo alheio o facto de que a versão que chegou ao público foi uma versão retalhada pelo estúdio que aproveitou uma ida de Welles ao Brasil para filmar um documentário, nunca se sabendo o que Welles poderia fazer com o "Director's Cut".
Paulo Luz
O Mr. and Mrs. Smith nunca vi mas segundo as crónicas é um filme onde não nota traços do Hitchcock a que estamos habituados estando mais próximo de um tipo de comédia dos anos 40, tipo Lubitsch.
O "The Magnificent Ambersons" (O Quarto Mandamento), filme realizado a seguir a "Citizen Kane" vi faz alguns anos no Canal 2 e gostei, embora o ache inferior a filmes tais como "Touch of Evil", "The Lady from Shanghai" e o já referido "Citizen Kane". Não sendo alheio o facto de que a versão que chegou ao público foi uma versão retalhada pelo estúdio que aproveitou uma ida de Welles ao Brasil para filmar um documentário, nunca se sabendo o que Welles poderia fazer com o "Director's Cut".
Paulo Luz
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A colecção deveria chamar-se "Clássicos Americanos do Público".
Será que o resto do Mundo não existe?
Por ex. a filmografia europeia em termos de clássicos, não fica nada a dever á americana.

Será que o resto do Mundo não existe?

Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos. Millor Fernandes
Pois não, não fica. Mas tens de admitir que é um bom princípio
Pode ser que façam uma segunda série de clássicos que incluam Bergman, Renoir, Fritz Lang, Murnau e por aí fora (para citar apenas alguns dos mais conhecidos).

Pode ser que façam uma segunda série de clássicos que incluam Bergman, Renoir, Fritz Lang, Murnau e por aí fora (para citar apenas alguns dos mais conhecidos).
Frances Farmer
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Isaac: Like the cast of a Fellini movie.
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OK agora vou ter de concordar aqui com a Chloê e podem cair em cima de min que já estou pronto, mas eu acho a maior partes dos filmes antes dos anos 60 uma grande seca.
Não sei, mas há qualquer coisa nos filmes dos nos 40, 50, 30 que não me caem bem. E alias o filme mais antigo que tenho neste momento, é o Spartacus de 1960.
Sou até capaz de abrir uma excepção ou outra para alguns filmes como The Bridge on the River Kwai, os filmes do Chaplin, os filmes do Hitchcock e o Ben-Hur. But that´s it.
Os Western e os filmes do John Ford não suporto.
Os filmes de guerra (eram demasiado softs para o que o que deveria ser um ambiente atroz).
A maior parte dos filmes eram quase sempre dramáticos ou comédias românticas.
Os filmes de terror, ficção e aventura eram todos B.
As bandas sonoras eram todas iguais e repetitivas, lá aparecia uma excentricidade ou outra com o nome Bernard Herrmannn.
Os actores interpretavam todos da mesma forma e com a mesma expressão facial.
Tirando um ou outro realizador, todos tinham uma formula de realizar muito semelhante e sem nada de expressivo ou original.
E se calhar é melhor ficar por aqui antes que me matem.
Provavelmente o cinema refletia a cultura da época.
Penso que só a partir dos anos 60 e desenvolvendo durante os anos 70 que apareceram realizadores, actores, compositores e histórias que realmente trouxeram algo de diferente e inovador ao cinema.
Não sei, mas há qualquer coisa nos filmes dos nos 40, 50, 30 que não me caem bem. E alias o filme mais antigo que tenho neste momento, é o Spartacus de 1960.
Sou até capaz de abrir uma excepção ou outra para alguns filmes como The Bridge on the River Kwai, os filmes do Chaplin, os filmes do Hitchcock e o Ben-Hur. But that´s it.
Os Western e os filmes do John Ford não suporto.
Os filmes de guerra (eram demasiado softs para o que o que deveria ser um ambiente atroz).
A maior parte dos filmes eram quase sempre dramáticos ou comédias românticas.
Os filmes de terror, ficção e aventura eram todos B.
As bandas sonoras eram todas iguais e repetitivas, lá aparecia uma excentricidade ou outra com o nome Bernard Herrmannn.
Os actores interpretavam todos da mesma forma e com a mesma expressão facial.
Tirando um ou outro realizador, todos tinham uma formula de realizar muito semelhante e sem nada de expressivo ou original.
E se calhar é melhor ficar por aqui antes que me matem.
Provavelmente o cinema refletia a cultura da época.
Penso que só a partir dos anos 60 e desenvolvendo durante os anos 70 que apareceram realizadores, actores, compositores e histórias que realmente trouxeram algo de diferente e inovador ao cinema.
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Haveria muita “coisa” para comentar, mas vou limitar-me a uma só frase.
A maior evolução no mundo da sétima arte, ocorreu essencialmente nas suas primeiras décadas. Cineastas como David Wark Griffith e Orson Welles trouxeram mais inovação e originalidade ao cinema, do que quase todos os cineastas contemporâneos. Cinestas como Jonh Ford ou Alfred Hitchcock, criaram (praticamente sozinhos) novos géneros cinematográficos (Western e Suspense).
O que existe nos dias de hoje são essencialmente inovações técnicas. Centenas de lentes, filtros, e acima de tudo um desenvolvimento abismal dos efeitos especiais que permite fazer ”coisas” que nas décadas de 30/50 seriam impensáveis.
Agora, do ponto de vista humano, não vejo por parte dos realizadores contemporâneos, grandes contribuições no domínio da originalidade. Limitam-se na maior parte das vezes, a “tratar” o argumento de uma forma um pouco diferente. Há quem conte a “história” de trás para frente, há o surgimento em força dos twist’s, há quem utilize determinados maneirismo e movimentos de câmara um pouco fora do normal, para dar um ar de virtuoso... e pouco mais. Truques de circo, quando comparados com as inovações, que por ex. os citados Griffith e Welles, introduziram no cinema.
Quer dizer então, que nomes como, F.W. Murnau; Cecil B. DeMille; Fritz Lang; Charles Chaplin; David Wark Griffith; Jean Renoir; Billy Wilder; Orson Welles; Buster Keaton; Jonh Ford; Eisenstein; Alfred Hitchcock; Howard Hanks; Frank Capra; Buñuel; Jean Vigo; William Wyler; George Cukor; Roberto Rosselini; Luchio Visconti; Ernst Lubitsch; Robert Bresson; Otto Preminger:; Elia Kazan; Ingmar Bergman; Jacques Tati; De Sica; Nicholas Ray; Michelangelo Antonioni; Joseph L. Mankiewicz; Vincente Minnelli; Akira Kurosawa ou Federicco Fellini filmavam todos de uma forma parecida? e não trouxeram nada de novo ou de original ao cinema?Tojal City wrote:Tirando um ou outro realizador, todos tinham uma formula de realizar muito semelhante e sem nada de expressivo ou original.


A maior evolução no mundo da sétima arte, ocorreu essencialmente nas suas primeiras décadas. Cineastas como David Wark Griffith e Orson Welles trouxeram mais inovação e originalidade ao cinema, do que quase todos os cineastas contemporâneos. Cinestas como Jonh Ford ou Alfred Hitchcock, criaram (praticamente sozinhos) novos géneros cinematográficos (Western e Suspense).
O que existe nos dias de hoje são essencialmente inovações técnicas. Centenas de lentes, filtros, e acima de tudo um desenvolvimento abismal dos efeitos especiais que permite fazer ”coisas” que nas décadas de 30/50 seriam impensáveis.
Agora, do ponto de vista humano, não vejo por parte dos realizadores contemporâneos, grandes contribuições no domínio da originalidade. Limitam-se na maior parte das vezes, a “tratar” o argumento de uma forma um pouco diferente. Há quem conte a “história” de trás para frente, há o surgimento em força dos twist’s, há quem utilize determinados maneirismo e movimentos de câmara um pouco fora do normal, para dar um ar de virtuoso... e pouco mais. Truques de circo, quando comparados com as inovações, que por ex. os citados Griffith e Welles, introduziram no cinema.
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Era para não escrever nada... mas não consigo ficar indiferente.
Apenas quero dizer que é um post repleto de generalizações e com bastante falta de conhecimento acerca da história do cinema.
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Frances Farmer
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A mim também não me surpreende. Mas não deixa de ser uma opinião fundamentada com generalizações atrás de generalizações que, para quem gosta de Cinema e não apenas de ir ao cinema, soam apenas a falta de conhecimento ou falta de interesse. Tudo bem, nem todos podemos gostar do mesmo, mas não se banaliza assim uma arte.
Com isto arrisco-me a ficar com a imagem de pessoa que só gosta de clássicos... pelo contrário, gosto de Cinema. E estar a escrever isto é a mesma coisa que tu farias se "atacassem" uma coisa que tu gostas
Com isto arrisco-me a ficar com a imagem de pessoa que só gosta de clássicos... pelo contrário, gosto de Cinema. E estar a escrever isto é a mesma coisa que tu farias se "atacassem" uma coisa que tu gostas

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OK. Se calhar sou até capaz de estar errado em relação aos realizadores.
Mas certo é que os filmes mais clássicos não me conseguem tocar, depois também não vi muitos, mas isto deve-se essencialmente a péssima televisão (sinal aberto) que temos que não passam mais filmes destes. Se calhar tive azar.
Mas alguns que vejo, simplesmente aborrecem-me, talvez também por que não me retracto com a cultura destes anos.
È verdade que o Orson Welles é um realizador muito inovador para a altura e até eu admito quando vi o Citizen Kane, mas o filme zzzzzzzz.
Federicco Fellini, mais outro inovador, mas os filmes zzzzzzzz.
John Ford, não suporto.
Cecil B. DeMille, só me lembro dos 10 Mandamentos que gosto e quero comprar em DVD. Mas não me lembro de mais nada.
Alfred Hitchcock; Charles Chaplin; Buster Keaton – gosto destes todos, não sei porquê, os filmes já tinham um certo ritmo que me agradava. E não tem nada a ver, nos 2 últimos casos com a velocidade da câmara.
Elian Kazan é uma daqueles realizadores cujos filmes não me dizem nada, mas também ainda hoje não suporto simples filmes dramáticos.
Akira Kurosawa gostava de experimentar. Afinal foi grande influência do Sergio Leone.
Muitos destes nomes nem tento, quando começo a ver devo logo adormecer.
Agora tenho de vos dizer, que nunca foi grande adepto do género de filmes mais dramáticos. Sempre preferi, filmes de acção, guerra, ficção cientifica, aventura, comédia (não ligeira), terror e afins. Dai o provável insubstancialidade que tenho para com grande parte dos filmes.
Parece-me que há uma grande inocência na forma como estes filmes são feitos e é esta inocência que não me cai bem. Talvez eu prefira o cinismo e a violência que foi aparecendo com o Kubrik, Leone e companhias.
Eu cresci, com diz e bem o Mad Dog a ver os filmes dos anos 60, 70 e 80. Dai também uma provável razão por não gostar dos filmes mais antigos.
Mas há uma coisa que vocês terão de admitir, as bandas sonoras (talvez por causa dos limites do mono) eram muito semelhantes e nauseativas. São os únicos filmes que nunca me dá prazer de aumentar o som, pois irrita-me ao ouvido.
E sim o meu Post era mesmo para atacar a Frances.

Mas certo é que os filmes mais clássicos não me conseguem tocar, depois também não vi muitos, mas isto deve-se essencialmente a péssima televisão (sinal aberto) que temos que não passam mais filmes destes. Se calhar tive azar.
Mas alguns que vejo, simplesmente aborrecem-me, talvez também por que não me retracto com a cultura destes anos.
È verdade que o Orson Welles é um realizador muito inovador para a altura e até eu admito quando vi o Citizen Kane, mas o filme zzzzzzzz.
Federicco Fellini, mais outro inovador, mas os filmes zzzzzzzz.
John Ford, não suporto.
Cecil B. DeMille, só me lembro dos 10 Mandamentos que gosto e quero comprar em DVD. Mas não me lembro de mais nada.
Alfred Hitchcock; Charles Chaplin; Buster Keaton – gosto destes todos, não sei porquê, os filmes já tinham um certo ritmo que me agradava. E não tem nada a ver, nos 2 últimos casos com a velocidade da câmara.
Elian Kazan é uma daqueles realizadores cujos filmes não me dizem nada, mas também ainda hoje não suporto simples filmes dramáticos.
Akira Kurosawa gostava de experimentar. Afinal foi grande influência do Sergio Leone.
Muitos destes nomes nem tento, quando começo a ver devo logo adormecer.
Agora tenho de vos dizer, que nunca foi grande adepto do género de filmes mais dramáticos. Sempre preferi, filmes de acção, guerra, ficção cientifica, aventura, comédia (não ligeira), terror e afins. Dai o provável insubstancialidade que tenho para com grande parte dos filmes.
Parece-me que há uma grande inocência na forma como estes filmes são feitos e é esta inocência que não me cai bem. Talvez eu prefira o cinismo e a violência que foi aparecendo com o Kubrik, Leone e companhias.
Eu cresci, com diz e bem o Mad Dog a ver os filmes dos anos 60, 70 e 80. Dai também uma provável razão por não gostar dos filmes mais antigos.
Mas há uma coisa que vocês terão de admitir, as bandas sonoras (talvez por causa dos limites do mono) eram muito semelhantes e nauseativas. São os únicos filmes que nunca me dá prazer de aumentar o som, pois irrita-me ao ouvido.
E sim o meu Post era mesmo para atacar a Frances.

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Essa "inocência" não será aparente e produto das restrições que eram impostas ao cinema da época (falo do cinema americano), a comissão Hayes e afins? Quanto a mim isto só espicaçava os realizadores, argumentistas, etc, a serem mais criativos, tentando "contrabandear" as suas ideias, forçando-nos a ler nas entrelinhas. Hoje em dia, na maioria dos casos atiram-nos com tudo à cara e os filmes são mais óbvios. Por exemplo, quando num filme mais antigo vês um casal dormir em camas separadas, isso não acontecia porque o realizador queria, era-lhe imposto. Outro exemplo, o "Psycho" do Hitchcock, alegadamente, foi o primeiro filme "mainstream" a mostrar uma sanita num filme.Parece-me que há uma grande inocência na forma como estes filmes são feitos e é esta inocência que não me cai bem.
Enfim, o que quero dizer é que o cinema merece mais atenção do que aquela que por vezes lhe damos. It's all a bit more than mere shadows on a wall.
Não acho que isso esteja relacionado. Eu não tenho propriamente 70 anos para ter crescido a ver filmes dos anos 40-50.Tojal City wrote: Eu cresci, com diz e bem o Mad Dog a ver os filmes dos anos 60, 70 e 80. Dai também uma provável razão por não gostar dos filmes mais antigos.

Aha... bem me pareciaTojal City wrote:E sim o meu Post era mesmo para atacar a Frances. :twisted

Experimenta ver Howard Hawks... com um único realizador aprendes a gostar de westerns, comédias, film noir, musicais, ficção científica, etc.
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