Super 8 (2011) - J.J. Abrams
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Re: Super 8 (2011) - J.J. Abrams
Não sei bem do que estava à espera, mas não era certamente de um Goonies século XXI. Ainda não há muito tempo me interrogava que filmes de hoje em dia vão ficar para a memória nos miúdos, como o Goonies e outros que tal ficaram para nós. Acho que a resposta está aqui, no Super 8. Um barco pirata escondido e um Chunk já não impressionam muito os miúdos de hoje em dia. Mas um creepy bad-ass alien com high-tech nunca vista, talvez já surta mais efeito, juntamente com a história envolvente.
Gostei bastante, embora tenho quase a certeza que um miúdo de 12 ou 13 anos vá adorar mais.
Gostei bastante, embora tenho quase a certeza que um miúdo de 12 ou 13 anos vá adorar mais.
Re: Super 8 (2011) - J.J. Abrams
Aquilo de que gostei mais no filme foi a "cinematografia". À semelhança do Star Trek, este Super 8 é uma festa para os olhos - tem efeitos fotográficos de encher o olho, e não me refiro aos efeitos especiais (que estão ok e cumprem a função, mas nada mais). Aqueles "flares" horizontais azuis que rasgam o ecrã de uma ponta à outra, provenientes de fontes de luz, são espectaculares, e as mudanças de focagem entre o primeiro e segundo planos também levaram um tratamento especial, já que a imagem estica ou encolhe de cada vez que isso sucede (quase que dá para ouvir a lente a "ranger"). Não sei isto não será uma simulação propositada dos efeitos reais que ocorrem com o uso daquelas câmaras que os miúdos têm, mas sei que ficam a matar. Em termos de côr, também não é todos os dias que vemos um filme assim. Visualmente é um filme muito "belo".
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
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Re: Super 8 (2011) - J.J. Abrams
Belíssimo filme, não só do ponto de vista estético como do ponto de vista narrativo.
A influência do Spielberg é óbvia e assumida mas não é gratuita ou oportunista. Há ali muito de auto-biográfico, segundo a empire o quarto do protagonista é uma réplica do quarto de míudo do JJ que naquela idade se entretinha a fazer pequenos filmes em Super 8 com o seu amigo Matt Reeves (o realizador de Cloverfield). Sendo assim não é de admirar que também se note esse toque mais "moderno" na criatura (que é também do mesmo designer responsável pelo monstro de Cloverfield).
O cast juvenil está óptimo o que é incrível pois se encontrar um bom actor criança/jovem já é dificil quanto mais um grupo deles, alguns deles estreantes.
O acidente de comboio pode parecer exagerado mas caramba isto não é um documentário, um pouco de espectáculo não fica nada mal.
A influência do Spielberg é óbvia e assumida mas não é gratuita ou oportunista. Há ali muito de auto-biográfico, segundo a empire o quarto do protagonista é uma réplica do quarto de míudo do JJ que naquela idade se entretinha a fazer pequenos filmes em Super 8 com o seu amigo Matt Reeves (o realizador de Cloverfield). Sendo assim não é de admirar que também se note esse toque mais "moderno" na criatura (que é também do mesmo designer responsável pelo monstro de Cloverfield).
O cast juvenil está óptimo o que é incrível pois se encontrar um bom actor criança/jovem já é dificil quanto mais um grupo deles, alguns deles estreantes.
O acidente de comboio pode parecer exagerado mas caramba isto não é um documentário, um pouco de espectáculo não fica nada mal.
Re: Super 8 (2011) - J.J. Abrams
o quê ?!?! O Super 8 também está cheio de lens flares ?Samwise wrote:Aquilo de que gostei mais no filme foi a "cinematografia". À semelhança do Star Trek, este Super 8 é uma festa para os olhos - tem efeitos fotográficos de encher o olho, e não me refiro aos efeitos especiais (que estão ok e cumprem a função, mas nada mais). Aqueles "flares" horizontais azuis que rasgam o ecrã de uma ponta à outra, provenientes de fontes de luz, são espectaculares,
Eu nem consigo rever o Star Trek tal é a quantidade ridicula de lens flares De tal forma que o próprio falou sobre o assunto
http://io9.com/5230278/jj-abrams-admits ... ridiculous

Deve ser uma obsessão dele...
" Listen, you fuckers, you screwheads. Here is a man who would not take it anymore. A man who stood up against the scum, the cunts, the dogs, the filth, the shit. Here is a man who stood up." Travis Bickle in Taxi Driver
Re: Super 8 (2011) - J.J. Abrams
Concordo com o Samwise no que diz respeito ao aspecto visual do Star Trek.
Também achei os "flares" simplesmente fantásticos combinados com a cinematografia e o CG bem "vivos" do filme.
Também achei os "flares" simplesmente fantásticos combinados com a cinematografia e o CG bem "vivos" do filme.
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Re: Super 8 (2011) - J.J. Abrams
Fui ver este filme com mais duas pessoas e fui o único que adorei o filme. Concordo com a maioria do que foi dito por aqui, faz de facto lembrar os trabalhos antigos do Steven. Se a isso juntarmos o toque único do JJ Abrams obtém-se um filme diferente de tudo o que tem saído nestes últimos anos. Também o recomendo.
Re: Super 8 (2011) - J.J. Abrams
Pois está, pelo menos durante as cenas à noite - e o feeling de preenchimento visual, para além daquilo que a realidade produz, é realmente semelhante ao do Star Trek. Para quem não gosta, é capaz de ser mau...jimmy wrote:o quê ?!?! O Super 8 também está cheio de lens flares ?Samwise wrote:Aquilo de que gostei mais no filme foi a "cinematografia". À semelhança do Star Trek, este Super 8 é uma festa para os olhos - tem efeitos fotográficos de encher o olho, e não me refiro aos efeitos especiais (que estão ok e cumprem a função, mas nada mais). Aqueles "flares" horizontais azuis que rasgam o ecrã de uma ponta à outra, provenientes de fontes de luz, são espectaculares,

Bem, com este Super 8 lá se vai a ideia de que "o futuro é tão luminoso que não pode ser contido na ecrã"...Eu nem consigo rever o Star Trek tal é a quantidade ridicula de lens flares De tal forma que o próprio falou sobre o assunto
http://io9.com/5230278/jj-abrams-admits ... ridiculous![]()
Deve ser uma obsessão dele...

Fiquei com vontade de rever o filme. Ainda só o vi uma vez, e foi no cinema.

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Re: Super 8 (2011) - J.J. Abrams
Terminei finalmente de organizar as notas...
A propósito da alegada herança de Spielberg e Donner, é inegável que Super 8 não nos faça em determinados momentos recordar Os Goonies, Close Encounters of the Third Kind, ET ou até Jurassic Park.
Partindo de determinados códigos basilares ao género da Ficção Científica (e não só), Super 8 centra o ponto de vista na amizade que une um grupo de crianças, fazendo-as substituir, em protagonismo e responsabilidade, aquilo que normalmente é exigível do mundo dos adultos. Adultos estes que, numa espécie de paralelo irónico com o mundo real, se dedicam a "estragar tudo", entretidos que estão a "brincar" aos soldados e a conquistar pela força aquilo uma abordagem humanista (e humana, se levarmos o assunto à letra e pensarmos na vertente FC do filme) resolveria. É uma inversão de papéis típica do universo de Spielberg, aqui retratada num pequeno momento da coming-of-age, situada algures entre a criancice e a adolescência - em que a noção de "inocência perdida" ganha contornos plurais, abrangendo não só o grupo mais próximo, mas toda uma comunidade (no caso uma pequena vila perdida nos confins interiores da América)
Nesta vertente, bem como no artifício visual delirante, Super 8 revela-se um digno herdeiro da "tradição" - o aroma está lá todo. Onde falha é depois na digestão, no "aprofundar emocional" de laços que aparentemente chegam a pretender criar-se durante a primeira hora de filme. Porque não há, no argumento, tempo dedicado à resolução dos conflitos emotivos criados no decorrer da intriga (e lembro especificamente os primeiros cinco minutos da fita - um início que cria, do nada, duas situações de conflito com potencialidades gigantescas e desenvolvimentos decepcionantes), resolvendo-se Abrams a despachar as (nossas) expectativas no meio de uma montagem rápida e frenética onde não há margem para respiros pausados.
O resultado é forçosamente desequilibrado e Super 8, longe de ser um filme sem alma, empurra todas as emoções que o espectador sente para uma vertente mais técnica, exploradora de mecanismos de medo e suspense próximos da fita de terror. Falta sobretudo mais tempo passado com/entre as personagens - tempo que nos permitiria identificar emocionalmente com os seus problemas - senti-los como nossos. Ou seja, se com Spielberg tínhamos tudo, aqui temos metade à conta de um esbanjamento algo displicente da matéria prima.
Pelo meio temos direito a um filme dentro do filme e a uma homenagem a Romero, aos maluquinhos por cinema, e às fitas de zombies - é uma situação algo derivativa, mas que acaba por servir de cola entre as muitas componentes temática que o filme agrega (é através da rodagem do filme que os "par amoroso" se junta, é durante uma fuga nocturna para filmarem que assistem ao acidente do comboio, é durante uma das sessões de visualização da fita que os dois amigos revelam um ao outro o que lhes vai na alma, etc.), para além de lhe conferir um ar nostálgico de alguma magia que se conjuga bem com o ambiente visual.
A nível visual, e confirmando o que se viu em Star Trek, Super 8 é um portento. É mesmo uma maravilha se o compararmos com o que sai todos os anos de Hollywood e com a tendência actual em apostar no 3D - e o mais interessante é que não são os efeitos especiais que fazem a diferença, são antes alguns pormenores de fotografia, cor e iluminação. É impossível ficar-se indiferente aos "flares" que se expandem das fontes de claridade, e que geram no ecrã, entre outras coisas, linhas horizontais azuis de belo efeito. Outro exemplo são as transições de focagem entre dois planos diferentes, e o modo como o ecrã de comprime e expande quando se dão essas alterações. São pormenores simples, mas que fazem uma grande diferença. Com diria o Ebert, é o glorioso 2D em todo o seu esplendor.
Como produto de puro entretenimento, Super 8 está claramente num patamar de cima. É tecnicamente competente e eficaz, ainda que não aproveite em pleno as potencialidade de que dispõe. Vale uma deslocação ao cinema - único local onde porventura a experiência possa fazer sentido...
7/10

A propósito da alegada herança de Spielberg e Donner, é inegável que Super 8 não nos faça em determinados momentos recordar Os Goonies, Close Encounters of the Third Kind, ET ou até Jurassic Park.
Partindo de determinados códigos basilares ao género da Ficção Científica (e não só), Super 8 centra o ponto de vista na amizade que une um grupo de crianças, fazendo-as substituir, em protagonismo e responsabilidade, aquilo que normalmente é exigível do mundo dos adultos. Adultos estes que, numa espécie de paralelo irónico com o mundo real, se dedicam a "estragar tudo", entretidos que estão a "brincar" aos soldados e a conquistar pela força aquilo uma abordagem humanista (e humana, se levarmos o assunto à letra e pensarmos na vertente FC do filme) resolveria. É uma inversão de papéis típica do universo de Spielberg, aqui retratada num pequeno momento da coming-of-age, situada algures entre a criancice e a adolescência - em que a noção de "inocência perdida" ganha contornos plurais, abrangendo não só o grupo mais próximo, mas toda uma comunidade (no caso uma pequena vila perdida nos confins interiores da América)
Nesta vertente, bem como no artifício visual delirante, Super 8 revela-se um digno herdeiro da "tradição" - o aroma está lá todo. Onde falha é depois na digestão, no "aprofundar emocional" de laços que aparentemente chegam a pretender criar-se durante a primeira hora de filme. Porque não há, no argumento, tempo dedicado à resolução dos conflitos emotivos criados no decorrer da intriga (e lembro especificamente os primeiros cinco minutos da fita - um início que cria, do nada, duas situações de conflito com potencialidades gigantescas e desenvolvimentos decepcionantes), resolvendo-se Abrams a despachar as (nossas) expectativas no meio de uma montagem rápida e frenética onde não há margem para respiros pausados.
O resultado é forçosamente desequilibrado e Super 8, longe de ser um filme sem alma, empurra todas as emoções que o espectador sente para uma vertente mais técnica, exploradora de mecanismos de medo e suspense próximos da fita de terror. Falta sobretudo mais tempo passado com/entre as personagens - tempo que nos permitiria identificar emocionalmente com os seus problemas - senti-los como nossos. Ou seja, se com Spielberg tínhamos tudo, aqui temos metade à conta de um esbanjamento algo displicente da matéria prima.
Pelo meio temos direito a um filme dentro do filme e a uma homenagem a Romero, aos maluquinhos por cinema, e às fitas de zombies - é uma situação algo derivativa, mas que acaba por servir de cola entre as muitas componentes temática que o filme agrega (é através da rodagem do filme que os "par amoroso" se junta, é durante uma fuga nocturna para filmarem que assistem ao acidente do comboio, é durante uma das sessões de visualização da fita que os dois amigos revelam um ao outro o que lhes vai na alma, etc.), para além de lhe conferir um ar nostálgico de alguma magia que se conjuga bem com o ambiente visual.
A nível visual, e confirmando o que se viu em Star Trek, Super 8 é um portento. É mesmo uma maravilha se o compararmos com o que sai todos os anos de Hollywood e com a tendência actual em apostar no 3D - e o mais interessante é que não são os efeitos especiais que fazem a diferença, são antes alguns pormenores de fotografia, cor e iluminação. É impossível ficar-se indiferente aos "flares" que se expandem das fontes de claridade, e que geram no ecrã, entre outras coisas, linhas horizontais azuis de belo efeito. Outro exemplo são as transições de focagem entre dois planos diferentes, e o modo como o ecrã de comprime e expande quando se dão essas alterações. São pormenores simples, mas que fazem uma grande diferença. Com diria o Ebert, é o glorioso 2D em todo o seu esplendor.
Como produto de puro entretenimento, Super 8 está claramente num patamar de cima. É tecnicamente competente e eficaz, ainda que não aproveite em pleno as potencialidade de que dispõe. Vale uma deslocação ao cinema - único local onde porventura a experiência possa fazer sentido...
7/10
Last edited by Samwise on August 12th, 2011, 5:33 pm, edited 2 times in total.
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Re: Super 8 (2011) - J.J. Abrams
Acontece-me o mesmo que ao Jimmy. Como filme de entretenimento, até simpatizei com o Star Trek. No entanto, não consegui rever o filme, porque ao fim de uns minutos já deitava as lens flares pelo olhos. Para mim tornaram-se irritantes e insuportáveis. Não conseguia abstrair-me delas.Samwise wrote:Pois está, pelo menos durante as cenas à noite - e o feeling de preenchimento visual, para além daquilo que a realidade produz, é realmente semelhante ao do Star Trek. Para quem não gosta, é capaz de ser mau...jimmy wrote:o quê ?!?! O Super 8 também está cheio de lens flares ?Samwise wrote:Aquilo de que gostei mais no filme foi a "cinematografia". À semelhança do Star Trek, este Super 8 é uma festa para os olhos - tem efeitos fotográficos de encher o olho, e não me refiro aos efeitos especiais (que estão ok e cumprem a função, mas nada mais). Aqueles "flares" horizontais azuis que rasgam o ecrã de uma ponta à outra, provenientes de fontes de luz, são espectaculares,![]()
Bem, com este Super 8 lá se vai a ideia de que "o futuro é tão luminoso que não pode ser contido na ecrã"...Eu nem consigo rever o Star Trek tal é a quantidade ridicula de lens flares De tal forma que o próprio falou sobre o assunto
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Deve ser uma obsessão dele...É pancada, mesmo.
Fiquei com vontade de rever o filme. Ainda só o vi uma vez, e foi no cinema.
Se passou a ser "imagem de marca" do J. J. é da maneira que gasto menos dinheiro.
Um gajo até quer ir ao cinema, mas eles não facilitam...

Pelo amor de Deus, que nunca façam um remake, prequel, sequel, reboot, whatever do Blade Runner, e nem sou católico...
Update: Ridley Scott, estás oficialmente na minha shitlist!
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Re: Super 8 (2011) - J.J. Abrams
Realmente os lens flares são uma praga.
Não sei o que passa pela cabeça do Abraams. Existe um limite para tudo. Pior ainda quando vemos um filme e estamos logo a pensar sobre o efeito. Mesmo assim pareceu-me longe do exagero do Star Trek .
O Super 8 é um filme engraçadote , onde se destaca claramente a dinâmica entre o grupo de miudos , a sua quest em fazer um filme e a reconstrução daquela época. Falha completamnete o lado mais emocional , bem que somos martelados para tal mas nunca me senti minimamente envolvido na tragédia.
Mas o seu maior problema é o desequilibro entre um lado mais "infantil" (por serem crianças) da aventura , e o monstro que se comporta de forma absolutamente...monstruosa
Não é um problema de ser inverossímil, é o desnível entre o ambiente das situações.
Os filmes do Abraams continuam longe de seduzir-me. E o trabalho do Giacchino idem.

O Super 8 é um filme engraçadote , onde se destaca claramente a dinâmica entre o grupo de miudos , a sua quest em fazer um filme e a reconstrução daquela época. Falha completamnete o lado mais emocional , bem que somos martelados para tal mas nunca me senti minimamente envolvido na tragédia.
Mas o seu maior problema é o desequilibro entre um lado mais "infantil" (por serem crianças) da aventura , e o monstro que se comporta de forma absolutamente...monstruosa

Os filmes do Abraams continuam longe de seduzir-me. E o trabalho do Giacchino idem.
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Re: Super 8 (2011) - J.J. Abrams
Também reparei nisso. Há uma desproporção grande entre a bestialidade e a inocência. Duas cenas em que fiqueijimmy wrote:Mas o seu maior problema é o desequilibro entre um lado mais "infantil" (por serem crianças) da aventura , e o monstro que se comporta de forma absolutamente...monstruosaNão é um problema de ser inverossímil, é o desnível entre o ambiente das situações.

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- DarkPhoenix
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Re: Super 8 (2011) - J.J. Abrams
Pois finalmente ganhei coragem e vi "Super 8".
Estou sempre atento aos trabalhos de JJ Abrams, seja como argumentista ou realizador.
Acho o seu "Cloverfield" uma verdadeira obra-prima, aprendi a gostar do "Star Trek" e no meu entender foi a sua garra que salvou o "Mission: Impossible" da mediocridade.
JJ Abrams é daqueles que faz o que quer.
E dedica-se a homenagear, renovar e retocar sonhos de infância e juventude.
Um pouco como Tarantino, embora com abordagens e temáticas muito diferentes.
A primeira hora de "Super 8" é de uma nostalgia deliciosa para quem - como eu - cresceu a ver filmes como "Stand By Me", "The Goonies", "E.T", entre outros.
Um fabuloso elenco de jovens actores cativou a minha atenção para as suas aventuras no quotidiano dos inícios da década de 80.
Já não se fazem filmes assim...
Infelizmente, "Super 8" acaba por trocar a nostalgia e a inocência das personagens pelas explosões e monstros sanguinários...
No meu entender foi um enorme desperdício, banalizou e arruinou o que começou por ser um filme muito promissor.
O filme é desequilibrado, porventura enganador... demasiado negro na violência que exibe.
As lanternas ameaçadoras dos agentes fazem lembrar "E.T.", mas o resultado final é francamente uma desilusão.
Longe de ser um mau filme, "Super 8" é no meu entender uma gritante oportunidade perdida...
7.5/10
Estou sempre atento aos trabalhos de JJ Abrams, seja como argumentista ou realizador.
Acho o seu "Cloverfield" uma verdadeira obra-prima, aprendi a gostar do "Star Trek" e no meu entender foi a sua garra que salvou o "Mission: Impossible" da mediocridade.
JJ Abrams é daqueles que faz o que quer.
E dedica-se a homenagear, renovar e retocar sonhos de infância e juventude.
Um pouco como Tarantino, embora com abordagens e temáticas muito diferentes.
A primeira hora de "Super 8" é de uma nostalgia deliciosa para quem - como eu - cresceu a ver filmes como "Stand By Me", "The Goonies", "E.T", entre outros.
Um fabuloso elenco de jovens actores cativou a minha atenção para as suas aventuras no quotidiano dos inícios da década de 80.
Já não se fazem filmes assim...
Infelizmente, "Super 8" acaba por trocar a nostalgia e a inocência das personagens pelas explosões e monstros sanguinários...
No meu entender foi um enorme desperdício, banalizou e arruinou o que começou por ser um filme muito promissor.
O filme é desequilibrado, porventura enganador... demasiado negro na violência que exibe.
As lanternas ameaçadoras dos agentes fazem lembrar "E.T.", mas o resultado final é francamente uma desilusão.
Longe de ser um mau filme, "Super 8" é no meu entender uma gritante oportunidade perdida...
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"I WAS fire and life incarnate!"
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