The Dark Knight Rises (2012) - Christopher Nolan

[ostogio]

Concorri a dois passa-tempos para a ante-estreia do Batman, um não ganhei o outro estou a aguardar a resposta.
Entretanto já tenho vestimenta apropriada para ir ver o filme

Bem... eu concorri a 8... em 4 já fui ao ar.... ainda falta mais 4 , resta uma pequena esperança

[_RaDiOaCtIvE_]

Eheheh eu há muito que também já tenho idumentária apropriada para o filme e para a estação em que estamos. :P

[_RaDiOaCtIvE_]

Alguém sabe dizer se haverá ante-estreias na quarta-feira? Não encontrei nada na net, queria saber também os locais.

[Net_Holer]

Alguém sabe dizer se haverá ante-estreias na quarta-feira? Não encontrei nada na net, queria saber também os locais.

Abertas ao público? Duvido imenso, mas não digo que seja impossível. Só se for já depois da meia noite (ou seja, tecnicamente já é quinta-feira).
Existem é as habituais ante-estreias para a imprensa e para os vencedores de passatempos. Sei que uma delas é no Colombo.

PS: A camisola é à maneira, a minha não é de alças é T-Shirt

[Strangelove]

Eu estarei na antestreia de Lisboa.
Se alguém me quiser bater por não gostar realmente dos Batman esteja à vontade.
Desde que pague o café!

[Strangelove]

Strangelove, o meu gosto em relação aos filmes do Nolan é semelhante ao teu (Insomnia e The Prestige os melhores), mas não concordo com algumas coisas que escreves.

Criar algum ambiente onírico no Inception? Não creio que o filme seja propenso a esse tipo de vertente, já que a lógica narrativa toda é estritamente racional, matemática, precisa - tudo funciona como num relógio de precisão e cada peça tem um propósito bem delineado. Há pouco espaço (e tempo) no argumento para essas desenvolturas - e as que há são todas bastante controladas. Não é o tipo de filme que beneficiasse de sequências dessas, e incluí-las seria colocar "gordura" no filme.

Talvez onírico tenha sido a palavra errada. Talvez o mais correcto fosse uma abertura à imperfeição, ao incontrolável dentro de um sonho.
Discordo de que a lógica narrativa dele é sempre racional para dar um resultado final impenetrável nas suas razões.
Ainda assim, entendendo o sentido do que dizes, vou admitir que tal existe em Inception e vou, a partir daí, afirmar peremptoriamente que Nolan falhou ao ser demasiado racional.
Afinal, neste caso de manipulação dos sonhos em que o abismo vem por amor a uma mulher, não há sentimentos à tona e aquele momento final com os filmes é tão mecânico como tudo o resto.
Não serão os prédios a desmoronar que traduzem o que mais perto de um sonho incontrolável está a acontecer, enquanto que cada camada de heist movie se torna banal (e entediante)?

Numa outra vertente, o Nolan não é esse tipo de cineasta. As estravagâncias dele são puramente técnicas/tecnológicas, muito "físicas" e objectivas no tempo e no espaço. Ele é tão maníaco desta ideologia, que sempre que tem de lidar com "abstrações" e com "indefinições", fá-lo de forma a ter o controlo de qualquer forma, nem que seja num nível narrativo hierarquicamente acima - é só pensar no Memento, por exemplo, para ver esta questão em pleno funcionamento. Com ele, o espectador até pode andar perdido, mas sabe que há lógica que ata as pontas todas no fim.

Por isso mesmo é que os seus dois melhores filmes - e tu concordaste, o que me dá margem de manobra para o afirmar assim - são aqueles em que a emoção humana mais interferente na sua racionalidade. (Tal como a interpretação de Ledger o fez passar de um Batman banal a um Batman arrojado.)
E são aqueles que não têm origem na sua própria escrita!
Os seus puzzles são eficazes, deliciosos de seguir durante o tempo que dura o filme, mas saem-se deles com quase nada para "rever na nossa cabeça".
Sobretudo se os puzzles que ele lança são sempre resolvidos no fim. Ainda há tarefas que devem ser deixadas aos espectadores.
O talento técnico não chega, sinceramente, para fazer dele um realizador assombroso.

[Samwise]

Por isso mesmo é que os seus dois melhores filmes - e tu concordaste, o que me dá margem de manobra para o afirmar assim - são aqueles em que a emoção humana mais interferente na sua racionalidade.

No caso do Insomnia, concordo que isso suceda, no caso do The Prestige, não (a manipulação de sentimentos para que sirvam os interesses narrativos neste filme é extrema).

Os seus puzzles são eficazes, deliciosos de seguir durante o tempo que dura o filme, mas saem-se deles com quase nada para "rever na nossa cabeça".
Sobretudo se os puzzles que ele lança são sempre resolvidos no fim. Ainda há tarefas que devem ser deixadas aos espectadores.

Mais uma vez, discordo - em qualquer filme dele há sempre imensos pormenores para rever e repensar mais tarde - tudo por conta da lógica mecânica precisa, mas que costuma desafiar sempre as convenções do "mundo real". Pensa no Inception e confronta-o com aquilo que acabaste de dizer. Deve ser dos filmes mas discutido da década pelos espectadores depois de terem assistido, não só porque o tamanho puzzle é maior do que o que o cérebro "normal" consegue assimilar só com uma visualização, como também porque o final É de facto deixado do lado do espectador.

O talento técnico não chega, sinceramente, para fazer dele um realizador assombroso.

Não, mas chega para fazer dele um realizador tecnicamente assombroso.

[DarkPhoenix]

Dos filmes que vi do Nolan, o meu preferido continua a ser "Batman Begins", onde a disciplina técnica do realizador ( sem o considerar "assombroso" ) não sofre com argumentos inchados e esticados como acontece em "Inception" e - em especial - no "The Dark Knight".
Tenho aqui para ver "The Prestige" e falta-me também o "Insomnia".
Não suporto o "Memento", é uma tortura.

[Cabeças]

E o Following, o primeiro dele, alguém já teve oportunidade de ver?

Está na minha wishlist há meses, mas não há edição nacional, pelo que sei.

[Net_Holer]

The Dark Knight Rises Breaks $300 Million

The Dark Knight Rises crossed $300 million at the domestic box office Tuesday. The Batman sequel needed just 12 days in theaters to reach the milestone. Only two other films in Hollywood history got there faster: And, yes, one of those films was The Avengers, and, yes, the other was The Dark Knight. Dark Knight Rises tops box office for second weekend The Avengers, the year's biggest hit, and the third-biggest-grossing movie of all-time, blew past $300 million in a stunningly brief nine days, and stood at about $390 million after 12 days, per BoxOfficeMojo.com stats. The Dark Knight, released in 2008, crossed $300 million in 10 days. Its 12-day total was about $334

[bisard]

Acabei de ver o filme na sessão das 00h01 do El Corte Inglés em Lisboa (até fila havia para entrar) e adorei o filme. Encerra em beleza a trilogia e consegue de forma perfeita, a meu ver, ligar este último filme com tudo o que se passou nos anteriores. Não consegue atingir a genialidade do The Dark Knight (também era muito difícil) mas anda lá perto em certas ocasiões. Adorei todo o arco narrativo do filme, os seus twists and turns conseguiram surpreender-me. O Bane está excelente, uma verdadeira força da natureza! A Catwoman perfeita. Estava com um pouco de medo da Anne Hathaway, mas acabou por ser uma bela surpresa. A banda sonora sempre no ponto, como nos anteriores. É sem duvida o mais épico dos 3 filmes. Vou revê-lo certamente no cinema mais uma ou duas vezes.

[ruben]

Estreia hoje.



IMDB


Sinopse:

Passaram-se oito anos desde que Batman desapareceu na noite tornando-se, nesse momento, de herói a fugitivo.
Assumindo a culpa pela morte de Harvey Dent, o Cavaleiro das Trevas sacrificou tudo o que para ele e para o Comissário
Gordon era um bem maior. Por um momento a mentira funcionou, pois a actividade criminosa em Gotham City foi destruída
graças à Lei anti-crime de Dent. Mas tudo muda com a chegada de uma gata silenciosa e astuta, com propósitos misteriosos.
Muito mais perigoso, no entanto, é o aparecimento de Bane, um terrorista mascarado cujos planos implacáveis para Gotham City
vão fazer Bruce sair do seu auto-imposto exílio. Mas mesmo a usar a sua máscara e capa novamente, Batman pode não estar
à altura de Bane.

[Strangelove]

Acabei de ver o filme na sessão das 00h01 do El Corte Inglés em Lisboa (até fila havia para entrar) e adorei o filme. Encerra em beleza a trilogia e consegue de forma perfeita, a meu ver, ligar este último filme com tudo o que se passou nos anteriores. Não consegue atingir a genialidade do The Dark Knight (também era muito difícil) mas anda lá perto em certas ocasiões. Adorei todo o arco narrativo do filme, os seus twists and turns conseguiram surpreender-me. O Bane está excelente, uma verdadeira força da natureza! A Catwoman perfeita. Estava com um pouco de medo da Anne Hathaway, mas acabou por ser uma bela surpresa. A banda sonora sempre no ponto, como nos anteriores. É sem duvida o mais épico dos 3 filmes. Vou revê-lo certamente no cinema mais uma ou duas vezes.

Bem, eu vi-o um pouco antes de ti, na sessão de ante-estreia e não podia discordar mais.
Este não é apenas o pior filme da trilogia - e faço notar que acho o Batman Begin bastante fraco - mas é um mau filme por direito próprio.
Ao longo das suas behemóticas duas horas e meia o filme mostra a sua narrativa mal pensada, o seu desinteresse pelas personagens (arquétipos funcionais, quanto muito) e as suas pretensões sociológicas desfasadas.
Naquilo que não é mais do que uma versão dos Vingadores (de que não sou o maior fã, igualmente) sem graça, com maus diálogos e com esteróides intelectuais que pretendem fazer de Gotham o retrato do mundo moderno.
E, no final de contas, é um filme igual ao primeiro, apenas mais sobrecarregado.

[Strangelove]

No caso do Insomnia, concordo que isso suceda, no caso do The Prestige, não (a manipulação de sentimentos para que sirvam os interesses narrativos neste filme é extrema).

Quando falei em interferência não queria dizer que as emoções toldavam a narrativa ou a desviavam do caminho.
Quis dizer que as emoções interferiam na forma hermética que o Nolan tem de construir um filme.
Filme muitas vezes demonstrativo da sua própria execução (ou tradução) de ideias numa forma visível/entendível.
Filmes que, muitas vezes, chegam ao fim e se esvaziaram por serem

Mais uma vez, discordo - em qualquer filme dele há sempre imensos pormenores para rever e repensar mais tarde - tudo por conta da lógica mecânica precisa, mas que costuma desafiar sempre as convenções do "mundo real". Pensa no Inception e confronta-o com aquilo que acabaste de dizer. Deve ser dos filmes mas discutido da década pelos espectadores depois de terem assistido, não só porque o tamanho puzzle é maior do que o que o cérebro "normal" consegue assimilar só com uma visualização, como também porque o final É de facto deixado do lado do espectador.

O Inception é um puzzle maior do que a mente humana consegue assimilar?
Isso é quase o endeusamento das ideias do Nolan!
O puzzle e o seu resultado são perfeitamente acessíveis. Há dúvidas sobre o resultado final? Para mim não, porque é o caso em que o resultado não é a resposta à pergunta "Ele está num sonho ou não?" mas antes a forma como o seu gesto final denuncia o "Já não quero saber.". E é, por isso, que o final (mesmo a cena final, do pião) é a mais aldrabona da última década do cinema.
Se calhar quando te referes aos detalhes referes-te a toda aquela história sobre a aliança? Acho que é bom para o entretenimento mental ir reobservar tais detalhes, mas muda alguma coisa ao filme? Não.
Aliás, a possibilidade de orientar as certezas do "local" por onde anda o Di Caprio é a prova de que a última cena do filme é uma treta desmesurada para o efeito de falsa dúvida (e falsa profundidade intelectual) que o filme deixa.

Não, mas chega para fazer dele um realizador tecnicamente assombroso.

Ok, contra essa não posso argumentar.
Mas...

Com os recursos que ele tem e com as novas tecnologias disponíveis, isso é dizer muito pouco.
O que se destaca verdadeiramente no trabalho dele? Que género de imagens de marca vão ficar para a posteridade, citadas de uma maneira ou de outra pelos que estão a aprender?
Que tipo de execução ao serviço da globalidade da linguagem do cinema apresenta ele?

[Net_Holer]

Strangelove mesmo respeitando a tua opinião julgo que estamos perante um hater, ainda que tentes justificar isso.

Claro que não tens de o achar o melhor realizador da actualidade, mas parece-me que queres à força que ele não seja um bom realizador.

O porquê não sei, e às vezes nem a própria pessoa sabe. ^^