The Dark Knight Rises (2012) - Christopher Nolan

[shadow_phoenix]

Vemos mais Gotham neste filme por nos ser mostrada a cidade de NY ao invés da de Chicago (salvo erro) dos dois filmes anteriores, a razão disto é a indirecta do Nolan presente no filme aos grandes grupos financeiros da Wall Street. Isso e por ser uma ilha, isolando a cidade ao destruir as pontes.

[jimmy]

Um pequeno behind the scenes do filme , lançado um pouco antes da estreia. Não é nada de especial , mas na 2a parte dá um cheirinho da escala do filme , e da forma recorrente em econtrar soluções práticas para compor a acção. E isto a propósito , que eu andava a ler umas coisas a sobre do filme em publicações tugas (que tinha deixado passar na altura da estreia) , e o critico (acho que do expresso) começa logo afirmando que o Nolan é fascinado por cgi e dava como exemplo o inicio do filme para deitar abaixo a pirotecnia digital . Fico sempre um pouco impressionando com este tipo de erros , pois revela uma certa impreparação que soa apenas a puro desleixo . Se existe uma característica do realizador , é o seu conservadorismo tanto no processo de filmar , como até nos formatos.

Apesar de obviamente não concordar com a tua apreciação, felicito-te pela paixão que demonstras no teu comentário.

Temos andado desencontrados nas opiniões

Diversos pormenores negativos: incontornavelmente, a voz de Bane. Demasiado artificial por força da intevenção da pós-produção, e tom desjustadamente teatral em diversas situações. É pena, porque toda a performance fisica do Hardy é notável e imponente, que merecia que fosse complementada pela sua voz assustadora a tempo inteiro.

Eu acho que o problema da voz se destacar é muito nitido na cena inicial , que terá sofrido modificações em relação ao lançamento inicial em Dezembro. O baixo está destacadissimo , mas pareceu-me que a partir dai a voz normalizou .

É o problema da net , fâs , blogs , sei lá o que....tanta conversa sobre a voz naquele prologo e acabou por se mudar para algo artificial.

Diga-se de passagem que boa parte do filme terá sido dobrado em pos produção (porque é prática habitual , e porque as Imax não permitem uma boa captura do som...e o filme tem imensas secções gravadas nesse formato). Mas o estilo da voz (aquele tom british envelhecido) já era o utilizado na interpretação (digo isto porque a cena do estadio teve imensos videos gravados na net, e a voz do Hardy já era aquela)

[Samwise]

Jimmy, acho que nunca na vida estive tão de acordo contigo quanto a um filme. Subscrevo na integra tudo o que disseste.

Cheguei agora da sala e não podia estar mais satisfeito com este terceiro capítulo - penso que o tempo lhe fará a justiça que não tem estado a receber agora. Para a minha sensibilidade gustativa, é de longe o melhor dos três do Nolan, mesmo apesar de não ser um filme perfeito. Epá, que espectáculo épico! Depois de ter lido tantas opiniões negativas aqui no fórum, ia meio de pé atrás - mas eis que as quase três horas passaram num ápice (há muito tempo que não me sentia tão "fresco" depois de tantas horas enfiado numa sala)- não considerei um filme nem complicado, nem disperso, nem sequer aborrecido nas cenas de não-acção (que preenchem a maior parte do filme), pelo contrário, acho que a linha principal do argumento está bastante fortificada pelas sub-plots e pela inúmeras personagens secundárias que ganharam cada uma delas um protagonismo que as retira do "papelão". Ou seja, em vez de haver derivação narrativa, resultou ao contrário, há convergência narrativa. Penso que o Nolan desta vez acertou aquilo que tinha falhado na segundo capítulo - mesmo apesar de não ter uma personagem com a força do Joker - e conseguiu alinhar a ambição de um argumento à partida complicado (com muitos detalhes para organizar) à arte de bem narrar, e de simples narrar, cinematograficamente. Isto para além de manter a assinatura de autor - lá está o relógio a contar o tempo e a pautar quase toda a segunda parte do filme, e lá estão os sonhos a comandar a acções - sonhos esses que espelham depois uma realidade muito sui-generis. Adorei a galeria de personagens, a começar no Bane e mais na sua voz (algo a fazer lembra um Darth Vader com sotaque escocês ) e a terminar na Selina Kyle, passado por um grande officer Blake e pelas habituais presenças de apoio ao Wayne. Também apreciei bastante música ribombante do zimmer - que bate forte e feio nas sequências de acção, e que mantém um tom trágico quase lírico nas outras, ajudando a criar a ambiência necessária à situação de Gotham (e do próprio Wayne).

Dos três, é o filme mais icónico - tem um punhado de cenas e de sequências que são difíceis de esquecer - e repito, mesmo não havendo um trunfo como Joker- que para o bem e para o mal representou o centro agregador da narrativa do segundo e o representante maior (o único, talvez) das sequências icónicas.

9/10

P.S. - ainda bem que conseguiram arranjar uma maneira decente (e espectacular) de colocar o bat-cycle a fazer inversão de marcha...

[jimmy]

Eu tenho alguma dificuldade em comparar cada capitulo. Os primeiros 50 minutos do Begins (até a prisão do Falcone no holofote , e que culmina com o Batman no cimo do prédio vigiando Gotham ) são magistrais , e tenho dificuldade em encontrar uma parcela de algo que me deixe tão realizado como fã do Batman (sejam em que meio for). O 2º bloco do filme não é de todo tão forte. Já o Dark Knight tem uma energia contagiante , que este filme nunca se aproxima. Mas o Rises tem atrás de si uma emoção brutal , e como referes resulta numa convergência narrativa crescente. E quando chega lá , ressoa bem fundo.

Também é injusto eu comparar dois filmes que vi imensas vezes (demais se calhar...) , com um terceito que seguramente ainda não absorvi tudo (e que tanto pode dar para um lado como para o outro). Também pegaria na primeira frase que escreves , o meu palpite é que o tempo(e mais visualizações) vai fazer justiça a este filme .

Tenho lido uns rumores que o Nolan cortou um pouco mais do que desejado o filme , para acomodar os limites das salas Imax. Não sei se é verdade , mas tenho pena se isso se confirmar, pois 10-15 minutos neste filme podiam leva-lo para uma escala ainda maior (e maior tristeza ainda porque o Nolan parece-me ser daqueles realizadores estilo Scorsese que o cut dos cinemas é sempre o cut final.)

[Samwise]

Também é injusto eu comparar dois filmes que vi imensas vezes (demais se calhar...) , com um terceito que seguramente ainda não absorvi tudo (e que tanto pode dar para um lado como para o outro).

Sim, certo, mas estou a considerar uma comparação entre as primeiras vezes que vi os outros dois, também no cinema . Não gostei muito do primeiro (entretanto já cresceu na minha consideração), e gostei muito do segundo (apesar das críticas todas que lhe aponto), mas não tanto quanto este "Rises". Não sei se beneficiei da situação de desconhecimento da intriga (não li praticamente nada sobre os detalhes, mesmo aqui no fórum) e fui acompanhado com muito agrado o desenrolar narrativo, mas admito que não venha a gostar tanto do filme em próximas visualizações - ainda assim, também estou como tu e apetece-me mandar uma mensagem de agradecimento ao Nolan pelo trabalho conseguido.

Posto isto, podemos começar a ser picuinhas e a cascar naqueles detalhes (supostamente) sem importância?

Vou começar pela Selina... então ela não seria um alvo prioritário a abater logo após a "entrega da encomenda" ao Bane? Era uma ponta solta no "plano geral", e uma ponta solta bastante perigosa e imprevisível...

[jimmy]

Posto isto, podemos começar a ser picuinhas e a cascar naqueles detalhes (supostamente) sem importância?

Vou começar pela Selina... então ela não seria um alvo prioritário a abater logo após a "entrega da encomenda" ao Bane? Era uma ponta solta no "plano geral", e uma ponta solta bastante perigosa e imprevisível...

Pareceu-me que a relação da Selina com a Liga era muito residual. O contacto era com o outro gajo , o Dagget (que pensava que estava no domínio da situação). A armadilha sobre o Batman pareceu-me mais uma forma dela se proteger depois da banhada de não encontrar a tal ferramenta. E quem sabe por acreditar que a revolução seria real. Não fiquei com a ideia que ela seria tão perigosa assim para eles...além de que o Bane , na sua fé inabalável , nunca acreditaria que uma miúda de 60 kilos ia-lhe criar algum problema

[alan_smithee]

Vi este tarde "The Dark knight Rises" e já é o maior candidato a "chatice" do ano. Tanta verborreia, tanto blá-blá, tanto dialogo desnecessário, o que é sempre sinônimo de má resolução cinematográfica.
Diverti-me bem mais no sábado a ver "Harry Potter and the Prisoner of Azkaban". E eu não sou um grande adepto da franchising "Harry Potter".

Se tiver tempo, desenvolvo o comentário no próximo domingo.

[Paulo Sousa Dias]

Boas,

Finalmente fui ver o TDKR ontem à noite (sessão das 22 no CC Colombo, sala meia cheia e alguma conversa à mistura, mas nada que me impedisse de apreciar o filme).

Estou a trabalhar, por isso não me posso alongar, mas essencialmente concordo com o Samwise. Este é provavelmente o meu favorito dos três filmes.

Muito fiel ao espírito dos comics, mas também completamente infiel... O Batman dos comics não seria o tipo de pessoa que se reformaria por oito anos, ele nunca consegue parar de combater o crime... E aquele final também não tem nada a ver.

Mas tudo isso é irrelevante, na minha opinião. O Batman do Nolam não é o Batman dos comics (até porque já houve tanta interpretação diferente do Batman nos comics que não é possível dizer qual é o verdadeiro... ), tal como o Batman do Burton não era o Batman dos comics.

O que me interessa neste caso é saber se o Batman do Nolam funciona, e para mim funciona. É aliás, para mim, uma das interpretações mais interessantes do personagem.

E este filme é épico. Isto nem é um filme de super-heróis, é algo à parte.

Preciso de o ver de novo para assimilar tudo, mas mesmo coisas que à partida me poderiam desagradar, aqui funcionam (o fim do filme, por exemplo).

Agora venha a edição especial em BD!

[Cabeças]

Boas,

Finalmente fui ver o TDKR ontem à noite (sessão das 22 no CC Colombo, sala meia cheia e alguma conversa à mistura, mas nada que me impedisse de apreciar o filme).

Estou a trabalhar, por isso não me posso alongar, mas essencialmente concordo com o Samwise. Este é provavelmente o meu favorito dos três filmes.

Muito fiel ao espírito dos comics, mas também completamente infiel... O Batman dos comics não seria o tipo de pessoa que se reformaria por oito anos, ele nunca consegue parar de combater o crime... E aquele final também não tem nada a ver.

Mas tudo isso é irrelevante, na minha opinião. O Batman do Nolam não é o Batman dos comics (até porque já houve tanta interpretação diferente do Batman nos comics que não é possível dizer qual é o verdadeiro... ), tal como o Batman do Burton não era o Batman dos comics.

O que me interessa neste caso é saber se o Batman do Nolam funciona, e para mim funciona. É aliás, para mim, uma das interpretações mais interessantes do personagem.

E este filme é épico. Isto nem é um filme de super-heróis, é algo à parte.

Preciso de o ver de novo para assimilar tudo, mas mesmo coisas que à partida me poderiam desagradar, aqui funcionam (o fim do filme, por exemplo).

Agora venha a edição especial em BD!

Ena, ainda bem que gostaste!

Vai ser (já é!) uma das grandes trilogias do nosso tempo!

Boas férias!

[jimmy]

Boas,


Muito fiel ao espírito dos comics, mas também completamente infiel... O Batman dos comics não seria o tipo de pessoa que se reformaria por oito anos, ele nunca consegue parar de combater o crime...

Como referes , e bem , no comentário , a personagem do Batman é muito singular pelas inúmeras interpretações de diferentes autores que procuraram sempre levar as histórias um pouco mais além do que é norma na bd , por isso falar de um Batman homogéneo e coerente ao fim de tantos anos de publicações é muito difícil. No entanto , na parte da reforma até é condizente com uma das histórias mais populares e emblemáticas da personagem...o DKR do Miller. O Batman está ausente por 10 anos , e as razões até eram semelhantes (vigilantes perseguidos e a morte de uma pessoa próxima). E nessa história Gotham encontra-se num caos total.

Eu até diria que no Rises , nem é tanto o Batman retirado , mas sim o Bruce que vive completamente desolado e incapaz de prosseguir com o quer que seja. A inactividade inicial do Batman neste filme até se deve mais ao sucesso das acções passadas no Dark Knight ( diminuição do crime e os mecanismos mais eficazes para o combater)

[DarkPhoenix]

SPOILERS! SPOILERS!

Cuidado com os spoilers, fujam todos!!!!!!!!!!!!!!!!!




Este filme tem tantos buracos, mas tantos e tão gritantes, que me seria impossível enumerar um quarto deles.
Enquanto o via, só pensava "fo*a-se, eu não acredito nisto!"
O argumento é do mais incompetente que já tive o desprazer de ver.

A localização das filmagens para NYC desvirtua o imaginário de Gotham, e é impossível esquecer que estamos afinal em Manhattan.
As várias panorâmicas aéreas da cidade contribuem para esse desfasamento infeliz, algo que poderia ( deveria! ) ter sido evitado.

Como já afirmei na minha crítica, a personagem da Catwoman/Batgirl está a mais, não traz absolutamente nada de relevante ao filme, e rouba tempo precioso.
A sua única contribuição é ver o seu belo rabo sentado no Batpod.
Afinal, tudo seria bem mais simples e equilibrado se o Blake tomasse mais cedo o lugar ao lado do Batman.
Menos treta, menos palha, directo ao assunto, por favor...
Desde o primeiro encontro entre o Blake e o Bruce que toda a gente ficou a saber que ele seria o Robin...

E a história do piloto automático...... lol?
Assim que o Fox menciona "piloto automático", ficamos de imediato a saber que o mesmo terá um papel preponderante no filme.
É assim no livro dos clichés dos argumentos: se algo é mencionado, é porque terá importância.
Bruce Wayne, aleijadinho de uma perna ( que triste e básica tentativa de manipulação emocional ), afastado do mundo há 8 anos, com problemas financeiros, idióticos interesses amorosos a despertar, confrontado com as hordas do Bane, ainda tem tempo de corrigir o sistema de piloto automático, que o dedicado génio Fox não conseguiu.

Mas o maior dos cúmulos é a realização/montagem desleal da cena em que o Batavião ( ou sei lá o que lhe chamaram, tal foi a confusão... ) leva a bomba para longe da cidade.
Eu já estava fartinho de saber que existia a hipótese do piloto automático evitar o sacrifício do Batman, mas Nolan opta por rasteirar e enganar a audiência, com planos sucessivos e sugestivos de que era, de facto, o Batman a conduzir o avião até ao derradeiro fim.
Isto é degradante para um profissional.
A surpreendente lol cena final do "Bruce Wayne está vivo" deu-me vómitos. Vómitos, Nolan.

A esperadíssima primeira cena de pancadaria entre o Bane e o Batman é muito mal realizada, a pior cena de luta da trilogia, muito longe das que vemos em "Batman Begins".
Não chega terminar com a imagem iconográfica do "Knightfall", para que o resto seja comestível.
Não é.

Todo o plano do Bane é simplesmente hilariante.
Pressupôr que toda a força policial da cidade se iria enfiar nos esgotos, sem um apoio e um plano bem pensado, bem... isto é primário.
Depois, o ridículo que é ver algumas dezenas de polícias enfiados durante 5 meses num buraco sem condições, mantidos vivos por favor, mas que assim que voltam à superfície estão em condições psíquicas e físicas de combater...
E o que dizer dos largos milhões de pessoas que vivem em Manhattan ( sim, Manhattan, nada de Gotham, a culpa é do menino Nolan )?
Iriam ficar impávidos e serenos, reféns de algumas centenas ( ?!? ) de pacóvios liderados por um palhaço, que afirma que alguém, algures tem o detonador de uma bomba?!?
Mas quanto é que um ser humano aguenta, ver os vizinhos, amigos e familiares serem torturados?
Bastavam "os manos" lá de cima no Harlem para acabar depressinha com os meninos do Bane... 5 meses?!?

Outra cómica:
O núcleo é instável, no entanto tem um temporizador que indica ao segundo o tempo que levará a explodir. Ao segundo, meus amigos!
E daqueles segundos muuuiiiitttoooooo longos ( típicos de filmes série B ) que dão tempo para tudo.
Faltavam 11 minutos quando a Talia descobriu que o detonador remoto não funcionava.
Ainda houve tempo para perseguir e destruir a escolta ao camião do detonador através das ruas de Manhattan ( perdão, Gotham ).
Faltavam menos de 2 minutos, quando finalmente abrem o camião e o Batman se oferece para içar a bomba e transportá-la para lugar seguro.
Deu tempo para uma beijoca na giraça, atar os cabos, levantar vôo naquela lesma e afastar-se o suficiente............. menos de 2 minutos. Por favor, Nolan.


E o que dizer da prisão do Wayne?
O tal local muito mau, onde só os mais fortes sobrevivem, blá, blá, blá...
Aparentemente, alguns dos presos são cirurgiões de topo, pois conseguem curar ao soco lesões na coluna vertebral.
E toda aquela pobreza cénica, digna das piores lembranças do horrendo "Prison Break", tudo tão fake..... os presos todos unidos numa oração, na esperança de que alguém um dia conseguisse novamente fazer o salto...
E não é que o Bruce lá consegue.
Não só fazer o salto, mas também voltar ( sem dinheiro, sem documentos ) do cú do mundo a tempo de salvar NYC - perdão, Gotham.
E aparece logo vestidinho com o fato e disposto a confiar na pestinha que o traiu, que o entregou ao Bane, que provocou a sua ruína financeira.
Como se nada se tivesse passado, o Batman tem muito bom coração, ou é burro que nem uma porta.
Escrever assim algo tão parvo, e ser louvado por tal, deve ser muito divertido, Nolan. Parabéns.


Ainda podia falar do também hilariante "romance" entre o Bruce e a Talia.
Uma queca ocasional ( estava a chover e tal.... ) foi o suficiente para fazer o Bruce perder-se de amores, e entregar-se na ( via-se a milhas!!!!!!!!!!! ) boca do lobo.
Vê-lo tão preocupado com ela, assim que chega a NYC, é de rir às lágrimas.
Nem por isso mostrou tanta preocupação com o Alfred ou o Fox, ou o Gordon.
Alfred, o tal que o desiludiu tanto, mas tanto! que logo na manhã seguinte já se tinha esquecido que o mesmo se tinha ido embora. Lamentável, Nolan.


E eu podia ficar aqui mais duas ou três horas a dissecar esta ridicularia a que alguém chamou argumento.
Mas já me doem as mãos, e estou cansado.

O que se leva desta trilogia do Nolan?
Um bom "Batman Begins", de longe o melhor filme da série, o único que tem um argumento consistente, o único que se passa em Gotham, o único em que o Batman é o Batman e não um gajo com um capacete.
Segue-se "The Dark Knight", um filme que se tornou lendário, mercê do excelente aproveitamento da espantosa interpretação do Heath Ledger. Os problemas do Nolan com os argumentos começam aqui, subplots que não interessam ao menino zezus, não consegue concretizar as ideias e a premissa fundamental do argumento, mais de meia hora de entulho em cenas inúteis, quando esse tempo deveria ter sido gasto na caracterização do Two-Face.
E por fim, levamos com esta montanha de boas intenções, que se transforma infelizmente numa avalanche de ideias mal concebidas.
Tem um punhado de boas cenas de acção, boas interpretações, banda sonora...
O resto é um falhanço de proporções épicas, afundado por um argumento atroz.

[jimmy]

Para quem gostou do filme , recomendo um livrinho que me chegou hoje e ficará maravilhosamente ao lado da box da trilogia .

The Art and Making of The Dark Knight Trilogy (apesar do titulo , não me pareceu existir muita arte , mas sim material de making off)

http://www.amazon.co.uk/gp/product/1419 ... d_i=468294

[grayfox]

Este filme tem tantos buracos, mas tantos e tão gritantes, que me seria impossível enumerar um quarto deles.

concordo que muita coisa no argumento poderia estar melhor mas quando li "buracos" pensei que fosses referir "plotholes", inconsistências que tornam o enredo impossível, afinal quase tudo o que falas são inverosimilhanças, nenhum "plothole" na verdade. das tres ou quatro coisas que dizes que toda a gente via a milhas eu não antecipei nenhuma. a catwoman estava a mais? não concordo, o Foley sim estava a mais. os planos do bane eram ridiculos? quase todos são, como é que o scarecrow antecipou que toda a força policial iria ficar fora da ilha no batman begins? so em filmes B é que ves 2 minutos para a bomba explodir demorar uns 5 no ecrã? ja vi em tanto filme que lhe perdi a conta, o que não é propriamente um elogio.

[Bladder]

Nao sei se a minha opiniao conta mas hoje finalmente vi o filme.

O maior pecado que lhe vejo eh em mais de 2 horas e meia de fita raramente me ter conseguido emocionar.

Sim, a critica social esta ali e por demais obvia e ateh nao estah mal esgalhada mas...

Vou tentar explicar, tecnicamente irrepreensivel, bem protagonizado.

O fraco eh a historia, ahs tantas parecia estar a ver uma serie de tv de tao banal os dialogos e argumentos, entao o final com a passagem de testemunho ao "Robin" foi o fim da macacada.

Falta brilho a este Batman, falta-lhe panache, componente sobrenatural e mais confianca.

Podia ser um comic book mas um comic book fraco.

Desconfio que muitos se deixaram levar pela pseudo-profundidade e filosofia que eh cunho habitual do Nolan e que estava muito presente nas anteriores incursoes mas que aqui soa a falso.

Obviamente que lhe vou dar outra oportunidade mas tenho de dar o braco a torcer novamente e dar razao ao Dark Phoenix, ele acertou na analise.

Gostava de ter gostado, se fosse o primeiro filme da serie talvez lhe desse um desconto mas a fasquia que os anteriores alcancaram deita-o por terra.

Se isto tem algo de superlativo eh a interpretacao do Tom Hardy, para mim eh o que vai ficar na memoria.

Ja agora, o Batman a actuar de dia eh um no-no, erro crasso. Fica muito mal, nem nos comics se atrevem.

Este filme tresanda ah maozinha do Goyer, fez a mesma merda no Blade 3, comeca bem mas depois quando lhe dao demasiada trela acaba por aparvalhar. Tambem sinto que o Nolan provavelmente nao estava com o coracao na coisa e ligou o piloto automatico. Eh um filme de encomenda para agradar os leitores e os espectadores.

[jimmy]

Batman actuar de dia nem nos comics se atrevem ? A minha colecção de histórias do Neal Adams dizem o contrário...e estamos a falar provavelmente de uma das incursões mais marcantes da história da personagem .