Qual foi o último filme que viram ?

[hoklik2]

Se aqueles rapazes tivessem possibilidade de se levantar dar suas camas, já seria do melhor, quanto mais ir dar uma voltinha ao mundo.

E nas viagens deles, a maior parte tem CGI óbvio.

[rui sousa]

Epá... o que interessa mais é a história, e não o «Ai aquilo na realidade era impossível». E DAÍ??? o filme é muito bom, não precisam de se armar em críticos de cinema que só gostam de filmes certinhos, ou que são à americana!

[_RaDiOaCtIvE_]

Por vezes deviam ver os filmes mais com o coração do que com o cérebro. Acho que o objectivo do filme foi cumprido, pelo menos comigo resultou.

[rui sousa]

E comigo também :D

[Enigma]

Sem querer desconsiderar ninguém, acho que esta discussão está condenada à partida, porque é mesmo aqueles casos em que gostos não se discutem, ou não se deviam discutir.

De facto, também já dei por mim a gostar de filmes que sim, são manipuladores, sim, pretendem apelar ao sentimento, ao coração, à lágrima. Tem também muito a ver com a maneira de ser de cada um, a disposição em que se vê o filme ou muitas vezes o que conscientemente ou inconscientemente se vai à procura quando se vê o filme.

Importante também é perceber que filmes vamos ver ou estamos a ver. É por isso que, hoje em dia, raramente acontece ou tenho de ter discussões do estilo "epah, não era isto que eu estava á espera" e afins. Por norma, e mesmo sem procurar spoilers, tenho o minimo cuidado de me informar previamente sobre um filme, de tal modo que quando o vou ver, basta accionar o interruptor correcto para cada um, seja Shakespeare ou Van Damme... E dou comigo a modificar esse interruptor mesmo quando o filme está a fugir da ideia inicial que as informações indicavam ou o que algo de mim poderia esperar do filme no inicio...

Claro que hoje em dia, a menor pachorra e o procurar determinados padrões de qualidade evitam que veja cada vez mais vezes Steven Seagais e Eddie Murphies, mas não impede que me divirta de vez em quando quando os apanhe, ou eles me apanhem na disposição devida...

Aliás, curiosamente só há pouco tempo reparei que a maioria dos filmes do meu top de sempre coincidem em grande parte com, por exemplo, os mais votados do IMDB. Isso significa que muitas mais pessoas gostam do mesmo filme que eu gosto? Que os meus gostos são mainstream e "popularuchos"? Que seja. Não me sinto inclinado nem obrigado a elitizar as minhas escolhas, os meus gostos, mostrar tendência para escolher filmes menos conhecidos, não-americanos, que muitos não gostem, etc.

[rui sousa]

Não, claro que não... aliás, porque muitos dos filmes que estão no Top do IMDB - incluindo o primeiro - são dos meus favoritos... exceptuando alguns que são demasiado parvos...

Mas é claro que eu, por exemplo, não estou sempre a ver deste tipo de filmes, e digo que os outros géneros são maus. Aliás, porque gosto de ficção científica (BTTF e afins), boas comédias (não das românticas, ou das do tipo scary movie, ou das que dão geralmente ao fim-de-semana, em que os actores não sabem mesmo actuar, nem sabem representar!!! Como aconteceu na «casa das coelhinhas», que vi noutro dia na SIC), como uma que já falei aqui que é a «The invention of lying», as dos Monty Python, as portuguesas (da era de ouro do cinema, anos 40 e princípios de 50), enfim... Cada um tem os seus gostos, mas eu não costumo reprar muito nos detalhes insignificantes. Só mesmo nas coisas que, por alguma razão, estragam o filme. O CGI estraga um pouco, é verdade, mas a história do filme não se perde...

[Grande Guru]

"Enigma: Sem querer desconsiderar ninguém, acho que esta discussão está condenada à partida, porque é mesmo aqueles casos em que gostos não se discutem, ou não se deviam discutir."

Isso acontece em vários tipos de arte em que n estamos a falar de uma questão matemática.

Eu acho q se pode e deve discutir, mas pq o cinema n é uma ciência exacta, há é q ser tolerante com a opinião do vizinho do lado, "exigindo" que ele tb seja tolerante com a nossa, e por vezes não é isso q acontece qd se discute cinema. Há pessoas q pq gostaram mto de um filme n aceitam quem o ache mau e vice-versa.

[_RaDiOaCtIvE_]

Ainda falando deste filme da lista, falaram no CGI mas em que ponto isso é fundamental neste filme? Também é preciso separar o trigo do joio, daí eu ter escrito o que escrevi na minha última mensagem. Falaram também de se estar em situação terminal e que nunca se andaria com um sorriso na cara... pois está errado, quer dizer, isso é o que o filme quer transmitir e na prática pode ser muito difícil ver a acontecer, mas é um filme. No Shawshank, que também referiram, que está em 1º no IMDb foi escavado um túnel ao longo dos anos e sempre ficou oculto (não vou prolongar para quem ainda não viu), também não sei até que ponto isso é totalmente possível na prática, mas é!

[rui sousa]

Ainda falando deste filme da lista, falaram no CGI mas em que ponto isso é fundamental neste filme? Também é preciso separar o trigo do joio, daí eu ter escrito o que escrevi na minha última mensagem. Falaram também de se estar em situação terminal e que nunca se andaria com um sorriso na cara... pois está errado, quer dizer, isso é o que o filme quer transmitir e na prática pode ser muito difícil ver a acontecer, mas é um filme. No Shawshank, que também referiram, que está em 1º no IMDb foi escavado um túnel ao longo dos anos e sempre ficou oculto (não vou prolongar para quem ainda não viu), também não sei até que ponto isso é totalmente possível na prática, mas é!

Ora aí está!!!

O que interessa mais é a mensagem de ambos os filmes...

[p_alucinado]

Ora aí está!!!

O que interessa mais é a mensagem de ambos os filmes...

Isso é extremamente redutor. Há imensos filmes que contam a mesma história e passam a mesma mensagem e uns são obras-primas e os outros são lixo puro. Mais do que a mensagem em si, importa a forma como se passa essa mesma mensagem.

[_RaDiOaCtIvE_]

Totalmente de acordo e na minha modesta opinião, the bucket list passa essa mensagem de uma forma original, se calhar muitos não gostam por ser muito hipócrita para com a nossa realidade mas eu entendo isso.

[rui sousa]

Totalmente de acordo e na minha modesta opinião, the bucket list passa essa mensagem de uma forma original, se calhar muitos não gostam por ser muito hipócrita para com a nossa realidade mas eu entendo isso.

Exactamente!

Mas acho que esta conversa, como já disseram, não vai dar a lado algum. Cada um tem as suas opiniões, por isso vou aqui introduzir um filme que vi esta semana :



Um filme ENORME, quase 6 horas. Aliás, isto foi uma minissérie italiana, que foi para o cinema quase na íntegra (tiraram apenas 30 e tal minutos). Mas é um filme enorme não apenas na sua duração, mas porque é mesmo uma grandesíssima fita!, não é maçador, nem lento, nem nada disso. É a história de uma família, mais propriamente da relação de dois irmãos, dos anos 50 até aos nossos dias. É outro daqueles filmes que passa uma mensagem, do género do «Conta-me como foi» (não sei porquê associo sempre este filme a esa série), e esta é a 3.ª vez que o vejo, e encontro sempre coisas novas. Tudo é excelente, deste os actores à realização do Marco Tullio Giordana. Para quem não viu, com receio do tempo longo que o filme demora, que veja. Muito bom, mesmo, um ds melhores filmes que vi na minha vida. (e não se preocupem que ela ainda é curta, por isso talvez vá gostar de outras coisas daqui a uns anos, para aqueles que disserem mal deste filme... )

10/10

[kubrick]

Isso é extremamente redutor. Há imensos filmes que contam a mesma história e passam a mesma mensagem e uns são obras-primas e os outros são lixo puro. Mais do que a mensagem em si, importa a forma como se passa essa mesma mensagem.

Aquilo que para ti pode ser uma obra de arte, para outra pessoa pode ser lixo e vice-versa ou então estarem ambos de acordo.
Cada um sente as coisas à sua maneira.

Importante mesmo é gostarmos de filmes e não gostarmos daquilo que os outros gostam.



Nem há palavras para este filme, já o vi várias vezes, é 10/10.

[paupau]

Desta caixa de filmes apenas vi Story of a Cheat e Pearls of the Crown, mas Guitry é já uma das descobertas do ano, a par da caixa do Hiroshi Shimizu, que vou tentar falar daqui a mais uns dias.

História de um aventureiro é um filme magnífico, que vi com um sorriso de orelha a orelha do início ao fim. A história é contada em flasback pelo charlatão do título, já no final da sua vida, na mesa de um café a escrever as suas memórias, revendo a sua trágica infância, mas com um sentido de humor tão incrível, que dou por mim a rir-me perante um desfile de caixões, numa imagem semelhante à do Nosferatu.

O protagonista, tendo escapado à morte ao cometer um pequeno delito, decide endireitar-se, mas os revezes da vida levam-no a formar a teoria que realmente nasceu para enganar o próximo, e lança-se numa epopeia que o vai lançar para os casinos do Mónaco (magníficas as imagens deste local em 1936). O ritmo do filme é avassalador, imaginem um narrador a falar à velocidade do Cocteau, e toda a montagem do filme e cinematografia acompanha esse ritmo, cheio de inovações, movimentos de câmara rápidos, espectacular a montagem do filme. Adorei, e concordo com a posição que este filme ocupa em muitas listas dos melhores de sempre.

Pérolas da Coroa

Este filme tem uma estrutura narrativa muito avançada para os anos 30, é uma história de ficção a contar a história do destino de um colar com 7 sete pérolas, 4 das quais vão parar à coroa de Inglaterra e outras 3 desaparecem. O filme está dividido em duas metades, a explicação como as pérolas vão parar à coroa, e outra mais contemporânea na busca das 3 restantes.

Na primeira metade, temos um estudioso a explicar a história a uma rapariga, e temos três histórias entrecruzadas, desde o tempo dos Médicis, Henrique VIII e Napoleão. Temos então 4 planos temporais em acção ao mesmo tempo, mais uns pequenos apontamentos de outras épocas. Montagem infalível, a câmara é que é bem mais estática do que no filme anterior, senão o pessoal da altura perdia-se completamente (para um espectador moderno este aspecto do filme é sem falhas, percebe-se tudo).

Na segunda parte, o investigador parte à procura das pérolas desaparecidas. Como a história é um pouco mais linear, a câmara já funciona de maneira mais livre.Grande filme também.

[lud81]

Mas acho que esta conversa, como já disseram, não vai dar a lado algum. Cada um tem as suas opiniões, por isso vou aqui introduzir um filme que vi esta semana :



10/10

Esse filme emprestou-me o Ricardo Ribeiro há uns 4 ou 5 anos e é mesmo maravilhoso, se há filme que merece o 10/10 é mesmo esse.