Q têm contra os "popcorn movies"?
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Fidel, aqui vão algumas respostas... mas sem "flame war" [:D]
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">As pipocas não têm nada a ver com o pessoal que fala no cinema. Eu gosto de pipocas e NÃO falo durante os filmes. Como já disse anteriormente, se uma pessoa comer pipocas sem alarde não incomoda ninguém.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Mas a maioria dos que comem pipocas não pensam como tu. O simples facto de comerem pipocas acaba por servir jde pretexto para estarem sempre na conversa a pedir pepocas uns aos outros. As pipocas servem exactamente para retirar o mistério à sala de cinema, para que sesintam em casa. Uma pessoa sozinha, ou com a namorada, até pode não fazer barulho. Mas um grupo de adolescentes acabam por faze-lo, principalmente quando até essa altura sempre viram o cinema como uma actividade onde se podem fazer uma série de coisas ao mesmo tempo. é uma diferença de mentalidade, eles atendem o telemóvel, não por serem estupidos, mas por estarem habituados a ver o cinema como uma actividade que se realiza no meio de outras.
Quando eu comecei a ir ao cinema sentia um fascinio, pois estava a entrar num outro mundo. Esse fascinio passou hoje, para as novas gerações, para os jogos. Eu já vi adolescentes totalmente absorvidos pelos jogos e curiosamente... não precisavam de pipocas!
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Será que as pessoas tem de ir ao cinema? Ou já agora, ir beber uns copos? As pessoas consomem pipocas e coca-cola porque GOSTAM.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Eu gosto de coca-cola. Não tenho qualquer problema em comer e beber a ver os oscares. Mas para mim, ou vejo um filme ou faço outra actividade. é por isso que não vejo muitos filmes por semana, no máximo três, pois acaba por ser muito absorvente e eu tenho outros prazeres e outras coisas para fazer.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Quem quiser algo profundo, leia livros. Quem quiser algo mais profundo que livros, que preste atenção à vida do dia a dia.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Discordo totalmente!
Os filmes podem ser tão, ou mais profundos do que um livro. Claro que muitos desses filmes as pessoas dizem logo que é chato, pseudo-inltectual... O mesmo se pode dizer de um livro muito profundo. Os proprios escritores foram muito influenciados pelo cinema neste século. Se tu vires um filme do Dreyer ou do Bergman encontras mais assuntos para discutir e reflectir do que em muitos dos livros que se publicam por ai.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">É pena que um país que nos deu Camus ou Monet ou Baudelaire ou Voltaire ou os irmãos Lumiére ou tantos outros tenha sido incapaz de produzir alguma coisa de jeito nos últimos anos.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Durante muito tempo o Monet e os seus companheiros impressionistas foram ridicularizados, ninguém levava a pintura deles a sério e hoje são uma das referências da cultura francesa. As pessoas ficavam horrorizados com os quadros deles que mais pareciam um esboço. E hoje tu estás a defender um deles e ainda por cima aquele que mais longe levou o impressionismo, como o provam os vários quadros da catedral de Rouen, onde o objecto deixa de ser o mais importante e abre assim o caminho para a pintura não figurativa. Podes não acreditar mas daqui a 100 anos, tal como tu consideras hoje obvio o volor de Monet, também será obvio o valor do cinema francês: Jean Renoir, Jean Vigo, Claude Chabrol, François Truffaut, Alain Resnais, Jean-Luc Godard, Chris Marker, Olivier Assayas, Chantal Akerman...
Claro que eu não estou com disposição para ver um filme pesado a toda a hora. Mas quando quero me descontrair prefiro passear, falar, ir a um bar, estar numa esplanada do que a aturar um argumento imbecil que trata um espectador como um idiota. Sempre que tento ver um filme pipoca parece que está tudo programado como se tivesse sido feito por um computador. O público vai rir de uma piada, mais cinco minutos e vamos ter uma cena romântica, quando o beijo está prestes a acontecer acontece um imprevisto e temos uma sequência de acção com montes de efeitos especiais. Para ver isso, prefiro estar numa esplanada onde não há nenhum argumento e todas as respostas são possíveis. E como já referi também gosto de uma comédia no cinema, como por exemplo o último filme de Wes Anderson - The Royal Tenenbaums.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Tabaco em espaços públicos já aqui foi dito o que merece. telemóveis idem aspas. Mas isto não é só nos cinemas. É nas salas de aula e é nos correios.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Daffyduck tens toda a razão. é uma questão de educação, no fundo o problema é a nossa sociedade ser cada vez mais individualista. Ninguém está preocupado com o outro. Mas também com os exemplos dados pelo presidente George W. Bush não é de admirar.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Pintores pintavam para vender, escritores escreviam para vender, etc. Para ganharem dinheiro!!! A mania da "arte pela arte " (ou a arte pelo subsídio) é dos nossos dias... no Renascimento, quando alguma obra era encomendada ao artista e quem a encomendava não ficava satisfeito, não pagava! <hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Nem todos, Fidel... Os impressionistas, como o "teu" Monet só puderam fazer os seus quadros porque tinham dinheiro, dinheiro esse que lhes permitia fazer as experiências que queriam sem ligar ao gostos do público. O Pierre-Auguste Renoir que já não era tão rico passou a vida toda a pedir dinheiro aos amigos. O problema do cinema é que é preciso tanto dinheiro para fazer um filme que o resultado final muitas vezes parece uma mistura sem nenhum paladar. É como os politicos do centro que precisam dos votos todos e depois não servem uns nem outros. Os subsidios são exactamente para permitir que o resultado final tenha a expressão do autor e não a média ponderada do público. Claro que nem todos os filmes subsidiados são bons, mas se um encontrar o seu público já valeu a pena.
O que a maioria não quer aceitar é que em Portugal nem os filmes comerciais se pagam a si próprios. Nem o Joaquim Leitão nem o Leonel Vieira conseguiriam fazer um novo filme se não houvesse subsidios. O fim dos subsidios seria o fim do cinema português, será que é isso que querem? Para que um cinema baseado apenas no mercado surja é preciso que este exista. somos só 10 milhões, a maioria das pessoas nem consome cultura, prefere ficar em casa a ver o reality show da moda. A maioria dos meus amigos considera ridiculo dar dinheiro por um dvd, uma cópia em divx ou em dvd é mais do que suficiente. Tem de admitir que é impossível fazer omeletes sem ovos. Por isso a única alternativa é dar subsidios enquanto não se comece a dar em Portugal mais importância à cultura do que ao BMW!
Os americanos devido ao seu enorme mercado estão muito empenhados na restauração de filmes mudos para os vender em dvd, pois sabem que em 250 milhões de pessoas há uma quantidade suficiente de pessoas interessadas em compra-los que irá permitir rentabilizar o investimento. e em Portugal será que a restauração de um filme mudo português seria económicamente viável sem subsidios? Claro que não. Por isso é que precisamos que o estado intervenha. Por mim seria óptimo que tal não fosse necessário, seria sinal que estávamos num pais diferente.
Para concluir eu não quero acabar com o cinema pipoca, só não estou disposto é a dar dinheiro a um filme onde em geral, já sei o que vai acontecer, pois tudo obedece a um algoritmo previsivel.
<img alt="Beautiful_Earth" border="0" src="http://nssdc.gsfc.nasa.gov/thumbnail/pl ... _earth.gif">
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">As pipocas não têm nada a ver com o pessoal que fala no cinema. Eu gosto de pipocas e NÃO falo durante os filmes. Como já disse anteriormente, se uma pessoa comer pipocas sem alarde não incomoda ninguém.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Mas a maioria dos que comem pipocas não pensam como tu. O simples facto de comerem pipocas acaba por servir jde pretexto para estarem sempre na conversa a pedir pepocas uns aos outros. As pipocas servem exactamente para retirar o mistério à sala de cinema, para que sesintam em casa. Uma pessoa sozinha, ou com a namorada, até pode não fazer barulho. Mas um grupo de adolescentes acabam por faze-lo, principalmente quando até essa altura sempre viram o cinema como uma actividade onde se podem fazer uma série de coisas ao mesmo tempo. é uma diferença de mentalidade, eles atendem o telemóvel, não por serem estupidos, mas por estarem habituados a ver o cinema como uma actividade que se realiza no meio de outras.
Quando eu comecei a ir ao cinema sentia um fascinio, pois estava a entrar num outro mundo. Esse fascinio passou hoje, para as novas gerações, para os jogos. Eu já vi adolescentes totalmente absorvidos pelos jogos e curiosamente... não precisavam de pipocas!
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Será que as pessoas tem de ir ao cinema? Ou já agora, ir beber uns copos? As pessoas consomem pipocas e coca-cola porque GOSTAM.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Eu gosto de coca-cola. Não tenho qualquer problema em comer e beber a ver os oscares. Mas para mim, ou vejo um filme ou faço outra actividade. é por isso que não vejo muitos filmes por semana, no máximo três, pois acaba por ser muito absorvente e eu tenho outros prazeres e outras coisas para fazer.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Quem quiser algo profundo, leia livros. Quem quiser algo mais profundo que livros, que preste atenção à vida do dia a dia.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Discordo totalmente!
Os filmes podem ser tão, ou mais profundos do que um livro. Claro que muitos desses filmes as pessoas dizem logo que é chato, pseudo-inltectual... O mesmo se pode dizer de um livro muito profundo. Os proprios escritores foram muito influenciados pelo cinema neste século. Se tu vires um filme do Dreyer ou do Bergman encontras mais assuntos para discutir e reflectir do que em muitos dos livros que se publicam por ai.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">É pena que um país que nos deu Camus ou Monet ou Baudelaire ou Voltaire ou os irmãos Lumiére ou tantos outros tenha sido incapaz de produzir alguma coisa de jeito nos últimos anos.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Durante muito tempo o Monet e os seus companheiros impressionistas foram ridicularizados, ninguém levava a pintura deles a sério e hoje são uma das referências da cultura francesa. As pessoas ficavam horrorizados com os quadros deles que mais pareciam um esboço. E hoje tu estás a defender um deles e ainda por cima aquele que mais longe levou o impressionismo, como o provam os vários quadros da catedral de Rouen, onde o objecto deixa de ser o mais importante e abre assim o caminho para a pintura não figurativa. Podes não acreditar mas daqui a 100 anos, tal como tu consideras hoje obvio o volor de Monet, também será obvio o valor do cinema francês: Jean Renoir, Jean Vigo, Claude Chabrol, François Truffaut, Alain Resnais, Jean-Luc Godard, Chris Marker, Olivier Assayas, Chantal Akerman...
Claro que eu não estou com disposição para ver um filme pesado a toda a hora. Mas quando quero me descontrair prefiro passear, falar, ir a um bar, estar numa esplanada do que a aturar um argumento imbecil que trata um espectador como um idiota. Sempre que tento ver um filme pipoca parece que está tudo programado como se tivesse sido feito por um computador. O público vai rir de uma piada, mais cinco minutos e vamos ter uma cena romântica, quando o beijo está prestes a acontecer acontece um imprevisto e temos uma sequência de acção com montes de efeitos especiais. Para ver isso, prefiro estar numa esplanada onde não há nenhum argumento e todas as respostas são possíveis. E como já referi também gosto de uma comédia no cinema, como por exemplo o último filme de Wes Anderson - The Royal Tenenbaums.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Tabaco em espaços públicos já aqui foi dito o que merece. telemóveis idem aspas. Mas isto não é só nos cinemas. É nas salas de aula e é nos correios.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Daffyduck tens toda a razão. é uma questão de educação, no fundo o problema é a nossa sociedade ser cada vez mais individualista. Ninguém está preocupado com o outro. Mas também com os exemplos dados pelo presidente George W. Bush não é de admirar.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Pintores pintavam para vender, escritores escreviam para vender, etc. Para ganharem dinheiro!!! A mania da "arte pela arte " (ou a arte pelo subsídio) é dos nossos dias... no Renascimento, quando alguma obra era encomendada ao artista e quem a encomendava não ficava satisfeito, não pagava! <hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Nem todos, Fidel... Os impressionistas, como o "teu" Monet só puderam fazer os seus quadros porque tinham dinheiro, dinheiro esse que lhes permitia fazer as experiências que queriam sem ligar ao gostos do público. O Pierre-Auguste Renoir que já não era tão rico passou a vida toda a pedir dinheiro aos amigos. O problema do cinema é que é preciso tanto dinheiro para fazer um filme que o resultado final muitas vezes parece uma mistura sem nenhum paladar. É como os politicos do centro que precisam dos votos todos e depois não servem uns nem outros. Os subsidios são exactamente para permitir que o resultado final tenha a expressão do autor e não a média ponderada do público. Claro que nem todos os filmes subsidiados são bons, mas se um encontrar o seu público já valeu a pena.
O que a maioria não quer aceitar é que em Portugal nem os filmes comerciais se pagam a si próprios. Nem o Joaquim Leitão nem o Leonel Vieira conseguiriam fazer um novo filme se não houvesse subsidios. O fim dos subsidios seria o fim do cinema português, será que é isso que querem? Para que um cinema baseado apenas no mercado surja é preciso que este exista. somos só 10 milhões, a maioria das pessoas nem consome cultura, prefere ficar em casa a ver o reality show da moda. A maioria dos meus amigos considera ridiculo dar dinheiro por um dvd, uma cópia em divx ou em dvd é mais do que suficiente. Tem de admitir que é impossível fazer omeletes sem ovos. Por isso a única alternativa é dar subsidios enquanto não se comece a dar em Portugal mais importância à cultura do que ao BMW!
Os americanos devido ao seu enorme mercado estão muito empenhados na restauração de filmes mudos para os vender em dvd, pois sabem que em 250 milhões de pessoas há uma quantidade suficiente de pessoas interessadas em compra-los que irá permitir rentabilizar o investimento. e em Portugal será que a restauração de um filme mudo português seria económicamente viável sem subsidios? Claro que não. Por isso é que precisamos que o estado intervenha. Por mim seria óptimo que tal não fosse necessário, seria sinal que estávamos num pais diferente.
Para concluir eu não quero acabar com o cinema pipoca, só não estou disposto é a dar dinheiro a um filme onde em geral, já sei o que vai acontecer, pois tudo obedece a um algoritmo previsivel.
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Alguem sabe como apareceu pela 1a vez a idea de comer pipocas no cinema[?]
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Só pode ter sido uma invenção americana dos anos 50 originada pelos Drive-in.
Luis Peres (33 anos)
Gostam de ilustração de Fantasia ? Visitem www.world4mysheep.com
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Nah, é muito mais antiga. Já no tempo de Shakespeare os actores se quiexavam que não conseguiam representar com o barulho das pessoas a falar, a comer e a beber.
De resto, se repararem, quer no Amadeus quer no Cyrano (com o Depardieu) vê-se bem que a rebaldaria que vai na plateia faz qualquer sessão da meia noite parecer um retiro de frades.
<A HREF="http://www.dvdprofiler.com/mycollection ... ias=Miguel T">My Collection</A>
De resto, se repararem, quer no Amadeus quer no Cyrano (com o Depardieu) vê-se bem que a rebaldaria que vai na plateia faz qualquer sessão da meia noite parecer um retiro de frades.
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- Victor Melo
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<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Mas um grupo de adolescentes acabam por faze-lo, principalmente quando até essa altura sempre viram o cinema como uma actividade onde se podem fazer uma série de coisas ao mesmo tempo. é uma diferença de mentalidade, eles atendem o telemóvel, não por serem estupidos, mas por estarem habituados a ver o cinema como uma actividade que se realiza no meio de outras.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Concordo. Mas a culpa não é das pipocas, é dos adolescentes. Trate-se DESSES inergúmenos e deixe-se as pipocas em paz.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Mas para mim, ou vejo um filme ou faço outra actividade. é por isso que não vejo muitos filmes por semana, no máximo três, pois acaba por ser muito absorvente e eu tenho outros prazeres e outras coisas para fazer.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Pois, é uma questão de "absorções". Eu só me consigo absorver no filme se estiver com pipocas. Já faz parte da cultura do cinema para mim.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Discordo totalmente!
Os filmes podem ser tão, ou mais profundos do que um livro. Claro que muitos desses filmes as pessoas dizem logo que é chato, pseudo-inltectual... O mesmo se pode dizer de um livro muito profundo. Os proprios escritores foram muito influenciados pelo cinema neste século. Se tu vires um filme do Dreyer ou do Bergman encontras mais assuntos para discutir e reflectir do que em muitos dos livros que se publicam por ai.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Bem, qualquer filme deve ser mais profundo que um livro da Rita Ferro! [:D] O que eu digo é que por comparação DIRECTA entre o melhor cinema e a melhor literatura, o cinema fica muito atrás. Mesmo com Bergman.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Durante muito tempo o Monet e os seus companheiros impressionistas foram ridicularizados, ninguém levava a pintura deles a sério e hoje são uma das referências da cultura francesa. As pessoas ficavam horrorizados com os quadros deles que mais pareciam um esboço.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Por acaso não é verdade. O impressionismo foi bem aceite pelo público em geral e recusado liminarmente pela "crítica". Aliás, a recusa de integrar pintores impressionistas (nomeadamente Manet) na exposição de 1863 pelos organizadores (os "intelectuais" da época) e a subsequente "revolta" do resto das pessoas levou o imperador Napoleão II a criar o "Salon des Refusés" no qual os pintores rejeitados pelo "Salon" oficial expuseram as suas obras.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Nem todos, Fidel... Os impressionistas, como o "teu" Monet só puderam fazer os seus quadros porque tinham dinheiro, dinheiro esse que lhes permitia fazer as experiências que queriam sem ligar ao gostos do público. O Pierre-Auguste Renoir que já não era tão rico passou a vida toda a pedir dinheiro aos amigos.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
E o Monet passou fome antes de criar um nome e uma clientela. A parte "experimentalista" foi só no fim da sua vida, em Giverny.
Mas nenhum deles achou por bem ir "chular" o Estado a pedir subsídios. Que é o que se faz hoje em dia!!!
Quanto ao cinema francês ser "apreciado" como uma obra de arte daqui a umas centenas de anos, acho que é mais provável a Soc. Desportiva de S. António da Carqueja ganhar o campeonato nacional.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">O que a maioria não quer aceitar é que em Portugal nem os filmes comerciais se pagam a si próprios. Nem o Joaquim Leitão nem o Leonel Vieira conseguiriam fazer um novo filme se não houvesse subsidios. O fim dos subsidios seria o fim do cinema português, será que é isso que querem? Para que um cinema baseado apenas no mercado surja é preciso que este exista. somos só 10 milhões, a maioria das pessoas nem consome cultura, prefere ficar em casa a ver o reality show da moda. A maioria dos meus amigos considera ridiculo dar dinheiro por um dvd, uma cópia em divx ou em dvd é mais do que suficiente. Tem de admitir que é impossível fazer omeletes sem ovos. Por isso a única alternativa é dar subsidios enquanto não se comece a dar em Portugal mais importância à cultura do que ao BMW!<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Eu até concordo contigo... desde que haja audiência! Que definam um número mínimo de espectadores de forma a ser elegível para um subsídio e falhando isso, ser obrigado a devolver dinheiro. Eu não acho mal que o Estado subsídie a cultura, desde que o faça não ao sabor da "intelectualite" actual!
Apoio à cultura, sim, apoio à "intelectualidade", não.
Oderint dum metuant
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Concordo. Mas a culpa não é das pipocas, é dos adolescentes. Trate-se DESSES inergúmenos e deixe-se as pipocas em paz.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Mas para mim, ou vejo um filme ou faço outra actividade. é por isso que não vejo muitos filmes por semana, no máximo três, pois acaba por ser muito absorvente e eu tenho outros prazeres e outras coisas para fazer.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Pois, é uma questão de "absorções". Eu só me consigo absorver no filme se estiver com pipocas. Já faz parte da cultura do cinema para mim.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Discordo totalmente!
Os filmes podem ser tão, ou mais profundos do que um livro. Claro que muitos desses filmes as pessoas dizem logo que é chato, pseudo-inltectual... O mesmo se pode dizer de um livro muito profundo. Os proprios escritores foram muito influenciados pelo cinema neste século. Se tu vires um filme do Dreyer ou do Bergman encontras mais assuntos para discutir e reflectir do que em muitos dos livros que se publicam por ai.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Bem, qualquer filme deve ser mais profundo que um livro da Rita Ferro! [:D] O que eu digo é que por comparação DIRECTA entre o melhor cinema e a melhor literatura, o cinema fica muito atrás. Mesmo com Bergman.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Durante muito tempo o Monet e os seus companheiros impressionistas foram ridicularizados, ninguém levava a pintura deles a sério e hoje são uma das referências da cultura francesa. As pessoas ficavam horrorizados com os quadros deles que mais pareciam um esboço.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Por acaso não é verdade. O impressionismo foi bem aceite pelo público em geral e recusado liminarmente pela "crítica". Aliás, a recusa de integrar pintores impressionistas (nomeadamente Manet) na exposição de 1863 pelos organizadores (os "intelectuais" da época) e a subsequente "revolta" do resto das pessoas levou o imperador Napoleão II a criar o "Salon des Refusés" no qual os pintores rejeitados pelo "Salon" oficial expuseram as suas obras.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Nem todos, Fidel... Os impressionistas, como o "teu" Monet só puderam fazer os seus quadros porque tinham dinheiro, dinheiro esse que lhes permitia fazer as experiências que queriam sem ligar ao gostos do público. O Pierre-Auguste Renoir que já não era tão rico passou a vida toda a pedir dinheiro aos amigos.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
E o Monet passou fome antes de criar um nome e uma clientela. A parte "experimentalista" foi só no fim da sua vida, em Giverny.
Mas nenhum deles achou por bem ir "chular" o Estado a pedir subsídios. Que é o que se faz hoje em dia!!!
Quanto ao cinema francês ser "apreciado" como uma obra de arte daqui a umas centenas de anos, acho que é mais provável a Soc. Desportiva de S. António da Carqueja ganhar o campeonato nacional.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">O que a maioria não quer aceitar é que em Portugal nem os filmes comerciais se pagam a si próprios. Nem o Joaquim Leitão nem o Leonel Vieira conseguiriam fazer um novo filme se não houvesse subsidios. O fim dos subsidios seria o fim do cinema português, será que é isso que querem? Para que um cinema baseado apenas no mercado surja é preciso que este exista. somos só 10 milhões, a maioria das pessoas nem consome cultura, prefere ficar em casa a ver o reality show da moda. A maioria dos meus amigos considera ridiculo dar dinheiro por um dvd, uma cópia em divx ou em dvd é mais do que suficiente. Tem de admitir que é impossível fazer omeletes sem ovos. Por isso a única alternativa é dar subsidios enquanto não se comece a dar em Portugal mais importância à cultura do que ao BMW!<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Eu até concordo contigo... desde que haja audiência! Que definam um número mínimo de espectadores de forma a ser elegível para um subsídio e falhando isso, ser obrigado a devolver dinheiro. Eu não acho mal que o Estado subsídie a cultura, desde que o faça não ao sabor da "intelectualite" actual!
Apoio à cultura, sim, apoio à "intelectualidade", não.
Oderint dum metuant
Olá a todos,
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Eu só me consigo absorver no filme se estiver com pipocas. Já faz parte da cultura do cinema para mim.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Ivan Pavlov ficou conhecido pelas suas experiências com o reflexo condicionado, em que, por exemplo, habituava um cão a ser alimentado sempre à mesma hora, após ouvir um sinal sonoro. Isto levou a que, passado algum tempo, ao ouvir o sinal, o cão começasse imediatamente a salivar, mesmo sem lhe ser mostrada comida...
O cão, coitado, não tinha escolha...
Se um dia se acabar o milho, deixa de haver cinema?
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">O que eu digo é que por comparação DIRECTA entre o melhor cinema e a melhor literatura, o cinema fica muito atrás. Mesmo com Bergman.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Mesmo com pipocas?
E entre a literatura e a pintura? E a escultura e a B.D.? E entre a fotografia e a música? E entre uma instalação e a arquitectura...
Como é que se podem comparar (directamente?!?) o melhor cinema e a melhor literatura? Fica muito atrás?... muito quanto? um metro, 10 metros... quilometros...? [?]
J. L. Godard ganhou um prémio de Filosofia, normalmente atribuido a obras literários. Foi, de alguma forma, o reconhecimento de que uma tese, uma ideia, ou um modelo de pensamento podem ser transmitidos por outros meios que não uma folha cheia de letras. Mas claro, isso foram os pseudo-intelectuais... [8)][8)][8)][8)][8)]
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Quanto ao cinema francês ser "apreciado" como uma obra de arte daqui a umas centenas de anos, acho que é mais provável a Soc. Desportiva de S. António da Carqueja ganhar o campeonato nacional.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Sim, claro. Renoir, Godard, Truffaut, Bresson, Resnais, Rivette... quem se lembrará deles daqui a cem anos... só aqueles chatos da cinemateca que insistem em lembrá-los... Tudo o que as pessoas de verdade se recordarão em termos de cinema serão aquelas magníficas pipocas... [:o)]
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Apoio à cultura, sim, apoio à "intelectualidade", não.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Sempre a mesma conspiração de pseudo-intelectuais a irem-vos ao bolso. Qual é vosso problema? Um pseudo intelectual roubou-vos a namorada?[8)][:X][B)]
Saudações
Kill Yr Idols
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Eu só me consigo absorver no filme se estiver com pipocas. Já faz parte da cultura do cinema para mim.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Ivan Pavlov ficou conhecido pelas suas experiências com o reflexo condicionado, em que, por exemplo, habituava um cão a ser alimentado sempre à mesma hora, após ouvir um sinal sonoro. Isto levou a que, passado algum tempo, ao ouvir o sinal, o cão começasse imediatamente a salivar, mesmo sem lhe ser mostrada comida...
O cão, coitado, não tinha escolha...
Se um dia se acabar o milho, deixa de haver cinema?
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">O que eu digo é que por comparação DIRECTA entre o melhor cinema e a melhor literatura, o cinema fica muito atrás. Mesmo com Bergman.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Mesmo com pipocas?
E entre a literatura e a pintura? E a escultura e a B.D.? E entre a fotografia e a música? E entre uma instalação e a arquitectura...
Como é que se podem comparar (directamente?!?) o melhor cinema e a melhor literatura? Fica muito atrás?... muito quanto? um metro, 10 metros... quilometros...? [?]
J. L. Godard ganhou um prémio de Filosofia, normalmente atribuido a obras literários. Foi, de alguma forma, o reconhecimento de que uma tese, uma ideia, ou um modelo de pensamento podem ser transmitidos por outros meios que não uma folha cheia de letras. Mas claro, isso foram os pseudo-intelectuais... [8)][8)][8)][8)][8)]
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Quanto ao cinema francês ser "apreciado" como uma obra de arte daqui a umas centenas de anos, acho que é mais provável a Soc. Desportiva de S. António da Carqueja ganhar o campeonato nacional.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Sim, claro. Renoir, Godard, Truffaut, Bresson, Resnais, Rivette... quem se lembrará deles daqui a cem anos... só aqueles chatos da cinemateca que insistem em lembrá-los... Tudo o que as pessoas de verdade se recordarão em termos de cinema serão aquelas magníficas pipocas... [:o)]
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Apoio à cultura, sim, apoio à "intelectualidade", não.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Sempre a mesma conspiração de pseudo-intelectuais a irem-vos ao bolso. Qual é vosso problema? Um pseudo intelectual roubou-vos a namorada?[8)][:X][B)]
Saudações
Kill Yr Idols
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<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote"><i>Originally posted by trinity</i>
<br />Olá a todos,
Sempre a mesma conspiração de pseudo-intelectuais a irem-vos ao bolso. Qual é vosso problema? Um pseudo intelectual roubou-vos a namorada?[8)][:X][B)]
Saudações
Kill Yr Idols
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
trinity essa foi a saída do mês [:D][:D][:D]
keep going
<br />Olá a todos,
Sempre a mesma conspiração de pseudo-intelectuais a irem-vos ao bolso. Qual é vosso problema? Um pseudo intelectual roubou-vos a namorada?[8)][:X][B)]
Saudações
Kill Yr Idols
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
trinity essa foi a saída do mês [:D][:D][:D]
keep going
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Ivan Pavlov ficou conhecido pelas suas experiências com o reflexo condicionado, em que, por exemplo, habituava um cão a ser alimentado sempre à mesma hora, após ouvir um sinal sonoro. Isto levou a que, passado algum tempo, ao ouvir o sinal, o cão começasse imediatamente a salivar, mesmo sem lhe ser mostrada comida...
O cão, coitado, não tinha escolha...
Se um dia se acabar o milho, deixa de haver cinema?
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Tendo em conta que os reflexos condicionados são parte integrante do dia a dia, tu também não tens escolha em muita coisa. Ou não sabias? Não são só os cães, nós também os temos.
Em relação às pipocas, não são reflexos condicionados pois requerem uma acção minha (deixado, portanto de ser reflexos). São um modus vivendi se quiseres, algo que eu considero como integral a ver um filme.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Mesmo com pipocas?
E entre a literatura e a pintura? E a escultura e a B.D.? E entre a fotografia e a música? E entre uma instalação e a arquitectura...
Como é que se podem comparar (directamente?!?) o melhor cinema e a melhor literatura? Fica muito atrás?... muito quanto? um metro, 10 metros... quilometros...?
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Argumentum ad ignoratiam!
Cinema, etimológicamente, é uma sucessão de imagens. Se queremos ser "puristas", essa sucessão não deveria contar ou significar nada, porque senão, do ponto de vista semiótico, quebrava o seu sentido original da palavra.
Se se admitir cinema como é correntemente admitido, como uma sucessão de imagens com ou sem são, que pretendem transmitir uma ideia ou contar uma história, este está intimamente ligado à literatura por pretende contar algo e portanto é passível de comparação. Aliás, todas as formas as formas de arte são passíveis de comparação e os movimentos artísticos costumam-o ser em todas as vertentes e não são limitados a esta ou aquela forma de expressão. Eu pessoalmente considero que a literatura é mais rica, quer no ponto de vista interpretativo quer no ponto de vista psicológico, que o cinema. É a MINHA opinião. Se discordas, isso é lá contigo.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
J. L. Godard ganhou um prémio de Filosofia, normalmente atribuido a obras literários. Foi, de alguma forma, o reconhecimento de que uma tese, uma ideia, ou um modelo de pensamento podem ser transmitidos por outros meios que não uma folha cheia de letras. Mas claro, isso foram os pseudo-intelectuais... <hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Uma ideia ou uma tese podem ser transmitidas das formas que forem. Como eu disse acima, os movimentos artísticos não são limitados a esta ou aquela forma de expressão. No entanto é interessante notar que todos estes movimentos, quando se pretendem "oficializar" recorrem a manifestos... escritos. Quanto ao J.L.G. ter ganho um "prémio de filosofia", essa noção é de tal forma rídicula (prémio de filosofia???) que nem vale a pena explorar.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Sim, claro. Renoir, Godard, Truffaut, Bresson, Resnais, Rivette... quem se lembrará deles daqui a cem anos... só aqueles chatos da cinemateca que insistem em lembrá-los... Tudo o que as pessoas de verdade se recordarão em termos de cinema serão aquelas magníficas pipocas... <hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Podes ter a certeza que as pessoas se vão lembrar mais depressa de um Star Wars do que de um "A bout de souffle".
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Sempre a mesma conspiração de pseudo-intelectuais a irem-vos ao bolso. Qual é vosso problema? Um pseudo intelectual roubou-vos a namorada?<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Não, mas parece que alguém te roubou a boa educação e o bom senso.
Oderint dum metuant
O cão, coitado, não tinha escolha...
Se um dia se acabar o milho, deixa de haver cinema?
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Tendo em conta que os reflexos condicionados são parte integrante do dia a dia, tu também não tens escolha em muita coisa. Ou não sabias? Não são só os cães, nós também os temos.
Em relação às pipocas, não são reflexos condicionados pois requerem uma acção minha (deixado, portanto de ser reflexos). São um modus vivendi se quiseres, algo que eu considero como integral a ver um filme.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Mesmo com pipocas?
E entre a literatura e a pintura? E a escultura e a B.D.? E entre a fotografia e a música? E entre uma instalação e a arquitectura...
Como é que se podem comparar (directamente?!?) o melhor cinema e a melhor literatura? Fica muito atrás?... muito quanto? um metro, 10 metros... quilometros...?
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Argumentum ad ignoratiam!
Cinema, etimológicamente, é uma sucessão de imagens. Se queremos ser "puristas", essa sucessão não deveria contar ou significar nada, porque senão, do ponto de vista semiótico, quebrava o seu sentido original da palavra.
Se se admitir cinema como é correntemente admitido, como uma sucessão de imagens com ou sem são, que pretendem transmitir uma ideia ou contar uma história, este está intimamente ligado à literatura por pretende contar algo e portanto é passível de comparação. Aliás, todas as formas as formas de arte são passíveis de comparação e os movimentos artísticos costumam-o ser em todas as vertentes e não são limitados a esta ou aquela forma de expressão. Eu pessoalmente considero que a literatura é mais rica, quer no ponto de vista interpretativo quer no ponto de vista psicológico, que o cinema. É a MINHA opinião. Se discordas, isso é lá contigo.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
J. L. Godard ganhou um prémio de Filosofia, normalmente atribuido a obras literários. Foi, de alguma forma, o reconhecimento de que uma tese, uma ideia, ou um modelo de pensamento podem ser transmitidos por outros meios que não uma folha cheia de letras. Mas claro, isso foram os pseudo-intelectuais... <hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Uma ideia ou uma tese podem ser transmitidas das formas que forem. Como eu disse acima, os movimentos artísticos não são limitados a esta ou aquela forma de expressão. No entanto é interessante notar que todos estes movimentos, quando se pretendem "oficializar" recorrem a manifestos... escritos. Quanto ao J.L.G. ter ganho um "prémio de filosofia", essa noção é de tal forma rídicula (prémio de filosofia???) que nem vale a pena explorar.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Sim, claro. Renoir, Godard, Truffaut, Bresson, Resnais, Rivette... quem se lembrará deles daqui a cem anos... só aqueles chatos da cinemateca que insistem em lembrá-los... Tudo o que as pessoas de verdade se recordarão em termos de cinema serão aquelas magníficas pipocas... <hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Podes ter a certeza que as pessoas se vão lembrar mais depressa de um Star Wars do que de um "A bout de souffle".
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Sempre a mesma conspiração de pseudo-intelectuais a irem-vos ao bolso. Qual é vosso problema? Um pseudo intelectual roubou-vos a namorada?<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Não, mas parece que alguém te roubou a boa educação e o bom senso.
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<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Por acaso não é verdade. O impressionismo foi bem aceite pelo público em geral e recusado liminarmente pela "crítica". Aliás, a recusa de integrar pintores impressionistas (nomeadamente Manet) na exposição de 1863 pelos organizadores (os "intelectuais" da época) e a subsequente "revolta" do resto das pessoas levou o imperador Napoleão II a criar o "Salon des Refusés" no qual os pintores rejeitados pelo "Salon" oficial expuseram as suas obras.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Por acaso foi o Napoleão III e o interesse dele era mais para ser visto como um patrono das artes e dar um cunho liberal à sua politica. Além disso não foi "recusado liminarmente pela crítica", mas apenas pelos membros da academia das belas artes. Emile Zola, por exemplo foi um grande defensor do impressionismo contra a pintura "académica". e quando se fala em público é preciso ter cuidado, pois em meados do século XIX a maioria do povo não tinha sequer dinheiro para se calçar, por isso não estaria muito preocupada com a pintura. Esse público seria a burguesia citadina e não a França toda em bloco.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">A parte "experimentalista" foi só no fim da sua vida, em Giverny.
Mas nenhum deles achou por bem ir "chular" o Estado a pedir subsídios. Que é o que se faz hoje em dia!!!
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Não podes comparar o dinheiro necessário para criar um quadro com o que precisas para fazer um filme.
Quanto à parte experimental, para mim o Monet foi talvez o impressionista que mais "experimentou" a cor e a sua influência nos objectos, desde o quadro "Impression, soleil levant" de 1872, passando pelos quadros feitos em Londres, a catedral de Rouen, antes portanto de Giverny, o que não retira o mérito aos quadros feitos no jardim da casa dele.
Basta pensar, no entanto, que foi a estupfacção perante o quadro de 1972 que levou um crítico, jocosamente, a apelidar a Monet e aos seus colegas de "impressionistas", para perceber que Monet esteve sempre na vanguarda. Quando ele faz quadros da catedral de Rouen ou do parlamento inglês onde estes quase não se vêem está a fazer "experiências" que irão ser fundamentais para a pintura do século XX, como Kandinsky, por exemplo, admitiu. E não estou acredito que todas as pessoas estivessem contentes a ver um quadro da sua catedral onde esta aparece esbatida. Ainda hoje muitos consideram que toda a pintura que não retrate fielmente, a regra e esquadro, a natureza não presta!
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Que definam um número mínimo de espectadores de forma a ser elegível para um subsídio e falhando isso, ser obrigado a devolver dinheiro. Eu não acho mal que o Estado subsídie a cultura, desde que o faça não ao sabor da "intelectualite" actual!
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Houve um filme do Manoel de oliveira, se não me engano o "Vou para Casa" que esteve no top-ten do box office italiano. Mas se tu falares com a maior parte dos portugueses eles vão logo dizer-te que o homem é um sorvedouro de dinheiro público. E mesmo em Portugal alguns filmes dele tem uma audiência apreciável. e que número é que tu difinias? Será que um filme do Joaquim Leitão tem mais público? é que os filmes do Oliveira, por exemplo, são vistos pelo mundo fora e se somarmos tudo é capaz de haver surpresas. O Oliveira e o JCM já tem um público que vai ver sempre os flmes deles, e os realizadores mais novos? O mais provável é que uma medida contabilistica iria afectar os mais novos.
Uma questão que em geral não se refere é que o estado não pode impor uma definição do que deve ser o cinema português. Ele tem de gerir o dinheiro com critérios objectivos e que não dependam dos realizadores em causa. É por isso que os dois critérios mais importantes são o público e os prémios que cada um ganha. Esse último critério é que justifica os subsidios a muitos dos realizadores portugueses.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Se se admitir cinema como é correntemente admitido, como uma sucessão de imagens com ou sem são, que pretendem transmitir uma ideia ou contar uma história, este está intimamente ligado à literatura por pretende contar algo e portanto é passível de comparação. Aliás, todas as formas as formas de arte são passíveis de comparação e os movimentos artísticos costumam-o ser em todas as vertentes e não são limitados a esta ou aquela forma de expressão. Eu pessoalmente considero que a literatura é mais rica, quer no ponto de vista interpretativo quer no ponto de vista psicológico, que o cinema. É a MINHA opinião. Se discordas, isso é lá contigo.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Muitos movimentos artisticos espalham-se por todas as artes e podem por isso ser encontrar-se parelelismos entre eles. Continuo no entanto a não concordar contigo. Um amante de música clássica também pode dizer que a literatura não tem a abstracção e a libertação de referências à vida quotidiana da sua arte. Tudo se resume a sons que tem de ser interpretados e por isso a música será para eles mais rica. Pessoalmente considero esse ponto de vista bastante limitativo. Os bons filmes, a boa pintura, o boa literatura, etc... e até os maus exemplos (basta pensar em Hitchcock) influênciam-se mutuamente.
É tudo uma questão de gosto, mas se uma obra de arte tivesse de ser escolhida para representar o século XX seria de certeza um filme ou um quadro, pois tratou-se do século da imagem.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Podes ter a certeza que as pessoas se vão lembrar mais depressa de um Star Wars do que de um "A bout de souffle".
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Esse argumento é demagógico, eu também posso dizer que as pessoas conhecem o Paulo Coelho mas não fazem a minima ideia de quem será Sthendal. e dúvido que alguém considere o Paulo Coelho mais importante (na influência no futuro da literatura e não em termos de gosto pessoal) do que Sthendal. Aliás para mim o filme Star Wars é muito importante para a geração que nasceu nos anos 70, mas daqui a 50 anos as novas gerações vão ter outras referências (hoje isso já se passa com o Senhor dos Anéis), mas quem quiser aprofundar o seu conhecimento do cinema do século XX terá de passar obrigatóriamente pela nouvelle vague.
<img alt="Beautiful_Earth" border="0" src="http://nssdc.gsfc.nasa.gov/thumbnail/pl ... _earth.gif">
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Por acaso foi o Napoleão III e o interesse dele era mais para ser visto como um patrono das artes e dar um cunho liberal à sua politica. Além disso não foi "recusado liminarmente pela crítica", mas apenas pelos membros da academia das belas artes. Emile Zola, por exemplo foi um grande defensor do impressionismo contra a pintura "académica". e quando se fala em público é preciso ter cuidado, pois em meados do século XIX a maioria do povo não tinha sequer dinheiro para se calçar, por isso não estaria muito preocupada com a pintura. Esse público seria a burguesia citadina e não a França toda em bloco.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">A parte "experimentalista" foi só no fim da sua vida, em Giverny.
Mas nenhum deles achou por bem ir "chular" o Estado a pedir subsídios. Que é o que se faz hoje em dia!!!
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Não podes comparar o dinheiro necessário para criar um quadro com o que precisas para fazer um filme.
Quanto à parte experimental, para mim o Monet foi talvez o impressionista que mais "experimentou" a cor e a sua influência nos objectos, desde o quadro "Impression, soleil levant" de 1872, passando pelos quadros feitos em Londres, a catedral de Rouen, antes portanto de Giverny, o que não retira o mérito aos quadros feitos no jardim da casa dele.
Basta pensar, no entanto, que foi a estupfacção perante o quadro de 1972 que levou um crítico, jocosamente, a apelidar a Monet e aos seus colegas de "impressionistas", para perceber que Monet esteve sempre na vanguarda. Quando ele faz quadros da catedral de Rouen ou do parlamento inglês onde estes quase não se vêem está a fazer "experiências" que irão ser fundamentais para a pintura do século XX, como Kandinsky, por exemplo, admitiu. E não estou acredito que todas as pessoas estivessem contentes a ver um quadro da sua catedral onde esta aparece esbatida. Ainda hoje muitos consideram que toda a pintura que não retrate fielmente, a regra e esquadro, a natureza não presta!
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Que definam um número mínimo de espectadores de forma a ser elegível para um subsídio e falhando isso, ser obrigado a devolver dinheiro. Eu não acho mal que o Estado subsídie a cultura, desde que o faça não ao sabor da "intelectualite" actual!
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Houve um filme do Manoel de oliveira, se não me engano o "Vou para Casa" que esteve no top-ten do box office italiano. Mas se tu falares com a maior parte dos portugueses eles vão logo dizer-te que o homem é um sorvedouro de dinheiro público. E mesmo em Portugal alguns filmes dele tem uma audiência apreciável. e que número é que tu difinias? Será que um filme do Joaquim Leitão tem mais público? é que os filmes do Oliveira, por exemplo, são vistos pelo mundo fora e se somarmos tudo é capaz de haver surpresas. O Oliveira e o JCM já tem um público que vai ver sempre os flmes deles, e os realizadores mais novos? O mais provável é que uma medida contabilistica iria afectar os mais novos.
Uma questão que em geral não se refere é que o estado não pode impor uma definição do que deve ser o cinema português. Ele tem de gerir o dinheiro com critérios objectivos e que não dependam dos realizadores em causa. É por isso que os dois critérios mais importantes são o público e os prémios que cada um ganha. Esse último critério é que justifica os subsidios a muitos dos realizadores portugueses.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Se se admitir cinema como é correntemente admitido, como uma sucessão de imagens com ou sem são, que pretendem transmitir uma ideia ou contar uma história, este está intimamente ligado à literatura por pretende contar algo e portanto é passível de comparação. Aliás, todas as formas as formas de arte são passíveis de comparação e os movimentos artísticos costumam-o ser em todas as vertentes e não são limitados a esta ou aquela forma de expressão. Eu pessoalmente considero que a literatura é mais rica, quer no ponto de vista interpretativo quer no ponto de vista psicológico, que o cinema. É a MINHA opinião. Se discordas, isso é lá contigo.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Muitos movimentos artisticos espalham-se por todas as artes e podem por isso ser encontrar-se parelelismos entre eles. Continuo no entanto a não concordar contigo. Um amante de música clássica também pode dizer que a literatura não tem a abstracção e a libertação de referências à vida quotidiana da sua arte. Tudo se resume a sons que tem de ser interpretados e por isso a música será para eles mais rica. Pessoalmente considero esse ponto de vista bastante limitativo. Os bons filmes, a boa pintura, o boa literatura, etc... e até os maus exemplos (basta pensar em Hitchcock) influênciam-se mutuamente.
É tudo uma questão de gosto, mas se uma obra de arte tivesse de ser escolhida para representar o século XX seria de certeza um filme ou um quadro, pois tratou-se do século da imagem.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Podes ter a certeza que as pessoas se vão lembrar mais depressa de um Star Wars do que de um "A bout de souffle".
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Esse argumento é demagógico, eu também posso dizer que as pessoas conhecem o Paulo Coelho mas não fazem a minima ideia de quem será Sthendal. e dúvido que alguém considere o Paulo Coelho mais importante (na influência no futuro da literatura e não em termos de gosto pessoal) do que Sthendal. Aliás para mim o filme Star Wars é muito importante para a geração que nasceu nos anos 70, mas daqui a 50 anos as novas gerações vão ter outras referências (hoje isso já se passa com o Senhor dos Anéis), mas quem quiser aprofundar o seu conhecimento do cinema do século XX terá de passar obrigatóriamente pela nouvelle vague.
<img alt="Beautiful_Earth" border="0" src="http://nssdc.gsfc.nasa.gov/thumbnail/pl ... _earth.gif">
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Por acaso foi o Napoleão III e o interesse dele era mais para ser visto como um patrono das artes e dar um cunho liberal à sua politica. Além disso não foi "recusado liminarmente pela crítica", mas apenas pelos membros da academia das belas artes. Emile Zola, por exemplo foi um grande defensor do impressionismo contra a pintura "académica". e quando se fala em público é preciso ter cuidado, pois em meados do século XIX a maioria do povo não tinha sequer dinheiro para se calçar, por isso não estaria muito preocupada com a pintura. Esse público seria a burguesia citadina e não a França toda em bloco.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
A crítica era a academia de belas artes. A "crítica" são as pessoas que em termos sociais são, para bem ou mal, "consideradas" especialista na matéria. Houve foi uma inversão perversa desta. Enquanto antigamente a crítica era completamente contra a inovação, agora é completamente contra qualquer conservadorismo. E como se diz, no meio termo é que está a virtude.
Quanto ao "público", não é que a situação tenha mudado muito (pelo menos na pintura). O grande "público" continua a ser a "burguesia" (agora dir-se-á classe média a classe alta) citadina. Com o cinema é diferente porque é uma "arte" de massas (tal como o era o teatro).
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Não podes comparar o dinheiro necessário para criar um quadro com o que precisas para fazer um filme.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Posso, se se considerar o retorno máximo de investimento previsto de um e de outro. Um quadro pode ficar mais barato de fazer, mas também se espera que renda menos.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Quanto à parte experimental, para mim o Monet foi talvez o impressionista que mais "experimentou" a cor e a sua influência nos objectos, desde o quadro "Impression, soleil levant" de 1872, passando pelos quadros feitos em Londres, a catedral de Rouen, antes portanto de Giverny, o que não retira o mérito aos quadros feitos no jardim da casa dele.
Basta pensar, no entanto, que foi a estupfacção perante o quadro de 1972 que levou um crítico, jocosamente, a apelidar a Monet e aos seus colegas de "impressionistas", para perceber que Monet esteve sempre na vanguarda. Quando ele faz quadros da catedral de Rouen ou do parlamento inglês onde estes quase não se vêem está a fazer "experiências" que irão ser fundamentais para a pintura do século XX, como Kandinsky, por exemplo, admitiu. E não estou acredito que todas as pessoas estivessem contentes a ver um quadro da sua catedral onde esta aparece esbatida. Ainda hoje muitos consideram que toda a pintura que não retrate fielmente, a regra e esquadro, a natureza não presta!
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Sim, concordo em parte. Todo o movimento impressionista é de certo modo "experimental". Mas o que não impede que tenha tido aceitação por parte do público interessado (ou seja, que se venderam quadros, venderam). É óbvio que nem toda a gente gosta... é como tudo. Agora, não se transformou em algo que quase ninguém gosta. ISSO é que é pior.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Houve um filme do Manoel de oliveira, se não me engano o "Vou para Casa" que esteve no top-ten do box office italiano. Mas se tu falares com a maior parte dos portugueses eles vão logo dizer-te que o homem é um sorvedouro de dinheiro público. E mesmo em Portugal alguns filmes dele tem uma audiência apreciável. e que número é que tu difinias? Será que um filme do Joaquim Leitão tem mais público? é que os filmes do Oliveira, por exemplo, são vistos pelo mundo fora e se somarmos tudo é capaz de haver surpresas. O Oliveira e o JCM já tem um público que vai ver sempre os flmes deles, e os realizadores mais novos? O mais provável é que uma medida contabilistica iria afectar os mais novos.
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Não forçosamente. Um primeiro subsídio seria sempre "à experiência". O que contaria mais seria o currículo subsquente. Se um tipo que faz filmes que têm sempre sala cheia resolver (ou tiver o azar) de fazer um que corra mal, não acho motivo para lhe retirarem o subsídio. Se alguém só faz filmes que não têm espectadores, aí não tem direito a subsídio.
É óbvio que deve contar a audiência a nível mundial, mas com um peso menor que a portuguesa porque o filme é pago com dinheiro de portugueses.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
Uma questão que em geral não se refere é que o estado não pode impor uma definição do que deve ser o cinema português. Ele tem de gerir o dinheiro com critérios objectivos e que não dependam dos realizadores em causa. É por isso que os dois critérios mais importantes são o público e os prémios que cada um ganha. Esse último critério é que justifica os subsidios a muitos dos realizadores portugueses.
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É óbvio que não pode. O problema é que os subsídios não são pelos prémios, mas pela panela. Como a apreciação das candidaturas é feita inter pares, aquilo resulta (e citando a expressão inglesa) num "you scratch my back, I'll scratch yours". Em relação aos prémios, por mais importantes que eles sejam, mesmo que um filme esteja coroado de prémios, se não tiver público é um fracasso. Exactamente porque o cinema é uma arte de "massas".
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Muitos movimentos artisticos espalham-se por todas as artes e podem por isso ser encontrar-se parelelismos entre eles. Continuo no entanto a não concordar contigo. Um amante de música clássica também pode dizer que a literatura não tem a abstracção e a libertação de referências à vida quotidiana da sua arte. Tudo se resume a sons que tem de ser interpretados e por isso a música será para eles mais rica. Pessoalmente considero esse ponto de vista bastante limitativo. Os bons filmes, a boa pintura, o boa literatura, etc... e até os maus exemplos (basta pensar em Hitchcock) influênciam-se mutuamente.
É tudo uma questão de gosto, mas se uma obra de arte tivesse de ser escolhida para representar o século XX seria de certeza um filme ou um quadro, pois tratou-se do século da imagem.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Provavelmente um filme.[:)]
Eu, e sublinho, pessoalmente, considero que o cinema é uma arte menor que a literatura. Mas essa é a minha opinião!
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Esse argumento é demagógico, eu também posso dizer que as pessoas conhecem o Paulo Coelho mas não fazem a minima ideia de quem será Sthendal. e dúvido que alguém considere o Paulo Coelho mais importante (na influência no futuro da literatura e não em termos de gosto pessoal) do que Sthendal. Aliás para mim o filme Star Wars é muito importante para a geração que nasceu nos anos 70, mas daqui a 50 anos as novas gerações vão ter outras referências (hoje isso já se passa com o Senhor dos Anéis), mas quem quiser aprofundar o seu conhecimento do cinema do século XX terá de passar obrigatóriamente pela nouvelle vague.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Não é comparável. O Star Wars é mais ou menos do tempo da Nouvelle Vague (do fim, prontos), enquanto o Paulo Coelho (que eu detesto, por falar nisso) é muito mais recente do que Stendhal.
Outro ponto onde isso falha é que Stendhal vende-se bem. Óbvio que não ao nível do Paulo Coelho ACTUALMENTE, mas visto ao longo dos anos já vendeu muito mais. Como disse num post anterior, os livros têm de vender para serem publicados, pois não são subsídio-dependentes.
Apesar de concordar que eventualmente alguém vai estudar a nouvelle vague daqui a 50 ou 100 anos, a grande marca vai ser o cinema de Hollywood, por mais que doa a muita gente. Um Casablanca ou um Citizen Kane vão valer muito mais que qualquer filme da Nouvelle Vague em termos históricos. Mesmo a nível artístico a história é sempre escrita pelos vencedores, e acho que há poucas dúvidas sobre quem venceu.
Oderint dum metuant
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
A crítica era a academia de belas artes. A "crítica" são as pessoas que em termos sociais são, para bem ou mal, "consideradas" especialista na matéria. Houve foi uma inversão perversa desta. Enquanto antigamente a crítica era completamente contra a inovação, agora é completamente contra qualquer conservadorismo. E como se diz, no meio termo é que está a virtude.
Quanto ao "público", não é que a situação tenha mudado muito (pelo menos na pintura). O grande "público" continua a ser a "burguesia" (agora dir-se-á classe média a classe alta) citadina. Com o cinema é diferente porque é uma "arte" de massas (tal como o era o teatro).
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Não podes comparar o dinheiro necessário para criar um quadro com o que precisas para fazer um filme.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Posso, se se considerar o retorno máximo de investimento previsto de um e de outro. Um quadro pode ficar mais barato de fazer, mas também se espera que renda menos.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Quanto à parte experimental, para mim o Monet foi talvez o impressionista que mais "experimentou" a cor e a sua influência nos objectos, desde o quadro "Impression, soleil levant" de 1872, passando pelos quadros feitos em Londres, a catedral de Rouen, antes portanto de Giverny, o que não retira o mérito aos quadros feitos no jardim da casa dele.
Basta pensar, no entanto, que foi a estupfacção perante o quadro de 1972 que levou um crítico, jocosamente, a apelidar a Monet e aos seus colegas de "impressionistas", para perceber que Monet esteve sempre na vanguarda. Quando ele faz quadros da catedral de Rouen ou do parlamento inglês onde estes quase não se vêem está a fazer "experiências" que irão ser fundamentais para a pintura do século XX, como Kandinsky, por exemplo, admitiu. E não estou acredito que todas as pessoas estivessem contentes a ver um quadro da sua catedral onde esta aparece esbatida. Ainda hoje muitos consideram que toda a pintura que não retrate fielmente, a regra e esquadro, a natureza não presta!
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Sim, concordo em parte. Todo o movimento impressionista é de certo modo "experimental". Mas o que não impede que tenha tido aceitação por parte do público interessado (ou seja, que se venderam quadros, venderam). É óbvio que nem toda a gente gosta... é como tudo. Agora, não se transformou em algo que quase ninguém gosta. ISSO é que é pior.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Houve um filme do Manoel de oliveira, se não me engano o "Vou para Casa" que esteve no top-ten do box office italiano. Mas se tu falares com a maior parte dos portugueses eles vão logo dizer-te que o homem é um sorvedouro de dinheiro público. E mesmo em Portugal alguns filmes dele tem uma audiência apreciável. e que número é que tu difinias? Será que um filme do Joaquim Leitão tem mais público? é que os filmes do Oliveira, por exemplo, são vistos pelo mundo fora e se somarmos tudo é capaz de haver surpresas. O Oliveira e o JCM já tem um público que vai ver sempre os flmes deles, e os realizadores mais novos? O mais provável é que uma medida contabilistica iria afectar os mais novos.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Não forçosamente. Um primeiro subsídio seria sempre "à experiência". O que contaria mais seria o currículo subsquente. Se um tipo que faz filmes que têm sempre sala cheia resolver (ou tiver o azar) de fazer um que corra mal, não acho motivo para lhe retirarem o subsídio. Se alguém só faz filmes que não têm espectadores, aí não tem direito a subsídio.
É óbvio que deve contar a audiência a nível mundial, mas com um peso menor que a portuguesa porque o filme é pago com dinheiro de portugueses.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
Uma questão que em geral não se refere é que o estado não pode impor uma definição do que deve ser o cinema português. Ele tem de gerir o dinheiro com critérios objectivos e que não dependam dos realizadores em causa. É por isso que os dois critérios mais importantes são o público e os prémios que cada um ganha. Esse último critério é que justifica os subsidios a muitos dos realizadores portugueses.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
É óbvio que não pode. O problema é que os subsídios não são pelos prémios, mas pela panela. Como a apreciação das candidaturas é feita inter pares, aquilo resulta (e citando a expressão inglesa) num "you scratch my back, I'll scratch yours". Em relação aos prémios, por mais importantes que eles sejam, mesmo que um filme esteja coroado de prémios, se não tiver público é um fracasso. Exactamente porque o cinema é uma arte de "massas".
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Muitos movimentos artisticos espalham-se por todas as artes e podem por isso ser encontrar-se parelelismos entre eles. Continuo no entanto a não concordar contigo. Um amante de música clássica também pode dizer que a literatura não tem a abstracção e a libertação de referências à vida quotidiana da sua arte. Tudo se resume a sons que tem de ser interpretados e por isso a música será para eles mais rica. Pessoalmente considero esse ponto de vista bastante limitativo. Os bons filmes, a boa pintura, o boa literatura, etc... e até os maus exemplos (basta pensar em Hitchcock) influênciam-se mutuamente.
É tudo uma questão de gosto, mas se uma obra de arte tivesse de ser escolhida para representar o século XX seria de certeza um filme ou um quadro, pois tratou-se do século da imagem.
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Provavelmente um filme.[:)]
Eu, e sublinho, pessoalmente, considero que o cinema é uma arte menor que a literatura. Mas essa é a minha opinião!
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">Esse argumento é demagógico, eu também posso dizer que as pessoas conhecem o Paulo Coelho mas não fazem a minima ideia de quem será Sthendal. e dúvido que alguém considere o Paulo Coelho mais importante (na influência no futuro da literatura e não em termos de gosto pessoal) do que Sthendal. Aliás para mim o filme Star Wars é muito importante para a geração que nasceu nos anos 70, mas daqui a 50 anos as novas gerações vão ter outras referências (hoje isso já se passa com o Senhor dos Anéis), mas quem quiser aprofundar o seu conhecimento do cinema do século XX terá de passar obrigatóriamente pela nouvelle vague.
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Não é comparável. O Star Wars é mais ou menos do tempo da Nouvelle Vague (do fim, prontos), enquanto o Paulo Coelho (que eu detesto, por falar nisso) é muito mais recente do que Stendhal.
Outro ponto onde isso falha é que Stendhal vende-se bem. Óbvio que não ao nível do Paulo Coelho ACTUALMENTE, mas visto ao longo dos anos já vendeu muito mais. Como disse num post anterior, os livros têm de vender para serem publicados, pois não são subsídio-dependentes.
Apesar de concordar que eventualmente alguém vai estudar a nouvelle vague daqui a 50 ou 100 anos, a grande marca vai ser o cinema de Hollywood, por mais que doa a muita gente. Um Casablanca ou um Citizen Kane vão valer muito mais que qualquer filme da Nouvelle Vague em termos históricos. Mesmo a nível artístico a história é sempre escrita pelos vencedores, e acho que há poucas dúvidas sobre quem venceu.
Oderint dum metuant
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Aqui vai a resposta mais de seis meses depois...
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
A crítica era a academia de belas artes. A "crítica" são as pessoas que em termos sociais são, para bem ou mal, "consideradas" especialista na matéria. Houve foi uma inversão perversa desta. Enquanto antigamente a crítica era completamente contra a inovação, agora é completamente contra qualquer conservadorismo. E como se diz, no meio termo é que está a virtude.
Quanto ao "público", não é que a situação tenha mudado muito (pelo menos na pintura). O grande "público" continua a ser a "burguesia" (agora dir-se-á classe média a classe alta) citadina. Com o cinema é diferente porque é uma "arte" de massas (tal como o era o teatro).
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Se virmos a história da crítica facilmente reparamos que nunca existe uma unanimidade. Em geral as várias tendências travam batalhas entre elas para que a sua concepção de arte subsista. Por isso tínhamos de um lado os críticos “académicos” que defendiam um apego aos motivos tradicionais da pintura (cenas bíblicas, cenas históricas, o retrato…) e uma nova concepção de arte que defendia os valores introduzidos por Baudelaire (a vida quotidiana, as paisagens). É nesta última que Zola se insere e tendo em conta que ele venceu (como tu escreveste hoje a crítica é pela vanguarda) não se pode minimizar a sua importância.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
Posso, se se considerar o retorno máximo de investimento previsto de um e de outro. Um quadro pode ficar mais barato de fazer, mas também se espera que renda menos.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Concordo com o que dizes, mas a minha posição é mais no sentido do dinheiro inicial que é necessário investir. Existem muitos cafés, pois dão dinheiro e o investimento inicial não é muito elevado, mas já não é qualquer um que abre uma joalharia. É esse o meu ponto. A verdade é que contabilizando o dinheiro feito nas salas de cinema em Portugal <b>nenhum</b> filme daria lucro e logo já não haveria cinema... fosse ele comercial ou intelectual.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
Não forçosamente. Um primeiro subsídio seria sempre "à experiência". O que contaria mais seria o currículo subsquente. Se um tipo que faz filmes que têm sempre sala cheia resolver (ou tiver o azar) de fazer um que corra mal, não acho motivo para lhe retirarem o subsídio. Se alguém só faz filmes que não têm espectadores, aí não tem direito a subsídio.
É óbvio que deve contar a audiência a nível mundial, mas com um peso menor que a portuguesa porque o filme é pago com dinheiro de portugueses.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Mas isso no fundo já acontece. Os realizadores portugueses que recebem subsídios são por um lado, os que enchem as salas (Joaquim Leitão, Leonel Vieira) e os que têm o seu público disperso por Portugal e no resto do mundo (Manoel de Oliveira, Pedro Costa, Paulo Rocha). Aqueles que não tem público em lado nenhum deixam de ter subsídios, como é o caso do António Macedo. Alguns conseguem o milagre de agradar a ambas as franjas. É o caso do Fernando Lopes que com o seu último filme caiu nas graças da crítica e teve as salas cheias (relativamente à média de um filme português).
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">O problema é que os subsídios não são pelos prémios, mas pela panela. Como a apreciação das candidaturas é feita inter pares, aquilo resulta (e citando a expressão inglesa) num "you scratch my back, I'll scratch yours". Em relação aos prémios, por mais importantes que eles sejam, mesmo que um filme esteja coroado de prémios, se não tiver público é um fracasso. Exactamente porque o cinema é uma arte de "massas".
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
É a tua opinião, para mim o que se passa será mais uma proximidade estética. É natural que quem aprecia o cinema de Manoel de Oliveira queira que ele tenha subsídio e que por sua vez este último goste dos filmes que são próximos do seu estilo.
Não é por acaso que o Paulo Branco produz os filmes dos realizadores “autores” e o Tino Navarro os filmes dos realizadores mais comerciais. O Tino Navarro disse numa entrevista que para ele o cinema é acima de tudo a história. Por isso ele é bastante exigente com o argumento. só quando este está como ele quer é que dá luz verde para se avançar. Para ele as pessoas vão ao cinema para se emocionarem com a história. Já o Paulo Branco diz que por vezes aceita fazer um filme sem o guião estar completo. O Pedro Costa vai para as filmagens sem nada definido, como foi o caso do filme "O Quarto da Vanda". O cinema para ele está nas imagens, são essas que podem contar uma história ou não.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
Não é comparável. O Star Wars é mais ou menos do tempo da Nouvelle Vague (do fim, prontos), enquanto o Paulo Coelho (que eu detesto, por falar nisso) é muito mais recente do que Stendhal.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Ok. Mas eu posso escolher outro exemplo qualquer. Lembras-te do filme Amadeus? O Salieri era o mas popular mas o que ficou na história foi o Wolfgang!
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
Outro ponto onde isso falha é que Stendhal vende-se bem. Óbvio que não ao nível do Paulo Coelho ACTUALMENTE, mas visto ao longo dos anos já vendeu muito mais. Como disse num post anterior, os livros têm de vender para serem publicados, pois não são subsídio-dependentes.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
A comparação entre Sthendal e Paulo Coelho era noutro sentido. Enquanto a obra de Sthendal passava despercebida ao público da altura, o Paulo Coelho é venerado pelo público actual. Mas como tu disseste o Sthendal ainda hoje vende. Será que daqui a um século o Paulo Coelho ainda vende?
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
Mesmo a nível artístico a história é sempre escrita pelos vencedores, e acho que há poucas dúvidas sobre quem venceu.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Tens toda a razão quando referes que a história é escrita pelos vencedores, até na arte. A questão é que vários realizadores americanos dão importância à nouvelle vague e aos alguns realizadores europeus. O Woody Allen é um fã incondicional de Bergman e Fellini; Spielberg nunca escondeu a sua admiração por Truffaut; Scorsese adora o cinema italiano… Na verdade a história do cinema nunca estará completa sem a contribuição do cinema americano, europeu e japonÊs. No mínimo esses tem de estar presentes.
E já agora...como tu escreveste a critica actual defende uma pintura de vanguarda. e se a história é feita pelos vencedores tens então de aceitar a vitória destes mesmo que não os aprecies!
<img alt="Beautiful_Earth" border="0" src="http://nssdc.gsfc.nasa.gov/thumbnail/pl ... _earth.gif">
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
A crítica era a academia de belas artes. A "crítica" são as pessoas que em termos sociais são, para bem ou mal, "consideradas" especialista na matéria. Houve foi uma inversão perversa desta. Enquanto antigamente a crítica era completamente contra a inovação, agora é completamente contra qualquer conservadorismo. E como se diz, no meio termo é que está a virtude.
Quanto ao "público", não é que a situação tenha mudado muito (pelo menos na pintura). O grande "público" continua a ser a "burguesia" (agora dir-se-á classe média a classe alta) citadina. Com o cinema é diferente porque é uma "arte" de massas (tal como o era o teatro).
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Se virmos a história da crítica facilmente reparamos que nunca existe uma unanimidade. Em geral as várias tendências travam batalhas entre elas para que a sua concepção de arte subsista. Por isso tínhamos de um lado os críticos “académicos” que defendiam um apego aos motivos tradicionais da pintura (cenas bíblicas, cenas históricas, o retrato…) e uma nova concepção de arte que defendia os valores introduzidos por Baudelaire (a vida quotidiana, as paisagens). É nesta última que Zola se insere e tendo em conta que ele venceu (como tu escreveste hoje a crítica é pela vanguarda) não se pode minimizar a sua importância.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
Posso, se se considerar o retorno máximo de investimento previsto de um e de outro. Um quadro pode ficar mais barato de fazer, mas também se espera que renda menos.
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Concordo com o que dizes, mas a minha posição é mais no sentido do dinheiro inicial que é necessário investir. Existem muitos cafés, pois dão dinheiro e o investimento inicial não é muito elevado, mas já não é qualquer um que abre uma joalharia. É esse o meu ponto. A verdade é que contabilizando o dinheiro feito nas salas de cinema em Portugal <b>nenhum</b> filme daria lucro e logo já não haveria cinema... fosse ele comercial ou intelectual.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
Não forçosamente. Um primeiro subsídio seria sempre "à experiência". O que contaria mais seria o currículo subsquente. Se um tipo que faz filmes que têm sempre sala cheia resolver (ou tiver o azar) de fazer um que corra mal, não acho motivo para lhe retirarem o subsídio. Se alguém só faz filmes que não têm espectadores, aí não tem direito a subsídio.
É óbvio que deve contar a audiência a nível mundial, mas com um peso menor que a portuguesa porque o filme é pago com dinheiro de portugueses.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Mas isso no fundo já acontece. Os realizadores portugueses que recebem subsídios são por um lado, os que enchem as salas (Joaquim Leitão, Leonel Vieira) e os que têm o seu público disperso por Portugal e no resto do mundo (Manoel de Oliveira, Pedro Costa, Paulo Rocha). Aqueles que não tem público em lado nenhum deixam de ter subsídios, como é o caso do António Macedo. Alguns conseguem o milagre de agradar a ambas as franjas. É o caso do Fernando Lopes que com o seu último filme caiu nas graças da crítica e teve as salas cheias (relativamente à média de um filme português).
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">O problema é que os subsídios não são pelos prémios, mas pela panela. Como a apreciação das candidaturas é feita inter pares, aquilo resulta (e citando a expressão inglesa) num "you scratch my back, I'll scratch yours". Em relação aos prémios, por mais importantes que eles sejam, mesmo que um filme esteja coroado de prémios, se não tiver público é um fracasso. Exactamente porque o cinema é uma arte de "massas".
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
É a tua opinião, para mim o que se passa será mais uma proximidade estética. É natural que quem aprecia o cinema de Manoel de Oliveira queira que ele tenha subsídio e que por sua vez este último goste dos filmes que são próximos do seu estilo.
Não é por acaso que o Paulo Branco produz os filmes dos realizadores “autores” e o Tino Navarro os filmes dos realizadores mais comerciais. O Tino Navarro disse numa entrevista que para ele o cinema é acima de tudo a história. Por isso ele é bastante exigente com o argumento. só quando este está como ele quer é que dá luz verde para se avançar. Para ele as pessoas vão ao cinema para se emocionarem com a história. Já o Paulo Branco diz que por vezes aceita fazer um filme sem o guião estar completo. O Pedro Costa vai para as filmagens sem nada definido, como foi o caso do filme "O Quarto da Vanda". O cinema para ele está nas imagens, são essas que podem contar uma história ou não.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
Não é comparável. O Star Wars é mais ou menos do tempo da Nouvelle Vague (do fim, prontos), enquanto o Paulo Coelho (que eu detesto, por falar nisso) é muito mais recente do que Stendhal.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Ok. Mas eu posso escolher outro exemplo qualquer. Lembras-te do filme Amadeus? O Salieri era o mas popular mas o que ficou na história foi o Wolfgang!
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
Outro ponto onde isso falha é que Stendhal vende-se bem. Óbvio que não ao nível do Paulo Coelho ACTUALMENTE, mas visto ao longo dos anos já vendeu muito mais. Como disse num post anterior, os livros têm de vender para serem publicados, pois não são subsídio-dependentes.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
A comparação entre Sthendal e Paulo Coelho era noutro sentido. Enquanto a obra de Sthendal passava despercebida ao público da altura, o Paulo Coelho é venerado pelo público actual. Mas como tu disseste o Sthendal ainda hoje vende. Será que daqui a um século o Paulo Coelho ainda vende?
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
Mesmo a nível artístico a história é sempre escrita pelos vencedores, e acho que há poucas dúvidas sobre quem venceu.
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Tens toda a razão quando referes que a história é escrita pelos vencedores, até na arte. A questão é que vários realizadores americanos dão importância à nouvelle vague e aos alguns realizadores europeus. O Woody Allen é um fã incondicional de Bergman e Fellini; Spielberg nunca escondeu a sua admiração por Truffaut; Scorsese adora o cinema italiano… Na verdade a história do cinema nunca estará completa sem a contribuição do cinema americano, europeu e japonÊs. No mínimo esses tem de estar presentes.
E já agora...como tu escreveste a critica actual defende uma pintura de vanguarda. e se a história é feita pelos vencedores tens então de aceitar a vitória destes mesmo que não os aprecies!
<img alt="Beautiful_Earth" border="0" src="http://nssdc.gsfc.nasa.gov/thumbnail/pl ... _earth.gif">
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oi Joker[8D]
Vou te ser sincera... gosto de ver popcorn movies de vez em quando e acho que eles servem para esquecer as agruras da vida. São rápidos, sem qualquer sentido de narrativa, com muitos buracos a nível de argumento e, por vezes, com interpretações pobres, mas... divertem. Quando fui ver o Ultimo Samurai, vi a apresentação do filme Torque, que encaixa-se na perfeição nesse estilo de filme: muitas explosões, tiros, motas potentes e, sobretudo, actores esculturais e sem qualquer tipo de ensinamento a nível de representação. E eles próprios sabem que não sabem representar, mas aí é que reside o gozo destes filmes. Eles divertem, distraem e não desiludem nesse aspecto. De resto, nada mais interessa.
um bem haja para ti
Katrinapop
Vou te ser sincera... gosto de ver popcorn movies de vez em quando e acho que eles servem para esquecer as agruras da vida. São rápidos, sem qualquer sentido de narrativa, com muitos buracos a nível de argumento e, por vezes, com interpretações pobres, mas... divertem. Quando fui ver o Ultimo Samurai, vi a apresentação do filme Torque, que encaixa-se na perfeição nesse estilo de filme: muitas explosões, tiros, motas potentes e, sobretudo, actores esculturais e sem qualquer tipo de ensinamento a nível de representação. E eles próprios sabem que não sabem representar, mas aí é que reside o gozo destes filmes. Eles divertem, distraem e não desiludem nesse aspecto. De resto, nada mais interessa.
um bem haja para ti
Katrinapop
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote"> vi a apresentação do filme Torque, <hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Ó Katrina, as palavras "filme" e "Torque" não combinam mesmo nada... Heresia ! [:0][;)]
Actualmente, não tenho nada contra o lixo pop-corn, pois não vejo.
How sweet, fresh meat !
Ó Katrina, as palavras "filme" e "Torque" não combinam mesmo nada... Heresia ! [:0][;)]
Actualmente, não tenho nada contra o lixo pop-corn, pois não vejo.
How sweet, fresh meat !