Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004) - Michel Gondry
Moderators: waltsouza, mansildv
Mais um filme de Charlie Kaufman. Isso mesmo, leram bem, um filme de Charlie Kaufman. [:)] Aqui está um escritor que é mais importante que o realizador. Topa-se à légua um filme deste gajo e está a tornar-se, se ainda não se tornou, o meu argumentista preferido. O homem é um génio absoluto, escreve da maneira mais original possível e tem uma das mais loucas imaginações que já vi. Este é, não um dos melhores do ano, mas o melhor do ano, pelo menos até agora, e o primeiro filme memorável que vi este ano. Já o melhor filme do ano passado, para mim, foi o Adaptation, e foi um filme que vi mais ou menos por esta altura, ou até uns meses antes e aguentou-se como o melhor filme do ano até ao fim. Acredito que este Eternal Sunshine of the Spotless Mind repetirá a proeza de Adaptation e manter-se-á o melhor filme de 2004.
<b>* * * * *</b>
Ludovic Mestre
"Epá, tá aqui um cheiro esquisito..."
"É esquisito, é... hehe Made in Marrocos!"
<b>* * * * *</b>
Ludovic Mestre
"Epá, tá aqui um cheiro esquisito..."
"É esquisito, é... hehe Made in Marrocos!"
-
- Especialista
- Posts: 1895
- Joined: January 15th, 2001, 3:34 am
- Location: Portugal
Brilhante!!! Brilhante!!! Um dos melhores filmes q vi até hoje. Fui ve-lo ontem e foi lindo. De referir q aquilo n é so um filme de amor. A estrutura da historia está demais, com aqueles rewinds e fowards. É mesmo para por a carola a pensar, ao contrario das sucessivas diarreias q se vêm por ai a sair nos cinemas.
------------------------------------------------
Visite o site mais underground de musica em http://undermusic.web.pt
------------------------------------------------
Visite o site mais underground de musica em http://undermusic.web.pt
BoAs!
E lá fui eu ver, e...
Ora aqui está uma história de amor completamente diferente do que estou habituada a ver por ai.
Um Filme cheio de coração. Fabuloso![^]
Bato as palmas a Jim Carrey , que prova mais uma vez que não serve só para nos fazer rir.
Cumprimentos,
PaRpY
<i><b><font color="navy"><font size="1"><font face="Book Antiqua">* ReCoRdA-Me SeMpRe AsSiM *.</font id="Book Antiqua"></font id="size1"></font id="navy"></b></i>
<b><b><font color="navy"><font size="1"><font face="Comic Sans MS">(ZaRaNzA)</font id="Comic Sans MS"></font id="size1"></font id="navy"></b></b>
<font color="purple"><b>FoToS</b></font id="purple">
E lá fui eu ver, e...
Ora aqui está uma história de amor completamente diferente do que estou habituada a ver por ai.
Um Filme cheio de coração. Fabuloso![^]
Bato as palmas a Jim Carrey , que prova mais uma vez que não serve só para nos fazer rir.
Cumprimentos,
PaRpY
<i><b><font color="navy"><font size="1"><font face="Book Antiqua">* ReCoRdA-Me SeMpRe AsSiM *.</font id="Book Antiqua"></font id="size1"></font id="navy"></b></i>
<b><b><font color="navy"><font size="1"><font face="Comic Sans MS">(ZaRaNzA)</font id="Comic Sans MS"></font id="size1"></font id="navy"></b></b>
<font color="purple"><b>FoToS</b></font id="purple">
-
- Entusiasta
- Posts: 458
- Joined: May 16th, 2002, 2:28 pm
- Location: Portugal
-
- Entusiasta
- Posts: 458
- Joined: May 16th, 2002, 2:28 pm
- Location: Portugal
Estou deslumbrado!
<b>SPOILER</b>
As minhas expectativas não estavam muito altas pois receava que Charlie Kaufman aplicasse mais do mesmo. Estamos novamente perante a manipulação da mente e das imagens que esta cria. Felizmente o argumentista partindo da matéria-prima a que está habituado lança o filme numa nova direcção. Se no primeiro filme de Spike Jonze a atenção vai para a ideia de manipulação da mente humana e a história gira basicamente à volta disso, neste filme – apesar de esta também ocorrer –, a relação entre Clementine e Joel transcende-a. Na realidade “O Despertar da Mente” é uma das melhores histórias contemporâneas sobre relacionamento entre um homem e uma mulher e tudo o que isso envolve. A teia que se estabelece entre a vida e a memória dessas pessoas, os erros que cada um deles comete e os pequenos – na altura – momentos que vivemos ultrapassa a “engenharia mental” na sequência final onde Jim Carrey e Kate Winslet revivem a fuga de Joel. Este filme obtém aquilo que o cinema independente americano procura – uma reflexão sobre a dificuldade de duas pessoas se relacionarem sem entrarem em quezílias e recriminações de parte a parte.
As memórias que pouco a pouco vão desaparecendo da mente de Joel, levam este a perceber que são precisamente estas as responsáveis pelo ser humano que nos tornamos. Aquilo que fazemos estabelece uma memória única e irrepetível para cada um de nós, como Patrick (Elijah Wood) testemunha da maneira mais dolorosa.
É brutal assistir aos desabafos registados nas cassetes de um em relação ao outro. Cada um diz que afinal não pensa daquela maneira – Joel diz a Clementina que afinal gosta do penteado desta, apesar de não ser isso que ouvimos na cassete. E a verdade é que sentimos que ele está a ser sincero. Quando uma relação acaba acabamos por efectuar um processo igual ao realizado pela empresa “Lacuna”. De alguma forma queremos apagar as boas memórias da pessoa amada e a forma de o fazermos é precisamente realçar o pior dela.
Temos novamente uma visita ao inconsciente mais profundo – a infância e os episódios mais recalcados, tal como em “Being John Malkovich” – mas muito melhor aproveitados neste filme. O facto de Clementine assistir a esses episódios (a mãe que percebe que o filho se está a masturbar, que não lhe dá atenção e os amigos que o humilham) permite estabelecer entre eles uma intimidade que devido à timidez de Joel não existia no início da relação.
O final na casa de praia revela duas pessoas maduras que finalmente estão preparadas para assumir uma relação sabendo que vão sempre existir problemas que tem de ser resolvidos, sendo que a mudança na cor do cabelo não é seguramente a solução. Ambos falam finalmente abertamente sobre as atitudes de cada um, mesmo aquelas mais embaraçosas, as que infelizmente frequentemente evitamos. São estas que se devem discutir pois só superando-as é possível construir a tal relação madura baseada na confiança no outro necessária para enfrentar as próximas. Quando Joel ouve pela primeira vez a cassete de Clementine expulsa-a do carro mas rapidamente percebe que esta não é a solução. Não se pode apagar uma pessoa da nossa vida simplesmente porque ela tem opiniões sobre nós que não nos são muito favoráveis. É por isso que Joel vai ter com Clementine depois desta ficar destroçada com o que ele disse dela nas cassetes. Ele sabe que por muitos defeitos que a sua namorada tenha estes são menos importantes do que aquilo que ela lhe proporcionou. A união e confiança entre eles era agora elevada. Para isso tiveram de conhecer o pior da personalidade de cada um, indo muito para além dos sorrisos e das faces simpáticas dos primeiros encontros. É por isso que na sequência inicial, que afinal é um sonho, Joel altera o modo como eles se encontraram e cria-lhe uma imagem fantasiada e mágica que conquista imediatamente o espectador. Joel sabia agora que Clementine era a mulher da sua vida.
O final do filme remete para a sequência inicial e só então temos acesso ao modo como verdadeiramente eles se encontraram. O início do filme foi o modo que eles encontraram para se encontrarem pela última vez antes das suas memórias serem esvaziadas. Apesar de eles perceberem através das cassetes a asneira que fizeram já não podiam evita-la e por isso aproveitam a sua última memória – o assalto à casa de praia – para ficarem em paz um com o outro. A harmonia entre eles é alcançada quando estão prestes a ficarem sem recordação um do outro. É com uma tragédia que encerra o melhor filme do ano, até ver!
Por tudo isto:
Eternal Sunshine of the Spotless Mind - 9/10
Nota: resta saber se Mary (Kirsten Dunst) conseguiria acabar com a empresa "Lacuna" ao mostrar os danos que a falta de memória podem causar a cada um de nós. Nesse caso todas as memórias poderiam ser restituidas e assim as memórias de Joel e Clementine seriam recuperadas.
<b>SPOILER</b>
As minhas expectativas não estavam muito altas pois receava que Charlie Kaufman aplicasse mais do mesmo. Estamos novamente perante a manipulação da mente e das imagens que esta cria. Felizmente o argumentista partindo da matéria-prima a que está habituado lança o filme numa nova direcção. Se no primeiro filme de Spike Jonze a atenção vai para a ideia de manipulação da mente humana e a história gira basicamente à volta disso, neste filme – apesar de esta também ocorrer –, a relação entre Clementine e Joel transcende-a. Na realidade “O Despertar da Mente” é uma das melhores histórias contemporâneas sobre relacionamento entre um homem e uma mulher e tudo o que isso envolve. A teia que se estabelece entre a vida e a memória dessas pessoas, os erros que cada um deles comete e os pequenos – na altura – momentos que vivemos ultrapassa a “engenharia mental” na sequência final onde Jim Carrey e Kate Winslet revivem a fuga de Joel. Este filme obtém aquilo que o cinema independente americano procura – uma reflexão sobre a dificuldade de duas pessoas se relacionarem sem entrarem em quezílias e recriminações de parte a parte.
As memórias que pouco a pouco vão desaparecendo da mente de Joel, levam este a perceber que são precisamente estas as responsáveis pelo ser humano que nos tornamos. Aquilo que fazemos estabelece uma memória única e irrepetível para cada um de nós, como Patrick (Elijah Wood) testemunha da maneira mais dolorosa.
É brutal assistir aos desabafos registados nas cassetes de um em relação ao outro. Cada um diz que afinal não pensa daquela maneira – Joel diz a Clementina que afinal gosta do penteado desta, apesar de não ser isso que ouvimos na cassete. E a verdade é que sentimos que ele está a ser sincero. Quando uma relação acaba acabamos por efectuar um processo igual ao realizado pela empresa “Lacuna”. De alguma forma queremos apagar as boas memórias da pessoa amada e a forma de o fazermos é precisamente realçar o pior dela.
Temos novamente uma visita ao inconsciente mais profundo – a infância e os episódios mais recalcados, tal como em “Being John Malkovich” – mas muito melhor aproveitados neste filme. O facto de Clementine assistir a esses episódios (a mãe que percebe que o filho se está a masturbar, que não lhe dá atenção e os amigos que o humilham) permite estabelecer entre eles uma intimidade que devido à timidez de Joel não existia no início da relação.
O final na casa de praia revela duas pessoas maduras que finalmente estão preparadas para assumir uma relação sabendo que vão sempre existir problemas que tem de ser resolvidos, sendo que a mudança na cor do cabelo não é seguramente a solução. Ambos falam finalmente abertamente sobre as atitudes de cada um, mesmo aquelas mais embaraçosas, as que infelizmente frequentemente evitamos. São estas que se devem discutir pois só superando-as é possível construir a tal relação madura baseada na confiança no outro necessária para enfrentar as próximas. Quando Joel ouve pela primeira vez a cassete de Clementine expulsa-a do carro mas rapidamente percebe que esta não é a solução. Não se pode apagar uma pessoa da nossa vida simplesmente porque ela tem opiniões sobre nós que não nos são muito favoráveis. É por isso que Joel vai ter com Clementine depois desta ficar destroçada com o que ele disse dela nas cassetes. Ele sabe que por muitos defeitos que a sua namorada tenha estes são menos importantes do que aquilo que ela lhe proporcionou. A união e confiança entre eles era agora elevada. Para isso tiveram de conhecer o pior da personalidade de cada um, indo muito para além dos sorrisos e das faces simpáticas dos primeiros encontros. É por isso que na sequência inicial, que afinal é um sonho, Joel altera o modo como eles se encontraram e cria-lhe uma imagem fantasiada e mágica que conquista imediatamente o espectador. Joel sabia agora que Clementine era a mulher da sua vida.
O final do filme remete para a sequência inicial e só então temos acesso ao modo como verdadeiramente eles se encontraram. O início do filme foi o modo que eles encontraram para se encontrarem pela última vez antes das suas memórias serem esvaziadas. Apesar de eles perceberem através das cassetes a asneira que fizeram já não podiam evita-la e por isso aproveitam a sua última memória – o assalto à casa de praia – para ficarem em paz um com o outro. A harmonia entre eles é alcançada quando estão prestes a ficarem sem recordação um do outro. É com uma tragédia que encerra o melhor filme do ano, até ver!
Por tudo isto:
Eternal Sunshine of the Spotless Mind - 9/10
Nota: resta saber se Mary (Kirsten Dunst) conseguiria acabar com a empresa "Lacuna" ao mostrar os danos que a falta de memória podem causar a cada um de nós. Nesse caso todas as memórias poderiam ser restituidas e assim as memórias de Joel e Clementine seriam recuperadas.
Divinal!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Um dos melhores romances de sempre, como já aqui foi referido, o géniod e Kaufmann mais uma vez se revela, no entanto tb considero que há uma pessoa mto importante para esse facto, Michel Gondry, utilizando efeitos de câmera consegue nos transportar para a mente de Joel... fantástico, a direcção de actores tb está excepcional, Carrey e Winslet a fazer dos seus melhores papéis de sempre.
Fotografia e Banda Sonora ao nível do filme, excelentes!
1 Must!
9/10
Ps: Bonus... a Kirsten a saltar em cima da cama... mto bom também...
Lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Um dos melhores romances de sempre, como já aqui foi referido, o géniod e Kaufmann mais uma vez se revela, no entanto tb considero que há uma pessoa mto importante para esse facto, Michel Gondry, utilizando efeitos de câmera consegue nos transportar para a mente de Joel... fantástico, a direcção de actores tb está excepcional, Carrey e Winslet a fazer dos seus melhores papéis de sempre.
Fotografia e Banda Sonora ao nível do filme, excelentes!
1 Must!
9/10
Ps: Bonus... a Kirsten a saltar em cima da cama... mto bom também...
Um gnomo por dia, dá saúde e alegria!
________________________
http://www.gritosinsanos.blogspot.com
http://www.geopt.org
________________________
http://www.gritosinsanos.blogspot.com
http://www.geopt.org
Parece incrível eu não ter escrito nada sobre este filme.
Eu adorei o filme! Brilhante, imaginativo, original, tudo isto numa visão sobre o amor e os relacionamentos. Quando comprar o dvd e voltar a ver o filme escrevo mais...

Eu adorei o filme! Brilhante, imaginativo, original, tudo isto numa visão sobre o amor e os relacionamentos. Quando comprar o dvd e voltar a ver o filme escrevo mais...

Frances Farmer
Isaac: It's an interesting group of people, your friends are.
Mary: I know.
Isaac: Like the cast of a Fellini movie.
Isaac: It's an interesting group of people, your friends are.
Mary: I know.
Isaac: Like the cast of a Fellini movie.
Não foste a unica a esqueceres-te.Frances wrote:Parece incrível eu não ter escrito nada sobre este filme.![]()

Também adorei o filme. De notar que não tinha quaisquer espectativas em relação ao filme, de maneira que a surpresa foi ainda maior.
Um filme muito belo que transborda de emoções que nos envolvem de cumplicidade e ansiedade à medida que as situações se vão sucedendo.
Acho que este ano vai ser sem duvida o ano do género romance, depois de "Lost in translation" e "Butterfly Effect", este é mais um exemplo memorável que dificilmente esquecerei.
Cumprimentos
Ricardo Sendim, Coimbra, 32 anos.
(...) is all but a dream within a dream (...)
-
- Fanático
- Posts: 979
- Joined: September 14th, 2004, 2:15 am
- Location: Entre Douro e Minho
Pois para mim também é o filme do ano!!!
Não acredito que estreie nada melhor este ano...
Tudo o que eu poderia dizer sobre filme já foi dito (pelos que gostaram!), mas mesmo assim acho que não há muito a dizer sobre os filmes escritos pelo Charlie Kaufman. Tanto este "Eternal Sunshine..." como os anteriores "Adaptation" e "Being John Malkovich" são filmes que se vêem e se sentem.
Já tentei explicá-los a algumas pessoas para as aconselhar a vê-los, mas quanto mais se tenta explicar mais se complica. A minha solução é simplesmente dizer: Obrigatório - vai vê-lo!
Não acredito que estreie nada melhor este ano...
Tudo o que eu poderia dizer sobre filme já foi dito (pelos que gostaram!), mas mesmo assim acho que não há muito a dizer sobre os filmes escritos pelo Charlie Kaufman. Tanto este "Eternal Sunshine..." como os anteriores "Adaptation" e "Being John Malkovich" são filmes que se vêem e se sentem.
Já tentei explicá-los a algumas pessoas para as aconselhar a vê-los, mas quanto mais se tenta explicar mais se complica. A minha solução é simplesmente dizer: Obrigatório - vai vê-lo!

-
- DVD Maníaco
- Posts: 5161
- Joined: November 5th, 2001, 1:54 pm
Pois para mim isto tb foi uma desilusão completa. Qdo li o argumento fiquei convencido que gostaria do filme, mas para mim espermido n sai de lá nada, mas já vi que está lonte de ser a opinião reinante.
O filme n me fez rir, n que isso fosse fundamental, n me fez pensar, excepto, qdo é que isto chega ao fim.....
O filme n me fez rir, n que isso fosse fundamental, n me fez pensar, excepto, qdo é que isto chega ao fim.....
