The Da Vinci Code (2006) - Ron Howard

[Mordor]

O livro é um vício. Lê-se de enfiada. Agora compará-lo ao Pêndulo de Foucault é maldade...

Pena é meterem um realizador com o estilo enjoativo do Ron Howard para estragar o servicinho.

Se, a somar, ainda enfiarem o Russell Crowe, este filme só se vê com um saco de papel a acompanhar.

[VAM]

Viva,

O livro de facto é muito bom. Quanto ao filme é esperar para ver.

Sobre a base histórica, realidade verso ficção, existe agora um outro

"O Código de Da Vinci descodificado: O Guia Não Autorizado dos Factos por Detrás da Ficção" de Simon Cox
Passei uma vista de olhos por ele, e rebate quase todos os pontos, explicando-os de outra visão e análise.

Cumps

[Kyle Jaspers]

Olá!

Possíveis spoilers sobre o livro á frente...Mas também quem é que ainda não o leu!

No que diz respeito ao livro, um aspecto positivo será o de ter incentivado a leitura a muitas pessoas que não o farão regularmente. Poucos livros vi na mão de tanta gente ao andar na rua! Pena é que muitas dessas pessoas não mantenham o hábito de ler...
Contudo, devo dizer que "O código Da Vinci" me deixou indiferente. Não é mau, mas também não é bom.
Sou um leigo nas questões históricas envolvidas, mas o livro pareceu-me bem pesquisado, através da introdução de muitos pormenores reais que suportam a ficção que é tecida pelo autor.
E é aí que a porca torce o rabo: A trama é pobre, excessivamente recheada de personagens estereotipadas e de plots já explorados até á exaustão(o heroí incriminado e perseguido injustamente, a rapariga independente e determinada que é mais do que parece, o suposto amigo que se vem a revelar o vilão, a conspiração tenebrosa) e de inverosimilhanças(Por ex., no princípio do livro,o heroí, perseguido pela polícia, pára para recordar uma aula que deu).O fim é perfeitamente prevísivel a meio do livro, e nenhuma das surpresas me surpreendeu, nem a ninguém que já tenho visto ou lido meia-dúzia de thrillers.
Mais valia o autor ter vertido a sua pesquisa num livro documental do que encaixá-la numa trama tão estafada e sem o minímo de originalidade. Mas assim provavelmente não teria vendido tanto.

Acho que vale a pena ler pelo conteúdo histórico e como introdução a leituras mais profundas sobre o tema. Como ficção, é mediano e demasiado anódino para se destacar de outros tantos thrillers.

Em relação ao filme, augura-se o pior. Conhecida a tendência de Hollywood para simplificar, todos os aspectos mais complexos serão sem dúvida evacuados em benefício de uma love story on the lam entre o gajo porreirinho e a mulher independente.Pft!...
O realizador escolhido;Ron Howard, também não ajuda, malgrado ter alguns bons filmes ("Resgate" e " Desaparecidas")no curriculum.

Tchau!

[Horrendus]

Eu gostei do livro. Leitura pão pão, queijo queijo, sem mariquices à europeia ou à latino-americana. Serviu para superar o trauma que ganhei ao tentar ler o vómito do "Memorial do Convento" do Saramago. Comprei-o quando ele ganhou o óscar e não consegui passar do meio do livro. Desde essa altura não li mais nenhum livro. Como é possível escrever semelhante porcaria.

[Francesco Zappa]

O Óscar???

[Miguel Duarte]

Horrendus,
Experimenta voltar a ler outra vez do inicio.
Aconteceu-me exactamente a mesma coisa que a ti, até foi com o Memorial do Convento, voltei a reler passado um mês e hoje é o meu escritor preferido.
Custa um bocado a entrar na forma de escrita do Saramago por causa da pontuação. No inicio não se consegue perceber bem de quem são os diálogos mas com o tempo acabas por te habituar. Hoje até acho que a pontuação dele é melhor e é mais parecida com diálogos orais.

[gnu_prensado]

o saramago é um mau contador de belas histórias

[Horrendus]

Óscar?! Prémio Nóoobeeellllll (agora diz-se Nóooobeeellll).

Obrigado pelo conselho, mas nem pensar. Para mim o Saramago está morto. Ainda apanho uma recaída e isso é muito perigoso. Só espero é que nenhum politicóide se lembre de tornar obrigatória a leitura das obras do Saramago no ensino secundário. Depois que se queixem dos poucos hábitos de leitura em Portugal.

[Filipe Ferreira da Costa]

Ouvi hoje na rádio que estava confirmado o Tom Hanks para o papel de Robert. Não onsigo ver o que é que o homem tem a ver com a descrição do Langdon, mas a avaliar pela escolha do realizador, já não digo nada. O próximo passo deve ser lixarem a história.

[alquimista]

Como seria bom se este filme pudesse ser uma boa produção europeia com montes de actores desconhecidos.
Esta porcaria de encherem os filmes adaptados de bons livros com estrelas de Hollywood estraga-me logo toda a ilusão de realidade. Portanto, este a ser assim será mais um para a categoria de "filmes do Tom Hanks" , para arrumar na prateleira perto da categoria "filmes da Julia Roberts" e afins. Que nojo esta standartização do cinema num produto que devia viver acima de tudo pela historia e não pelas estrelas.
Mas tendo em conta o realizador tarefeiro sem qualquer personalidade ou talento que arranjaram para isto, não me surpreende nada que agora metam o Hanks num papel que não tem nada a ver.
Este filminho vai ser tão previsivel em termos de estética e realização que até já estou a ver as imagens e os enquadramentos que vai conter ainda ele não foi feito.
Tou muito péssimista em relação a isto.
Muito mesmo.

[oskar]

1º - Parece-me que o tópico não está muito bem localizado, uma vez que a maioria dos posts são relacionados com o livro. Eu não estranho isso, porque tambem adorei o livro e quando acabei de o ler, fui pesquisar um pouco sobre os temas em causa e ao fazer uma busca na net por codigo da vinci aparecerem-me vários foruns só dedicados ao livro.
2º - Em relação á passagem do livro para filme, independentemente do realizador e dos actores, não espero nada de especial. Todos os casos deste tipo que eu conheço, o livro é sempre superior ao filme...

[Frances]

Bem, fui eu que iniciei este tópico (muito tempo antes de ser moderadora )
Ninguém o mudou de sítio na altura, agora também não o vou fazer porque, além do livro, também se fala sobre a adaptação ao cinema, sobre as notícias que vão aparecendo em relação ao cast, etc.

[Filipe Ferreira da Costa]

''(...)o livro é sempre superior ao filme...''

claro que sim. O que não quer dizer que gostássemos que o filme não fosse feito por outras e com outras pessoas, de outra maneira. (concordo a 100% com o Alquimista). São opiniões, até porque haverá com certeza quem ache o Howard/Hanks ideiais para fazer o filme, o que é perfeitamente válido.

Sem querer relacionar obras que são imcomparáveis, olha se tivessem feito com o LOTR uma coisa semelhante, continuávamos todos a adorar os livros, estes continuavam sempre a ser melhores que os filmes (e quando não o são, valerá a pena a adaptação?), mas ficávamos sem um - neste caso três - dos melhores filmes dos ultimos anos. (Acho que se pode dizer isto...)

Sinceramente não acho que assim se consiga transmitir a boa atmosfera do livro.
Espero estar enganado.

[DarkPhoenix]

Agora que está praticamente confirmado o Tom Hanks para o papel de Langdon, acho que nem vale a pena esperar mais nada disto.
No livro que eu li, o Tom Hanks não tem qualquer hipótese como Langdon.
Está no extremo oposto, apenas.

Com o atrasadinho-limitado-menino-tão-bem-comportado-que-até-dá-vomitos do Ron Howard a realizar, o Jean Reno a fazer de Francês ( pois claro, o homem só faz de... Francês! ), somente o papel de Sophie, caso seja entregue à Ludivigne Savnier ( é assim que se escreve? ), poderá ajudar esta coisa a alcançar uma vaga semelhança com o livro do Dan Brown.

É uma pena, pois é sem dúvida um romance interessante que levanta muitas questões pertinentes acerca do papel da mulher na cultura da humanidade como deusa criadora de vida, e da guerra que a Igreja Cristã ( entre outras ) lhe moveu ao longo dos séculos, condenando-a a reprimir os seus dotes naturais, mutilando gravemente a feminilidade do ser humano e revogando-a para um papel de pecadora original e subalterna ao macho dominante.
Excusado será dizer que este comportamento tem levado a humanidade a um ciclo interminável de catástrofes relacionadas com o excesso de testosterona no poder.

Claro que com este elenco lamechas e previsível, e esta coisa a realizar, nada de provocante ou menos politicamente correcto poderá algum dia vir ao de cima.