V for Vendetta (2006) - James McTeigue

Discussão de filmes; a arte pela arte.

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alan_smithee
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Post by alan_smithee »

Argaroth01 wrote: Não deixa de ser estranho, quando a erudição se torna por vezes mais uma forma de exibicionismo do que de comunicação. Talvez até seja um mecanismo inconsciente (quantas vezes já dei por mim a escrever coisas que depois nem eu lhe consigo apanhar o sentido), mas há que convir que muitas vezes é escrita para o umbigo.
Cesar.Ribeiro wrote: Para mim (lê o post do Casimiro e do Argaroth) um crítico tem de fazer mais do q escrever para o seu umbigo (ou para poucos mais).
Eu entendo o teu ponto de vista, mas entre alguém que escreve para o seu umbigo, mas escreve aquilo que sente, e alguém que escreve para os outros, desvirtuando o seu estilo para agradar aos demais, acho que prefiro o primeiro caso.

Além do mais provavelmente os maiores nomes das artes foram pessoas que pensaram essencialmente no seu umbigo. De Kafka a Orson Welles, passando por Fellini ou Bergman temos todo um conjunto de autores que não fizeram concessões, que não caíram no facilitismo, que não fizeram obras para agradar aos “outros”... talvez por isso sejam tão bons.
Para facilitismos e simplismos já temos as televisões.
Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos. Millor Fernandes
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Francesco Zappa
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Post by Francesco Zappa »

Ora nem mais. Eu se quiser saber factos sobre um filme leio a sinopse, vou ao site oficial do filme, etc.

Numa crítica eu espero uma visão/opinião pessoal de quem escreve sobre um determinado filme e não uma descrição do que ocorre nesse filme.

Uma crítica nunca pode ser objectiva, como aqui tentam fazer parecer, ela será sempre subjectiva, até porque o próprio objecto de crítica não é algo que possa ser friamente contabilizado/quantificado. Não estamos a falar de uma notícia sobre um filme, onde se pode ler que a acção do filme decorre no século X e conta com a participação do actor Y, etc (ou seja factos concretos), mas sim de uma crónica/crítica que é sempre uma peça jornalística que parte da apreciação de quem a escreve sobre aquilo que escreve e como estamos a falar de arte (às vezes :twisted: ) nunca há/haverá um consenso absoluto, como tal, vão-me perdoar, mas parece-me ridículo que se critique que A ou B tenha (ou não) dito isto e aquilo se mesmo aqui nos fóruns se constata as diferenças de opinião, às vezes diametralmente opostas. Por isso mesmo não sei porque é descabido vermos um crítico dar 1 estrela e outro dar 5 ao mesmo filme se temos esse antagonismo de opiniões expresso tantas vezes aqui no fórum. Porque é que temos de partir do princípio que é por má fé de quem escreve e não, simplesmente, por uma visão diferente das coisas.

Claro que o que pode acontecer (e deve ou pelo menos é natural que assim seja) com tudo isto é, como aqui já vimos exposto, eu deixar de gostar do crítico A ou B por não me identificar minimamente com as opiniões dele (se bem que mesmo sem concordar com a visão de alguém podemos apreciar a sua escrita e os seus pontos de vista).
É inconcebível que o melhor futebol e jogadores não possam estar numa festa tão importante e bonita como o Mundial.
Cesar.Ribeiro
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Post by Cesar.Ribeiro »

Uma crítica nunca pode ser objectiva, como aqui tentam fazer parecer, ela será sempre subjectiva, até porque o próprio objecto de crítica não é algo que possa ser friamente contabilizado/quantificado. Não estamos a falar de uma notícia sobre um filme, onde se pode ler que a acção do filme decorre no século X e conta com a participação do actor Y, etc (ou seja factos concretos), mas sim de uma crónica/crítica que é sempre uma peça jornalística que parte da apreciação de quem a escreve sobre aquilo que escreve e como estamos a falar de arte (às vezes Twisted Evil ) nunca há/haverá um consenso absoluto, como tal, vão-me perdoar, mas parece-me ridículo que se critique que A ou B tenha (ou não) dito isto e aquilo se mesmo aqui nos fóruns se constata as diferenças de opinião, às vezes diametralmente opostas.


Zappa: acho q aqui se está a discutir ideias opostas. Acho q ninguém está contra o q escreveste, até porque se leres a minha primeira intervenção sobre este assunto eu concordo q ser totalmente isento é impossível:


"Isto das críticas é um tanto complicado, mas o q eu vejo é q em última instância o q conta é q se nós gostámos do filme ou não. Se gostámos não nos importa a má realização, má interpretação, argumento, música, etc. Até achamos a sua "piada".
Se pelo contrário, não gostamos do filme, vamos até ao pormenor mais insignificante possível para expressar o nosso desagrado em relação a isso. E os críticos não escapam a isso. Têm as suas preferências e deixam-nas vincadas nas suas apreciações e críticas a filmes.
Quantas vezes é q vemos críticas a falar mal de um filme por causa do argumento que é básico (porque é uma história de amor, vingança, o bem contra o mal, etc), por causa das interpretações, por causa da realização?
E agora eu pergunto: quantos GRANDES filmes não são básicas histórias de amor, vingança, o bem contra o mal, etc? Quantos grandes filmes não têm interpretações normais? Quantos grandes filmes existem em q todo o argumento é treta? E nós gostamos. Se por acaso não gostamos, aí sim, apontamos todos e quaisquer defeitos. É como o futebol: enquanto a nossa equipa ganha não se fala de arbitragem. Se perde, vai-se até buscar o lançamento de linha lateral q nos foi "roubado" aos 12m e 37s de jogo...
Para q um filme seja bom é preciso o melhor realizador, os melhores actores, o argumento xpto? Não, é só preciso q EU goste do filme. E quer eu queira quer não vou defender (ou críticar se não gostar) este filme, mesmo q de uma forma inconsciente. É o q os críticos fazem. E independentemente do filme ser com actor ou realizador x ou y, há sempre algo de nós q não nos deixa ser totalmente isentos quando fazemos uma crítica artística. Seja ele o guião, o actor x, a fotografia, etc..."



Agora quando tu dizes Eu se quiser saber factos sobre um filme leio a sinopse, vou ao site oficial do filme, etc ou

Numa crítica eu espero uma visão/opinião pessoal de quem escreve sobre um determinado filme e não uma descrição do que ocorre nesse filme. não concordo. Não acho q seja muito justo para um leitor q leia uma crítica q se dê uma opinião sobre uma coisa sem se informar sobre o q é q se está a criticar. Mas pronto, isso sou eu, q penso demasiado no leitor... :lol: Acho q tem de haver um equilibrio. Aliás, quantas críticas é q já leste até hoje em não vês uma única referência à história, actores e realizador do filme em questão? Basta (por exemplo) leres a crítica do João Lopes q eu transcrevi do filme "A Noiva Cadáver" e verás isso mesmo, q só se fala do Tim Burton e da própria história em si.

Por isso mesmo não sei porque é descabido vermos um crítico dar 1 estrela e outro dar 5 ao mesmo filme se temos esse antagonismo de opiniões expresso tantas vezes aqui no fórum. Porque é que temos de partir do princípio que é por má fé de quem escreve e não, simplesmente, por uma visão diferente das coisas.

Eu não digo q todos (ou muitos) críticos escrevam de má fé, mas há críticas incompreensíveis mesmo para um português de cultura média/alta, e q depois espremeres aquilo dá 0. É isso q se fala aqui quando se fala em "objectividade". Não é contar todos os pormenores técnicos passo a passo. É criticar-se, e dar-se a sua opinião pessoal, mas de uma forma objectiva. Dizer q o filme y é mau porque não presta ou q não presta porque é mau não me diz nada. E isto serve também para o bom. Nem 8 nem 80. E se há críticas q só dizem isso há outras q são o oposto, são tudo flores e floreados sem sentido, ou seja, a chamada verborreia. Existem críticas tão tão embrulhadas q quando acabas de ler nem percebeste se o crítico gostou do filme ou não, ou se percebeste aquilo soa-te a "falso" ou q foi transcrito de outro site à pressa. Maus profissionais existem em qualquer lado.
Lembro-me de ter lido uma vez uma crítica (não me lembro minimamente de quem) sobre um filme do Manuel de Oliveira q era tão tão tão (chamemos-lhe assim) "esotérica" e tão cheia de floreados completamente espatafurdios q eu juro q não percebi se o crítico tinha gostado ou não do filme. Só depois quando vi as 4 estrelas é q fiquei elucidado.
:lol:
E se se podem discutir 1001 aspectos relacionados com o cinema, porque é q não se pode "cascar" na visão diferente do critico em relação à nossa? Será a dele sempre a correcta para nunca poder ser criticada? E se 2 críticos cinematográficos reputados têm uma opinião contrária acerca de um filme, qual deles tem razão? E se um deles tiver uma opinião igual à tua/minha, assim a nossa opinião como outsiders culturais já conta?


Claro que o que pode acontecer (e deve ou pelo menos é natural que assim seja) com tudo isto é, como aqui já vimos exposto, eu deixar de gostar do crítico A ou B por não me identificar minimamente com as opiniões dele

...ou criticar. É o eu digo. O crítico pode criticar o q quiser quando quiser tal como nós as opiniões dele e os outros a minha. Agora não me venham é trancar o teclado por causa da suposta "imunidade política" do critico A ou B.

(se bem que mesmo sem concordar com a visão de alguém podemos apreciar a sua escrita e os seus pontos de vista).

É o q eu digo em relação aos filmes. É assim tão difícil apreciar e valorizar um filme mesmo quando este não é do nosso agrado? :roll:


Além do mais provavelmente os maiores nomes das artes foram pessoas que pensaram essencialmente no seu umbigo. De Kafka a Orson Welles, passando por Fellini ou Bergman temos todo um conjunto de autores que não fizeram concessões, que não caíram no facilitismo, que não fizeram obras para agradar aos “outros”... talvez por isso sejam tão bons.
Para facilitismos e simplismos já temos as televisões.


Allan: não te esqueças q estás a falar de coisas diferentes. Os autores q referes acima são os criadores de algumas obras geniais, não tem nada a ver com uma pessoa que gosta ou critica essas obras. Um pode ser um labrego e o outro um Einstein. E um e outro não são o "cú e as calças". O autor não tem de criar obras para o umbigo só porque os criticos o fazem nem o critico tem de escrever para o umbigo só porque um punhado de compositores, realizadores, etc assim o fizeram. Até porque os seus trabalhos são distintos. Não é por eu gostar de Bach e escrever uma crítica sobre os Concertos Brandeburgueses q vou passar a ser um génio da música. Mas se eu escrever uma critica objectiva e clara dessas obras (talvez) cative outras pessoas ao ponto de essas pessoas pelo menos ouvirem essas obras. Talvez deveria ser esse o papel dos criticos, um pouco como "educadores". Ao criticar-se uma obra para o seu umbigo está-se a criar as condições necessárias para q essa mesma obra continue inacessível a muitas pessoas q vêm (ou pensam) numa crítica cinematográfica como uma referência cultural. A não ser q esses criticos continuem a querer q a Arte e a Cultura continuem inacessíveis ao Povo, mas isso já é outra história... :roll:
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Francesco Zappa
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Post by Francesco Zappa »

Ó César,

claro que podes criticar o crítico, e eu posso criticar a tua crítica à crítica do crítico, e… :mrgreen:
Nem eu disse, nunca, o contrário. Eu escrevi principalmente para concordar com o alan (e consequentemente discordar de vocês :twisted: ) quanto ao que esperar de uma crítica.

Continuo a achar que vocês estão a confundir informação com opinião. Claro que numa crítica podem vir lá informações concretas sobre o desenrolar do filme (mais ou menos isso acontece sempre, nuns mais noutros menos) mas não é isso que define uma crítica.
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Cesar.Ribeiro
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Post by Cesar.Ribeiro »

Continuo a achar que vocês estão a confundir informação com opinião.


Olhe q não, olhe q não! :mrgreen:

O q eu defendo é q as 2 coisas estão ligadas e não há meio (nem motivo) para fugir disso. E a minha opinião é q deve sempre haver um meio termo e bom senso. Não se pode fazer uma crítica completa num jornal (por exemplo) sem se explicar o mínimo acerca do q o filme se trata, actores, realizador, etc, tal como é ridículo escrever-se uma suposta critica q só fala na história do filme e em nada mais. Afinal é uma crítica ou uma sinopse?
Miguel
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Post by Miguel »

Tanta confusão por causa da crítica que não se entende! Mas isso resolve-se facilmente. O que não perceberem da crítica do João Lopes ao V for Vendetta podem citar aí que eu tento explicar. Será que tem uma linguagem assim tão complicada?!
Argaroth01
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Post by Argaroth01 »

Miguel wrote:Tanta confusão por causa da crítica que não se entende! Mas isso resolve-se facilmente. O que não perceberem da crítica do João Lopes ao V for Vendetta podem citar aí que eu tento explicar. Será que tem uma linguagem assim tão complicada?!
Não tem nada a ver com a crítica do Vendetta, mas no geral das críticas que ele escreve...
Miguel
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Post by Miguel »

É o q eu digo em relação aos filmes. É assim tão difícil apreciar e valorizar um filme mesmo quando este não é do nosso agrado?
Se nós achamos que um certo filme é mau em todos os aspectos, havemos de valorizá-lo porquê? Porque outros não acham?
Miguel
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Post by Miguel »

Argaroth01 wrote:
Miguel wrote:Tanta confusão por causa da crítica que não se entende! Mas isso resolve-se facilmente. O que não perceberem da crítica do João Lopes ao V for Vendetta podem citar aí que eu tento explicar. Será que tem uma linguagem assim tão complicada?!
Não tem nada a ver com a crítica do Vendetta, mas no geral das críticas que ele escreve...
Ok. Só estava a tentar específicar, já que tudo começou a partir do comentário dele ao Vendetta. E assim até escusávamos de nos limitar a mandar umas frases generalizadas.
Cesar.Ribeiro
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Post by Cesar.Ribeiro »

Miguel wrote:
É o q eu digo em relação aos filmes. É assim tão difícil apreciar e valorizar um filme mesmo quando este não é do nosso agrado?
Se nós achamos que um certo filme é mau em todos os aspectos, havemos de valorizá-lo porquê? Porque outros não acham?

Se calhar sou eu q virei critico e tenho uma linguagem demasiado virada para o meu umbigo e "esotérica", ou então cheira-me q não lês os comentários. Eu já expliquei esta questão umas 500 vezes. Vou explicar por uma ÚLTIMA vez, porque uma coisa é não concordares (estás no teu direito), outra coisa é estares sempre a bater na mesma tecla quando em todos os posts q eu escrevi sobre o assunto eu explico a noção de "valorização de um filme".

Eu posso NÃO gostar de um filme, música, etc, por não me identificar com o estilo, tema, etc, mas saber q aquela obra tem qualidade. E não é por eu não gostar q tem de ser má, nem por eu gostar q incontestavelmente é boa. Pega em música: alguém lhe passa pela cabeça dizer q os Ramones têm mais qualidade musical q o Bach? Então porque é q as pessoas q ouvem os Ramones não começam a ouvir Bach se este tem "mais qualidade"? Porque todas as pessoas q ouvem Ramones não têm cultura ou não têm gosto? Não, há momentos q se calhar queres divertir-te e não pensar em nada e ouves Ramones. E haverá outros q precisas relaxar ou encher a tua cabeça de notas e aí ouves Bach (ou outro músico erudito). Com isto não quer dizer q não se reconheça a qualidade e as diferenças entre o Bach e dos Ramones. Ou q sejam imcompatíveis, mesmo reconhecendo a qualidade musical de uns e outros.
Ou então podemos pegar no futebol (entre outros exemplos). Lá por eu ser do Benfica não quer dizer q seja a equipa q joga sempre melhor. Mas mesmo q jogue mal e q leve 10-0 eu não vou mudar de clube. Simplesmente tenho é q reconhecer q a outra equipa foi ou é melhor.
No cinema é o mesmo. Eu posso perfeitamente ter a consciência q aquele filme tem qualidade ou q tem pormenores muito bons, mas simplesmente não gosto. Ou q gosto, mas reconheço q é mau. As coisas não necessitam de ser 8 ou 80.
Por isso é q eu não acho estranho não gostar de um filme e fazer uma critica positiva sobre ele, tal como não acho estranho criticar negativamente alguns (ou muitos) aspectos de um filme q eu gosto. Eu, tal como todas as pessoas não gosto só do mais técnico, do mais bonito, do politicamente correcto, do mais artístico, etc. Todos nós temos o nosso lado kitsch. O q é preciso é reconhecê-lo.
Miguel
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Post by Miguel »

No cinema é o mesmo. Eu posso perfeitamente ter a consciência q aquele filme tem qualidade ou q tem pormenores muito bons, mas simplesmente não gosto. Ou q gosto, mas reconheço q é mau. As coisas não necessitam de ser 8 ou 80.
Eu já percebi isso. O que eu ainda não percebi é: se eu considero que uma coisa é má, porque é que hei-de gostar dela? Eu quando gosto duma coisa é porque acho que é boa! Mas pronto, eu sou assim, gosto de coisas boas e não gosto de coisas más. É estranho, mas é assim.
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Post by bretes »

Miguel, não é tão simples assim... quando és crítico de cinema (ou seja do que for a nível profissional).
César, noções de coerência são demasiado relativas para serem discutidas aqui (penso eu). Nunca mais sairiam daqui... Aliás, o factor humano do João Lopes é a tua única base de argumento...
Estar a pôr em dúvida o profissionalismo dele é inversamente proporcional à coerência dos teus argumentos. Eu também tenho a mesma filosofia de crítica, no entanto será que todas as análises a filmes que fizéssemos iriam bater certo? Toda a discussão é saudável, mas penso que já estás a ficar demasiado utopista...
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LadyDragon
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Post by LadyDragon »

Eu e muito!! Já agora a música que se passa na explosão final é da ópera "Carmen"?
Nuno Antunes
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Post by Nuno Antunes »

Já me tinham dito que havia aqui nos fóruns do DVD Mania um tópico dedicado exclusivamente ao João Lopes, mas demorei a encontrá-lo. Realmente, era difícil dar com ele, mas estranhei este estar com sete páginas e finalmente cá estou. Era melhor dar um novo nome, porque de «V» ele tem muito pouco.

Falando então sobre o tema que foi "adoptado" neste tópico com nome incorrecto, concordo com a maior parte do que foi escrito pelo "Miguel", "alan_smithee" e "Francesco Zappa". Anda tudo à volta das nossas diferentes sensibilidades do que é fazer crítica cinematográfica e do que cada um entende que esta deve incluir. Embora ache difícil argumentar com o "Cesar.Ribeiro" quando ele diz que não acha estranho "não gostar de um filme e fazer uma critica positiva sobre ele". Ver a argumentação das páginas anteriores faz-me lembrar o «Clube dos Poetas Mortos» e as duas teorias de "analisar poesia". Se bem se recordam, uma delas era tão racional e tão objectiva que se podia fazer um gráfico. Acabou rasgada dos livros dos estudantes.

Lamento apenas, como sempre, que a discussão seja feita, a espaços, pela simplificação das estrelinhas, do dar 1 ou 5, e a crítica às críticas "eruditas". Escreve-se tão mal da imprensa e afinal parece que é isso que vale a pena.

Acho espantoso que se façam transcrições de críticas de dois filmes e depois se diga que não se percebeu porque razão o "crítico" não gostou do filme. Eu li e percebi, mas parece que a única forma possível de alguém se fazer entender é escrever "O filme é bom porque" ou "O filme é mau porque", ou então tudo tivesse que estar ao nível dos grandes textos de análise disponíveis no 7Arte.net.

Que pena ninguém ter pegado no facto aqui lançado noutra página do João Lopes ser um dos maiores defensores portugueses da trilogia «Matrix». Mas é mais giro dizer que "adivinha" as classificações do crítico.

Também tenho pena que algumas pessoas que opinam aqui sobre o que é fazer "crítica" ou dão a sua opinião sobre os filmes não o façam no Cinema2000. Questionar uma opinião ou o profissionalismo de uma pessoa com argumentos tão simplistas pode ter sucesso aqui junto de alguns forenses, mas lá arriscavam-se a ver esses argumentos desmantelados, não tanto pelo João Lopes, mas igualmente por outros visitantes. Por exemplo, na ficha do «V» houve um Nuno Reis que também se lembrou que dizer que o João Lopes devia averiguar o que escrevia para "não cair no ridículo" e fez divagações sobre "falsidade deplorável" e sentenciou, a la «Homem-Aranha»: o "estatuto requer responsabilidade pública". Coitado, ainda não apareceu depois da resposta que levou.
Cesar.Ribeiro
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Post by Cesar.Ribeiro »

Nuno: tudo isto não passam de ideias muito pessoais acerca da forma como se sente e critica a Arte, por isso nunca haverá consenso nestas questões.


Já me tinham dito que havia aqui nos fóruns do DVD Mania um tópico dedicado exclusivamente ao João Lopes, mas demorei a encontrá-lo. Realmente, era difícil dar com ele, mas estranhei este estar com sete páginas e finalmente cá estou.


Realmente não deves ter lido bem o tópico e todas as páginas, porque tanto se fala no João Lopes como na atitude de alguns criticos, como na forma como alguns de nós gostariamos q fosse feita uma critica. Se andaste a "vasculhar" nos tópicos para vir defender apaixonadamente as suas criticas, tás com azar, acho q por aqui se fala mais nas criticas em geral, do q numa pessoa em particular (apesar de se pegar num ou noutro exemplo prático).

Agora deixa-me só dizer-te isto: tu argumentas q as nossas "queixas" são sempre as mesmas (q o critico é "pseudo-intelectual", pela simplificação das estrelinhas, etc), mas deixa-me dizer-te 2 coisas:

. Acho estranho q as pessoas se queixem sempre das mesmas coisas se elas não existem... realmente ou as pessoas q se queixam são todos uns iletrados, ou têm todos a mania da perseguição.

. Ok, as queixas são sempre as mesmas. Ponto final. E as defesas? Qual são as novidades ou os argumentos apresentados? Ora deixa-me ver: os criticos têm de dar uma opinião pessoal, o sistema de estrelinhas é relativo, não se pode acusar uma pessoa de falta de profissionalismo sem mais nem menos, etc.


A verdade é q tal como os criticos criticam os filmes e muitas vezes passam verdadeiros atestados de estupidez a realizadores, actores, etc, eu, tu, ou o vizinho do lado também o pode fazer ao critico. E o critico (ou os amiguinhos) a mim. Agora dizer-se q não se pode desconfiar das pessoas nem do seu profissionalismo, etc, é uma treta enorme. . Toda a gente o faz constantemente, e não vão ser os criticos de cinema q vão escapar a isso. Tu próprio (e eu) fazemos isso todos os dias em relação a n assuntos. Não vamos ser hipócritas e dizer q agora ninguém julga ninguém. Porque é q os criticos de cinema também não podem ser incompetentes (não falo em ninguém em particular)?
Os criticos são de carne e osso e têm os seus amores e ódios pessoais. E isso obviamente q condiciona as suas criticas, quer se queira quer não. Basta leres o primeiro post q escrevi sobre o assunto para veres q eu reconheço e até um certo ponto concordo com isso.
A realidade é q eu tenho um padrão de como uma critica deveria ser feita e tu tens a tua. Não quer dizer q sejam incompativeis, mas nalgumas coisas serão diferentes, por isso como já disse anteriormente poderiamos ficar eternamente a explicar as razões para pensarmos assim. E possivelmente até entenderiamos as razões de um e outro, mas pensamos de outra maneira.

Em relação ao João Lopes gostar da trilogia Matrix ou do q seja, isso é lá com ele... eu por exemplo acho q as sequelas do Matrix são o mais parecido com lixo q há como sequela para um filme como o Matrix, e q alguns dos filmes q ele dá 1 e q critica de uma forma violenta são superiores em todos os aspectos às sequelas do Matrix, mas lá está, é uma opinião minha. Se ele acha q a matéria prima do Matrix Revolutions foi bem aproveitada e q é um bom filme, eu também posso dar a mesma pontuação à sua critica (1) q ele dá a outros filmes q eu acho q são filmes bem mais apresentáveis do q o Matrix Revolutions em todos os aspectos. Mas pronto, são opiniões. E afinal de contas, deve-se dizer sempre o q pensa quando se faz uma critica...

Em relação ao Cinema2000: em Roma sê romano. É natural q seja uma página com comentários de pessoas q apreciem as criticas do João Lopes, e q por isso façam o seu trabalho de "guardas pretorianos" e q respondam sempre q alguém faz uma critica mais forte ao q o João Lopes escreve. Certemente q se o João Lopes entrasse nalguma página de fãs do filme "V for Vendetta" e fizesse a sua critica perante fãs ferverosos e bem mais conhecedores do filme e do universo comic talvez lhe acontecesse o mesmo...

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