Mission: Impossible 3 (2006) - J.J. Abrams
Moderators: waltsouza, mansildv
Este é daqueles filmes que se deve ver no cinema, o som é fantástico. Se tiveres oportunidade de ver no cinema não hesites.Bodyboard wrote:Apesar de gostar de ver a estreia do Abrams com este filme de acção, prefiro esperar antes quando vier para dvd.
Quero ver é o Código da Vinci e Superman returns, mas até me deixaste alguma água na boca com essa crítica positiva Bisard

-
- Especialista
- Posts: 1627
- Joined: March 10th, 2006, 11:06 pm
Repararam que o gajo que faz a banda sonora é o mesmo de Lost, há partes em que parece que estamos a ver Lost, especialmente no uso dos violinos. Quanto ao filme, é o melhor de todos os MI e é o que está mais proximo da série.
Inter Arma, Enim Silent Leges
"The Andorian Mining Consortium runs from no one"
"Bush is a reverse alchemist. Everything he touches turns to shit."
"The Andorian Mining Consortium runs from no one"
"Bush is a reverse alchemist. Everything he touches turns to shit."
-
- Iniciado
- Posts: 80
- Joined: August 25th, 2003, 1:04 am
- Location: Portugal
- Contact:
Olhando para o simbolo "bio-hazard" do cilindro (pelo menos dá ideia de que é)... dá uma ideia do que seria.bisard wrote:Semi-Spoiler:
Em "Ronin" nunca chegamos a saber o que está dentro da mala, aqui nunca chegamos a saber de que se trata "Rabbit Foot". Alguma sugestão ou teoria?
Johnny Red, Apple Macintosh User.
www.comboios.info
www.comboios.info
É verdade mas nunca podemos ter a certeza do que é, aliás nós nem chegamos a ver o interior do edificio onde o Rabbit Foot esta guardado. Nem dai podemos tirar conclusões.Johnny_Red wrote:Olhando para o simbolo "bio-hazard" do cilindro (pelo menos dá ideia de que é)... dá uma ideia do que seria.bisard wrote:Semi-Spoiler:
Em "Ronin" nunca chegamos a saber o que está dentro da mala, aqui nunca chegamos a saber de que se trata "Rabbit Foot". Alguma sugestão ou teoria?
-
- Iniciado
- Posts: 80
- Joined: August 25th, 2003, 1:04 am
- Location: Portugal
- Contact:
Explosivo não era :) pois andou lá aos trambulhões (se bem que poderia precisar de algo que a fizesse explodir (detonador/agente de ignição?) e aí existiriam 2 partes).bisard wrote:É verdade mas nunca podemos ter a certeza do que é, aliás nós nem chegamos a ver o interior do edificio onde o Rabbit Foot esta guardado. Nem dai podemos tirar conclusões.Johnny_Red wrote:Olhando para o simbolo "bio-hazard" do cilindro (pelo menos dá ideia de que é)... dá uma ideia do que seria.bisard wrote:Semi-Spoiler:
Em "Ronin" nunca chegamos a saber o que está dentro da mala, aqui nunca chegamos a saber de que se trata "Rabbit Foot". Alguma sugestão ou teoria?
Radioactivo também não parece ser (precisaria de mais protecção do que aquela que aparentava ter?)
Só me leva a pensar que fosse algum tipo de arma biologica... benéfica ou benigna, isso agora já não se sabe.
O que interessa é que permite riscar algumas hipoteses.
Johnny Red, Apple Macintosh User.
www.comboios.info
www.comboios.info
Meus amigos!!! Estou a chegar agora de ver MI:III e ainda venho ofegante... Hehehehehe!!! Que grande filme de acção!! E com cenas de tirar literalmente o fôlego. Gostei mesmo muito. Já ha bastante tempo que não via um filme de acção na ascenção dapalavra como este...
[[[]]]
[[[]]]
Concordo plenamente!!! É o mais provável...Só me leva a pensar que fosse algum tipo de arma biologica... benéfica ou benigna, isso agora já não se sabe.
Luiz Silva
Are you talking to me???
Are you talking to me???
-
- Novato
- Posts: 30
- Joined: July 1st, 2005, 2:28 pm
O especialista em televisão J.J. Abrams, neste que é o seu primeiro trabalho em cinema, recupera a saga da Missão Impossível da modorra artística a que tinha sido condenada no capítulo assinado por John Woo. A estilização em câmaras lentas repetidas exaustivamente e a fraca gestão de clímaxes, aliados a uma pomposa e disparatada dimensão romântica, haviam afastado a saga dos cânones de cinema de entretenimento de qualidade. A pretensa poesia visual de Woo arrastava aquela história de amor até aos limites da paciência e o filme apenas tinha algum interesse pelo ridículo over the top de algumas situações na recta final da narrativa.
M:I-3, apesar de não ser um filme de cinematografia extraordinária, devolve à saga o espírito de acção e espionagem que esteve na sua origem, e concretiza com grande eficácia o objectivo a que se propõe: proporcionar duas emocionantes horas de cinema despretensioso. Embora estejamos longe da formidável criatividade e elegância de mise en scène de Brian De Palma e do magnífico jogo de máscaras e mentiras elaborado pela sua câmara e David Koepp no primeiro filme desta equipa de missões impossíveis, J.J. Abrams e a sua equipa de argumentistas conceberam aqui uma máquina de entretenimento descartável perfeitamente conseguida em todos os seus elementos. A história envolve a procura de uma arma a ser utilizada por terroristas e a relação amorosa entre Ethan Hunt e Julia, sendo que ambas as linhas narrativas se cruzam e servem de motor para a acção protagonizada por Tom Cruise. É um motor progressivamente desenvolvido com a inteligência de quem sabe que a acção não pode existir apenas com a finalidade de espantar pela pirotecnia, mas sim para servir o evoluir dos acontecimentos - na recusa da gratuitidade de explosões, Abrams consegue assegurar a tensão e adrenalina em todos os instantes, em qualquer das set pieces mais movimentadas.
O argumento não é um prodígio de originalidade mas é suficientemente elaborado e até dotado de alguma imprevisibilidade, e pontuado por diálogos de um sentido de humor que representam bem o espírito de gozo com que os autores encararam o filme. As personagens não têm densidade e, tendo em conta as pretensões do empreendimento, nem necessitavam - Ving Rhames, Jonathan Rys Meyers, Maggie Q, Laurence Fishburne, Billy Crudup e Simon Pegg são absolutamente convincentes em todos os pequenos papéis que lhes foram concedidos, e embora não tenham tempo de antena suficiente para demonstrarem todo o seu vasto talento, cada um deles tem uma contribuição decisiva para a eficiência de toda a engrenagem. Rhames é especialmente hilariante numa personagem de comic relief de timing apuradíssimo. Mas, como é óbvio, todos eles têm como objectivo principal tornar mais convincente e entusiasmante a aventura surrealmente impossível de Cruise. As missões e acrobacias de Ethan Hunt mantêm os mesmos elevados níveis de inverosimilhança do segundo capítulo, só que desta feita a aposta foi ganha, e o espectador vibra a cada nova proeza sobre-humana do protagonista.
Não se aposta no aprofundamento de personagens mas, dentro da lógica de superficialidade irreal do filme, Cruise e Michelle Monaghan são muito credíveis na transmissão da sinceridade do amor entre ambos, o que posteriormente faz com que, nas correrias trepidantes do actor, tenhamos sempre em mente que aquela determinação de super-herói resulta não só da ambição de salvar o mundo, mas também do seu amor por ela. Sim, o filme funciona na base de truques de tensão e suspense descartáveis, ou seja sem subtexto e sem outra dimensão que não a do puro injectar de adrenalina nas veias do espectador e, considerando a inteligência, sentido de humor e total eficácia com que essa lógica de cinema é aqui aplicada, só o posso valorizar condignamente por esse feito. A relação amorosa central culmina numa cena de irrealidade descarada divertidíssima, pela forma como se casa com a dimensão romântica do momento. É o impossível da missão levado ao extremo do absurdo - e além de resultar divertido pelo seu lado cheesy assumido, termina o filme num clímax que se sente plenamente satisfatório.
A realização de Abrams apresenta marcas que remetem claramente para o seu currículo em televisão, especialmente na predominante utilização de grandes planos nos diálogos entre personagens. É um estilo que, neste caso, resulta eficazmente, já que o realizador não pretende levar o filme para dimensões que não a do divertimento mais imediato. Os grandes planos são sempre precisos e bem usados, e por vezes revelam um cineasta atento às nuances das performances dos actores - o romance central resulta melhor porque Abrams aproveita bem os silêncios e o olhar comovido de Tom Cruise (numa interpretação seguríssima e de grande carisma) nos poucos diálogos que tem com Michelle Monaghan. Mas é um registo de realização algo limitado, na medida em que, na interacção entre personagens, falta um melhor aproveitamento do espaço, ou um qualquer rasgo de estilo...pelo que não origina nenhum momento de cinema mais memorável. Não fica na memória, mas no entanto, e mais uma vez, pauta-se pela sua grande eficácia, e a boa direcção de actores garante que os acontecimentos sejam sempre cativantes.
Nas sequências de maior movimento, Abrams tem uma marca mais distinta: elabora com estilo e domínio perfeito dos acontecimentos uma operação intrincada como a que se passa no Vaticano e, nos vários momentos de acção, ao mesmo tempo que consegue criar uma sensação de caos e trepidação total, nunca se perde em pirotecnias confusas - a construção das sequências é fluída e perfeitamente definida, feita de planos que acompanham sempre as personagens de maneira clara. Ou seja, guia o espectador no meio da acção num constante crescendo de intensidade, musicada pela batuta de Michael Giacchino (The Incredibles), numa banda sonora de espionagem bastante inspirada. Mais uma vez, não nada disto é extraordinário, mas é o conjunto de todos estes elementos eficientes que fazem de M:I-3 um gozo a recordar - pelo menos enquanto dura. Philip Seymour Hoffman surge apenas em sequências breves, mas o olhar frio e sádico do actor, mais o carácter enigmático da personagem, fazem dele um vilão verdadeiramente ameaçador. E isso, como se sabe, é meio caminho andado para ajudar a construir um bom filme de acção. E se todos os blockbusters desmiolados funcionassem neste nível de acção e divertimento imparáveis...
Tiago Costa
http://claquete.blog-city.com
M:I-3, apesar de não ser um filme de cinematografia extraordinária, devolve à saga o espírito de acção e espionagem que esteve na sua origem, e concretiza com grande eficácia o objectivo a que se propõe: proporcionar duas emocionantes horas de cinema despretensioso. Embora estejamos longe da formidável criatividade e elegância de mise en scène de Brian De Palma e do magnífico jogo de máscaras e mentiras elaborado pela sua câmara e David Koepp no primeiro filme desta equipa de missões impossíveis, J.J. Abrams e a sua equipa de argumentistas conceberam aqui uma máquina de entretenimento descartável perfeitamente conseguida em todos os seus elementos. A história envolve a procura de uma arma a ser utilizada por terroristas e a relação amorosa entre Ethan Hunt e Julia, sendo que ambas as linhas narrativas se cruzam e servem de motor para a acção protagonizada por Tom Cruise. É um motor progressivamente desenvolvido com a inteligência de quem sabe que a acção não pode existir apenas com a finalidade de espantar pela pirotecnia, mas sim para servir o evoluir dos acontecimentos - na recusa da gratuitidade de explosões, Abrams consegue assegurar a tensão e adrenalina em todos os instantes, em qualquer das set pieces mais movimentadas.
O argumento não é um prodígio de originalidade mas é suficientemente elaborado e até dotado de alguma imprevisibilidade, e pontuado por diálogos de um sentido de humor que representam bem o espírito de gozo com que os autores encararam o filme. As personagens não têm densidade e, tendo em conta as pretensões do empreendimento, nem necessitavam - Ving Rhames, Jonathan Rys Meyers, Maggie Q, Laurence Fishburne, Billy Crudup e Simon Pegg são absolutamente convincentes em todos os pequenos papéis que lhes foram concedidos, e embora não tenham tempo de antena suficiente para demonstrarem todo o seu vasto talento, cada um deles tem uma contribuição decisiva para a eficiência de toda a engrenagem. Rhames é especialmente hilariante numa personagem de comic relief de timing apuradíssimo. Mas, como é óbvio, todos eles têm como objectivo principal tornar mais convincente e entusiasmante a aventura surrealmente impossível de Cruise. As missões e acrobacias de Ethan Hunt mantêm os mesmos elevados níveis de inverosimilhança do segundo capítulo, só que desta feita a aposta foi ganha, e o espectador vibra a cada nova proeza sobre-humana do protagonista.
Não se aposta no aprofundamento de personagens mas, dentro da lógica de superficialidade irreal do filme, Cruise e Michelle Monaghan são muito credíveis na transmissão da sinceridade do amor entre ambos, o que posteriormente faz com que, nas correrias trepidantes do actor, tenhamos sempre em mente que aquela determinação de super-herói resulta não só da ambição de salvar o mundo, mas também do seu amor por ela. Sim, o filme funciona na base de truques de tensão e suspense descartáveis, ou seja sem subtexto e sem outra dimensão que não a do puro injectar de adrenalina nas veias do espectador e, considerando a inteligência, sentido de humor e total eficácia com que essa lógica de cinema é aqui aplicada, só o posso valorizar condignamente por esse feito. A relação amorosa central culmina numa cena de irrealidade descarada divertidíssima, pela forma como se casa com a dimensão romântica do momento. É o impossível da missão levado ao extremo do absurdo - e além de resultar divertido pelo seu lado cheesy assumido, termina o filme num clímax que se sente plenamente satisfatório.
A realização de Abrams apresenta marcas que remetem claramente para o seu currículo em televisão, especialmente na predominante utilização de grandes planos nos diálogos entre personagens. É um estilo que, neste caso, resulta eficazmente, já que o realizador não pretende levar o filme para dimensões que não a do divertimento mais imediato. Os grandes planos são sempre precisos e bem usados, e por vezes revelam um cineasta atento às nuances das performances dos actores - o romance central resulta melhor porque Abrams aproveita bem os silêncios e o olhar comovido de Tom Cruise (numa interpretação seguríssima e de grande carisma) nos poucos diálogos que tem com Michelle Monaghan. Mas é um registo de realização algo limitado, na medida em que, na interacção entre personagens, falta um melhor aproveitamento do espaço, ou um qualquer rasgo de estilo...pelo que não origina nenhum momento de cinema mais memorável. Não fica na memória, mas no entanto, e mais uma vez, pauta-se pela sua grande eficácia, e a boa direcção de actores garante que os acontecimentos sejam sempre cativantes.
Nas sequências de maior movimento, Abrams tem uma marca mais distinta: elabora com estilo e domínio perfeito dos acontecimentos uma operação intrincada como a que se passa no Vaticano e, nos vários momentos de acção, ao mesmo tempo que consegue criar uma sensação de caos e trepidação total, nunca se perde em pirotecnias confusas - a construção das sequências é fluída e perfeitamente definida, feita de planos que acompanham sempre as personagens de maneira clara. Ou seja, guia o espectador no meio da acção num constante crescendo de intensidade, musicada pela batuta de Michael Giacchino (The Incredibles), numa banda sonora de espionagem bastante inspirada. Mais uma vez, não nada disto é extraordinário, mas é o conjunto de todos estes elementos eficientes que fazem de M:I-3 um gozo a recordar - pelo menos enquanto dura. Philip Seymour Hoffman surge apenas em sequências breves, mas o olhar frio e sádico do actor, mais o carácter enigmático da personagem, fazem dele um vilão verdadeiramente ameaçador. E isso, como se sabe, é meio caminho andado para ajudar a construir um bom filme de acção. E se todos os blockbusters desmiolados funcionassem neste nível de acção e divertimento imparáveis...
Tiago Costa
http://claquete.blog-city.com
Também fui ver o filme hoje. Excelente filme. Foi bom a ver o Ethan Hunt a trabalhar em equipa. Boa estreia do JJ Abrams.
Minutos antes de ver o filme, decidi comprar o DN e fui ver a secção de cinema do mesmo jornal. Não é que numa crítica de meia dúzia de palavras (totalmente destrutiva), o seu autor (Eurico de Barros) revela uma das cenas finais do filme!
Fiquei mesmo F****O!!
Será que este pessoal gosta de tirar o prazer às pessoas de descobrirem o filme por si mesmas! Há formas de críticar sem revelar partes essenciais da trama!!!

Minutos antes de ver o filme, decidi comprar o DN e fui ver a secção de cinema do mesmo jornal. Não é que numa crítica de meia dúzia de palavras (totalmente destrutiva), o seu autor (Eurico de Barros) revela uma das cenas finais do filme!





-
- Fanático
- Posts: 584
- Joined: December 6th, 2004, 8:16 pm
- Contact:
-
- Especialista
- Posts: 1281
- Joined: September 3rd, 2003, 11:16 pm
- Location: Algures entre o alentejo e a metrópole =P
Sim, quase d certeza q vai haver mais uma missao, porque o personagem do Laurence Fishburne diz ao Tom Cruise, se ele quer saber o q é a "Pata de Coelho" tem que permanecer na IMFMIKI_GOL wrote:MI:IV a caminho??? Quase de certeza...Ah e era definitivamente biológico... Mas é um facto engraçado nunca terem desvendado o que era nem para que servia...
[[[]]]
