The Prestige (2006) - Christopher Nolan
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Edward Brock
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Tenho uma confissão a fazer. Há já cerca de um ano que reparei que não estava a tirar o mesmo prazer de ver um filme que em outros tempos. Está certo que vi filmes que considerei serem muito bons mas nunca mais vi nunhum que achasse ser realmente excepcional. Não sei se será por me estar a tornar mais cínico e frio ao examiná-los ou que outra razão será, a verdade é que algo em mim está diferente.
Esta noite consegui finalmente ver este filme (por milagre estreou mesmo ao pé de minha casa) e como já o antecipava há algum tempo e o feedback era excelente (mas mais pela 1ª razão) lá me fiz ao cinema.
Como já devem ter deduzido, a razão pela qual escrevi aquele primeiro parágrafo foi porque finalmente esta noite vi um filme que achei ser excepcional.
Tavez nem tenha sido tanto pelos "plot twists". Por exemplor, já antes do intervalo (no cinema onde fui ainda os fazem...
) me tinha apercebido do segredo por detrás da personagem do "Freddy" Borden. Felizmente que normalmente tento procurar o valor dos filmes também para além dos "plot twists" e desta vez não saí defraldado. O que realmente gostei, para além da excelência técnica, das excelentes interpretações e personagens e do argumento minucioso, foi das verdadeiras implicações por detrás dos "twists", algo que raramente é explorado em cinema.
Não me vou alongar por muito mais, apenas acrescentar que irei esperar impacientemente pela edição em DVD deste filme.
Tentei escrever este post o mais fresco possível já que, quem sabe, talvez o que sinto neste momento pelo filme ter-se-á evaporado pela manhã. Por isso queria agradecer ao Chris Nolan e ao resto dos envolvidos pelo trabalho feito pois, nem que apenas tenha sido por uma noite, voltei finalmente a apreciar um filme como antigamente.
Esta noite consegui finalmente ver este filme (por milagre estreou mesmo ao pé de minha casa) e como já o antecipava há algum tempo e o feedback era excelente (mas mais pela 1ª razão) lá me fiz ao cinema.
Como já devem ter deduzido, a razão pela qual escrevi aquele primeiro parágrafo foi porque finalmente esta noite vi um filme que achei ser excepcional.
Tavez nem tenha sido tanto pelos "plot twists". Por exemplor, já antes do intervalo (no cinema onde fui ainda os fazem...
) me tinha apercebido do segredo por detrás da personagem do "Freddy" Borden. Felizmente que normalmente tento procurar o valor dos filmes também para além dos "plot twists" e desta vez não saí defraldado. O que realmente gostei, para além da excelência técnica, das excelentes interpretações e personagens e do argumento minucioso, foi das verdadeiras implicações por detrás dos "twists", algo que raramente é explorado em cinema.Não me vou alongar por muito mais, apenas acrescentar que irei esperar impacientemente pela edição em DVD deste filme.
Tentei escrever este post o mais fresco possível já que, quem sabe, talvez o que sinto neste momento pelo filme ter-se-á evaporado pela manhã. Por isso queria agradecer ao Chris Nolan e ao resto dos envolvidos pelo trabalho feito pois, nem que apenas tenha sido por uma noite, voltei finalmente a apreciar um filme como antigamente.
Bem...vi hoje o filme e adorei.
As personagens são todas fabulosas. Os actores estão excelentes nos seus papeis.
Ainda não tinha visto o Hugh Jackman fazer um papel "a serio" e fiquei bastante surpreendido.
O Christian Bale está, mais uma vez, fantástico.
SPOILER AHEAD
Os clones: existe uma incoerencia no que respeita os clones. A 1ª vez que o Angier fez o número em publico, ele morreu! Ele foi parar dentro de um tanque com agua e morreu. Deu origem a um clone que tinha as mesmas memorias que ele e que, para todos os efeitos, se considerava o Angier mas, o verdadeiro Angier, o 1º, tinha acabado de morrer!
Os clones sabiam que entravam para a maquina e de repente, estavam no cimo do teatro, não sofriam, para todos os efeitos, não morriam afogados ou pelo menos o clone quando aparecia não tinha noção disso.
O problema que eu vejo no filme é que o Angier original teve de se "suicidar" para o número funcionar... o que vai contra a fome que ele tinha por receber os aplausos do publico, porque nunca seria ele a receber a ovação... seria sempre o seu clone... ele estaria morto!
9/10
As personagens são todas fabulosas. Os actores estão excelentes nos seus papeis.
Ainda não tinha visto o Hugh Jackman fazer um papel "a serio" e fiquei bastante surpreendido.
O Christian Bale está, mais uma vez, fantástico.
SPOILER AHEAD
Os clones: existe uma incoerencia no que respeita os clones. A 1ª vez que o Angier fez o número em publico, ele morreu! Ele foi parar dentro de um tanque com agua e morreu. Deu origem a um clone que tinha as mesmas memorias que ele e que, para todos os efeitos, se considerava o Angier mas, o verdadeiro Angier, o 1º, tinha acabado de morrer!
Os clones sabiam que entravam para a maquina e de repente, estavam no cimo do teatro, não sofriam, para todos os efeitos, não morriam afogados ou pelo menos o clone quando aparecia não tinha noção disso.
O problema que eu vejo no filme é que o Angier original teve de se "suicidar" para o número funcionar... o que vai contra a fome que ele tinha por receber os aplausos do publico, porque nunca seria ele a receber a ovação... seria sempre o seu clone... ele estaria morto!
9/10
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Edward Brock
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*SPOILERS*
Rocha, não eram clones, eram duplicados...
Basicamente quer o Angier que estava na máquina quer o que aparecia fora dela eram ambos "verdadeiros".
Para além disso a maior fome dele não eram os aplausos, mas sim vingar-se do Borden. Daí estar disposto a fazer o sacrifício de se submeter à máquina.
Rocha, não eram clones, eram duplicados...
Basicamente quer o Angier que estava na máquina quer o que aparecia fora dela eram ambos "verdadeiros".
Para além disso a maior fome dele não eram os aplausos, mas sim vingar-se do Borden. Daí estar disposto a fazer o sacrifício de se submeter à máquina.
Podes chamar-lhe duplicado, clone ou outra coisa qualquer, isso não invalida que, a 1ª vez que o acto foi feito para uma plateia, o Angier original tenha caido para dentro do cofre e morrido afugado. Não acho muito coerente que a personagem Angier, que é forte, vingativo, obstinado, estive disposto a suicidar-se!Edward Brock wrote:*SPOILERS*
Rocha, não eram clones, eram duplicados...
Basicamente quer o Angier que estava na máquina quer o que aparecia fora dela eram ambos "verdadeiros".
Para além disso a maior fome dele não eram os aplausos, mas sim vingar-se do Borden. Daí estar disposto a fazer o sacrifício de se submeter à máquina.
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Argaroth01
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Não é bem assim. O sucesso seria o mote ideal para se matar em todos os espectáculos, porque sabe que nada se perde, mas exemplifica a obsessão e os extremos aos quais ele estaria disposto a ir para ser melhor que Borden.Rocha wrote:O problema que eu vejo no filme é que o Angier original teve de se "suicidar" para o número funcionar... o que vai contra a fome que ele tinha por receber os aplausos do publico, porque nunca seria ele a receber a ovação... seria sempre o seu clone... ele estaria morto!
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Argaroth01
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Chama-se a isso sacrífico. E é outro dos temas da história, em paralelo também com Borden. Ele sabe que sobrevive através das réplicas. Quer se queira quer não, é como se ele nunca tivesse morrido realmente, mas tem consciência disso.Rocha wrote:Com nada se perde!?!?!.... ele morre! É criada uma copia dele mas ELE morre, ele deixa de existir!
Espectacular! Já há muito tempo um filme não me intrigava tanto, não me deixava com tantas dúvidas e incertezas! Acho que metade do filme ainda não captei bem, um segundo visionamento parece-me obrigatório!
PERGUNTA URGENTE COM SPOILER:
A coisa que mais me intrigou e não consigo deixar de pensar é a seguinte: na cena do afogamento da mulher do Angier, um dos gémeos Borden ata o nó na rapariga. Ora vi a cena várias vezes e algo está errado, ele dá um primeiro nó, possivelmente o nó solto mas depois olha para o lado para ver se ng está a vê-lo e com a aprovação da rapariga troca e faz um outro nó, provavelmente apertado. A rapariga acaba por morrer pois não consegue escapar. Alguém me sabe dizer o que aconteceu ali? O número estava já combinado entre todos, mas pareceu-me que havia ali outra combinação entre Borden e a rapariga e que ela queria morrer ou ele queria matá-la! Se calhar algo me está a escapar por isso decidi perguntar!
Mas de qualquer forma está 5 estrelas. Um escândalo não estar nomeado para mais oscars, e porque não mesmo para melhor filme. Muitos que estão lá parece-me que não chegam aos calcanhares deste!
PERGUNTA URGENTE COM SPOILER:
A coisa que mais me intrigou e não consigo deixar de pensar é a seguinte: na cena do afogamento da mulher do Angier, um dos gémeos Borden ata o nó na rapariga. Ora vi a cena várias vezes e algo está errado, ele dá um primeiro nó, possivelmente o nó solto mas depois olha para o lado para ver se ng está a vê-lo e com a aprovação da rapariga troca e faz um outro nó, provavelmente apertado. A rapariga acaba por morrer pois não consegue escapar. Alguém me sabe dizer o que aconteceu ali? O número estava já combinado entre todos, mas pareceu-me que havia ali outra combinação entre Borden e a rapariga e que ela queria morrer ou ele queria matá-la! Se calhar algo me está a escapar por isso decidi perguntar!
Mas de qualquer forma está 5 estrelas. Um escândalo não estar nomeado para mais oscars, e porque não mesmo para melhor filme. Muitos que estão lá parece-me que não chegam aos calcanhares deste!
RESPOSTA TMB COM SPOILERChloê wrote:
PERGUNTA URGENTE COM SPOILER:
A coisa que mais me intrigou e não consigo deixar de pensar é a seguinte: na cena do afogamento da mulher do Angier, um dos gémeos Borden ata o nó na rapariga. Ora vi a cena várias vezes e algo está errado, ele dá um primeiro nó, possivelmente o nó solto mas depois olha para o lado para ver se ng está a vê-lo e com a aprovação da rapariga troca e faz um outro nó, provavelmente apertado. A rapariga acaba por morrer pois não consegue escapar. Alguém me sabe dizer o que aconteceu ali? O número estava já combinado entre todos, mas pareceu-me que havia ali outra combinação entre Borden e a rapariga e que ela queria morrer ou ele queria matá-la! Se calhar algo me está a escapar por isso decidi perguntar!
não tavas com atenção.
se reparares antes dessa cena o Borden queria fazer um outro nó mais dificil de desapertar e tmb a mulher concordou, apenas o Angier e o outro é que não queriam pois ele acabaria por correr um grande risco
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Edward Brock
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Isso explica porque é que "aquele" Borden diz ao Angier que não sabia que nó é que tinha dado. Pudera! Não foi "ele" que o deu!
Mas de qualquer forma está 5 estrelas. Um escândalo não estar nomeado para mais oscars, e porque não mesmo para melhor filme. Muitos que estão lá parece-me que não chegam aos calcanhares deste!
Robert Angier (Hugh Jackman) e Alfred Borden (Christian Bale) são dois jovens ilusionistas que partilham um sonho, serem os donos do melhor truque de sempre.
No início da carreira colaboram juntos na “Pledge” de outro mágico reputado, até o dia em que uma tragédia acontece, tornando-os inimigos mortais para o resto da vida.
O ódio mútuo leva-os a destruir o espectáculo do adversário desmascarando os truques perante a assistência e tentando sempre adaptar e melhorar a ilusão do adversário, sacrificando as suas vidas pessoais e as que os rodeiam.
Realizado por Christopher Nolan, que é um mestre em conseguir alterar os tempos do filme, cruzando o Presente e o Passado com uma mestria inigualável e a adensando o mistério ao longo do filme até ao clímax final, numa encruzilhada de deliciosos twists.
O argumento adaptado pelos manos Nolan é muito bem conseguido, conseguindo obedecer às regras do truque mágico, “The Pledge”, “The Turn” e “The Prestige”.
Talvez se esperasse um pouco mais dos actores principais, nomeadamente Jackman, que por vezes é muito bom (no sósia) e outras não alcança (o ódio). Bale ao seu nível, tal como Caine ou a bela Scarlett. Piper Perabo a pedir mais minutos…
9/10
No início da carreira colaboram juntos na “Pledge” de outro mágico reputado, até o dia em que uma tragédia acontece, tornando-os inimigos mortais para o resto da vida.
O ódio mútuo leva-os a destruir o espectáculo do adversário desmascarando os truques perante a assistência e tentando sempre adaptar e melhorar a ilusão do adversário, sacrificando as suas vidas pessoais e as que os rodeiam.
Realizado por Christopher Nolan, que é um mestre em conseguir alterar os tempos do filme, cruzando o Presente e o Passado com uma mestria inigualável e a adensando o mistério ao longo do filme até ao clímax final, numa encruzilhada de deliciosos twists.
O argumento adaptado pelos manos Nolan é muito bem conseguido, conseguindo obedecer às regras do truque mágico, “The Pledge”, “The Turn” e “The Prestige”.
Talvez se esperasse um pouco mais dos actores principais, nomeadamente Jackman, que por vezes é muito bom (no sósia) e outras não alcança (o ódio). Bale ao seu nível, tal como Caine ou a bela Scarlett. Piper Perabo a pedir mais minutos…
9/10
Um gnomo por dia, dá saúde e alegria!
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Ricardo Ribeiro
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Re: The Prestige (2006) - Christopher Nolan
Vi hoje o Prestige, razoável, mas com duas situações intoleráveis, do ponto de vista da coerência. Então aqueles dois bacanos, de cada vez que iam ao espectáculo um do outro para ajavardar, eram escolhidos de entre o público!? Mas por que carga de água!? Que mau!
Depois, a cena onde a gaja morre afogada... então um machadão precisa de quantas cacetadas num vidro para o partir? Que eu saiba no século XIX ainda não tinham sido inventados os vidros à prova de bala. E depois, ela está viva, no segundo seguinte está morta. Amigos, não é assim que se morre afogado, água não é cianeto.
Depois, a cena onde a gaja morre afogada... então um machadão precisa de quantas cacetadas num vidro para o partir? Que eu saiba no século XIX ainda não tinham sido inventados os vidros à prova de bala. E depois, ela está viva, no segundo seguinte está morta. Amigos, não é assim que se morre afogado, água não é cianeto.
Ricardo Ribeiro
O Mundo da Viagem em...
http://papaleguas.wordpress.com | http://cruzamundos.wordpress.com
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Argaroth01
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Re: The Prestige (2006) - Christopher Nolan
Pelo que me pareceu, eles voluntariavam-se. Já não me lembro bem, mas no livro penso que era assim.Ricardo Ribeiro wrote:Vi hoje o Prestige, razoável, mas com duas situações intoleráveis, do ponto de vista da coerência. Então aqueles dois bacanos, de cada vez que iam ao espectáculo um do outro para ajavardar, eram escolhidos de entre o público!? Mas por que carga de água!? Que mau!