Planet Terror (2007) - Robert Rodriguez

[Sleepy Hollow]

por isso é que escrevi Spoiler alert....so lê quem quer


PS - ninguem é perfeito

[Patomanso]

A Rose McGowan é!

[Thanatos]

A Rose McGowan é!

Mesmo perneta?

[Patomanso]

Ela não estava perneta. Apenas tinha uma perna melhor que a outra. Qual delas é a melhor depende dos teus fetishes preferidos.

[DarkAvenger]

PS - Claramente, tens de mudar de namorada

???

A minha mulher odeia filmes de terror, odeia os Monty Python, odeia filmes de sci-fi. Eu por outro lado odeio comédias romanticas e odeio musicais. E já lá vão 15 anos assim!

Acho que morria de tédio se andasse com alguem com os mesmos gostos do que eu...

SPOILER ALERT!!!!!

A cena da interrupção é deliciosa, já para não na Rose a bela Rose...Haaaa granda Robert Rodriguez

Ainda bem que me entendes...

[m_silva]

Gostei imenso do filme, bem mais o meu estilo do que o Deathproof e a cena dos geradores a não trabalharem e a Rose com a arma na mota Muito à Frente. Continuem assim.

[lud81]

Eu já tinha visto isto quando vi Grindhouse há uns 3 ou 4 meses, mas para ir ao cinema com o meu irmão fomos ver Planet Terror. Eu também sei fazer marketing daquele mesmo para vender. Só disse assim ao meu irmão: "É um filme de zombies com o Bruce Willis a imitar os filmes dos anos 80" e ele alinhou logo. É assim mesmo. Mesmo que o Bruce só apareça uns 5 minutos de filme, é preciso saber vender a ideia.


ATENÇÃO, SEGUEM-SE SPOILERS DESCARADOS, EU FALO PARA QUEM JÁ VIU O FILME


Sinceramente, a minha opinião sobre o filme ainda não mudou, mesmo depois de o ver 3 vezes. Duas em Grindhouse e agora uma nesta versão extended. Continuo a absolutamente adorar este filme! E mantenho-me firme na opinião de que é superior ao do QT e que é um dos melhores filmes do Rodriguez (Sin City é o melhor). Adoro todos os pormenores que recriam o ambiente 80's, desde a música, à imagem, a montagem e mesmo o som no geral. Na cena da esquadra em que procuram o dedo do Tom Savini, todo o sound design é completamente retro, mesmo o som ambiente. Já não se fazem filmes assim. Desde os uniformes de polícia, aos carros antigos, as luzes vermelhas, os grilos, o barulho das botas a pisarem vidro partido, tudo nesta cena (e no filme todo) é muito retro.

Estava uma turma de miúdos do secundário na sala que estavam a partir-se a rir com o filme, mas a dizerem que era o pior filme que viram, "pior que o Resident Evil"... e que os efeitos gore eram "infantis"... Parece que todos os MIÚDOS têm este complexo do INFANTIL. Ele é nos jogos, ele é agora nos filmes. E ainda por cima logo num filme que é CLARAMENTE para ADULTOS. Não pela violência ou por sexo, mas porque 90% do conteúdo do filme é dirigido às gerações que têm agora mais de 25 anos, que cresceram a ver filmes nos anos 80, que SABEM que na altura os filmes era mesmo assim.
Assim, quando El Wray no fim indica a Cherry que ela está grávida dizendo "I never miss" muito sério, os putos riem-se porque acham ridículo e muito mau. O pessoal mais velho ri-se também, mas porque sabe que é piroso de propósito, que antigamente os heróis diziam mesmo estas coisas. E aí reside a genialidade do filme e de Rodriguez, faz dois públicos diferentes rirem de maneiras e por motivos diferentes na mesma cena.

E além disso, penso que Planet Terror também consegue ter os seus momentos sérios e seriamente dramáticos e bem feitos e até alguns poéticos. Um exemplo de uma cena que adoro e considero muito bem feita é quando Cherry acorda no hospital e descobre que não tem perna e chora. Uma cena com música belíssima e os famosos dissolves de Rodriguez. O momento poético a que me refiro é quando Cherry é levantada pelo helicóptero no final abandonando o corpo já morto de El Wray.

E houve um pormenor delicioso que só reparei no cinema. Sabem que o personagem de Josh Brolin (o médico) se chama Bill Block, não é? Pois, quando chamam a sua mulher para aplicar as anestesias pela primeira vez, podemos ver em cima de uma mesa a agenda dela, com os seus objectivos, tipo ir às compras, ir buscar o puto à escola e o último objectivo é... adivinharam: KILL BILL! Lindo.

O filme é mesmo delicioso para as gerações mais velhas e é também muito bom para nos fazer sentir mesmo velhos. Sobretudo quando se vê o filme em presença de putos cujo filme mais antigo que viram provavelmente é o Resident Evil ou outro filme qualquer já desta década. Não se pode esperar que putos dessa idade entendam um filme como Planet Terror, Death Proof ou Grindhouse, estão habituados a filmes diferentes. Até aposto que há putos hoje em dia que não sabem quem é o Schwarzenegger e nunca viram filmes como T1 e T2 (provavelmente viram o T3 e nem sabem que é um terceiro...), Predator, Commando, Red Heat, etc, etc. Tal como também há putos da minha idade e geração que provavelmente não sabem quem foram Humphrey Bogart, Charles Bronson, Lee Marvin, Jimmy Stewart, Steve McQueen, George C. Scott, etc, etc. É pena, mas é a realidade. O cinema permite viver para sempre, mas pouca gente repara.

Enfim, Planet Terror e Grindhouse, um grande filme retro para quem já cá estava nos anos 80 e que venha daí o grande MACHETE!

[DarkPhoenix]

História absurda, violência extrema, é só gajas boas em trajes menores e decotes generosos, gore e explosões completamente despropositadas e over-the-top, paletes de clichés,...
Todas estas referências série B, envolvidas em altos meios de produção ( embora disfarçados ), e estilizadas com o talento nato do Rodriguez fazem de "Planet Terror" um must.

Fantástico, o filme mais divertido que eu vi este ano.

Sem mais, estou com o Lud: que venha o grande MACHETE!

8.5/10



No contexto de "Grindhouse", acho que funciona ainda melhor do que o "Death Proof", pois Robert Rodriguez consegue superar Tarantino nos objectivos do projecto: a "paródia" à mais violenta série B.
"Death Proof" perde-se um pouco nas homenagens ao próprio cinema do Tarantino ( especialmente nos longos diálogos mundanos ).

No entanto, como filmes individuais, gostei dos dois.

[Patomanso]

No contexto de "Grindhouse", acho que funciona ainda melhor do que o "Death Proof", pois Robert Rodriguez consegue superar Tarantino nos objectivos do projecto: a "paródia" à mais violenta série B.
"Death Proof" perde-se um pouco nas homenagens ao próprio cinema do Tarantino ( especialmente nos longos diálogos mundanos ).

... Não fosse o facto dos filmes a homenagear estarem customariamente repletos de diálogos mundanos com uma ou duas cenas de acção.
Não fosse o facto dos filmes a homenagear nunca na vida terem dinheiro para manter um filme inteiro com acção, como o PLANET TERROR.

[DarkPhoenix]

......estranho, não me lembro de longos diálogos mundanos, filosofia de pacotilha, conversa da treta, no cinema de acção B dos 70s e 80s.

[Patomanso]

Depende de que tipo de filmes achas que eles queriam homenagear.

Pelo que li das descrições do Tarantino antes do Grindhouse sair (e foi ele que teve a ideia), eram mais filmes daqueles que eram feitos para encher salas e com orçamentos reduzidíssimos. Não tanto os filmes sempre a rasgar que até eram distribuídos por grandes estúdios.

[lud81]

Não fosse o facto dos filmes a homenagear nunca na vida terem dinheiro para manter um filme inteiro com acção, como o PLANET TERROR.

Correcção, "não fosse o facto dos filmes a homenagear nunca na vida terem dinheiro para manter um filme inteiro com acção da qualidade do Planet Terror".

Sim porque a única diferença é que vê-se que a acção do Planet Terror é feita com qualidade e talento, coisa que o Rodriguez sempre fez. Mas como já disse no tópico dos filmes turcos no Off Topic, vai ver o Rambo Turco no You Tube, filme que parece ser mais barato que um maço de tabaco e está cheio de acção e porrada do princípio ao fim. Acção mal feita, mas mais desenrascada que o catano! Até imita a cena de perseguição dos camiões de Raiders of the Lost Ark. Tiros, explosões e porrada. Som, imagens e música levantada directamente de filmes famosos de todo o mundo, desde Hollywood a Hong Kong, montagem mais rápida que os filmes de Michael Bay.
Sinceramente, esta ideia de que os filmes grindhouse não tinham acção é um bocado desfocada. Os filmes grindhouse não eram só americanos. Aliás, nem eram principalmente americanos. Grindhouse era também o cinema italiano com os seus filmes de terror extremo e westerns spaghetti violentíssimos, filmes chineses (que ninguém pode dizer que só têm uma cena de acção), japoneses, e do resto da Europa.

Seja como for, quando eu elogio tanto o Planet Terror, nem é em comparação com o universo Grindhouse, mas é mesmo com o cinema em geral dos anos 80, como deixei claro. PT parece um filme feito nos anos 80 e deixado esquecido até aos dias de hoje, tal é o feeling 80's que transborda. E é um filme muito divertido.

[DarkPhoenix]

Pelo que li das descrições do Tarantino antes do Grindhouse sair (e foi ele que teve a ideia), eram mais filmes daqueles que eram feitos para encher salas e com orçamentos reduzidíssimos.

E achas mesmo que esses filmes, vendidos como cinema de acção com algumas gajas nuas, tinham diálogos de 10 minutos com conversinhas banais?

Pensa "Evil Dead", o maior dos clássicos de terror série B, feito com um orçamento ridiculamente baixo e actores amadores.
Diálogos? Não.
Acção? Muita e improvisada.

[Patomanso]

Bem, não incluiria os spaghetti westerns no género grindhouse, mas se calhar só mesmo porque são o seu próprio género com a sua própria mística.

O Tarantino também "namedropou" bastantes italianos, os giallos, quando falou da inspiração para o grindhouse. E concordo que sim, que há muito filme trashy com muita acção mesmo.

Apenas acho que não era o que o Tarantino tinha em mente.

E se o Rodriguez tinha esses em mente, bem podia ter disfarçado um bocadinho mais o dinheiro que gastou no filme, como o Tarantino fez.

Pensa "Evil Dead", o maior dos clássicos de terror série B, feito com um orçamento ridiculamente baixo e actores amadores.
Diálogos? Não.
Acção? Muita e improvisada.

Depende, não sei se designaria aquilo de acção. São cenas de terror, que recorriam a efeitos de maquilhagem. Nada de tão caro como ter perseguições de carros, explosões, ou setenta e cinco mortes por minuto.

Mas como já disse no tópico dos filmes turcos no Off Topic, vai ver o Rambo Turco no You Tube, filme que parece ser mais barato que um maço de tabaco e está cheio de acção e porrada do princípio ao fim. Acção mal feita, mas mais desenrascada que o catano! Até imita a cena de perseguição dos camiões de Raiders of the Lost Ark. Tiros, explosões e porrada. Som, imagens e música levantada directamente de filmes famosos de todo o mundo, desde Hollywood a Hong Kong, montagem mais rápida que os filmes de Michael Bay.

Heh, só pela homenagem ao RAIDERS já apetece ir ver :)
Dou-te outra dica: "Shootout at Lokhandwala", um filme de acção Bollywood.
Muitos tirinhos e algumas explosões. E, claro, cantorias.

[lud81]

Bem, não incluiria os spaghetti westerns no género grindhouse, mas se calhar só mesmo porque são o seu próprio género com a sua própria mística.

Claro que não me refiro às obras primas do Sergio Leone. A Itália produziu centenas, se não milhares, de clones série Z dos filmes do Leone. Esses western spaghetties mesmo mauzinhos são grindhouses.