Qual foi o último filme que viram ?

[p_alucinado]

Não achei o Saving Private Ryan excessivamente manipulador. Na verdade, ao contrário do paupau, a sequência que hoje já não vejo com tão bons olhos é a sequência do desembarque. Honestamente, já não vejo tanta lógica naquilo. Mas considero que o filme falha, sobretudo, nas sequências inicial e final, com o personagem do Tom Hanks envelhecido. Não vejo sinceramente porque raio é que aquilo tem de ali estar. Revi o filme esta semana e decidi fazê-lo sem essas duas partes. Ganhou imenso.

De resto, gosto do Spielberg e de quase tudo o que tem feito ainda que ache War of the Worlds e Terminal filmes menos bons. Só nesta década vejo quatro obras-primas, Catch Me If You Can, Minority Report, Munich e A.I, qual deles o melhor. E já que fizeram referência a outros supostos filmes fracos do Spielberg, tenho de vos dizer que o Hook é daqueles filmes que adoro e nunca percebi sinceramente os motivos que o levam a ser tão criticado.

Agora em relação ao Zemeckis (paupau, tu hoje levas! ) não acho nada que o homem esteja a piorar. Tudo bem, o Beowulf era fraquinho a nível narrativo e o final do excelente What Lies Beneath desapontava, mas de resto só vejo grandes filmes a sair da sua mão. E sim, nisto incluo Forrest Gump, Cast Away e o Polar Express, do qual gosto cada vez mais sempre que revejo. Não vi o Contacto nem o Christmas Carol, no entanto.

Um gajo que todos odeiam e de quem eu começo a gostar cada vez mais é o DJ Caruso que já fez bastante lixo e coisas inconsequentes como Two For the Money, mas que, desde que se meteu a fazer coisas com o Spielberg, tem fabricado alguns dos mais interessantes pedaços de entretenimento mais comercial que se fazem habitualmente nos EUA. Disturbia (ainda que com um final parolo) e Eagle Eye (e pronto, lá vão enxovalhar-me ) são puros herdeiros do cinema mais juvenil que se fazia nos anos 80, divertidíssimos e muito engraçados. E agora está por trás de um dos filmes que mais aguardo, o I Am Number Four, pura fantasia 80's, novamente com Spielberg na produção. Tinha saudades do Spielberg produtor de outros tempos. Ainda bem que está de volta.

[Enigma]

Para mim, esta história da "manipulação" é daquelas temáticas do Cinema que sempre me fizeram alguma confusão, até perceber que é uma daquelas coisas inusitadas que ganham demasiada relevância numa discussão em que o objecto central é "artistico".

Para mim as coisas são simples e óbvias. Para mim, TODOS os filmes são de certa forma (sejam mais ou sejam menos) manipuladores. Todos. Porque estão circunscritos a uma visão que, em última análise, não é a minha. Aliás, o resultado final muitas vezes não está dependente apenas da pessoa que realiza, mas cada vez mais da pessoa que edita. O que vemos então no ecrã é um processo finalizado onde pelo menos dois individuos decidiram entre si o que mostrar de determinada história, o que devia ficar dentro ou fora do plano, que imagem ou cena devia suceder a outra etc. Logo, o que vemos é sempre um produto que nos pretende manipular, seja o mais "simples" cinema japonês ao mais espalhafatoso cinema norte-americano.

O que eu depois posso fazer quando vir a obra é interpretar, compreender, gostar. Mais, menos, de forma mais fácil ou mais dificil. Ter a minha percepção do que vejo.


E, consequentemente, essa história do agitar da bandeira, das hipotéticas ideias politicas subjacentes, nunca me fez confusão. Faz parte da tal visão do(s) autore(s) da obra. Exemplo extremo: posso abominar a ideia subjacente a Triumph des Willens, mas compreender (por saber quem a idealizou e quem a executou) e não deixar de enaltecer e reconhecer os méritos artisticos e técnicos da obra. Um bom filme pode ser bom e entreter independentemente de várias coisas.

Digo mais, se algum dia fizessem um filme dos Descobrimentos, sendo eu realizador ou como espectador português, certamente colocaria ou gostaria de ver uma bandeira portuguesa a ondular ao vento em slow motion.

Honestamente, já não vejo tanta lógica naquilo. Mas considero que o filme falha, sobretudo, nas sequências inicial e final, com o personagem do Tom Hanks envelhecido.

Então... já não revejo o filme há muito tempo... mas o velhote não é a personagem do Mat Damon?

[gladiator37]

onde aparece a personagem do tom hanks envelhecido?

[gladiator37]

Para mim, esta história da "manipulação" é daquelas temáticas do Cinema que sempre me fizeram algma confusão, até perceber que é ums daquelas coisas inusitadas que ganham demasiada relevância numa discussão em que o objecto central é "artistico".

Para mim as coisas são simples e óbvias. Para mim, TODOS os filmes são de certa forma (sejas mais ou sejam menos) manipuladores. Todos. Porque estão circunscritos a uma visão que, em última análise, não é a minha. Aliás, o resultado final muitas vezes não está dependente apenas da pessoa que realiza, mas cada vez mais da pessoa que edita. O que vemos então no ecrã é um processo finalizado onde pelo menos dois individuos decidiram entre si o que mostrar de determinada história, o que devia ficar dentro ou fora do plano, que imagem ou cena devia suceder a outra etc. Logo, o que vemos é sempre um produto que nos pretende manipular, seja o mais "simples" cinema japonês ao mais espalhafatoso cinema norte-americano.

O que eu depois posso fazer quando vir a obra é interpretar, compreender, gostar. Mais, menos, de forma mais fácil ou mais dificil. Ter a minha percepção do que vejo.


E, consequentemente, essa história do agitar da bandeira, das hipotéticas ideias politicas subjacentes, nunca me fez confusão. Faz parte da tal visão do(s) autore(s) da obra. Exemplo extremo: posso abominar a ideia subjacente a Triumph des Willens, mas compreender (por saber quem a idealizou e quem a executou) e não deixar de enaltecer e reconhecer os méritos artisticos e técnicos da obra. Um bom filme pode ser bom e entreter independentemente de várias coisas.

Digo mais, se algum dia fizessem um filme dos Descobrimentos, sendo eu realizador ou como espectador português, certamente colocaria ou gostaria de ver uma bandeira portuguesa a ondular ao vento em slow motion.

Honestamente, já não vejo tanta lógica naquilo. Mas considero que o filme falha, sobretudo, nas sequências inicial e final, com o personagem do Tom Hanks envelhecido.

Então... já não revejo o filme há muito tempo... mas o velhote não é a personagem do Mat Damon?

exactamente lol

[p_alucinado]

Como tenho passado sempre à frente essa parte, já não me recordo, mas provavelmente é o Matt Damon sim.

[_RaDiOaCtIvE_]

Sim . E para mim faz tanto sentido esse final como o da Lista de Schindler.

[p_alucinado]

Sim . E para mim faz tanto sentido esse final como o da Lista de Schindler.

Esse, embora não fosse essencial, acho que se enquadra melhor, já que todo o filme foi muito documental (não que o Ryan não o seja). Caíu-me melhor e não achei tão redundante.

No Schindler's List a única coisa de que não gostei é quando todos os empregados vão agradecer ao Schindler (quando ele foge) e ele desata a chorar ajoelhado no chão. Foi exagerado... Mas nada que estragasse, a meu ver, a monumental obra que é o filme.

[Samwise]

Três dias sem cá vir e dá nisto...

Resumindo alguns assuntos:

Considero que é bom este tipo de Offtopics, com discussões mais acessas sobre os filmes, offtopics onde os gostos se discutam e se atirem à cara dos seus detentores.

DarkPhoenix: prefiro a presença feminina do Indy3 (mesmo que também tenha ido para a cama com o "velhote"), do que a do Indy2 e mais o seu histerismo todo...

Jimmy: não estou de acordo contigo quanto ao Indy3 e em relação ao Indy1 - da tetralogia, são os dois filmes mais parecidos entre si - em termos de estrutura narrativa e em termos de história propriamente dita. Até nas sequências de acção se aproximam bastante.

Filmes manipuladores: para mim não há problema nenhum que haja manipulação no cinema, mas já há problema se essa manipulação for desonesta. Dou dois exemplos que me reviraram as entranhas: o The Sixth Sense e o Martyrs - há sequência que nunca poderiam ter acontecido à luz das revelações finais, e que só servem para criarem em nós falsas pistas, para nos fazerem seguir um determinado rumo e no final parecerem filmes muito mais inteligentes do que realmente são. O The Usual Suspects quase que também cai neste problema... quase...

O Spielberg continua com a pujança toda. Quer em sentido absoluto, a cada novo filme que faz, quer em sentido comparativo (alguém quererá sugerir outro nome no mundo dos realizadores que sequer se chegue perto dele, considerando o "segmento temático" em que trabalha?)

Jimmy novamente: verdade - por melhor que o Saving Private Ryan seja (e para mim foi e continua a ser um nota 10), ofuscou o grande filme (de guerra) desse ano, o The Thin Red Line.

P_alucinado: porque é que não gostaste dessa cena no Schindler's List? (toda a gente fala dela em sentido depreciativo, mas ainda não entendi as razões...)

[DarkPhoenix]

Acho que - como afirmou o Samwise - a questão da manipulação está ligada à honestidade.
Claro que aceito os estereotipos e maniqueísmos de um filme como o Commando, um filme sem pretensões a algo mais que puro entretenimento.

Mas quando a manipulação acontece encapotada, meticulosamente destilada, com o intuito de negar ao espectador o direito de opinar acerca de personagens ou situações, aí considero que é lamentável.
Acontece muito em filmes "baseados em casos reais", biografias, dramalhões para Oscars,...
Em suma, sucede em cinema que se leva demasiado a sério, sem as bases ou a honestidade para tal.

[alan_smithee]

As vezes penso que a manipulação é uma falsa questão.
Neste fórum sempre vi muitos participantes queixaram-se da “manipulação” e dos “filmes manipuladores”, no entanto quando lhes aparece pela frente um filme realmente manipulador, no pior sentido da palavra, aplaudem.

Vou dar um exemplo concreto. No cinema actual não existem filmes mais manipuladores, mais intelectualmente desonestos, que os filmes do senhor Michael Moore. No entanto são filmes bastante aplaudidos e elogiados aqui nos fóruns. Acho que todos aqueles que gostam do cinema do Moore, perdem um pouco a razão, quando criticam qualquer outro filme de manipulação.

O que o incomoda muitos cinéfilos, não é a manipulação em si, mas sim o sentido da manipulação. Ou seja, agarrando no exemplo anterior, se os filmes de Moore elogiassem a América, seriam bastante criticados e quase toda a gente apontaria o dedo a manipulação. Mas como criticam os U.S., são aplaudidos e ovacionados.
Volto a frase anterior, o que incomoda não é a manipulação, mas apenas a direcção da manipulação.

[gladiator37]

As vezes penso que a manipulação é uma falsa questão.
Neste fórum sempre vi muitos participantes queixaram-se da “manipulação” e dos “filmes manipuladores”, no entanto quando lhes aparece pela frente um filme realmente manipulador, no pior sentido da palavra, aplaudem.

Vou dar um exemplo concreto. No cinema actual não existem filmes mais manipuladores, mais intelectualmente desonestos, que os filmes do senhor Michael Moore. No entanto são filmes bastante aplaudidos e elogiados aqui nos fóruns. Acho que todos aqueles que gostam do cinema do Moore, perdem um pouco a razão, quando criticam qualquer outro filme de manipulação.

O que o incomoda muitos cinéfilos, não é a manipulação em si, mas sim o sentido da manipulação. Ou seja, agarrando no exemplo anterior, se os filmes de Moore elogiassem a América, seriam bastante criticados e quase toda a gente apontaria o dedo a manipulação. Mas como criticam os U.S., são aplaudidos e ovacionados.
Volto a frase anterior, o que incomoda não é a manipulação, mas apenas a direcção da manipulação.

concordo plenamente contigo e se calhar ha aqui membros bastantes manipuladores!

[DarkPhoenix]

Michael Moore não é grande exemplo.
Os seus filmes são manifestos, panfletos, alicerçados apenas nos dados que lhe interessa mostrar.

A manipulação não é sentida por todos da mesma forma, isso é óbvio.
Como toda a arte, o cinema está sujeito à interpretação individual.

Mas como defender algo como Braveheart, que sob a bandeira de "épico histórico baseado em factos verídicos" é usado pelo seu timoneiro para atacar selvaticamente os Ingleses?
Eu não sou Inglês, nem gosto particularmente deles, mas isso não impediu que me sentisse incomodado com semelhante, flagrante manipulação.

[vinsanity]

Mas como defender algo como Braveheart, que sob a bandeira de "épico histórico baseado em factos verídicos" é usado pelo seu timoneiro para atacar selvaticamente os Ingleses?
.

Porque o filme foi contado a partir do ponto de vista dos... escoceses

[gladiator37]

normalmente uma historia é sempre contada apartir sempre de um lado da propria historia

[kubrick]

O Braveheart é GRANDE filme e como diz o grande cantor e Benfiquista Fernando Tordo, "... Tudo mais são tretas".

Eu vi este e é um dos meus filmes preferidos (Top 10+)



Aborda uma temática que eu muito adoro, as viagens no tempo e mostra de forma nua e crua a nossa sociedade.
Cada personagem foi escolhida a dedo e cada um veste bem a sua "pele". A banda sonora é do melhor que pode existir.

Um filme a não perder para quem ainda não viu.