Qual foi o último filme que viram ?

[butterfly swimmer]

Que filmaço! 9/10

[paupau]

Ya, porquê já agora? Só Tarkowsky só conheco o Solaris, vale a pena este?

[lud81]

Vale a pena se gostares do estilo do homem. Eu vi o Stalker e o Solyaris há muitos anos na RTP2 e embora os considere a ambos bons filmes, não são muito o meu estilo. Mas se gostaste do Solyaris penso que vale a pena veres o Stalker, tem bom ambiente. Mas lá está... tem momentos muito esticado em tempo. É quase um Manoel de Oliveira russo, mas mais interessante que o nosso.

[rui sousa]

Revi hoje «O mágico». Gostei mais do que da primeira vez e considero o melhor argumento de Jacques Tati, juntamente com o do «Mon Oncle». Nota: *****

[Samwise]

Vale a pena se gostares do estilo do homem. Eu vi o Stalker e o Solyaris há muitos anos na RTP2 e embora os considere a ambos bons filmes, não são muito o meu estilo. Mas se gostaste do Solyaris penso que vale a pena veres o Stalker

Subscrevo este comentário - em resumo, os dois filmes abordam quase uma mesma noção de tempo, espaço e memória, embora de perspectivas diferentes. Como o Lud, também vi o Solaris na RTP2 há muitos anos (se calhar na mesma altura ), e li o livro mais recentemente. O Stalker vi há cerca de um mês (apareceu no passatempo) e a experiência fez-me muito lembrar o Solaris. A progressão narrativa de facto é bastante lenta, com muitas pausas para "respirar", até considerando o "ritmo normal" de um certo "cinema europeu", e a história faz-me muito há base de perguntas e reflexões algo filosóficas, metafísicas e morais. É uma experiência "diferente" e não é coisa que aconselhe sem reservas a toda a gente. Paupau, dado aquilo que costumas publicar por aqui, acho que és capaz de apreciar.

[paupau]

O Solaris vi há pouco tempo, mas foi má ideia começar a ver um filme destes muito tarde, de vez em quando fazia adormecia e fazia rewind, pelo que tenho que ver novamente. Mas aquele final...de ficar estarrecido, já ia a pegar no comando para tirar o disco e em poucos segundos e filme muda completamente, subiu bem alto na lista de finais preferidos.

Passados uns dias, revi a sequência em Tóquio, e se da primeira vez adorei, da segunda foi mais zzzzzzzz não acaba, ainda falam do Oliveira. Agora pa ver mais, quando o Publico lançar a coleção Midas 2.



Filme de fuga de prisão por parte de cinco prisioneiros, o actor da direita era um dos participantes, e o argumentista outro. Este filme é um relógio suíço, todas as cenas da fuga são extremamente detalhadas e a recriar fielmente a fuga original, e nem um segundo de tempo de ecrã é desperdiçado. É um Prison Break feito há 50 anos, mas para bom. Um hino ao espírito humano, à sua capacidade de invenção e adaptação a condições extremas, uma sequência tem destaque sobre todas as outras:

um plano de 4 minutos em que o chão de cimento da cela é escavado pelos cinco com um ferro arrancado da cama, em tempo real. O ferro sempre no centro do ecrã, vai passando de mão em mão à medida que os prisioneiros ficam exaustos e vêem-se mãos a recolher os detritos. Brutal o efeito que passa do eforço necessário para abrir a mais pequena racha até se obter um buraco por onde passa um homem.

Pena o dvd não ter entrevistas, adorava saber o que pensou o actor que recriou a sua fuga.



A imagem é por demais conhecida, mas só nos últimos dias explorei a Trilogia Órfica do Cocteau, e este destaca-se claramente dos outros dois. A história de Orfeu é adaptada aos tempos modernos, mas com diferenças importantes para a história clássica, principalmente na relação com a Morte e no final do filme.
Visualmente é equiparável à Bela e o Monstro, com jogos de espelhos, rewinds, câmaras lentas tão bem executadas que tornam o filme quase mágico, não há cgi que se equipare.Narrativamente tem um pouco mais de palha que o Monstro, embrulha-se um pouco em algumas pequenas cenas iniciais, mas pronto, as melhores cenas são de outro campeonato realmente.

Os outros dois filmes são bons, mas muito para o avant garde, são mais sequências visuais que outra coisa, pouca narrativa a ligar tudo, mas bastante interessnates mesmo assim, principalmente o Testamento de Orfeu.

[Net_Holer]

The Departed
http://www.imdb.com/rg/fb_oshare/rate/title/tt0407887

Dei um 8 um bocado puxadinho no IMDB.
Na verdade votaria 7.5 se pudesse.
O que me levou a votar 8 em vez do 7 foi os excelentes actores e realizador.

A história prende até ao fim mas não surpreende como esperava. Mesmo assim é bastante bom.

[Samwise]

O Solaris vi há pouco tempo, mas foi má ideia começar a ver um filme destes muito tarde, de vez em quando fazia adormecia e fazia rewind, pelo que tenho que ver novamente. Mas aquele final...de ficar estarrecido, já ia a pegar no comando para tirar o disco e em poucos segundos e filme muda completamente, subiu bem alto na lista de finais preferidos.

Quanto a ter sido má ideia começares a ver o filme muito tarde, aplica a mesma teoria ao Stalker.

Filme de fuga de prisão por parte de cinco prisioneiros, o actor da direita era um dos participantes, e o argumentista outro. Este filme é um relógio suíço, todas as cenas da fuga são extremamente detalhadas e a recriar fielmente a fuga original, e nem um segundo de tempo de ecrã é desperdiçado. É um Prison Break feito há 50 anos, mas para bom. Um hino ao espírito humano, à sua capacidade de invenção e adaptação a condições extremas, uma sequência tem destaque sobre todas as outras:

Pena o dvd não ter entrevistas, adorava saber o que pensou o actor que recriou a sua fuga.

Este é para ver (já estava planeado e tudo) - vi outros dois filmes dele que adorei, o Casque D'Or e o Touchez pas au grisbi, duas abordagem temáticas ao mundo do crime, cada uma com as suas particularidades. No caso do segundo, a faceta de planeamento como "um relógio suíço" está bem presente.

Ainda no campo da milimetria cronográfica, por acaso viste o Du rififi chez les hommes? Tem um assalto genial que dura quase meia hora! (e o resto do filme é "todo bom", também).

A imagem é por demais conhecida, mas só nos últimos dias explorei a Trilogia Órfica do Cocteau, e este destaca-se claramente dos outros dois. A história de Orfeu é adaptada aos tempos modernos, mas com diferenças importantes para a história clássica, principalmente na relação com a Morte e no final do filme.
Visualmente é equiparável à Bela e o Monstro, com jogos de espelhos, rewinds, câmaras lentas tão bem executadas que tornam o filme quase mágico, não há cgi que se equipare.Narrativamente tem um pouco mais de palha que o Monstro, embrulha-se um pouco em algumas pequenas cenas iniciais, mas pronto, as melhores cenas são de outro campeonato realmente.

Este decepcionou-me bastante - tinha gostado muito d' "A Bela e o Monstro", mas aqui achei completamente ridícula a abordagem que fizeram à figura da personagem principal e ao modo como se perde, por exemplo, a escutar as mensagens de rádio dentro do carro. Em todo o caso, a atmosfera no "outro mundo", bem como essaa faceta cénica nos "efeitos especiais" que mencionas, estão muito bons. Lá deu para ter gostado minimamente do filme..

[paupau]

Achei o Trou superior ao Grisbi, os detalhes são do mais meticuloso que já vi. Rififi ainda não vi.

[butterfly swimmer]

Bom filme de acção do John Woo, os filmes deste género de HK são mesmo qualquer coisa. Ainda tenho uma porrada de filmes para ver deste realizador, mas o meu favorito até agora é o Hard Boiled. 7/10



Muito bom filme do Takashi Miike que certamente irá estar no meu Top 15 de filmes dele quando acabar de os ver todos (ou pelo menos todos os que são possíveis de achar). Ao início até parecia um filme thriller normal em que um grupo de criminosos se barrica dentro de um hospital e torna reféns todos os que lá se encontram, mas à medida que o filme vai avançando vão sendo reveladas as razões do porquê de tal acto e o filme vai ficando cada vez mais interessante. A última meia hora é brilhante com a quantidade de reviravoltas que acontecem. 8/10

[marklaro]

Code 46

Um filme de Ficção Ciêntifica/Romance com Tim Robbins e Samantha Morton nos principais papeis.
Uma história simples passada num futuro não muito distante que nos conta uma história de amor e que retrata aspectos sobre genética, clonagem humana, liberdade de circulação.

[rui sousa]

Não sou grande seguidor de Darren Aronofsky. Também, antes de ter visto este «Requiem for a dream», dele só tinha visto o «Black swan» que achei interessante. Mas ao ver este filme, acho que fiquei com uma opinião completamente diferente do realizador. Gostei muito deste filme, aliás porque trata de temas que permanecem e continuarão a permanecer atuais por muito tempo: a droga e a ambição de algumas pessoas que têm como objectivo de vida aparecerem pelo menos cinco minutinhos na televisão, quer como emplastros, quer a dar uns bitaites a fingirem que são muito sabedores.
Seguimos várias histórias: a de Harry, a da sua namorada, a da sua Mãe e a do seu amigo, sendo ambos traficantes de droga. Têm um plano para conseguir levar o seu negócio avante, mas algo corre mal, e tudo vira do avesso. O mesmo irá acontecer com a Mãe de Harry, Sara, que tem como droga a televisão e se sente desejosa de entrar nesse mundo, fazendo tudo o que estiver ao seu alcance para concretizar o seu sonho.
Fiquei fascinado com este filme. É uma grande obra prima. Darren Aronofsky traz uma realização diferente, numa abordagem também inovadora a estes temas. É um filme que principalmente os jovens deveriam ver. Aconselho.

Nota: *****

[inverso]

Não sou grande seguidor de Darren Aronofsky. Também, antes de ter visto este «Requiem for a dream», dele só tinha visto o «Black swan» que achei interessante. Mas ao ver este filme, acho que fiquei com uma opinião completamente diferente do realizador. Gostei muito deste filme, aliás porque trata de temas que permanecem e continuarão a permanecer atuais por muito tempo: a droga e a ambição de algumas pessoas que têm como objectivo de vida aparecerem pelo menos cinco minutinhos na televisão, quer como emplastros, quer a dar uns bitaites a fingirem que são muito sabedores.
Seguimos várias histórias: a de Harry, a da sua namorada, a da sua Mãe e a do seu amigo, sendo ambos traficantes de droga. Têm um plano para conseguir levar o seu negócio avante, mas algo corre mal, e tudo vira do avesso. O mesmo irá acontecer com a Mãe de Harry, Sara, que tem como droga a televisão e se sente desejosa de entrar nesse mundo, fazendo tudo o que estiver ao seu alcance para concretizar o seu sonho.
Fiquei fascinado com este filme. É uma grande obra prima. Darren Aronofsky traz uma realização diferente, numa abordagem também inovadora a estes temas. É um filme que principalmente os jovens deveriam ver. Aconselho.

Nota: *****

Quanto ao filme, não é realizado pelo Oliver Stone nem protagonizado pela Angeline Jolie nem Denzel Washington mas o argumento é fenomenal, a realização não está má, o enredo está espetacular, o querer da velha em aparacer na tv (tipo reality shows) está fenomenal e atual, hoje em dia qq palhaço quer entrar num ou aparecer na tv (tipo emplastro sim senhor, eu tb incluido, claro, não sou hipócrita, lol), as drogas, o puto ficar sem o braço no fim do filme está ao "point", a gaja a f****, o sexo todo em si, descartável, como é hoje em dia nos jovens, os eletrochoques da velha por causa de querer emagrecer à pressa (peso pesado) e com pilulas e o carai... O filho sempre a querer vender a tv para ter dinheiro e a mãe sempre a ir "recomprar" a mesma tv, o vendedor já tem pena dela e diz porque não chama a policia, ela diz que o puto é o unico filho que tem, está bem! está um pouco underground e pesado, penoso para insensíveis como eu lol, mas o filme tem conteudo para além do que é visível e isso cativa (pelo menos a mim, já o disse muita vez, quando um filme deixa uma mensagem nas entrelinhas, é muito bom, daí "amar" o Denzel...)

O resto vejam vcs o filme e tirem as vossas conclusões....

Desculpem o meu português, e se falei muito do enredo...

Aceito criticas e correções

[p_alucinado]

Sem querer ofender aqueles que contribuem qualitativamente para este tópico - e ainda são alguns! - não foi à toa que cá deixei de postar há algum tempo...

Fazes mal, nem que fosse só como sugestão! Graças a muitos de vocês tenho visto filmes que desconhecia e de uma maneira geral, fiquei muito satisfeito e hoje tenho esses mesmos filmes na colecção.

A mim, mais do que sugestões de filmes, interessam-me opiniões fundamentadas sobre os mesmos. Na esmagadora maioria dos casos, o que vejo são resumos das histórias dos filmes em três linhas e uma crítica completamente básica nas duas seguintes. Desde que me disseram, neste mesmo tópico, que este não era o local ideal para debater filmes, que me deixei disso.

[Samwise]

Quanto ao texto do inverso, gostei da forma como iniciou a análise do filme: "Quanto ao filme, não é realizado pelo Oliver Stone nem protagonizado pela Angeline Jolie nem Denzel Washington mas o argumento é fenomenal, a realização não está má, o enredo está espetacular, "... (inverso, "não me estou a rir de ti, estou-me a rir contigo..." )