Qual foi o último filme que viram ?

[Samwise]

"Quotes" do imdb são exactamente aquilo de que menos precisamos para debater o que quer que seja, pela simples razão de que não servem para nada. A única conclusão que podemos retirar de tais citações (e pontuação média, et etc.) é a de que há gostos para tudo - mas parece-me até para esta ideia é uma redundância ir buscar o imdb - como se todos não soubéssemos já disso.

Elfaria, não tens de te sentir incomodado quando toda a gente parece ir contra aquilo que é o teu gosto (até porque, em relação ao Super 8, não foste o único por aqui a manifestar desagrado - basta leres para trás, inclusivamente no tópico do filme).

Agora, fazes é algumas afirmações no teu texto inicial que são: 1- baseadas em suposições apenas tuas, 2- infundadas, e 3 - a necessitarem de um desenvolvimento explicativo, que é para não desaguarem numa discussão sem nexo - como parece ser o caso. Penso que todos ganharíamos se te focasses mais na análise do filme, e na contraposição dos teus motivos "gostativos", do que em lançar algumas frases polémicas para o ar à laia de manifestos de frustração.

[Net_Holer]

Não é um mau filme, é porreirito. Claro que o facto de ter o nome do JJ Abrams e sobretudo do Spielberg é logo uma obra prima para alguns.
Vi no cinema e não acho que tenha sido dinheiro mal empregue. Representa bastante bem os filmes que tornaram conhecido o Spielberg e a época em que se passa.
Também gostei dos miúdos a actuar, e a explosão (quem viu o filme sabe qual é, para não entrar em spoiler) está brutal, se bem que um pouco exagerada, e merece ser visualizada e ouvida (efeitos de som bombásticos nessa cena) num bom sistema como o que uma sala de cinema oferece.

Obviamente que cada um tem os seus gostos e há quem goste mais e menos. Pessoalmente não me diz muito mas dei o tempo por bem gasto.

[butterfly swimmer]

O elfaria parece estar mais indignado do que nós próprios que o fomos ver ao cinema.

Pessoalmente não me disse assim muito e só o fui ver ao cinema porque calhou, mas até o consegui achar engraçadinho.. é certo que teve os seus momentos estúpidos e lame jokes o tempo todo, mas é um filme descontraído que até tem a sua piada depois de se entrar no espírito.. é um 6/10.

Claro que há gostos para tudo, mas a tua necessidade de teres tido que ir ao IMDb buscar as críticas negativas só prova a tua falta de argumentos para justificares o porquê de teres achado o filme assim tão mau.

[elfaria]

Esta será a minha última intervenção neste tópico sobre este assunto.
Limitei-me a falar do último filme que tinha visto com os termos que na altura achei mais adequados a expressarem a minha desilusão em relação às expectativas que tinha sobre este filme. Fui contrariado e aceito isso perfeitamente. Só achei que ou haveriam outras pessoas que pensassem como eu ou então algo de grave se estaria a passar comigo como cinéfilo com mais de 40 anos de plateias e foi então que por mero acaso me lembrei do IMDb só para tirar dúvidas se realmente o filme era mau ou eu estaria num mau dia qunado o vi. Não escolhi as críticas que citei como poderão verificar. Concluí que não há nada de errado com o meu (nosso) gosto cinematográfico e por mim este debate termina aqui. Agradeço a todos os que nele participaram por tudo o que tiveram a bondade de me ensinar e que eu aprendi com muito interesse. Voltarei em próxima orportunidade com outro filme que tenha visto caso ache que a minha opinião poderá interessar a outros cinéfilos que querem gastar bem o seu dinheiro. Boa noite a todos e obrigado.

[butterfly swimmer]

Estava à procura de filmes que se passassem em Shibamata (uma pequena cidade nos arredores de Tokyo que eu adorei) e encontrei este que é o primeiro numa série de 48 filmes! Bem, achei este primeiro filme fofo e cheio de personagens com que nos conseguimos importar, para além de ter um bom ritmo e mostrar muito de Shibamata por isso acabei por gostar. Além disso, o actor que fez de personagem principal actuou nestes filmes até morrer por isso tenho curiosidade em saber como é que a história se vai desenrolar nesta enorme quantidade de filmes.


(comecem a ver a partir do 1:30 para verem algumas bonitas paisagens de Shibamata)

Eles até têm uma estátua como homenagem à personagem principal (que eu não sabia quem era na altura):



E algumas fotos que eu tirei lá:

[rui sousa]

butterfly swimmer és um grande especialista nos filmes asiáticos! E este filme, como outros de que já falaste, mas este principalmente, chamou-me à atenção, muito pela personagem principal que me pareceu ter um lado meio «chaplinesco». Vou tentar ver se o arranjo e sim, pelo que vejo, Shibamata parece-me ser uma cidade muito bonita

[butterfly swimmer]

Bem eu estou muito longe de ser um especialista, apenas vejo é bem mais filmes asiáticos que americanos porque é um cinema que me preenche bem mais...

E sim, Shibamata foi um dos sítios que mais gostei de visitar em Tokyo e pelo que estive a ler é um dos locais turísticos menos visitados de lá Não admira que eu e o meu amigo não tivesse-mos visto mais NENHUM estrangeiro por lá e algumas pessoas olharem com um ar de surpresa para nós, então quando estávamos a andar de barco nós é que éramos a atracção principal e não a paisagem à nossa volta.

[rui sousa]

Bem eu estou muito longe de ser um especialista, apenas vejo é bem mais filmes asiáticos que americanos porque é um cinema que me preenche bem mais...

E sim, Shibamata foi um dos sítios que mais gostei de visitar em Tokyo e pelo que estive a ler é um dos locais turísticos menos visitados de lá Não admira que eu e o meu amigo não tivesse-mos visto mais NENHUM estrangeiro por lá e algumas pessoas olharem com um ar de surpresa para nós, então quando estávamos a andar de barco nós é que éramos a atracção principal e não a paisagem à nossa volta.

Que sorte, descobriram um local bonito e pouco conhecido. É raro isso acontecer

Ontem vi «Insomnia», a versão americana de Christopher Nolan do filme norueguês com o mesmo nome.



Neste filme temos Al Pacino, Robbie Williams e Hillary Swank. A história ronda à volta de dois assassínios: um a ser investigado e outro que ocorre durante a investigação e que é coberto pelo assassino. Além de termos também a realização de Christopher Nolan, que em certa medida enche mais a qualidade deste filme do que se fosse com outro realizador. Al Pacino chega com o seu partner ao Alasca, numa altura do ano em que nunca anoitece. Pacino não vai conseguir dormir, e a investigação e posteriormente a sua relação com o culpado ainda lhe vão dar uma dor de cabeça maior. Um grande thriller, que tende a ser pouco apreciado, mas eu gostei muito. Não vi o original (que, pelo que tenho lido, é superior a este remake), mas tenho curiosidade em ver e comparar com este. E recomendo para aqueles que gostam de um bom thriller.

Nota: ****1/2

[gladiator37]

Sim esse filme é muito bom e quase que não é nada conhecido, para quem não viu, veja porque não é tempo perdido. Consegue transmitir ao espectador um sentimento de ansiedade. Tem o grande Al Pacino. Não conheço o original mas se está superior deve estar soberbo.
Continuação de bons filmes.

[Gonçalo Vieira]

Já vi os 7 do Nolan e se é verdade que não dos melhores dele, tb não deixa de ser verdade que é um filme mt mt bom

[rui sousa]

Um grande espetáculo visual e cinematográfico. É assim que, em meia dúzia de palavras, se pode resumir «As aventuras de Tintin: O segredo do Licorne», capítulo primeiro de uma saga que, espero eu e muita gente, dure e muito! Pelo menos mais um capítulo, para concluir este.

Mas prosseguindo, gostaria de dar a minha opinião sobre Spielberg e Indiana Jones. Muitos dizem que este filme do Tintin assemelha-se a uma espécie de «Indiana Jones V». Nego essa ideia, acho que é exatamente o contrário. Todos os filmes do Indiana Jones são spin-offs do Tintin. Aliás, acho que o Tintin é bem melhor que o Indy (desculpai o que eu acabei de dizer, adoradores da famosa personagem de Harrison Ford!). Eu sou um grande fã da personagem belga, sou capaz de ter lido cada álbum umas setecentas vezes (sem exageros), e acho que o filme é extraordinário. É claro que as histórias foram adaptadas de uma forma diferente, e vários elementos dos álbuns «O caranguejo das tenazes de ouro» e «O segredo do Licorne» foram misturado (bem como uma cena de homenagem ao álbum «Explorando a Lua», que me parece que, até agora, apenas alguns notaram), mas o filme não perde nada por isso. Digo até que esta é a melhor adaptação cinematográfica da obra de Hergé. Mas se quiserem ver uma adaptação mais fiel aos livros, vejam a série animada dos anos 90. Senão, vejam esta versão Spielbergiana do Tintin, que contém uma série de pormenores que achei muito mas muito interessantes, como o facto de Hergé aparecer no início do filme (a pintar o próprio Tintin), e também o jornal que aparece no filme se chamar... «Le petit Vingtième».

Em suma, aconselho a que vejam a versão francesa. Se forem como eu e se tiverem habituado, desde novos, ao mundo do Tintin nessa língua, vale a pena ver a dobragem francesa. E gostava de salientar que se nota perfeitamente que quem fez aquele filme (todas as pessoas envolvidas, não só o Spielberg) tem um grande carinho e admiração ao mundo de Tintin, porque se assim não fosse, o filme não teria sido bom. Porque o argumento dá as voltas que dá, mas é muito dentro do espírito de aventura das obras de Hergé (que, a esta hora, deve estar contente de alegria, esteja onde estiver). Spielberg consegue fazer um extraordinário filme não precisando de fazer cenas mirabolantes e a caminhar mais para o desinteressante, como acontece em algumas das suas sagas como «Jaws» e «Jurassic Park», fazendo um filme que agrada a todos, admiradores ou não do Tintin. Por isso, com mil milhões de mil macacos, ide visionar esta fita!

Nota: ****1/2

[elfaria]

Estamos no outono e como as noites estão mais frias começa a apetecer ficar em casa e ver (ou rever) um bom filme. Enquanto aguardo "autorização" familiar para poder ir ver o Tintim do Spielberg vou pondo os meus visionamentos em dia. Desta vez resolvi satisfazer o meu vício de filmes de guerra, mas não são filmes de guerra comuns, são filmes sobre guerras esquecidas, neste caso a Argélia dos franceses em 1959 e escolhi um filme interessantíssimo: L'ennemi Intime (Inimigos Intimos) http://www.youtube.com/watch?v=LO26gkYljAE de Florent Emilio Siri. Desenganem-se aqueles que pensam que só os americanos sabem fazer um bom filme de guerra pois tenho visto coisas notáveis das mais variadas nacionalidades, turco : Nefes http://www.youtube.com/watch?v=E8lPq-iq7zU ou russo: 9 rota http://www.youtube.com/watch?v=6ZFHknaZHc0 . Este é francês e será o equivalente do americano Platoon.Uma experiência de guerra num cenário improvável , as belas montanhas do Atlas, contada com um rigor impressionante com um mágnifico som e uma bela fotografia em cinemascope infelizmente não passou no cicuito de salas e foi directamente para DVD sem contudo ter a merecida divulgação. A edição portuguesa é da Lusomundo de 2009 e não será fácil de encontar o que é uma pena.O filme conta a história de um tenente miliciano do exercito francês Terrien na Argélia ainda uma colónia francesa logo a seguir à indochina (La 317 Section) e o encontro com o sargento Dougnac um militar de carreira duro e cruel. Inspirado em factos reais diz a publicidade que os soldados desta guerra descobrem que não há pior inimigo que nós próprios. Tem a seu favor uma boa técnica e bons efeitos especiais e naipe de actores desconhecidos entre nós mas com desempenhos notáveis.Representa uma evolução sobre o R.A.S. de Yves Boisset de 1973 como é óbvio, este não disponível em DVD por ser um filme maldito disponível só no circuito pirata numa versão VHS Rip para quem tenha curiosidade. Seria bom que um dia se fizesse um filme assim sobre a guerra colonial portuguesa em África para exorcisar os fantasmas. Desaconselhável para quem achou Sacanas sem Lei uma maravilha.

[butterfly swimmer]

Muito bom, um dos melhores do Takashi Miike. 8/10

[rui sousa]

Às vezes fico incrédulo com as notas e comentários que certos criticos dão a certos e determinados filmes, dando por vezes uma pontuação a uns que não chegam a dar a outros, mesmo que estes sejam semelhantes ou melhores que os outros.

O caso em questão é o filme «Senna», que acabei de ver há cerca de uma hora, e da crítica que Roger Ebert (um crítico que muito admiro e do qual sigo frequentemente o seu trabalho) fez a essa fita. Na crítica, Ebert deu 2.5/4 ao filme, e diz que este filme cumpriria a sua premissa, se se tratasse de um daqueles documentários de televisão dos canais desportivos, não revelando nada de novo sobre a vida do grande corredor de formula 1, considerado por muitos (eu próprio inclusive) como o melhor de todos os tempos. Ao ler esta crítica, há cerca de umas duas semanas, fiquei espantado e algo desolado sobre como seria o filme. Mas hoje vi-o e, pelo menos eu e os meus Pais, ficámos muito satisfeitos com o filme.

Eu sou um apreciador de formula 1 e um fã do Senna, e gostei da forma como a vida dele foi abordada para o grande ecrã. O que contribuiu muito para isso foi, sem dúvida, o facto do realizador não ser brasileiro (o que poderia condicionar o filme), dando uma visão mais imparcial da carreira do corredor. Asif Kapadia, realizador do filme, consegue, através de testemunhos da família Senna, de comentadores desportivos e pessoas chegadas a Ayrton Senna, um grande documentário que merece ser visto, quer se seja um fã ou não de formula 1. E ao contrário do que o Roger Ebert diz, eu não acho que este filme se assemelhe a um documentário televisivo. É bem mais que isso. Aliás, porque tudo o que há de importante para dizer sobre o Senna é dito, nada fica esquecido. O filme aborda principalmente dois temas: a relação algo conflituosa de Ayrton Senna com Allan Prost, e também a fama que o corredor teve no Brasil, que perdura até hoje, após o terrível acidente fatal de 1994, que o elevou a estatuto de lenda internacional.

Uma grande fita, auxiliada por uma competente montagem e uma boa banda sonora, faz jus à personalidade que foi Ayrton Senna. Porque as grandes figuras merecem grandes filmes. Senna tem, agora, o seu.

Nota: ****1/2

[butterfly swimmer]

Provavelmente o primeiro grande filme da carreira deste realizador, muitos dos temas usados aqui seriam usados no futuro em dezenas de filmes seus. 8/10