Qual foi o último filme que viram ?

[jimmy]

Aliens do Cameron

O Aliens é uma sequela muito funcional. O Cameron foge do registo do primeiro filme , expandindo alguma da mitologia da personagem (nomeadamente o funcionamento do ciclo de reprodução , acabando por criar uma associação com a Ripley) e apresentado a acção num ambiente diferente , com múltiplos aliens (na verdade são só 6 ) Longe da imponência visual do Alien do Scott , este filme compensa com um ritmo e uma construção da acção que parece bater sempre certa e de forma precisa. Para isso recorre a personagens algo caricaturais , mas o contraste entre o ambiente bélico e o comportamento daquelas figuras com o espaço e os monstros é muito bom.

Vi a theatrical edition , e no caso do Aliens já não via este cut á algum tempo. Tem a vantagem de ser mais curto , a acção não demora tanto a ocorrer , o ritmo parece-me até mais equilibrado mas a história não foi escrita dessa forma. O Cameron defende sempre que quando tem de cortar num filme prefere cortar subplots em vez de ir cortando aqui e ali , mas isso acaba por afectar um dos arcos mais importantes da história , o lado maternal da Ripley e a consequência daquilo que foi o tempo passado até ser descoberta.

Não contêm também a cena na colónia antes dos ataques , e como resultado se calhar aumenta mistério sobre tudo o que se passou por lá (e surpreende o aparecimento da newt) mas é uma cena que eu gosto quando revejo o filme . E corta ainda a cena das sentry guns que também é muito boa e até revela um ponto importante sobre os bichos. Continuo a preferir claramente a Special Edition , mas a versão inicial tem os seus méritos.

[butterfly swimmer]

Um bom filme de aventura com uma boa animação e cenas de acção engraçadas, mas talvez teria gostado mais se tivesse visto as séries de anime e conhecesse as personagens.

7/10



Wow!! Que filmaço! Ainda estou a absorve-lo e tal, mas acho que já gosto mais deste do que do Stalker. 9/10

[CDT]

Diário de Rum - Kusturica + álcool = muito bom!

[Bladder]

Diário "a" Rum.

Alguém aqui bebe rum?

[butterfly swimmer]

Adorei este filme. Retrata muito bem a atmosfera dos últimos dias de escola, aqueles em que não sabemos bem o que estamos a fazer ou o que vamos fazer no futuro, mas que no final acabam por ser inesquecíveis.

As personagens são queridas, a história é boa, a soundtrack (do James Iha, ex-Smashing Pumpkins) é relaxante, mas o mais importante é que o filme tem a dose certa de sonho e realidade.

A história é acerca de 4 adolescentes que formam uma banda para poderem tocar umas músicas no festival de final de ano da escola... parece bem simples, mas isso é o que mais gosto do cinema japonês; filmes que parecem não dizer muito, mas que no final acabam por esconder algumas verdades sobre a vida.

9/10



Não é mau, mas é demasiado infantil para um adulto. De qualquer maneira tive que o ver porque faz parte da minha quest de filmes dos estúdios Ghibli. 5/10

[TrinityA]

Alguém aqui bebe rum?

Yep! Cuba libre!

[Samwise]

A Dangerous Method, de David Cronenberg. 8/10, com o 8 a tender para 9. Gostei muito do filme. Depois desenvolvo.

[butterfly swimmer]

The Crazy Family

Lolololol, estas sátiras às famílias disfuncionais japonesas matam-me, que filme tão maluco. O editing é soberbo e a soundtrack é boa. O filme lembrou-me bastante o Visitor Q que é um dos meus filmes favoritos por isso sim, adorei isto.

8/10



Muito bom. Um grupo de amigos pertencentes ao clube de sci-fi passa o Verão na escola (estando lá apenas por divertimento), acabam por estragar por acidente o comando do ar condicionado e ficam lixados por causa do calor que faz nesta altura no Japão.. mas no dia seguinte descobrem uma máquina do tempo na sala e decidem voltar ao dia anterior para poderem resgatar o comando e traze-lo para o presente.. no entanto, pouco tempo depois ficam a saber que ao alterarem o passado coisas graves podem acontecer no presente e tentam remendar os erros que criaram voltando novamente ao passado e tentando deixar as coisas como elas estavam antes. Parece uma ideia bem estúpida para um filme, mas acaba por resultar na perfeição e quem já esteve no Japão nesta altura do ano sabe muito bem o calor que lá faz nesta altura e o que as personagens tiveram que passar! É um filme absorvente pois ficamos interessados até ao final para saber como os acontecimentos se vão desenrolando e houve uma grande química entre os amigos o que era importante para o filme resultar, fartei-me de rir com isto. O cast também é bom e tem a Ueno Juri que para mim é um das melhores actrizes japonesas "jovens" da actualidade.

8/10



Aborrecido e demasiado infantil para os meus gostos.. a ideia nem foi muito má, mas eu simplesmente não gostei.

4/10


2ª visualização

Um dos meus filmes favoritos de anime. A animação e a soundtrack são excelentes e adoro o lado filosófico do filme: o que faz de nós humanos? Já vi as séries de anime, mas o filme está para mim a um nível bem superior.

9/10

[Bladder]

Avatar

<emoticon a vomitar>

[rui sousa]

«O concerto» é uma história bonita, humana, cómica e dramática sobre música, relações humanas e a sociedade russa da modernidade, contando com muitos momentos de crítica ao modo de vida de certos particularidades desse país. O filme centra-se na história de Andrei Filipov, um grande maestro do teatro Bolshoï que viu a sua carreira arruinada por não seguir, trinta anos antes, não seguiu as ordens do Partido e decidiu continuar a tocar com a sua orquestra com músicos judeus, considerados «Inimigos do Povo», o que fez com que Filipov fosse também considerado uma ameaça para o regime comunista de então. Nos nossos dias, Andrei é um empregado de limpezas do Bolshoï que, ao ler um fax que não lhe era dirigido, mas sim ao diretor do teatro, descobre que um teatro francês quer que a orquestra vá tocar a Paris. Filipov decide reunir os seus antigos amigos (que estão também a trabalhar em pequenos empregos, fora do circuito musical), numa jornada até a capital francesa que se torna num grande filme europeu, divertido e emocionante, e muito carregado de humanidade. Uma pérola.

Nota: * * * * 1/2



Um retrato negro e cru da vida num ghetto na América da década de 80, é como se pode resumir este filme, «Precious», sobre uma adolescente de 16 anos, vítima de maus tratos por parte da Mãe, e violada pelo Pai, que tenta fazer a sua caminhada ultrapassando alguns obstáculos pessoais que se lhe vão surgindo. Ver este filme foi uma grande surpresa. Não é dos tradicionais filmes melodramáticos todos bonitinhos de Hollywood, com uma Sandra Bullock ou uma Susan Sarandon a salvarem o dia e serem muito queridas e semelhantes a anjinhos muito santinhos (aliás, por mim, o Oscar não teria ido para a Bullock, mas sim para Gabourdey Sidibe, protagonista de «Precious»). É um filme realista, e por isso um filme extraordinário, com excelentes interpretações, argumento e realização. Dos poucos filmes dos Oscares de há dois anos que não são medianos. Este é extraordinário.

Nota: * * * * *



O ano de 1995 foi um grande ano. Não só porque nasceu o indivíduo que escreveu esta crítica, como também devido aos grandes filmes estiveram nomeados para os Oscares nesse ano (como «Os suspeitos do Costume» e «Pulp Fiction», se não estou em erro), e também porque foi o ano em que se deu o triunfo de Nelson Mandela, tema deste filme realizado por Clint Eastwood, de nome «Invictus». Mandela quis, a partir da equipa de rugby da África do Sul (os Springboks), dar credibilidade à sua mensagem e ao seu testemunho de vida, colaborando para que fosse possível a vitória do seu país no Mundial de rugby de 1995. Morgan Freeman está muito bem no papel de Nelson Mandela, assim como Matt Damon no papel de François, o capitão dos Springboks. Além de ser um filme sobre desporto, «Invictus» consegue ser também uma homenagem à vida de Mandela e à sua luta contra o apartheid, bem como um tributo à música sul-africana, graças à excelente banda sonora da fita, muito carregada com sons e estilos desse país. Em resumo, «Invictus» é uma fita muito boa, e está tudo dito.

Nota: * * * * 1/2

[DarkPhoenix]

2012


Com toda a certeza, o "filme" mais idiota da história do cinema.
Este faz as banhadas anteriores do Emmerich parecerem Shakespeare!

É bem mais interessante esta thread no IMDB do que o "filme" em si.

http://www.imdb.com/title/tt1190080/boa ... 559155?p=1

[Samwise]

Este faz as banhadas anteriores do Emmerich parecerem Shakespeare

Em compensação, a banhada actual do Emmerich parece mesmo Shakespeare.

[paupau]

Antes de mais, viva o Ghibli!

Depois de ficar a ressacar por bom cinema com a ressaca 2, tenho visto nos últimos tempos:

Salão da Música,S. Ray

Do Ray conhecia apenas a Trilogia Apu, pelo que tinha enormes expetativas para este filme, que confirmam este realizador como mais um a seguir e a tentar descobrir o máximo da sua obra. Este filme trata de um senhor feudal de uma região rural da Índia, cuja principal paixão da vida é dar concertos elaborados na sua preciosa sala de música, ao cargo dos melhores músicos do país ( na realidade também), cujos gastos irão provoca a sua ruína, pois vamos vendo em flashback toda a sua anterior opulência num primeiro concerto, a sua situação presente, e um último concerto onde irá empenhar o resto da sua fortuna, apenas como desafio face a um vizinho novo rico que também pretendia contratar essa artista. Adorei todo o ambiente de decadência , de ter um salão para concertos em casa, a ideia de amor à arte acima de tudo, os números musicais FABULOSOS, um filme maravilhoso de facto. Destaque para a magnífica imagem, nem queria acreditar no que via comparado com a edição em dvd que tenho da Trilogia Apu. Nos extras, aparecem clips da Trilogia com uma imagem que só me apetecia chorar - sim, os dvd's são mesmo maus. Upgrade obrigatório se sair este ano.


Carruagem Fantasma, V. Sjostrom

Basicamente, a história trata de um alcoólico que como é a última pessoa a morrer antes da meia noite do novo ano, fica condenado a conduzir a Carruagem Fantasma a recolher as almas dos mortos durante o ano seguinte. Filme seminal do género horror/terror, só mesmo comparável ao Nosferatu, ao Vampyr e ao Drácula, noto claramente a influência deste filme em muitos outros, desde logo o Nosferatu, com a sua carruagem em negativo, até à cena do machado do Shining (já coloquei há uns tempos), até muito do cinema do Bergman e muitos outros. O filme é extremamente avançado para a época, desde logo a nível visual, é mesmo único, bem como uma narrativa complexa em flasbacks - o David Holm nem sempre foi um borrachão que entra no quarto à machadada
Incrível como um filme com NOVENTA anos tem um visual infinitamente superior a todo o CGI que por aí anda, só a imagem de cima tem logo um impacto



Contos da Lua Vaga e Intendente Sansho, ambos do Mizoguchi.

Dois filmes magníficos, inteiramente merecedores do pedigree que têm. O Ugetsu é uma história de fantasmas (nada a ver com a noção ocidental, pensem no Kuroneko ou no Kwaidan), trata de dois casais durante um período de guerra civil, ambos os homens são oleiros, e a ganância de irem a uma terra vizinha venderem os seus produtos para concretizarem os seus sonhos vão acarretar consequências trágicas para os quatro. Tem um dos melhores planos que alguma vez vi, tive que puxar para tràs e ver em câmara lenta se era um único plano, acho que sim, coloco spoiler pois é um momento chave:

Vemos um dos homens a entrar numa casa completamente abandonada, atravesa-a a sai pelas traseiras. Acompanhamos o homem por uma série de janelas e quando entra novamente na casa, esta está reconstruída e com uma mulher no interior a cozinhar. Um autêntico truque de Magia.

o Sansho é um filme com umas das visões do mundo mais negras que me lembro de ver, pois uma família nobre ( estilo damyio líder de um clã), em que o seu líder desobedece a ordens superiores e é forçado ao exílio. Até aqui há muitos filmes japa semelhantes, basta lembrar Harakiri ou Samurai Rebellion, por exemplo. Quando a família vai ao encontro do marido, é traída por alguém, e mãe e filhos são separados, com a mãe a ir para para uma ilha isolada e os filhos são entregues ao tal Sansho.
Aqui começam as provações, pois os três vão para campos de escravos e o filme não foge às torturas sofridas pela família ( sem mostrar quase nada obviamente), em cenas de grande impacto emocional.

Quatro filmes magníficos.

[TrinityA]

Este faz as banhadas anteriores do Emmerich parecerem Shakespeare

Em compensação, a banhada actual do Emmerich parece mesmo Shakespeare.

Eheheheh! Se um dia houver uma antologia de diálogos dvdmania este tem que estar lá.

[Samwise]

Os blockbusters do Emmerich normalmente têm um sentido apocalíptico de destruição que me atrai ao cinema pelo eye-candy do espectáculo em grande plano - e é isso que eu espero de um filme dele (seja mau ou seja mau ) - mas isto de uma intriga enigmática à volta da identidade do Shakespeare, com o isco da "reposição da verdade histórica" ao virar da esquina, só me faz revirar os olhos. Na volta é o melhor filme dele e estou para aqui e criticar injustamente ( ), mas parece que entre obra e realizador há logo à partida um grande desajuste "ideológico". Diria que cada um dos lados retira "credibilidade" ao outro...

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Paupau, vi dois desses filmes (na iniciativa dos fotogramas). Do Sansho gostei imediatamente (é difícil não gostar, apesar da tragédia toda) e do Phantom Carriage penso que fui prejudicado pelo péssimo estado da cópia (uma manhosa que encontrei "por aí"), e que não me deixou gostar tanto do filme como penso que ele merece (pelo menos em termos de "narração cinéfila", que me parece brilhante). Já vi umas imagens do BluRay e fique maravilhado. É um filme que pretendo rever, mas apenas nessas condições. Entretanto vi os dois filmes do Bergman onde o Sjostrom aparece, o To Joy e o Wild Strawberries, e a vénia é total.