Qual foi o último filme que viram ?

[butterfly swimmer]

Se as tuas opiniões só a ti te dizem respeito, então o que é que estás aqui a fazer? Deste a tua, eu dei a minha. Sim fica lá com os teus filmes mainstreams que eu fico com os meus, foi exactamente isso que eu disse oh "jovem".

[PanterA]

Vê a parte onde o Obi-Wan diz à Padme que o Anakin matou as crianças, até me deu vontade de rir de tão má que foi. Fisicamente e a personagem em si é outra hstória, acho Obi-Wan fantástico.

Eu lembro-me perfeitamente de todos os segundos da saga. Não é por nada que já vi isto mais de 40x.
Quanto á cena em questão, sim é verdade que ele tem uma ou outra cena menos conseguida e outras um pouco "estúpidas" mas no geral foi um papel bastante conseguido. Já a do Anakin, foi péssima desde inicio ao fim.

Ok, mas é o único a ter visões? Bem, também é o único chosen one, por isso aceito.

O Luke também as teve no Episode V, por exemplo
Dá aqui uma vista de olhos: http://starwars.wikia.com/wiki/Force_vision

Na minha opinião que o Anakin vá para o Dark Side é completamente aceitável, já que mate sem hesitação inocentes, principalmente crianças já não. Essa transformação faria mais sentido depois da morte de Padme por exemplo.

Sinceramente não acho.
Desde o Episode I que vemos a sua transformação para o Dark Side a ser construída de pouco a pouco. Desde o se afastar da sua mãe para ir com o Qui-Gon Jinn (não era por nada que o Master Yoda sempre esteve contra o seu ensinamento); a morte da mãe e consequente mudança de espírito em relação a ela (morte) e tudo o que a rodeia (fisicamente como psicologicamente) e por fim, no Episode III, vemos esse clímax no Anakin ao matar tudo e todos só para conseguir aquele poder de salvar a Padmé, que como sabes, disse que ia fazer tudo e mais alguma coisa para a salvar porque não ia cair no mesmo erro de perder outro ente querido como aconteceu outrora.
A morte ou não dela, já quase foi um outsider ao vira-se para o Dark Side visto que ele já estava transformado há mais tempo. Digamos que aquilo foi apenas o click.

Continuo a achar que não há motivo suficiente para morrer deixando os filhos sem pais. Será que ela não pensou que o Anakin poderia ir ter com os filhos e crialos elke mesmo? Não seria repugnante para ela que tal acontecesse?

Penso que seja um não questão. Vejamos, ela e o Anakin eram como se fossem o Romeu e Julieta lá do sitio. Podemos presumir quase literalmente que um não podia viver sem o outro. Um daqueles amores que só resiste quando o par está vivo.

Se é correcto dar 2 filhos ao deus dará, só porque o amor da sua vida se foi? Vai depender sempre da pessoa e dos sentimentos de cada um.
Visto pelo ponto de vista dela, o amor pelo Anakin tinha tanto de forte como de cego que não conseguia resistir ao ver o Anakin daquela forma, tendo em conta tudo o que ele fez só para conseguir salvar o amor da sua vida. Daí ter-se deixado levar.
Mas no fim, ela diz que ainda acredita que o Anakin tenha uma réstia de boa vontade nele... Aliás, vai ser essa pequena réstia que vai trazer o tal equilíbrio à força que tanto se falou e o concretizar de uma profecia que estava certa, apesar de tudo.

Mas esta cena era mais para ver a ironia da coisa. Tanto poder alcançado, tanta coisa perdida, deixar o light side... e no fim aquilo tudo que ele já tinha atingido para poder salvar o amor da sua vida - que não podia perder por nada deste mundo - vai ser ele próprio o causador da morte dela. Pior ironia que esta, era impossivel. Ainda para mais o GL baseou-se muito nas antigas mitologias para fazer esta franchise. Há sempre que ver por esse ponto de vista, também

Não sabia de tal teoria, mas quantos aos objectivos de Anakin, nunca são explicitos, continuo a achar que faria mais sentido ele se revoltasse contra todos.

Desde que foi para o Dark Side, os seus objectivos e forma de agir eram como qualquer Sith.

[Anoni Mus]

Pois, eu estou um bocado de fora dos acontecimentos do 1º filme, só o vi no cinema quando saiu, estava na escola primária vê lá, pois o 2º e 3º tinha o DVD e revi algumas vezes. E só tendo em conta o 3º é muito difícil de engolir.

Vi agora o 4º e está muito melhor que achei da primeira vez. Adorei a experiência. As lutas é que estão más, Obi-wan vs Vader parecia Kendo com lightsabers. E apesar de ser melhor filme que o 3º, não tem tanta emoção.
Sempre quis ver a cena do "Hans Shot First", pois da primeira vez que vi o filme não conhecia a expressão :P Na versão que vi dispararam quase ao mesmo tempo.

[pedrofokia86]

Os anos 60 formaram uma década de viragem para Hollywood: a partir dali muitas mudanças teriam de ser feitas, e muitas inovações tomadas pelos estúdios, realizadores, etc, seriam observadas pelo público de uma maneira curiosa e atenta.
«Doze Indomáveis Patifes» aparenta seguir o modelo clássico do filme de guerra que os inovadores da época poderiam não apreciar. Mas, e contrariando as expetativas, torna-se num grande filme, de excelente entretenimento, eficaz e muito bem feito. O realizador do filme, Robert Aldrich, mostrou a Guerra de uma maneira verdadeiramente realista, sem pretender fazer propaganda ao exército ou glorificar o conflito (como muitos filmes da época tinham como objetivo). Destaco a apresentação ao filme, feita pelo recentemente falecido ator Ernest Borgnine, pertencente ao elenco do mesmo, e que refere esta visão do realizador como a causa deste não ter sido nomeado para o Oscar pelo seu trabalho.
«Doze Indomáveis Patifes» poderia não ter sobrevivido ao tempo se não fosse a conjugação de três "ingredientes": um estrondoso elenco, que interpreta muito bem as suas personagens (mas que, com especial atenção, tenho de valorizar mais as prestações de Lee Marvin e John Cassavetes, cujas personagens, confesso, foram para mim as mais marcantes e que me deixaram mais impressionado depois de ter acabado de ver o filme); uma realização à altura de Aldrich, que trouxe algumas inovações para a época, o que valeu a «Doze Indomáveis Patifes» Oscar para melhores efeitos sonoros; e por fim, a história que, apesar de seguir moldes já usados noutros filmes, consegue cativar e interessar por não ser previsível nem perder um pingo de credibilidade, e também porque os verdadeiros protagonistas não são duas ou três pessoas, mas sim um Major e Doze condenados que são escolhidos pelo Exército para serem encarregados de uma missão contra os Alemães Nazis, em plena Segunda Guerra Mundial.
Este é um filme de guerra que proporciona um tempo muito agradável e que irá, com certeza, fazer as delícias de qualquer apreciador de um bom filme, que felizmente, sobreviveu mais de quarenta anos para ser (merecidamente) visto e admirado.

Nota: * * * * 1/2

excelente filme do subgénero guys on a mission! já agora dá uma espreitadela no the inglorious bastards do enzo g. castellari... um filme guys on a mission bem porreiro!

[rui sousa]

Obrigado pela sugestão pedrofokia86!



Não tenho dúvidas em afirmar que as melhores comédias feitas mais especificamente para o público adolescente foram apresentadas aos seres humanos na década de 80. E digo isto porque, basicamente, há muitos filmes do género desses anos que sobreviveram até hoje e que as novas gerações continuam a admirar de uma forma muito intensa. Casos como, por exemplo, a trilogia «Regresso ao Futuro» e este filme que vi ontem, «O Rei dos Gazeteiros» exemplificam muito bem esta teoria. Afinal, são comédias com mais de vinte anos, mas que continuam mais universais, cativantes e inesquecíveis que muitos filmes dirigidos aos mais jovens que são feitos hoje em dia (que, geralmente, costumam dar que falar durante uma semana e depois, segundo uma outra teoria minha um pouco mais patética, vão para uma espécie de caixote do lixo de material-que-mesmo-que-tenha-sido-lançado-ninguém-se-recorda-da-existência-do-mesmo-devido-ao-facto-de-se-tratarem-de-filmes-obsoletos-e-sem-razão-para-serem-vistos. Ui, e como este caixote deve estar a abarrotar...).
«O Rei dos Gazeteiros» é uma boa comédia sobre as crises da adolescência e da tomada de consciência dos mais jovens para a sua liberdade e autonomia em relação aos seus Pais. Mas o que gostei preferencialmente neste filme é que o tema da adolescência não é tratado como uma coisa idiota e "morangos-com-açucarada". Não trata os adolescentes como palermas estúpidos, mas sim como pessoas que até têm preocupações para com a sua vida futura (bem, pelo menos alguns). E neste filme são-nos mostrados três jovens que, apesar das suas brincadeiras típicas da idade, são personagens com que nos conseguimos, em parte, identificar. E penso que, numa comédia deste tipo, conseguir criar um universo tão bem definido e tão atrativo para as audiências, é muito difícil de conseguir. E ainda mais difícil é de persistir no tempo e continuar atual, mas felizmente, «O Rei dos Gazeteiros» consegue essa proeza. Foi-me difícil não rir nem achar familiar muitas das proezas que Ferris Bueller arranja para conseguir concretizar o seu dia de folga da vida escolar, e que, juntando-se à namorada e ao melhor amigo (sofredor de graves problemas existenciais, digamos), conseguem tornar aquele dia de "baldanço" do liceu como um ponto marcante para as suas vidas.
Penso que «O Rei dos Gazeteiros» falha mais significativamente num aspeto: o ritmo não é bem controlado, sendo muitas vezes parado e disfuncional com a própria ação do filme. Mas aparte disso, gostei de o ver, e penso que merece ser revisitado. Esta pode não ser uma obra-prima da História do Cinema, mas tem uma carga psicológica para uma pessoa da minha idade (e, penso, para as restantes faixas etárias) muito maior do que possa aparentar.

Nota: * * * *

[Anoni Mus]

Acabei Star Wars. Curioso o que uma revisualização vários anos mais tarde faz. Tinha achado o IV o mais fraco e o VI o melhor, agora achei o oposto, o IV foi o meu favorito de longe.

Podem discordar de mim até porque Star Wars está muito bem cotado (a segunda melhor trilogia), mas acho que isto merecia um remake, do início ao fim. Talvez quando Peter Jackson acabar o Hobit :P Claro que não vai acontecer enquanto Lucas for vivo, não o estou a ver vender direitos de autor.
Merece remake não só porque os efeitos estão mais que ultrapassados como acho que era possível fazer bem melhor. Será difícil fazer um Han Solo melhor que o do Harrison Ford, mas de resto as personagens principais não são grande coisa, tirandos os droids que devido á falta de expressões faciais seria fácil fazer algo da mesma qualidade. Luke, Leia e principalmente o Chewie eram normais, para não dizer medíocres, o Chewie então mal o podia ouvir.
Ver tudo a explodir por tudo e por nada também era um bocado turn off.

E a maneira como o Luke ficou poderoso está muito mal explicada. Um dia de treino com Yoda e é capaz de derrotar o Vader! Até podem argumentar que o Vader não deu o seu máximo por ser o seu filho, mas não deixa de estar mal representada a evolução do Luke.

Era pegarem nisto e fazerem remake do 1 ao 6 com um realizador de jeito pois George Lucas não é lá grande coisa.

[pedrofokia86]

Acabei Star Wars. Curioso o que uma revisualização vários anos mais tarde faz. Tinha achado o IV o mais fraco e o VI o melhor, agora achei o oposto, o IV foi o meu favorito de longe.

Podem discordar de mim até porque Star Wars está muito bem cotado (a segunda melhor trilogia), mas acho que isto merecia um remake, do início ao fim. Talvez quando Peter Jackson acabar o Hobit :P Claro que não vai acontecer enquanto Lucas for vivo, não o estou a ver vender direitos de autor.
Merece remake não só porque os efeitos estão mais que ultrapassados como acho que era possível fazer bem melhor. Será difícil fazer um Han Solo melhor que o do Harrison Ford, mas de resto as personagens principais não são grande coisa, tirandos os droids que devido á falta de expressões faciais seria fácil fazer algo da mesma qualidade. Luke, Leia e principalmente o Chewie eram normais, para não dizer medíocres, o Chewie então mal o podia ouvir.
Ver tudo a explodir por tudo e por nada também era um bocado turn off.

E a maneira como o Luke ficou poderoso está muito mal explicada. Um dia de treino com Yoda e é capaz de derrotar o Vader! Até podem argumentar que o Vader não deu o seu máximo por ser o seu filho, mas não deixa de estar mal representada a evolução do Luke.

Era pegarem nisto e fazerem remake do 1 ao 6 com um realizador de jeito pois George Lucas não é lá grande coisa.

infelizmente não concordo nada com a tua opinião... por essa ordem de ideias todos os filmes de ficção científica anterirores a 2000 deviam ser "revistos" porque os efeitos especiais estão datados! o encanto desta trilogia reside no facto de ter sido realizada há 35 anos e ainda se manter muito atual. para mim era um sonho que a maioria dos filmes atuais tivessem o nível de efeitos especiais do star wars. infelizmente hoje em dia é só cgi... é uma pena...
a título de exemplo veja-se o que a prequel trilogy fez à original... destruia-a completamente!!! eu nunca mais vou ver um dos três primeiros episódios (i, ii e iii). desgraça total.
não sei se é a melhor trilogia de sempre mas que está entre as melhores é inegável.

[Samwise]

E a maneira como o Luke ficou poderoso está muito mal explicada. Um dia de treino com Yoda e é capaz de derrotar o Vader! Até podem argumentar que o Vader não deu o seu máximo por ser o seu filho, mas não deixa de estar mal representada a evolução do Luke.

Hmmm? De onde concluíste isto?

Um dia de treino? Derrotou o Vader?

Quantos filmes estás aqui a juntar e quanto espaço temporal estás a "comprimir"?

[PanterA]

Esse teu post tinha muito pano para mangas.
Mas apenas de referir que o George Lucas já quase não tem nada haver com a franchise Star Wars.

[PanterA]

Anoni Mus, já vistes os extras do Star Wars?
Por exemplo este em particular:

[Anoni Mus]

Acabei Star Wars. Curioso o que uma revisualização vários anos mais tarde faz. Tinha achado o IV o mais fraco e o VI o melhor, agora achei o oposto, o IV foi o meu favorito de longe.

Podem discordar de mim até porque Star Wars está muito bem cotado (a segunda melhor trilogia), mas acho que isto merecia um remake, do início ao fim. Talvez quando Peter Jackson acabar o Hobit :P Claro que não vai acontecer enquanto Lucas for vivo, não o estou a ver vender direitos de autor.
Merece remake não só porque os efeitos estão mais que ultrapassados como acho que era possível fazer bem melhor. Será difícil fazer um Han Solo melhor que o do Harrison Ford, mas de resto as personagens principais não são grande coisa, tirandos os droids que devido á falta de expressões faciais seria fácil fazer algo da mesma qualidade. Luke, Leia e principalmente o Chewie eram normais, para não dizer medíocres, o Chewie então mal o podia ouvir.
Ver tudo a explodir por tudo e por nada também era um bocado turn off.

E a maneira como o Luke ficou poderoso está muito mal explicada. Um dia de treino com Yoda e é capaz de derrotar o Vader! Até podem argumentar que o Vader não deu o seu máximo por ser o seu filho, mas não deixa de estar mal representada a evolução do Luke.

Era pegarem nisto e fazerem remake do 1 ao 6 com um realizador de jeito pois George Lucas não é lá grande coisa.

infelizmente não concordo nada com a tua opinião... por essa ordem de ideias todos os filmes de ficção científica anterirores a 2000 deviam ser "revistos" porque os efeitos especiais estão datados! o encanto desta trilogia reside no facto de ter sido realizada há 35 anos e ainda se manter muito atual. para mim era um sonho que a maioria dos filmes atuais tivessem o nível de efeitos especiais do star wars. infelizmente hoje em dia é só cgi... é uma pena...
a título de exemplo veja-se o que a prequel trilogy fez à original... destruia-a completamente!!! eu nunca mais vou ver um dos três primeiros episódios (i, ii e iii). desgraça total.
não sei se é a melhor trilogia de sempre mas que está entre as melhores é inegável.

Não é só porque está datado, eu acho que merece remake porque a saga tem potencial desperdiçado, por isso é que disse que muita gente deve discordar de mim devido à aclamação que a saga já tem, mas na minha opinião Star Wars podia ter sido muito melhor do que é.

E a maneira como o Luke ficou poderoso está muito mal explicada. Um dia de treino com Yoda e é capaz de derrotar o Vader! Até podem argumentar que o Vader não deu o seu máximo por ser o seu filho, mas não deixa de estar mal representada a evolução do Luke.

Hmmm? De onde concluíste isto?

Um dia de treino? Derrotou o Vader?

Quantos filmes estás aqui a juntar e quanto espaço temporal estás a "comprimir"?

Enquanto o Luke está a treinar eles mudam para a cena dos outros a serem presseguidos e chegarem à Cloud City como se fossem acontecimentos ao mesmo tempo, se tal é verdade o treino durou algumas horas, 1 dia no máximo.
A não ser que a viajem até Cloud City tenha durado meses, mas não me parece plausivel. Ainda assim meses de treino não devia ser suficiente para derrotar o Vader.

Anoni Mus, já vistes os extras do Star Wars?

Não, não vi quase nada extra aos filmes.

[Net_Holer]

Ted (2012)
http://www.imdb.com/title/tt1637725/


Humor típico do Family Guy, como se esperava. Acho que é o tipo de humor que assenta melhor em "desenhos animado", algumas cenas são bastante cómicas mas outras nem por isso. No geral cumpre e entretém q.b.
História um pouco cliché mas que aproveita pra gozar com outros tantos. O CGI do urso (Ted) está espectacular e tem a Mila Kunis (!).

Não é obrigatório ir ver ao cinema mas também não se perde nada em ir, sobretudo se estivermos à procura de um filme descontraído.

Nota: 6.5/10

[rui sousa]

«Ed Wood» aborda alguns dos passos da carreira cinematográfica de um dos mais desconcertantes, extravagantes e bizarros realizadores que Hollywood deu a conhecer ao mundo (ou aliás, neste caso foi o mundo que o conheceu a ele. Não tivesse sido o «Plan 9 from Outer Space» eleito o pior filme de todos os tempos e talvez a fama de Ed Wood não fosse tão grande hoje em dia). Tim Burton realiza este biopic que não santifica nem crucifica Edward D. Wood Jr. e o seu trabalho, pretendendo apenas dar ao espetador uma visão o mais aproximada possível do que foi a vida deste indivíduo, no período de tempo que envolve a produção da sua primeira longa-metragem, «Glen or Glenda», até à feitura do seu filme mais conhecido, «Plan 9 from Outer Space». No papel de Ed Wood temos o grande Johnny Depp que, num dos mais notáveis desempenhos do seu currículo, consegue tornar-se no próprio homem que está a interpretar, dando muita credibilidade ao filme e ao seu papel.
A vida de Ed Wood mostra-nos que o Cinema não é apenas feito de heróis, mentes brilhantes que influenciam e mudam a forma de se ver e fazer cinema, mas que também é feito dos anti-heróis, pessoas que, tal como Wood, são apenas conhecidos hoje em dia por filmes de qualidade muito duvidosa, mas que em certa medida até são um exemplo para as pessoas: apesar das ideias estranhas e bizarras que tinha sempre para os seus projetos, Ed Wood quis sempre levar tudo para a frente e não desistir. E independentemente do quão bom pode ser algo que queiramos fazer, acho que, se deixarmos as coisas para trás, nunca poderemos saber se conseguiriamos conquistar algo ou não. É como diz o ditado: Quem não arrisca, não petisca. E na minha opinião, esse foi o grande objetivo de Tim Burton e Johnny Depp com este filme, uma autêntica homenagem ao rei do cinema trash que continua a gerar muitos e muitos fãs.
Mas com Ed Wood, podemos também aprender duas outras lições, não menos importantes: Como não fazer cinema, mas também, como fazer cinema em altura de crise. É claro que alguém que queira fazer um bom filme não pode usar muitos dos métodos de Wood, que se revelava muito descuidado na realização das suas películas, mas por outro lado, com pouco dinheiro, Wood recorria muito à sua (estranha) criatividade, dando asas à imaginação para criar as mais diversas situações para os seus filmes tentando não ultrapassar os baixos limites de orçamento que planeara para a execução dos seus trabalhos (ainda que, mesmo assim, não conseguia, por vezes, angariar dinheiro suficiente para pagar o que devia). E isso, numa altura de crise como esta, é fundamental.
«Ed Wood» é um filme muito bem realizado, escrito e interpretado (ao contrário dos filmes de Ed Wood) sobre um homem que, apesar de todas as contradições, queria apenas fazer-se vingar e mostrar o que valia no Mundo do Cinema, através das suas duas grandes inspirações: o realizador Orson Welles (cuja obra-prima, «Citizen Kane», torna-se motivo de grande influência para Wood) e o ator Bela Lugosi (que Wood decidirá resgatar para os seus filmes quando conhece o seu ídolo e percebe o grande estado de miséria e decadência em que este se encontra), interpretado por Martin Landau, num grande desempenho que lhe valeu o Oscar para melhor ator secundário. Este filme revelou-se ser uma grande maravilha que tardei a conhecer, mas que me deu uma perceção mais humana desse mito que é Ed Wood, um homem que deixou a sua marca no Cinema (embora não fosse a mais positiva), e que vivia para conseguir chegar ao topo como os seus dois heróis, que o inspiraram para a carreira cinematográfica.

Nota: * * * * *

[Cabeças]

E é triste continuar a não haver edição nacional deste filme do Tim Burton!

[rui sousa]

É verdade... nem se percebe porquê :/