RoboCop (2014) - José Padilha

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siroco
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Re: RoboCop (2014) - José Padilha

Post by siroco »

THX
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Re: RoboCop (2014) - José Padilha

Post by THX »

Sinto-me como se estivesse no meio da ponte...

Por este trailer pareceu-me um "Judge Dredd meets Robocop", com o Gary, o Keaton e o Jackson a alimentar uma curiosidade que já foi menos interessante para mim.

Mas não é só de um elenco com alguns nomes sonantes que um filme depende do sucesso, e para este remake a fasquia já está muito alta para muitos fãs deste herói cyborg.

Acho que vai depender muito da carga sentimental/emocional que o filme transmitir, sem cair naqueles clichés lamechas desinteressantes.
Os meus 200 filmes inesquecíveis :
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Argaroth01
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Re: RoboCop (2014) - José Padilha

Post by Argaroth01 »

Este filme veio trazer ao de cima um paradoxo muito interessante para a forma como alguns fãs lidam com a ideia de remake: parece-me que muita gente descarta filmes desta natureza porque não passam de meras cópias desnecessárias mas depois negam o benefício da dúvida quando o conceito é usado de uma forma algo distinta do original. Afinal, interessa pegar num filme mais antigo, seja ou não considerado um clássico, e torná-lo em algo próprio ou tem que preencher uma lista de pré-requisitos que o tornem uma experiência próxima da que proporcionou o filme original ?
Samwise
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Re: RoboCop (2014) - José Padilha

Post by Samwise »

Preso por ter cão ("o remake é tão diferente do original!"), preso por não ter ("é igual ao original - para que foi feito?") :mrgreen:

Nunca percebi a aversão por remakes - mesmo entendendo a questão emocional subjacente a gostar-se muito de determinada obra (coisa a que não sou alheio).

É sempre uma oportunidade para poder contar com uma nova visão sobre o mesmo material - quiçá até uma obra que suplante a original. E, caso saia banhada, o original mantém-se sempre intocado.

Para os espectadores, não se perde em tentar um remake, e até de pode sair a ganhar.
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THX
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Re: RoboCop (2014) - José Padilha

Post by THX »

O pessoal pensa assim na maior parte das vezes apenas porque já passaram por muitas experiências que lhes trouxeram muita negatividade.

Este "RoboCop" vai ser uma reciclagem de mais uma história com os mesmos contornos do primeiro filme do Paul Verhoeven, mas adaptada a um novo público que possivelmente nem sequer viu o filme original, mas todos nós já sabemos de antemão que irão ser os fãs dos anos 80 os críticos mais acérrimos.

Em 10 remakes se conseguirmos gostar de 1 ou 2 já é muito bom, e isto porque o realizador que embarcar num projecto destes terá de ser inteligente o suficiente para descobrir o segredo de tornar uma história já conhecida apetecível de se ver, principalmente para todos os fãs da trilogia inicial, e fazer desaparecer esse cepticismo é uma tarefa quase impossível visto o Padilha já estar a "mexer" em algo sagrado para muita gente.
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Argaroth01
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Re: RoboCop (2014) - José Padilha

Post by Argaroth01 »

THX wrote:Este "RoboCop" vai ser uma reciclagem de mais uma história com os mesmos contornos do primeiro filme do Paul Verhoeven, mas adaptada a um novo público que possivelmente nem sequer viu o filme original, mas todos nós já sabemos de antemão que irão ser os fãs dos anos 80 os críticos mais acérrimos.
Se o que eu li está correcto, deram uma volta interessante ao personagem neste filme, invertendo o mote do original: nesse, o robot vai dando lugar ao humano enquanto neste acontece precisamente o contrário (o que até faz sentido já que o personagem neste remake parece manter a sua identidade humana e as suas memórias intactas).

A faixa etária de PG-13 parece-me ser um não assunto. O que fez do filme original um clássico não foi a hiperviolência mas a sátira ao reaganismo dos anos 80 e a sequela "Robocop 2" foi um perfeito exemplo de que não basta a violência para criar um clássico.

Não quer dizer que saia daqui necessariamente um bom filme (e consta que existiram interferências por parte do estúdio) mas ao menos a equipa criativa tentou explorar o conceito de outra forma ao invés de fazer um "greatest hits" do original. E espero que a banda-sonora não desiluda (aqui é que não me importava nada que o compositor tentasse recriar a banda-sonora icónica de Basil Poledouris).
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Re: RoboCop (2014) - José Padilha

Post by DigitalDesperado »

Atenção, este texto contém spoilers muito suaves.
Fui ontem ver este filme, e confirmaram-se os meus piores receios: é um verdadeiro desastre, irrelevante, mal escrito, completamente castrado pela opção hipócrita do PG-13, uma seca de duas horas, com um total de três cenas de acção banais (uma das quais é uma sessão de testes do Robocop, portanto sem qualquer emoção ou interesse) filmadas aos trambolhões para esconder a violência; repleta de discussões de filosofia for dummies; evacuada de todo o subtexto em filigrana do original, aqui substituído por conceitos enfiados pela garganta abaixo do espectador com toda a subtileza de um bulldozer; um final completamente anti-climático onde o todo o suspense se prende com uma votação do senado americano(!!!); multiplicação de personagens e subplots redundantes (a mulher e filho de Murphy, a sucessão de burocratas da corporação); vilões genéricos e sem qualquer carisma; ausência de fio condutor num argumento à deriva que leva duas horas para contar um terço da história do original (o processo de criação do Robocop, que ocupava 10 ou 15 minutos no original, e era narrado de forma muito mais incisiva, aqui leva mais de metade do filme atrás, sem nada acrescentar de relevante); o novo design anónimo que retira toda a iconização ao original e substitui-a por um misto de Batman com Iron Man dos pobres e, sobretudo, os intermináveis e insuportáveis segmentos do comentador Novak (Samuel Jackson) perfeitamente inúteis.
O elenco nada consegue salvar, sendo que Peter Weller enterra completamente Joel Kinnaman no papel principal, e os restantes actores, com a excepção de Keaton e Oldman, nem registam.
Este filme por si só é fraco, mas como remake, é ainda muito pior. Até diria que prefiro mil vezes o Robocop 2.
Poderia continuar, mas nem me apetece falar mais deste lixo. Deixo aqui um link para uma excelente crítica que exprime na perfeição a minha opinião do filme:
http://www.themovieboy.com/reviews/r/14_robocop.htm
O unico conselho que vos posso dar é que poupem o dinheiro do bilhete, ou usem-no para o bluray remasterizado do original disponível a um preço simbólico na Amazon:
http://www.amazon.com/RoboCop-Blu-ray-P ... ds=robocop
Segundo o blu-ray.com, é region free com legendas em português (não sei se é BR ou PT, mas para mim não faz diferença).
THX
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Re: RoboCop (2014) - José Padilha

Post by THX »

Nunca percebi a aversão por remakes - mesmo entendendo a questão emocional subjacente a gostar-se muito de determinada obra (coisa a que não sou alheio).
Já tens aí a primeira resposta...
Os meus 200 filmes inesquecíveis :
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Re: RoboCop (2014) - José Padilha

Post by DigitalDesperado »

THX wrote:
Nunca percebi a aversão por remakes - mesmo entendendo a questão emocional subjacente a gostar-se muito de determinada obra (coisa a que não sou alheio).
Já tens aí a primeira resposta...
Devo esclarecer que não tenho qualquer aversão por remakes ou reboots(que, a meu ver, são quase a mesma coisa na prática), desde que sejam bem idealizados e concebidos. Acho que muitas vezes a motivação por detrás é tão meramente comercial que a vertente artística deixa de existir, e em excesso, estes filmes "roubam" o espaço de histórias originais que também fazem falta aos espectadores.
Dito isto, tento sempre ver este tipo de filmes sem ideias pré-concebidas, e sem expectativas, nem deixo qualquer questão emocional obnubilar-me o raciocínio. Alguns dos meus filmes favoritos são remakes, como o "Dawn of the Dead" do Zack Snyder, por exemplo.

Neste caso, a minha opinião não se prende com aversão por remakes, ou questões emocionais, mas sim com o facto do filme ser uma m$&%a, quer apreciado de forma isolada, quer em comparação com o original, e isso é dito no meu post. Mas lá está, é a minha opinião. Cada um deverá formar a sua, e ver o filme se assim o entender. Não defendo boicotes, porque não gosto de censura nem de que me digam o que fazer, o que ver ou ouvir. O conselho que eu dou no fim do post é só isso: um conselho baseado na minha opinião, mas é mais simbólico do que outra coisa qualquer, e nasce do desejo de evitar que outros sintam a mesma sensação que eu senti ao sair da sala.

Outro conselho que eu posso dar e que nada tem a ver com a qualidade do filme em si: Se o quiserem ver, evitem o IMAX, pois, tecnicamente, a cópia exibida não compensa minimamente a diferença para uma cópia digital numa sala normal, e nem sequer é 3D ( embora isso valha o que vale), pelo que se virem o filme numa sala normal digital, vão ter a mesma qualidade de imagem por metade do preço, e garanto-vos, por experiência própria, que este é um filme que vão querer ver da forma mais barata possível.
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Re: RoboCop (2014) - José Padilha

Post by rui sousa »

A questão dos remakes não pode ser vista de uma maneira única e objetiva. Depende muito do filme em questão, da história que vai ser renovada, dos atores, etc. Muitos falam do remake do Scarface, do remake do Robocop... mas poucos falam, por exemplo, do remake do Maltese Falcon. E não estou a falar de uma nova versão do filme com o Humphrey Bogart... esse remake é o filme com o Bogart, feito dez anos depois do original! :mrgreen: Quem se lembra do de 1931? Ninguém. E podem dizer que eram outros tempos e que havia mais criatividade nos estúdios, o que é verdade. Mas... não deixa de ser um remake! :-D
Samwise
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Re: RoboCop (2014) - José Padilha

Post by Samwise »

THX wrote:
Nunca percebi a aversão por remakes - mesmo entendendo a questão emocional subjacente a gostar-se muito de determinada obra (coisa a que não sou alheio).
Já tens aí a primeira resposta...
Outra vez de forma objectiva, para entenderes tudo como deve ser e não tirares conclusões precipitadas: lê com atenção aquilo que escrevo até ao fim.

Citações selectivas, fora de contexto, não te levam a lado nenhum.
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Re: RoboCop (2014) - José Padilha

Post by THX »

E, caso saia banhada, o original mantém-se sempre intocado.


...mas também insultado, envergonhado, ofendido. (Era esta a parte que querias ver? :| )

Isto tem a ver com aquilo que eu tenho defendido :
Faz-se a obra...fica boa...não toca mais.

Já por si, é mau ver um filme (diferente!?) 2 vezes...
É como ver um jogo de futebol sabendo desde logo o resultado final.
Acho que muitas vezes a motivação por detrás é tão meramente comercial que a vertente artística deixa de existir, e em excesso, estes filmes "roubam" o espaço de histórias originais que também fazem falta aos espectadores.
Ora aqui é que reside uma grande verdade, e neste ponto penso exactamente como tu.
Por vezes parece mesmo que fazem filmes repetidos para vender brinquedos e pouco mais.

"Remakes" podem significar duas coisas :
1º - Uma renovação/nova visão de um filme já feito antes (que raramente resulta).
2º - Uma completa falta de imaginação para criar um filme de raiz.

E esta última traduz-se exactamente naquilo que o Digital aponta, que é o facto de se perderem oportunidades para se fazer algo de novo, existe um claro desperdício de tempo, dinheiro, e o pior de de tudo, perde-se sempre espaço para algumas histórias originais serem colocadas na tela.



E quando disse que estava no "meio da ponte" relativamente ao filme foi por ter um motivo de desconfiança, mas espero ver um dia este "Robocop" sem sentir vontade de saltar dessa mesma ponte.
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Re: RoboCop (2014) - José Padilha

Post by benfikix »

o filme não é mau, vê-se bem. deviam de ter chamado a isto Re-boot ao inves de remake. na minha opinião esta interessante e espero que as pessoas dêm uma oportunidade ao filme indo ver o mesmo no cinema.

gostava de ver uma segunda parte desta nova versão onde eles podem centrar-se mais na vertente de acção.

mas tudo depende do publico.... septico e não septico
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Re: RoboCop (2014) - José Padilha

Post by Samwise »

No Expresso: O filme que adivinhou 2014
Anda por aí uma readaptação mixuruca. Convém, portanto, relembrar o pormenor: só há um Robocop, o de 1987. Não leve o seu filho ao cinema, vá ao sótão ressuscitar a cassete de VHS porque o clássico de 1987 é de Paul Verhoeven, um dos bons autores que Hollywood acolheu nas últimas décadas. Sim, autor. Eu sei que deve haver três ou quatro camiões de intelectuais bisonhos e bizantinos a defender que Verhoeven é um mero tarefeiro comercial, um fazedor de filmes de pancadaria à Hollywood, que está apenas um degrau acima de Chuck Norris ou Van Damme. Perdoai-lhes, Senhor. Verhoeven é, ou foi, um autor dentro da indústria, estilhaçando-a e recriando-a a partir do interior. O melhor sítio para trabalhar.

Robocop (1987) é uma distopia estupenda situada numa Detroit sem tempo histórico preciso. Esta Detroit é uma Camelot virada do avesso, negra, anárquica, sem lei nem ordem e marcada por um avanço tecnológico que põe em causa o lugar dos homens na sociedade. Aliás, o avanço científico põe em causa o próprio conceito de humano. Nós sentimos sempre que estamos num lugar estranho, novo, ainda com marcas da moral humana mas a caminho de qualquer coisa diferente, a caminho de uma amoralidade pós-humana. Esta sensação de estranheza é reforçada pelo humor subversivo de Verhoeven, visível no telejornal e nos anúncios de publicidade que marcam o andamento do filme como separadores entre capítulos. A realidade (ficcionada) daquelas pubs e daquele telejornal reforçam a distopia, porque os pivots apresentam as tragédias políticas e sociais com um sorriso nos lábios, como se a realidade fosse apenas pretexto para entretenimento televisivo , como se a realidade tivesse somente funcionalidades estéticas sem qualquer espessura moral. Hoje em dia, Jon Stewart passa a vida a criticar os telejornais que, por exemplo, misturam guerras e desporto com a leveza leviana dos pivots ficcionados de Verhoeven.

O lado visionário de Verhoeven não se fica por aqui. Nos nossos dias, fala-se de forma séria na nanotecnologia e nas infinitas possibilidades e dilemas colocados pela tecnologia cyborg: podemos melhorar as capacidades humanas através de chips mentais e braços mecânicos? Se fizermos isso, deixaremos de ser humanos e passaremos a ser anexos de máquinas? Estamos a caminho do pós-humano? Em 1987, Verhoeven antecipou este debate filosófico. Um polícia à beira da morte é transformado por cientistas no agente da lei do futuro, um cyborg que varre o crime, um cyborg que coloca o polícia humano no baú da história. Mas qual foi a resposta de Verhoeven aos dilemas colocados pela ciência pós-humana? Bom, a conclusão verhoeveniana tem um encanto conservador: a máquina nunca poderá apagar a alma humana; o Progresso tem limites; a natureza humana é eterna e não pode ser alterada pela razão científica; mesmo depois de ter sido remexido três mil vezes, aquele homem continua a ser o Alex J. Murphy. As máquinas e os computadores tentaram apagar a memória do agente Murphy para que o seu corpo e neurónios funcionassem como meros suportes biológicos dos braços de titânio e do novo supercérebro. O projecto falha, porque a memória humana de Verhoeven é como a vida de Spielberg: encontra sempre um caminho.
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Re: RoboCop (2014) - José Padilha

Post by Argaroth01 »

Por muito que eu seja um grande fã do Verhoeven, e não querendo tirar mérito ao facto de que um óptimo argumento pode resultar num belo cagalhão se não tiver um realizador à altura (o vice-versa também ocorre) cansa-me de sobremaneira que lhe dêem quase sempre a ele unicamente, o crédito pelo filme quando uma grande fatia daquilo que faz do filme uma obra-prima, saiu da cabeça dos dois argumentistas, Ed Neumeier e Michael Miner. Já para não falar na mulher de Verhoeven que tirou o argumento do lixo e obrigou o marido a dar-lhe uma segunda oportunidade.

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