Quais os vossos cinco filmes preferidos?

[picaroto84]

Sem nenhuma ordem em especial pois adoro a todos

A lista de Schindler
O resgate do soldado Ryan
Cinema Paraíso
A vida é bela
Tempos Modernos

Podiam estar neste top também
O império do sol
os Indianas Jones todos
os Senhor dos aneis todos
Forrest Gump
À procura de Nemo
O ilusionista
O véu pintado
Mar adentro

[nimzabo]

http://www.criterion.com/explore/top10

[Cabeças]

1) Blade Runner!



2) Once Upon a Time in America



3) Der Himmel über Berlin



4) The Deer Hunter



5) Mulholand Drive

[Samwise]

O primeiro posto tem lugar cativo e não se altera desde que vi o filme, há uns vinte e cinco anos atrás. Nos outros, a ordem é indiferente...

Once Upon a Time in America


The Deer Hunter


Fanny & Alexander


Fellini 8½


The Last Picture Show

[Ludovico]

Eu estive a rever a minha lista e houve uma pequenas alterações no top 10 dado ter revisto "Vertigo" e apesar de ter achado uma obra prima não é a nota máxima que foi quando vi pela primeira vez. Por isso subestituí por "Intriga internacional" e há outra alteração que irei corrigir.
Não são grandes alterações mas são ligeiras vou alterá-las e daqui a algum tempo venho anuncia-las.

[Ludovico]

Cá vão os meus filmes de cabeceira, desta vez atualizados com fotos respetivas.
Pediram 5 cá vão eles.
São 5, os 2 primeiros estão por ordem os outros não.
Amadeus de Milos Forman


A Côr Púrpura de Steven Spielberg


Opinião Pública de Charles Chaplin


Relatório Minoritário de Steven Spielberg


Match- Point de Woody Allen

[Samwise]

Isto com imagens dá logo outra aura ao tópico...

Agora só faltam os comentários - o que por sua vez me leva a pensar que pouco ou nada escrevi, para trás, sobre os títulos que escolhi. Olhando para os cinco, há uma coisa que marca forte presença (temática) em todos: a nostalgia, o sentimento de perda, e a saudade por tempos que já não voltam.

[No Angel]

1) Mulholland Drive


2) Gone With The Wind


3) Alien


4) The Silence Of The Lambs


5) A Streetcar Named Desire


Os dois primeiros lugares sao fixos ha ja algum tempo, os outros nao tem propriamente uma sequencia... na verdade sao todos obras primas

[PanterA]

Eu tenho um Top 5 dos filmes que quase sempre revejo todos os anos, agora fazer um Top 5 do género que pedem, muito, mas muito difícil. Já para fazer um Top 100 foi o que foi, quando mais agora só poder escolher... 5.

[nimzabo]

O melhor é fazer uma listagem como eu faço, sem numero limite.
Os que eu gosto mais vão para o 'saco'.

[No Angel]

O melhor é fazer uma listagem como eu faço, sem numero limite.
Os que eu gosto mais vão para o 'saco'.

Oh, mas escolher 20 ou 30 e facil, escolher 5 e que e um desafio

[Helldr]

Eu acho que o exercício para facilitar a escolha dos cinco filmes pode ser o seguinte: imaginem a vossa casa a arder e só poderem trazer cinco filmes, quais é que salvavam sem pensar muito?

[Cabeças]

Eu acho que o exercício para facilitar a escolha dos cinco filmes pode ser o seguinte: imaginem a vossa casa a arder e só poderem trazer cinco filmes, quais é que salvavam sem pensar muito?

Os que conseguisse apanhar enquanto corria como se hão houvesse amanhã!...

[Rui Santos]

Eu acho que o exercício para facilitar a escolha dos cinco filmes pode ser o seguinte: imaginem a vossa casa a arder e só poderem trazer cinco filmes, quais é que salvavam sem pensar muito?

Provavelmente isso iria mexer com questões de organização. Iria procurar um dos filmes e os outros teriam de estar na vizinhança do mesmo ;)

Mas fazendo um exercício...

Morrer em Las Vegas
América proíbida
Blade Runner
Insustentável leveza do ser
Laranja Mecânica (Kubrick tinha de ir comigo)

Fico à espera do Samwise para me explicar o meu padrão ;)

[Samwise]

Scratch... scratch... scratch...

Assim de repente, diria que tem qualquer coisa a ver com extrema fragilidade das decisões individuais humanas - no contexto da orientação do sentido da existência - face à roda trituradora da sorte imposta pelo destino. Colocado de outra forma, tem a ver com a nossa ilusão de controlo sobre os factores que orientam as nossas vidas. Em todos os filmes os protagonistas vêem-se mais cedo ou mais tarde confrontados com imposições exteriores que destroem por completo tudo aquilo em que acreditavam antes - ou pelo menos com alterações estruturais (mais do conjunturais) que os levam a ter de abdicar da vida tal como a imaginavam até então. Mesmo nos casos em que há uma adaptação voluntária, digamos assim, à nova realidade, o destino acaba sempre por ter uma última palavra "amarga".

Achei interessante mencionares A Insustentável leveza do ser, por duas razões: é um filme que raramente ou nunca vejo indicado nas listas de favoritos (também gostei bastante dele, embora do Kaufman continue a achar o The Right Stuff - Os Eleitos a melhor coisa que pôs cá fora), e porque há muito pouco tempo pus-me a folhear uma edição do livro e fiquei hipnoticamente retido neste trecho:

Ficou tão perturbado que se sentou à beira da cama. Tereza dormia com uma respiração muito funda ao seu lado. Dizia para si próprio que a rapariga do sonho não era parecida com nenhuma das mulheres que encontrara na sua vida. Aquela rapariga que lhe parecera tão familiar era, de facto, uma desconhecida. Mas era ela que sempre desejara. Se um dia encontrasse o seu paraíso pessoal, se é que tal coisa existe, era com essa rapariga que lá havia de viver. A rapariga do sonho era o «es muss sein!» do seu amor.

Lembrou-se do célebre mito do Banquete de Platão: dantes, em tempos mais recuados, os humanos eram hermafroditas e Deus separou-os em duas metades, que, desde então, erram pelo mundo à procura uma da outra. Amar é desejar essa parte perdida de nós próprios.

Admitamos que assim seja: que cada um de nós tenha algures no mundo um par com o qual constituía em tempos um único corpo. A outra metade de Tomas é a rapariga com quem ele sonhou. Mas nunca ninguém há-de encontrar a outra metade de si próprio. Em vez dela, mandam-lhe uma Tereza dentro de uma cesta ao sabor da águas. Mas o que acontecerá depois, se realmente encontrar a mulher que lhe estava destinada, a outra metade de si próprio? Qual é que deve preferir? A mulher que encontrou numa cesta ou a mulher do mito de Platão?