Exodus (2014) - Ridley Scott

[THX]

Eu vou ver na mesma, mas já tenho aqui a nota do meu palpite ao lado para lhe espetar em cima.
Gostava de estar enganado...

[PanterA]

Ir já com uma nota previamente escolhida, é meio caminho andado para não gostar mesmo dele.

[waltsouza]

Ir já com uma nova previamente escolhida, é meio caminho andado para não gostar mesmo dele.

Também me parece que sim. Aliás, pensamento negativo gera onda negativa.
O melhor mesmo é ir ao cinema sem ter a pulga atrás da orelha, ou então o caso é de simples resolução, não se mete lá os pés e evita-se de ver o filme.

[PanterA]

Ao cinema não o vou ver, mas em casa certamente que vai ser uma obrigação.

[THX]

Este filme é um épico e por isso eu faço questão de ir ver este filme ao cinema, vou é fazer o contrário do que faço muitas vezes, ou seja, vou com as expectativas muito lá por baixo...mesmo no máx. "bottom".

Adoraria vir cá depois dizer que estava redondamente enganado.

[waltsouza]

A reação da critica a este filme vai de encontro áquilo que de pior já se estaria à espera por entre alguns users aqui dentro.

http://www.rottentomatoes.com/m/exodus_gods_and_kings/

Não sei se o material em questão daria para muito mais mas o que eu sei é não é com este filme que Ridley Scott vai poder acrescentar algo ao seu curriculum. A dúvida é se isto nas mãos de outro realizador com nome no meio (Nolan, Fincher, Spielberg), imaginando que eles aceitariam o desafio, se o resultado final (até em termos de critica) teria sido diferente.

[THX]

Cada vez mais tenho o cuidado de selecionar os filmes que quero ir ver ao cinema, e nos tempos que correm procuro sempre aquelas fitas sensacionalistas que promovam um verdadeiro espectáculo , tanto visual como sonoro. Filmes como “2001”, “Lawrence of Arabia”, “Interstellar” ou “Fury” tornaram-se muito boas experiências nesse sentido, e até “Nightcrawler” serviu bem nesse aspecto.
Outros que me farão comprar bilhete para esse propósito irão ser (sem sombra de qualquer dúvida) “Jupiter Ascending”, “Mad Max IV” e “Star Wars VII”.

Sei que posso ver um “Gone Girl”, um “Maps to the Stars” ou um “Mr. Turner” no conforto do meu sofá, com uma qualidade de som e imagem também muito bons, mas também sei, por outro lado, que não são filmes “espectáculo” que me levem a gastar €5,00 para eu sentir aquela típica excitação e vibração que só uma boa sala de cinema consegue oferecer.

Foi exactamente por essa razão que fiz questão de ir ver “Exodus” a uma sala de cinema, e se me perguntarem se valeu a pena a deslocação/ tempo/dinheiro para ter visto este ultimo filme do Scott na tela grande eu digo que sim - vale mesmo a pena.
Digo isto não só por ser um épico mas acima de tudo por todo o filme ter uma fotografia muito boa e excelentes FX/CGI :

As pragas por ex. estão todas muito bem retratadas, do melhor que já vi, mas ainda assim continuo a gostar mais da névoa assassina que mata todos os primogénitos egipcíos que se vê no filme “The Ten Commandments” de 1956 ao manto negro da morte que se pode ver neste remake.

Na balança da apreciação esse será o lado forte deste “Exodus”…mas a balança fica completamente desequilibrada em quase todos os outros pontos, começando por alguns erros de casting (sendo o de John Turturro o pior deles todos), personagens com muito pouca emoção e profundidade para cativarem o interesse do espectador, ritmo por vezes muito lento e incerto num filme que pedia fluidez de acção, OST fraca e mais um ou outro aspecto que não gostei mesmo nada de ver num filme “plástico” made in Hollywood :

Deus é personificado por uma criança raivosa e vingativa que não consegue criar a mínima empatia necessária para o levarmos a sério. Com tanta criança talentosa foram desencantar um puto com cara de reguila e com muito “bad acting”. Parece mesmo que aqui o realizador fez um favor a alguém ou que se fez um “casting” á pressão.

Já no fim quando o mar vermelho se está a juntar novamente tanto Moisés como Ramsés levam com uma onda gigantesca em cima…e sobrevivem os dois. Todos os outros da cavalaria egipcia morrem, homens e cavalos, mas eles os dois nem inconscientes ficam .
Devem ter ouvido umas dicas do Garrett McNamara…

Tanto Chrisitan Bale (Moisés) como Joel Edgerton (Ramsés) carregam praticamente todo filme ás costas, mas nem o talento destes dois actores se comparam ao carisma de um Charlton Heston ou de um Yul Brynner, este último que tão bem encarnou a pele do Rei egipcío nos “10 Mandamentos”.

Claro que também somos brindados com algumas cenas mais tocantes, mas essas contam-se pelos dedos de uma mão o que não chega para elevar mais um filme que se ficou pela banalidade do momento devido á notável falta de inspiração de um realizador que cada vez mais parece trabalhar em piloto automático.

Fala-se numa “extended cut” de 4h00 em BRD mas para mim isso não passa de mais uma forma de alguém ganhar mais algum dinheiro fácil pois não acho que será 1h30m a mais de filme que irá tapar todas as lacunas da versão original.

Conclusão, pelo trailer já se adivinhava algo fraco, medíocre e dou a este “Exodus” a tal nota que já tinha aqui guardada :

6.5/10

[Thanatos]

A mim o que mais me tirou do show foram os constantes anacronismos e tiques linguísticos. Eu percebo que para a larga maioria de espectadores norte americanos ouvir termos menos de uso corrente possa baralhá-los mas o facto é que um faraó a falar como se estivesse no Bronx... epá...

E sim, o puto era irritante qb.

[JoséMiguel]

Hmmm....

Os realizadores de cinema são seres humanos, e com a velhice vem a sabedoria, mas também vem a teimosia e senilidade e desaparece a energia e criatividade da juventude. Cada caso é um caso.

Eu obviamente não irei ver este filme de animação infanto-juvenil, cujo próprio conceito cinematográfico fere e ofende os meus gostos meramente pessoais em cinema. O Ridley Scott já está na minha lista negra pelo "Prometheus".

Para referência gostaria de (voltar a) mostar um excerto com legendas portuguesas escritas por mim, do único filme sério de faraós que conheço que foi filmado no Egipto e com consultadoria de historiadores egípcios. Já sei que a maior parte do mundo achará o filme aborrecido e intelectual, mas ao menos é um esforço sério, com destaque para a frase inteligente do sacerdote "Um burro nunca será Faraó.", que eu traduzi/legendei.

Cliquem no botãozinho do you tube que activa as legendas, e escolham PT-PT.

Eu fiquei mal disposto com o trailer oficial do Exodus, e mostrei este clip para para causar semelhante efeito de choque aos fãs do CGI do cinema do séc. XXI.

[THX]

A mim o que mais me tirou do show foram os constantes anacronismos e tiques linguísticos. Eu percebo que para a larga maioria de espectadores norte americanos ouvir termos menos de uso corrente possa baralhá-los mas o facto é que um faraó a falar como se estivesse no Bronx... epá...

De acordo!
Foi uma das maiores falhas do filme que faz com que ninguém se consiga transportar para aquela época/cultura. É o que acontece quando se trabalha sem inspiração, calma ou vontade.

[THX]

Eu fiquei mal disposto com o trailer oficial do Exodus, e mostrei este clip para para causar semelhante efeito de choque aos fãs do CGI do cinema do séc. XXI.

O problema não são os FX/CGI mas sim a falta de um elenco que saiba representar uma história destas.
Este filme com um bom elenco, uma boa realização e com uma outra montagem (e com mais 30 minutos de duração) poderia se tornar num verdadeiro épico.
Os FX serviram muitíssimo bem o filme, faltou foi o resto (talvez o essencial, visto que já havia um guião para ser seguido).

[pedrojamess]

Era para assisti-lo no cinema mas perdi a vontade quando li a quantidade avassaladora de críticas negativas, vou esperar e ver em casa.

[THX]

Pedro, por acaso acho que perdes mais em não o ver numa sala de cinema do que se o vires em casa.
Se visse este filme em casa tenho a certeza que ainda o iria achar mais medíocre.

[elfaria]

Muito fraquinho. Nem tive pachorra para aguentar até ao The End. Adorei o Ramsés com pinta de Boy George a mastigar pastilha elástica. 6/10 pelos vistosos cenários que não sendo eu nenhum egiptólogo não me pareceram lá muito realistas. Prefiro o Asterix e Cleópatra

[Bazofio]

Acho engraçado as vossas pontuações. "Muito fraquinho e leva 6/10 pelos vistosos cenários que até nem pareceram muito realistas."
Sou só eu que vejo aqui alguma coisa errada?