Fury (2014) - David Ayer
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Re: Fury (2014) - David Ayer
O problema é que existem muitos, mas mesmo muitos, filmes sobre a WWII.
Assim sendo eu acho que só mesmo a pessoa que já os viu a todos (se é que ela existe) é que pode fazer uma séria apreciação de tudo o que viu até à data de hoje.
Para podermos criticar, opinar ou sugerir algo melhor, devemos sempre usar expressões como "para mim..." ou "pessoalmente eu..." e "...dos que eu já vi até ao dia de hoje".
Com isto quero dizer que por vezes o nosso filme favorito sobre guerra poderá ainda nem ter sido visto por qualquer um de nós.
Assim sendo eu acho que só mesmo a pessoa que já os viu a todos (se é que ela existe) é que pode fazer uma séria apreciação de tudo o que viu até à data de hoje.
Para podermos criticar, opinar ou sugerir algo melhor, devemos sempre usar expressões como "para mim..." ou "pessoalmente eu..." e "...dos que eu já vi até ao dia de hoje".
Com isto quero dizer que por vezes o nosso filme favorito sobre guerra poderá ainda nem ter sido visto por qualquer um de nós.
Os meus 200 filmes inesquecíveis :
http://www.imdb.com/list/ls077088728/?s ... s077088728
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Re: Fury (2014) - David Ayer
Lamento a minha ausência por este período alargado de tempo, mas a minha disponibilidade para frequentar fóruns nestes últimos dias foi nula. Tornando um pouco atrás, e para não deixar ninguém sem resposta:
Ainda que pense que de facto há uma certa dose de patriotismo insuflado numa boa parte dos filmes americanos sobre a guerra, como referi, parece-me que esses casos que mencionas (tu e o No Angel) são pontuais. Muito pontuais.
Mantenho que é impossível tirar conclusões de que a guerra na Europa teria sido ganha pelos aliados sem a participação americana. Em 1944 a Alemanha já tinha os dias contados, certo, mas não podemos saber como seria o equilíbrio de forças sem três anos de participação americana no conflito. Não estou a dizer que foram os americanos os responsáveis maiores pela vitória, apenas estou a dizer que não é possível determinar isso. O que é possível determinar, isso sim, é que a ajuda americana foi determinante para que a vitória fosse alcançada.siroco wrote: Plenamente de acordo que os ingleses sozinhos não teriam desembarcado na Normandia, mas provavelmente teriam continuado por Itália, Jugoslávia, Grécia, só que levariam muito mais tempo e com muito mais baixas. O dia D serviu para encurtar a guerra e evitar que os russos chegassem aos Pirinéus, ou mesmo que viessem comer uns pastelinhos de nata. Em 1944 a guerra já estava perdida, a frente leste já era insustentável.
Aqui tens razão. Eu lembrava-me que isto tinha sucedido, e que durante algum tempo (até Pearl Harbour), a ajuda americana havia sido prestada desta maneira, sem uma entrada oficial na guerra, mas não me lembrava era que este plano tinha avançado tão tarde.Qual apoio ?!? Nessa altura os EUA eram estritamente neutros, os ingleses estavam completamente isolados. Não se sabe o resultado de uma eventual invasão alemã, que esteve planeada (operação Sealion), nessa altura o Hitler ainda tinha esperança de conseguir um acordo com os ingleses, e a verdade é que a Alemanha não tinha meios, nem de perto nem de longe, para uma invasão como a que foi feita em sentido contrário no dia D.
Bom... dois exemplos em talvez centenas de filmes de ficção (ou ficcionalizados) americanos de e sobre a guerra não me parece que sirvam de grande argumento para mostrar que há uma campanha de "reescrita" da história por Hollywood, nem que demonstrem que os americanos "são os melhores" ou que "estão em todas"...Mais um exemplo que responde às duas questões, "Objective, Burma!". Os americanos nem sequer participaram nessa campanha! Até o Churchill escreveu um protesto e a exibição do filme foi proibida em Inglaterra, até anos depois ser acompanhada por um pedido de desculpas. Anos depois o Tony Blair teve de protestar em relação ao já citado "U-571".
Ainda que pense que de facto há uma certa dose de patriotismo insuflado numa boa parte dos filmes americanos sobre a guerra, como referi, parece-me que esses casos que mencionas (tu e o No Angel) são pontuais. Muito pontuais.
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
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Re: Fury (2014) - David Ayer
No Angel, não foi isso que eu disse. Não falei em homicídio sequer. Na minha opinião, matar um soldado inimigo no campo de batalha, em confronto, não é um homicídio, e nem sequer considero que isso seja um acto condenável. É uma morte justificada por um conceito maior, que é evitar outras mortes, nomeadamente as de inocentes, e muito em particular se se está a defender uma nação contra um acto de agressão estrangeira. Mas já considero homicídio matar propositadamente civis durante uma guerra. Entendo que há quem defenda o contrário (que matar "o inimigo" mesmo durante uma guerra é moralmente condenável), mas a minha posição é esta. Em todo o caso, parece-me que essa é também a opinião que prevalece dentro dos países democráticos - não só não se criminalizam esse género de mortes, como até se justificam como necessárias ao mantenimento dessa democracia em caso de guerra.No Angel wrote:Samwise wrote: Quanto a violações estamos de acordo - não há nada que o desculpabilize - , quanto às mortes nem por isso. Eu considero que um país tem o direito de se defender, através da guerra, de uma agressão estrangeira que envolva invasão territórial e subjugo pela força (como sucedeu com as potências aliadas europeias durante a WWII), e que, nesse âmbito, é impossível de impor uma defesa sem haver mortes envolvidas. Se quiseres, de outra forma - da forma como expõem o assunto aos soldados - as mortes provocadas por eles no decorrer da guerra são necessárias para salvar a vida de inocentes. Há crimes de guerra sim, previstos na lei internacional, mas não são as mortes de soldados no decorrer de uma batalha.
Para mim, grotesco e patético é ter alguem a matar e a violar pessoas à minha volta e eu ficar impávido e sereno porque sou contra violência.
Ok, entao achas que a violaçao e mau mas o homicidio nao? Nem sei que te responda, sinceramente.
Penso que já uma vez falámos disto: essa ideia é completamente irreal. Em não sei quantos mil anos de guerras entre nações, nunca houve lugar a uma "guerra limpa". Isso não existe. Concordo que a guerra deve ser decalada como último recurso, mas uma vez declarada não há como ser "bonzinho", por um lado, e não há como controlar certas atrocidades. Cá para mim, pois claro, também acho que a violência não devia existir, e que, existindo, devia ser praticada com almofadas de penas, para ninguém se magoar a sério, mas isso são fantasias sem qualquer nexo.Mais, posso nao me ter feito explicar bem, mas eu nao tenho problema nenhum com defesa... mas quando invades um pais nao te estas a defender, estas a atacar. Um pais que e invadido tem obviamente direito a expulsar o invasor e a parar a violencia, mas nao tem direito a vingar-se e fazer o mesmo aos outros, ou seja, ir para la matar e violar. Alem do mais, ha varias formas de protesto e de luta que nao envolvem a violencia, mas mesmo que esta seja necessaria - e eu admito que seja nalguns casos - deve ser reduzida ao minimo indispensavel.
Tu não páras uma nação como a Alemanha Nazi reduzindo a violência ao mínimo possível e tentando fazer apenas contenção territorial (conceito que não é praticável).
Chamas interesse económico à resposta a Pearl Harbour? O presidente americano deve ter esfregado as mãos de contente nesse dia, pois já tinha uma justificação para entrar na guerra.Quantos aos interesses dos paises na guerra, tu achas que eles foram la por ideias democraticos e de liberdade, eu nao acho, tao simples quanto isso. Pode haver alguns que foram, mas acho que o interesse principal era economico/politico.
Já agora, e se o interesse principal era económico, o que foram centenas de milhares de tropas americanas fazer para a Europa? Sacar dinheiro aos sobreviventes da guerra?
Quando mencionei lá atrás falta de conhecimentos, era a isto que me referia. Como podes dizer que na generalidade Hollywood impõe que os "americanos são os melhores" e que "venceram a guerra sozinhos" se não viste tais filmes? Tenho uma vaga sensação de que vais ter algumas surpresas ao não encontrares esses elementos em determinados filmes - se é que os tencionas algum dia ver.Quanto a exemplos de filmes, nao te posso dar muitos porque nao tenho por habito ver filmes pro-guerra, normalmente os filmes de guerra que vejo sao anti-guerra, como o Paths of Glory ou o Thin Red Line. Eu costumo pesquisar um pouco os filmes antes de os ver, e quando vejo que sao filmes pro-guerra/ filmes de glorificaçao dos americanos, nao tenho por habito ve-los. De qualquer forma, ha pelo menos um que te posso dizer: Inglorius Bastards, e esse e um exemplo mesmo claro e obvio de glorificaçao da guerra e violencia.
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Re: Fury (2014) - David Ayer
Pantera, a respeito das bombas atómicas, partilho da tu opinião - são exemplos vergonhosos do uso da força (porque foram usadas sobre civis, basicamente, em larga escala, e numa altura em que o "fim" já estava à vista).PanterA wrote:Desculpem voltar ao mesmo, mas tinha que mandar o meu bitaite.
Não sei se tinhas conhecimento, provavelmente sim, mas quando os EUA detonaram as 2 Bombas Atómicas, já o fim da Guerra estava muito, muito próximo. Aquilo que eles fizeram foi apenas e só mostrar a sua supremacia. Aliás, o próprio Japão estava inclinado a fazer o mesmo para com os EUA, neste caso com armas biológicas.Samwise wrote:Muito fácil? Gostava de saber o que acham disso as famílias dos centenas de milhares de mortos americanos que entraram na guerra, num conflito que não eram o deles, e em defesa dos ideais democráticos e da liberdade. Eles podiam ter só combatido o Japão (por quem foram traiçoeiramente atacados em Pearl Harbour), mas escolheram vir também para a Europa ajudar a cambater a Alemanha. O que tens a dizer sobre isso? Se calhar vinham à procura de petróleo...
No entanto, o General Yoshijiro Umezu, cancelou o plano e tal atrocidade nunca foi cometida, o que é algo de irónico. Por um lado, os Japoneses na hora da derrota, tiveram a piedade de não usar armas biológicas contra cidades civis.
Mas os EUA na sua hora da vitória, não tiveram problemas em usar uma arma nuclear contra cidades civis, duas vezes.
No entanto, estes factos não apagam ou alteram os factos anteriores sobre a importância dos EUA para o desfecho da guerra.
Last edited by Samwise on October 29th, 2014, 12:14 am, edited 1 time in total.
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Re: Fury (2014) - David Ayer
Não sendo original em termos de "género" (filme de guerra), de conflito (WWII) ou de batalha encenada (Normandia), o SPR tem contudo uma história "original", baseada em factos (algo absurdos) que ocorreram e que nunca haviam sido narrados pelo cinema anteriormente, mas nem é por aí que o filme fica para a história, é antes pelo realismo e impacto das sequências bélicas - que marcaram um ponto no tempo e redefiniram a maneira de filmar a guerra no cinema e ne televisão daí em diante. Independentemente de outros méritos que o filme possa ter (e a meu ver tem uma enormidade deles), o SPR destaca-se ainda hoje de outras tentativas para colocarem o espectador "dentro da acção". Melhor do que ninguém, que o digam os veteranos de guerra que participaram no Dia D e que saíram do cinema em lágrimas, à conta do realismo que o filme encena.waltsouza wrote: Mas o Saving Private Ryan é filme original de quê? Já existiam filmes da segunda guerra mundial antes do filme de Steven Spielberg aos montes. E o filme Saving Private Ryan não é mais ou menos original que Fury, nem Fury é uma sequela, prequela, remake ou o que quer que seja de Saving Private Ryan. São dois filmes diferentes, com histórias diferentes que se passam em alturas diferentes (Fury passa-se nos últimos dias da guerra, em 1945) mas que focam a mesma guerra.
Pessoalmente, já vi bastantes filmes de guerra, e provavelmente já vi uma boa parte dos "mais famosos" e considerados na história do cinema, mas nenhum se chega perto do SPR nesta vertente bélica. E não é só na primeira meia-hora, já que a última meia-hora também está quase a esse nível.
É grandioso, esse filme, um monumento à dignidade humana, mas perde para o SPR nas sequências bélicas, e por muitos, muitos pontos.bretes wrote:Mas até parece que antes de Saving Privat Ryan nunca se fez nada do estilo... então que dizer do excelente The Big Red One do Samuel Fuller, por exemplo?
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Re: Fury (2014) - David Ayer
Para ti matar alguem deliberadamente em guerra e normal, para mim e um ato imoral e devia ser crime. Desse modo, responsabilizando os proprios soldados, poderia impedir-se as guerras, visto que elas nem sequer deveriam existir. Sao opinioes, e infelizmente a opiniao geral e a lei esta do teu lado, por isso nao tens muito com que te preocupar. No meu intimo, eu sei que e errado, e é so isso que me interessa.Samwise wrote:
No Angel, não foi isso que eu disse. Não falei em homicídio sequer. Na minha opinião, matar um soldado inimigo no campo de batalha, em confronto, não é um homicídio, e nem sequer considero que isso seja um acto condenável. É uma morte justificada por um conceito maior, que é evitar outras mortes, nomeadamente as de inocentes, e muito em particular se se está a defender uma nação contra um acto de agressão estrangeira. Mas já considero homicídio matar propositadamente civis durante uma guerra. Entendo que há quem defenda o contrário (que matar "o inimigo" mesmo durante uma guerra é moralmente condenável), mas a minha posição é esta. Em todo o caso, parece-me que essa é também a opinião que prevalece dentro dos países democráticos - não só não se criminalizam esse género de mortes, como até se justificam como necessárias ao mantenimento dessa democracia em caso de guerra.
Penso que já uma vez falámos disto: essa ideia é completamente irreal. Em não sei quantos mil anos de guerras entre nações, nunca houve lugar a uma "guerra limpa". Isso não existe. Concordo que a guerra deve ser decalada como último recurso, mas uma vez declarada não há como ser "bonzinho", por um lado, e não há como controlar certas atrocidades. Cá para mim, pois claro, também acho que a violência não devia existir, e que, existindo, devia ser praticada com almofadas de penas, para ninguém se magoar a sério, mas isso são fantasias sem qualquer nexo.
Tu não páras uma nação como a Alemanha Nazi reduzindo a violência ao mínimo possível e tentando fazer apenas contenção territorial (conceito que não é praticável).
Chamas interesse económico à resposta a Pearl Harbour? O presidente americano deve ter esfregado as mãos de contente nesse dia, pois já tinha uma justificação para entrar na guerra.
Já agora, e se o interesse principal era económico, o que foram centenas de milhares de tropas americanas fazer para a Europa? Sacar dinheiro aos sobreviventes da guerra?
Quando mencionei lá atrás falta de conhecimentos, era a isto que me referia. Como podes dizer que na generalidade Hollywood impõe que os "americanos são os melhores" e que "venceram a guerra sozinhos" se não viste tais filmes? Tenho uma vaga sensação de que vais ter algumas surpresas ao não encontrares esses elementos em determinados filmes - se é que os tencionas algum dia ver.
E mesmo em relaçao a matar civis, nao me lembro de ver algum soldado do lado vencedor a ser preso por ter morto civis, e isso esta sempre a acontecer, alias, acontece em todas as guerras. Os americanos mataram civis constantemente no Iraque e Afeganistao, e viste alguem a ser condenado por isso?
Os Humanos ainda estao muito atrasados a nivel moral e civilizacional... basta vares que a violaçao dentro do casamento era legal no Ocidente ate a umas decadas atras, e continua a se-lo em muitos paises. Ja para nao falar de casamentos forçados, circuncisao feminina, tortura de prisioneiros e outras barbaridades que sao feitas todos os dias pelo ser humano.
Quanto aos filmes, dou-te uma certa razao, a ideia que eu tenho e mais vinda de trailers ou posters de alguns filmes americanos que me parecem nacionalistas e pro-guerra, ou pelo menos sao retratados como tal na publicidade.
Re: Fury (2014) - David Ayer
Don 'Wardaddy' Collier in "Fury""Ideals are peaceful, History is violent"
"In real life we commit homicide. In war we just kill."
Last edited by THX on October 29th, 2014, 3:28 pm, edited 3 times in total.
Os meus 200 filmes inesquecíveis :
http://www.imdb.com/list/ls077088728/?s ... s077088728
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Re: Fury (2014) - David Ayer
O que que isso quer dizer, mesmo? Se nao houvesse idealismo ainda viviamos na Idade Media, como selvagens. Se evoluimos um pouco foi por termos ideias, de querermos uma sociedade melhor...THX wrote:"Ideals are peaceful, History is violent"
"In real life we comite homicide. In war we just kill."
Mas voces nao percebem que a guerra e um negocio e um jogo de interesses?! Vejam bem: um estado investe milhoes e milhoes na defesa, e como tal tem que rentabilizar o investimento

Leiam este artigo: http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria ... o-/6/27750
Re: Fury (2014) - David Ayer
Agora fizeste-me lembrar de uma cena do Life of Brian, quando o líder do People’s Front of Judeia diz:
"All right, but apart from the sanitation, medicine, education, wine, pubic order, irrigation, roads, the fresh water system and the public health, what have the Romans ever done for us?"
Eh, eh, eh!
Mas agora a sério, tens razão, mas penso que estás a ser utópico. Por natureza, o ser humano é egoísta.
"We dont murder, we kill"
Sergeant (Lee Marvin) em The Big Red One.
Samwise, já agora convém informar que o The Big Red One é um filme de baixo orçamento (cerca de 4 milhões de dólar) de 1980, o Apocalypse Now (1979) teve um budget de 31,5 milhões, de resto, estou completamente de acordo.
É um filme autobiográfico, tanto o Fuller como o Lee Marvin eram veteranos da WWII e foi pioneiro do lado mais humano e menos heróico dos soldados em guerras, como sucedeu posteriormente com Platoon, Hamburger Hill, etc.
"All right, but apart from the sanitation, medicine, education, wine, pubic order, irrigation, roads, the fresh water system and the public health, what have the Romans ever done for us?"
Eh, eh, eh!
Mas agora a sério, tens razão, mas penso que estás a ser utópico. Por natureza, o ser humano é egoísta.
"We dont murder, we kill"
Sergeant (Lee Marvin) em The Big Red One.
Samwise, já agora convém informar que o The Big Red One é um filme de baixo orçamento (cerca de 4 milhões de dólar) de 1980, o Apocalypse Now (1979) teve um budget de 31,5 milhões, de resto, estou completamente de acordo.
É um filme autobiográfico, tanto o Fuller como o Lee Marvin eram veteranos da WWII e foi pioneiro do lado mais humano e menos heróico dos soldados em guerras, como sucedeu posteriormente com Platoon, Hamburger Hill, etc.
"Fear is the mind killer..."
Re: Fury (2014) - David Ayer
Quer dizer uma coisa muito simples :No Angel wrote:O que que isso quer dizer, mesmo? Se nao houvesse idealismo ainda viviamos na Idade Media, como selvagens. Se evoluimos um pouco foi por termos ideias, de querermos uma sociedade melhor...
Se não houvesse um homem chamado D.Afonso Henriques a fazer guerra neste país se calhar agora estavas a falar outra língua.
Foram também as guerras que ajudaram a evoluir muitas nações, que empurraram muitos povos para a evolução. Só que já deverias saber que com essa evolução existem sempre pessoas a ganhar e outras a perder.Nas guerras a máquina de guerra pode ganhar mas somente à custa de muitas vidas humanas. A própria forma de guerrear e batalhar também faz parte da evolução.
Chama-se a isso lei da natureza ou se preferires lei da causa > efeito.
Olha a história do VHS vs DVD e do DVD vs Internet. Porque é que achas que centenas de video-clubes fecharam portas, ou porque cada vez menos se vê pessoas nos cinemas??
Uns ganham...outros perdem, e isto será sempre assim.
Agora faço-te uma simples pergunta :
Olha à tua volta...diz-me o que vês?? Já viste bem o estado deste planeta?
Pois é, a evolução é F*dida!!!
Nem sempre é/foi assim, mas acho que tu é que não estás a perceber que não é só a guerra que é um negócio nas sociedades modernas que estão inseridas num mundo fortemente capitalista...Mas voces nao percebem que a guerra e um negocio e um jogo de interesses?! Vejam bem: um estado investe milhoes e milhoes na defesa, e como tal tem que rentabilizar o investimento
A politica de hoje é o quê para ti?
E o desporto profissional de hoje é o quê?
A droga, que desde o aparecimento do ópio rendeu biliões por esse mundo fora, é o quê para ti?
A escravatura humana...?
E que dizer da industria farmaceutica que cura tanta gente?
A industria do sexo, que existe há milhares de anos, é o quê para ti?
...
Logicamente que está comprovado que a industria que mais $$$$ rende anualmente é a da guerra, e isto já desde que o teu bisavô ainda era vivo. Basta ires um dia a uma feira de "Guerra" para te passares com os negócios avultados que as nações fazem para se defender ou para se prepararem para o ataque. O poderio de uma nação mede-se pelo poderio bélico que detém, não por ser um país muito rico ou ser muito civilizado. Já devias saber disso à muito tempo.
Lê tu este também :Leiam este artigo: http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria ... o-/6/27750
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Re: Fury (2014) - David Ayer
Mais um filme lamentável que nada de novo acrescenta ao que já foi anteriormente (exaustivamente) feito; E bem melhor.
Fan service ao mais baixo nível!
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Re: Fury (2014) - David Ayer
Se houve um aspecto que não mudou de todo ao longo de milhares de anos de evolução foi a propensão do homem para dominar o próximo, e a existência do mal como uma escolha deliberada demasiado sedutora para ser recusada ou contrariada. Isto, independentemente de todos os avanços civilizacionais que se registaram e continuam a registar. Sempre houve guerras, e violência e impossibilidade de chegar a consensos pela via pacífica. Nada mudou a este nível, apesar de gostarmos de dizer de vez em quando que aprendemos com a história passada.No Angel wrote:O que que isso quer dizer, mesmo? Se nao houvesse idealismo ainda viviamos na Idade Media, como selvagens. Se evoluimos um pouco foi por termos ideias, de querermos uma sociedade melhor...THX wrote:"Ideals are peaceful, History is violent"
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Acho que estás a limitar muito a tua visão sobre o assunto. Eu percebo perfeitamente essa vertente da guerra (penso que não nego em lado nenhum a ideia capitalista que fomenta a indústria do armamento e a necessidade de satisfazer lobbies demasiado poderosos para serem controlados).Mas voces nao percebem que a guerra e um negocio e um jogo de interesses?! Vejam bem: um estado investe milhoes e milhoes na defesa, e como tal tem que rentabilizar o investimento![]()
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Agora, tendo estes conceitos como adquiridos, e não podendo fazer nada para os resolver (não há um botão de ON/OFF para esse efeito, pelo menos que eu tenha dado por isso), qual é ainda assim a postura que devemos adoptar perante uma situação de violência em que quaisquer palavras ou argumentação são inúteis?
Já passaste alguma vez por uma situação semelhante? Confrontares-te com alguém que te pretende agredir e que não está interessado em ouvir o que tens para dizer? Como reages perante um sujeito desses? Só tens duas hipóteses: ou foges, ou enfrentas. Se te lembrares de mais opções, partilha, porque eu nao conheço mais nenhuma. Podes também dizer: "não faço nada", claro, mas isso implica dois meses no hospital se tiveres sorte, ou um fato de madeira para a eternidade se não tiveres. Levando agora a questão para um caso mais abrangente, o que fazes para resolver uma situação em que uma nação inteira pretende invadir pela força outra nação inteira? Aqui já não tens a hipótese da fuga, porque uma nação inteira não pode fugir (algumas pessoas sim, mas uma nação no seu todo não pode). Há situações em que a violência só pode ser travada através de uma resposta (mais) violenta. Como fazes tu para evitar uma guerra para a qual não contribuiste, mas que te bate à porta pela via da invasão, do domínio, da subjugação, do extremínio em massa, da violação, e da obliteração sócio-cultural? O que fazes tu perante esta situação?
Como referiu Roosevelt: “There can be no reasoning with incendiary bombs."
Perante isto, é necessário que um soldado que deseja combater (e matar inimigos) não seja criminalmente punido nem eticamente criticado. É necessário precisamente o contrário.
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Re: Fury (2014) - David Ayer
Sim, eu li bastante sobre o background do filme e dos principais intervenientes - durante as filmagens houve até uma situação estranha que criava um paralelo com a narrativa: os quatro actores principais formaram uma aliança "natural" de cmaradagem entre si que os isolou dos restantes actores secundários.bretes wrote: "We dont murder, we kill"
Sergeant (Lee Marvin) em The Big Red One.
Samwise, já agora convém informar que o The Big Red One é um filme de baixo orçamento (cerca de 4 milhões de dólar) de 1980, o Apocalypse Now (1979) teve um budget de 31,5 milhões, de resto, estou completamente de acordo.
É um filme autobiográfico, tanto o Fuller como o Lee Marvin eram veteranos da WWII e foi pioneiro do lado mais humano e menos heróico dos soldados em guerras, como sucedeu posteriormente com Platoon, Hamburger Hill, etc.
Deves também saber, mas de qualquer modo fica a informação: há duas versões do filme, sendo que a mais recente (e mais extensa) foi montada já depois da morte do Fuller mas atendendo à visão que ele tinha para a obra, uma espécie de "director's cut" póstuma que é considerada a versão definitiva.
Há muitos momentos de excelência neste filme, mas o que me ficou registado na memória, acima de todos os outros, ocorre quando um sniper mata um dos soldados do poletão e quando os restantes descobrem, depois de uma busca pelo castelo de onde partiu o disparo, tratar-se de uma criança. Os momentos que se seguem, e a forma como o Marvin resolve o problema, são absolutamente brilhantes, para além de extremamente tocantes.
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Re: Fury (2014) - David Ayer
Sim, tenho o DVD (edição nacional) directors cut (2 discos).
Do Fuller também tenho o Shock Corridor (edição espanhola, se não estou em erro, tem legendas em português).
E como já deves ter adivinhado, é um dos meus filmes preferidos sobre a 2ª Guerra Mundial juntamente com Soldier of Orange do Verhoeven, The Eagle has Landed do Sturges e mais um ou outro. The Eagle has Landed já é mais ficção, neste caso, o assassinato de Churchil (ou não...). Adoro este tipo de filmes, estilo The Boys from Brazil ou The Day of the Jackal.
Do Fuller também tenho o Shock Corridor (edição espanhola, se não estou em erro, tem legendas em português).
E como já deves ter adivinhado, é um dos meus filmes preferidos sobre a 2ª Guerra Mundial juntamente com Soldier of Orange do Verhoeven, The Eagle has Landed do Sturges e mais um ou outro. The Eagle has Landed já é mais ficção, neste caso, o assassinato de Churchil (ou não...). Adoro este tipo de filmes, estilo The Boys from Brazil ou The Day of the Jackal.
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Re: Fury (2014) - David Ayer
Para mim nacionalismos nao teem qualquer tipo de significado, e nao nutro admiraçao pelo Afonso Henriques, nem por qualquer rei, que no fundo sao tiranos - ninguem os escolheu para representar o povo - e estão-se a lixar para o povo. Tanto se me da como se me deu que fale portugues e que Portugal exista ou nao. Os paises sao artificiais, assim como as suas fronteiras, e sao volateis... o que me interessa e se vivo numa sociedade justa, igualitaria, com um sistema decente, etc.THX wrote:
Quer dizer uma coisa muito simples :
Se não houvesse um homem chamado D.Afonso Henriques a fazer guerra neste país se calhar agora estavas a falar outra língua.
Foram também as guerras que ajudaram a evoluir muitas nações, que empurraram muitos povos para a evolução. Só que já deverias saber que com essa evolução existem sempre pessoas a ganhar e outras a perder.Nas guerras a máquina de guerra pode ganhar mas somente à custa de muitas vidas humanas. A própria forma de guerrear e batalhar também faz parte da evolução.
Chama-se a isso lei da natureza ou se preferires lei da causa > efeito.
So porque foi sempre assim nao quer dizer que e correto, nem que deva continuar assim. Se nao no seculo XVIII e XIX as pessoas diziam "sempre houve escravatura, e mesmo assim, e normal" ou "sempre houve tiranos a mandar no povo, por isso e normal, esqueçam a democracia".THX wrote: Olha a história do VHS vs DVD e do DVD vs Internet. Porque é que achas que centenas de video-clubes fecharam portas, ou porque cada vez menos se vê pessoas nos cinemas??
Uns ganham...outros perdem, e isto será sempre assim.
Agora faço-te uma simples pergunta :
Olha à tua volta...diz-me o que vês?? Já viste bem o estado deste planeta?
Pois é, a evolução é F*dida!!!
Nem sempre é/foi assim, mas acho que tu é que não estás a perceber que não é só a guerra que é um negócio nas sociedades modernas que estão inseridas num mundo fortemente capitalista...
A politica de hoje é o quê para ti?
E o desporto profissional de hoje é o quê?
A droga, que desde o aparecimento do ópio rendeu biliões por esse mundo fora, é o quê para ti?
A escravatura humana...?
E que dizer da industria farmaceutica que cura tanta gente?
A industria do sexo, que existe há milhares de anos, é o quê para ti?
THX wrote: Logicamente que está comprovado que a industria que mais $$$$ rende anualmente é a da guerra, e isto já desde que o teu bisavô ainda era vivo. Basta ires um dia a uma feira de "Guerra" para te passares com os negócios avultados que as nações fazem para se defender ou para se prepararem para o ataque. O poderio de uma nação mede-se pelo poderio bélico que detém, não por ser um país muito rico ou ser muito civilizado. Já devias saber disso à muito tempo.
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So me das razao... E pouco me interessa se uma naçao e poderosa ou nao, a Uniao Sovietica era muito poderosa e o povo passava fome e vivia vidas miseraveis.