Carnage (2011) - Roman Polanski

[siroco]

Polanski começa a filmar «God of Carnage» segunda-feira

O cineasta franco-polaco Roman Polanski iniciará na segunda-feira, nos arredores de Paris, a filmagem da sua nova longa-metragem, «God of Carnage», uma adaptação da obra de Yasmina Reza e que vai contar com Kate Winslet e Jodie Foster, informou o jornal Le Parisien este domingo.
Polanski trabalhou no argumento do seu filme durante os sete meses de prisão domiciliária, cumpridos em Gstaad (Suíça), após a sua detenção em Zurique em Setembro de 2009.

O realizador foi acusado nos Estados Unidos de ter mantido relações sexuais com uma menor, há 33 anos.

O Le Parisien lembra que o pedido de extradição dos EUA continua vigente. Por isso, Polanski está a filmar em Paris, uma longa-metragem que se passa, na verdade, em Nova Iorque.

O filme narra a história de dois casais que discutem depois de os seus filhos se terem envolvido numa briga no colégio.

«God of Carnage» também contará com o austríaco Christoph Waltz.

[ruben]

Estreia hoje.



IMDB


Sinopse:

Os Longstreet e os Cowan reúnem-se civilizadamente para conversar a propósito duma cena de violência
entre os dois filhos de 11 anos. Os dois casais revelam, numa tarde, a sua verdadeira natureza...

[Grande Guru]

O filme adaptado de uma peça de teatro, é todo passado numa sala de um apartamento com dois casais a conversar/discutir sobre a agressão de um dos filhos de um casal ao filho do outro. Não é uma seca mas falta-lhe mto mais sumo para despertar suficientemente a atenção do espectador. Dei por mim várias vezes a fazer um esforço para n me desligar do filme.

[inverso]

O filme é genial, todo ele, é de chorar a rir a sério nos bons termos, do principio ao fim, na minha humilde opinião.

A cena do telemovel está brilhante e funciona bem durante todo o filme, a cena da mãe funciona sempre bem, a cena do vomitado sobre um livro exemplar quase único está brilhante, a cena do wc está genial, a cena do elevador genius, a cena do perfume, de chorar a rir, a cena da coca-cola um must, o whisky está genial, a estratégia da empresa do ramo farmaceutico funciona muito bem, o ir aos limites dos 4 actores, super, adorei o filme, um autêntico show de bola do Polanski, sim parecido com teatro, mas funcionando bem em cinema, apenas num ponto de vista diferente, não estou a ver um actor de teatro vomitar todos dias, meses a fio (se fosse em teatro!...), as "falas foram todas decoradas antes do filme ser filmado, obrigado pelo realizador, está na net, confessado pela Judie Foster, e foram 76 minutos, uma hora e 16 minutos sempre a falarem, sem quase nenhum corte, sem musica, acção, sem artificios...

Vocês querem um filme perfeito? Vejam, vejam nada, ninguém nem nada é perfeito, a perfeição é aceitar a imperfeição

[paupau]

Não stresso muito com isso...... mas SPOILERS ALERT RAIOS!

se o filme tem 76 min's deve haver mesmo pouco que não tenhas contado.

[Grande Guru]

O filme é genial, todo ele, é de chorar a rir a sério nos bons termos, do principio ao fim, na minha humilde opinião.

A cena do telemovel está brilhante e funciona bem durante todo o filme, a cena da mãe funciona sempre bem, a cena do vomitado sobre um livro exemplar quase único está brilhante, a cena do wc está genial, a cena do elevador genius, a cena do perfume, de chorar a rir, a cena da coca-cola um must, o whisky está genial, a estratégia da empresa do ramo farmaceutico funciona muito bem, o ir aos limites dos 4 actores, super, adorei o filme, um autêntico show de bola do Polanski, sim parecido com teatro, mas funcionando bem em cinema, apenas num ponto de vista diferente, não estou a ver um actor de teatro vomitar todos dias, meses a fio (se fosse em teatro!...), as "falas foram todas decoradas antes do filme ser filmado, obrigado pelo realizador, está na net, confessado pela Judie Foster, e foram 76 minutos, uma hora e 16 minutos sempre a falarem, sem quase nenhum corte, sem musica, acção, sem artificios...

Vocês querem um filme perfeito? Vejam, vejam nada, ninguém nem nada é perfeito, a perfeição é aceitar a imperfeição

Esta é claramente a magia do cinema Como é que pudeste achar sublime algo que para mim foi uma banalidade... mas ainda bem que assim é..

[inverso]

Olá, não sei o que são spoilers nem o que significa essa palavra, desculem.

O Polanski retrata vários temas, não foca só o bullyng, nem de perto nem de longe, antes pelo contrário

Ele vai tão longe no filme, que foca a sociedade actual, a ambição desmedida, as novas tecnologias, as guerrinhas entre casais, o bom receber na sua habitação (o bom whisky, ter coca cola para qualquer eventualidade , literatura rara e de bom gosto nas prateleiras e mesa da sala), a educação dos filhos, cada pai e mãe tem uma maneira diferente de educa-los, uns dizem que o bullyng é "fixe", para os miudos não serem umas meninas e aprendrem a lutar como garanhões e homens, outros pais educam os filhos a serem muito educados e depois quando são adultos não sabem como reagir em determinadas situações ou actos, por terem sido muito mimados, o facto da "mãe" estar sempre preocupada e a ligar...; sim isto tudo passa-se num apartamento, o facto de o Sr empresário ficar com vomitado no fato, ir à casa de banho secar com um secador de cabelo o fato e entrar lá sempre a esposa do outro Sr... etc

Se vcs gostam de americanices, com acção, têm de ver o fast 5, azeite, puros azeiteiros, se querem algo diferente têm aqui.

Aliás era um bom argumento para se fazer um filme em PT na Cova da Moura, no Intendente, no Bairro da Serafina, ficava sempre com graça, mesmo com actores amadores, porque é das pequenas coisas que se fazem a vida, há quem prefira ver carros a muitos kms à hora e piões... etc, tiros, karaté, há quem seja muito feliz a ver como é a realidade e vida de um casal, que além de se tornar monótona, rotineira, quando aparece outro casal em casa, pessoas completamente diferentes, dois homens que não têm nada a ver um com o outro, um empresário do ramo farmaceutico, outro simplesmente um operário fabril que sabe tudo do seu ramo, origens, diversas matérias primas, várias referências... e duas esposas completamente diferentes, uma, nunca sei esta palavra, submissa, que faz e vive tudo de acordo com o marido empresário, e outra (Foster) decidida, que detesta alcool e tabaco, de personalidade forte, gosto refinado, e que vê que não tem outra hipótese senão fumar e beber também.

E ainda o hilário, mais que hilariante facto de a senhora que vomitou andar todo o filme com o balde atrás depois de ter vomitado a primeira vez.

Há ainda quem prefira assistir à ressaca (parte 1 em que cada um ganhou 1 milhão, ou parte 2 em que cada um ganhou 4 milhões...)

Gostos....

Dito isto, saudades, António Feio (RIP)

[Samwise]

Inverso, "spoilers" são revelações sobre a estória que estragam("spoil") a quem as ler o prazer de as descobrir em primeira-mão, aquando da visualização do filme.

A maneira mais simples de exemplificar o conceito é com uma vulgar intriga detectivesca: quando passamos a estória toda sem saber quem é o criminoso por deliberado desejo do autor, e há uma estrutura narrativa específica para que o clímax final da história coincida com essa revelação, não gostamos nada que alguém nos diga de antemão quem é o assassino, ou gostamos?

Logo, é de bom tom especificar que se vão fazer "revelações" quando alguém pretende descrever em pormenor, num espaço destes, a maior parte da intriga de um filme e mais os seus detalhes, como fizeste agora de novo na segunda intervenção.

[Grande Guru]

Olá, não sei o que são spoilers nem o que significa essa palavra, desculem.

O Polanski retrata vários temas, não foca só o bullyng, nem de perto nem de longe, antes pelo contrário

Ele vai tão longe no filme, que foca a sociedade actual, a ambição desmedida, as novas tecnologias, as guerrinhas entre casais, o bom receber na sua habitação (o bom whisky, ter coca cola para qualquer eventualidade , literatura rara e de bom gosto nas prateleiras e mesa da sala), a educação dos filhos, cada pai e mãe tem uma maneira diferente de educa-los, uns dizem que o bullyng é "fixe", para os miudos não serem umas meninas e aprendrem a lutar como garanhões e homens, outros pais educam os filhos a serem muito educados e depois quando são adultos não sabem como reagir em determinadas situações ou actos, por terem sido muito mimados, o facto da "mãe" estar sempre preocupada e a ligar...; sim isto tudo passa-se num apartamento, o facto de o Sr empresário ficar com vomitado no fato, ir à casa de banho secar com um secador de cabelo o fato e entrar lá sempre a esposa do outro Sr... etc

Se vcs gostam de americanices, com acção, têm de ver o fast 5, azeite, puros azeiteiros, se querem algo diferente têm aqui.

Aliás era um bom argumento para se fazer um filme em PT na Cova da Moura, no Intendente, no Bairro da Serafina, ficava sempre com graça, mesmo com actores amadores, porque é das pequenas coisas que se fazem a vida, há quem prefira ver carros a muitos kms à hora e piões... etc, tiros, karaté, há quem seja muito feliz a ver como é a realidade e vida de um casal, que além de se tornar monótona, rotineira, quando aparece outro casal em casa, pessoas completamente diferentes, dois homens que não têm nada a ver um com o outro, um empresário do ramo farmaceutico, outro simplesmente um operário fabril que sabe tudo do seu ramo, origens, diversas matérias primas, várias referências... e duas esposas completamente diferentes, uma, nunca sei esta palavra, submissa, que faz e vive tudo de acordo com o marido empresário, e outra (Foster) decidida, que detesta alcool e tabaco, de personalidade forte, gosto refinado, e que vê que não tem outra hipótese senão fumar e beber também.

E ainda o hilário, mais que hilariante facto de a senhora que vomitou andar todo o filme com o balde atrás depois de ter vomitado a primeira vez.

Há ainda quem prefira assistir à ressaca (parte 1 em que cada um ganhou 1 milhão, ou parte 2 em que cada um ganhou 4 milhões...)

Gostos....

Dito isto, saudades, António Feio (RIP)

Hum, parece-me que estás a generalizar, ou seja, achas que tudo o que n seja comercial é forçosamente bom, e tudo o que é comercial forçosamente n tem qualidade, qdo nem uma nem outra coisa são verdade.


Isto n invalida que n possas achar este filme óptimo e haver mto mais gente q partilhe dessa opinião.

[inverso]

Então peço desculpa, nunca mais digo o enredo de nenhum filme, já percebi.

Quanto a este é mais um que quero ver, e pode dizer tudo o que quiserem sobre ele, isso não passa para mim as boas imagens, transicção de cenas, montagem, banda sonora, pormenores, por mais sinopses, biopses, quaquer coisa "opses", verei sempre o filme se for do meu pré agrado, pois também há filmes que pré não gosto, tipo Steven Seagal, Jackie Chang (nem mesmo o Chinese Zodiac...), Stalonne, Depp, japoneses...

Ou seja, também engraço mais com uns que outros... Só opinei, mas vou ter muito cuidado com as "opses", :(

Obrigado e desculpem.

Sim, filmes comerciais vejo, mas não me revejo... prefiro sempre filmes profundos, mas como disse sem a violência gratuita visível do antiCristo..., prefiro a violência do Doce Novembro, em que o Reeves é obrigado a ser "humano"...

[Samwise]

Então peço desculpa, nunca mais digo o enredo de nenhum filme, já percebi.

Dizer até podes dizer, mas deves AVISAR antes que o texto TEM SPOILERS. Inclusivamente, há uma função específica aqui no fórum para ocultar esse texto (botão "spoiler" na barra de funções"), permitindo a sua consulta apenas por quem já tenha visto o filme ou a quem não fizer diferença saber de antemão.

Se reparares, um moderador acabou por fazer esse trabalho por ti e colocou o teu primeiro post dentro de uma área restrita.

Algo deste género:

---não custa nada aprenderes a fazer isto ---

Sim, filmes comerciais vejo, mas não me revejo... prefiro sempre filmes profundos, mas como disse sem a violência gratuita visível do antiCristo..., prefiro a violência do Doce Novembro, em que o Reeves é obrigado a ser "humano"...

Conheces o Ingmar Bergman? Pois então, tenta. Mais "profundo" do que o que ele explora não deve haver muito por aí. Podes começar pelo Through a Glass Darkly (e como resposta à tua menção do Anticristo) e seguir pela cronologia daí para a frente...

[inverso]

Seduz-me muito, quando tiver oportunidade vou ver e rever com todo o cuidado gosto e carinho, como por exemplo o fiz com o "Fala com Ela - Habla con Ella"

Mas o meu preferido continua a ser de longe. muito longe, o "Out of Africa - Africa Minha", tudo perfeito, exemplar, as imagens, paisagens, direcção, fotografia, banda sonora, actores, todo o elenco enredo, baseado em factos reais, que filme!!

Aliás gostava de abrir um tópico sobre este filme, provalvelmente o 2º melhor filme de sempre, em termos globais, a seguir ao Brilhante e Eterno "Citizen Kane"!!

Que dizem?

[rui sousa]

Roman Polanski adapta a peça homónima de Yasmine Reza para o Cinema aproveitando as limitações do espaço cénico e doméstico ao máximo, para recriar com a maior precisão possível a crescente tensão entre os dois casais que se reunem, ao longo de quase 80 minutos, para discutirem um problema criado pelos filhos de ambos. Um filme que aumenta a sua ironia e sarcasmo à medida que as quatro personagens se deixam cair no ridículo das situações e problemas que criam a cada instante e que acabam por gerar a ruptura de um ambiente que, à partida, parecia ser favorável e nada hostil. Com uma entusiasmante execução técnica e performativa, «O Deus da Carnificina» pode não ser um dos mais notáveis trabalhos de Polanski, mas mostra sem dúvida como o cineasta de «Chinatown» e «O Escritor Fantasma» ainda tem muito para dar, permanecendo um exemplo de grande criatividade e qualidade cinematográfica.

* * * *

[THX]

Adorei este filme...e a ultima cena, bem está genial, e resume tudo.
Tal como aquela famosa frase :

"A vida é muito simples...nós é que a complicamos".

[José]

Poucos filmes me dão tanta vontade de rir como este hilariante "Carnage - O Deus da Carnificina". Já o vi vezes sem conta e nunca me satura. É uma "chamber piece" ácida, jocosa, quase burlesca, sobre o ruir da ilusão das regras de civilização perante o emergir dos instintos individuais mais básicos. É uma sátira doméstica muito económica mas assertiva, divertida como poucas e um autêntico confronto entre pares - cujos elementos vão mudando entre si. A personificar tudo isto, encontra-se um soberbo quarteto de actores, dirigidos por Polanski com afinco minimalista.